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Resumo Embriologia e Histologia bucal (Introdução, odontogênese, amelogênese, complexo dentina-polpa 1) Introdução A língua é o maior órgão do corpo humano Dente não é osso, é um órgão mineralizado formado por tecido duro e tecido mole, mais duro que o osso Funções do dente são principalmente sustentação, fonação, oclusão e estética A boca é dividida em paredes laterais, palato duro e palato mole, lábios, amigdala, úvula e dentição Mucosa é o tecido moel que reveste a cavidade bucal. Temos a mucosa de revestimento, a mastigatória e a especializada ou sensitiva A nossas maiores glândulas salivares são a submandibular, parótida e sublingual. Odontogênese (processo de formação dos dentes) Cada dente possui é uma estrutura independente e cada tipo dentário possui uma morfologia diferente, porém, todos eles seguem um processo similar de desenvolvimento – Odontogênese- um processo contínuo e não ponto exato de onde começa e termina cada fase. A odontogênese se inicia a partir da interação entre o epitélio oral com o ectomesêquima subjacente, dando origem a banda epitelial primária e, posteriormente, a lâmina dentária. Os germes dentários surgem, subsequentemente, as fases de botão, de capu, campânula, coroa e raiz. A formação dos tecidos específicos que formarão o dente se inicia a partir da fase de campânula. Os processos de formação de cada tecido possui denominação específica como, dentinogênese, amelogênese, cementogênese e osteogênese (formação de dentina, esmalte, cemento e osso, respectivamente). Lâmina dentária e lâmina vestibular A cavidade oral do embrião é revestida pelo ectoderma, um epitélio delgado. Na altura no 22º dia, esse epitélio entra em contato com o endoderma que reveste o intestino anterior, formando a membrana bucofaríngea, que permanece até o 27° dia de desenvolvimento, após isto, sofre desintegração. Nessa fase, a cavidade oral primitiva passa a ser revestida por um epitélio de duas ou três camadas de células, que recobre um tecido que é invadido por células ectodérmicas geradas nas cristas neurais. Após chegar na região do futura crânio e da face, esse tecido ectodérmico passa a se comportar como um mesênquima, originando estruturas Resumo Embriologia e Histologia bucal (Introdução, odontogênese, amelogênese, complexo dentina-polpa 1) conjuntivas- por isso a denominação “ectomesênquima”. O epitélio começa a se proliferar nos arcos dentários, invadindo o ectomesênquima subjacente, produzindo uma banda epitelial contínua (banda epitelial primária). Imagem da mucosa de revestimento da cavidade oral primitiva. A banda epitelial primária irá se dividir em lâmina vestibular (que dará origem a gengiva, lábios e bochecha através de degeneração das células) e lâmina dentária (que dará origem aos dentes através de proliferação celular), uma paralela à outra. Formação das lâminas vestibular e dentária Fase de broto ou botão (O verdadeiro início da formação de cada dente) Nesta fase a lâmina dentária irá se proliferar, aumentando a quantidade de células através de atividades mitóticas diferenciadas. Para a dentição decídua, esse processo irá ocorrer em torno da 8° semana de vida intrauterina. Ao final do processo, cada arco irá apresentar 10 brotos. Resumo Embriologia e Histologia bucal (Introdução, odontogênese, amelogênese, complexo dentina-polpa 1) Fase de capuz (Caracterizada pela intensa proliferação de células epiteliais) Com a continuação da proliferação epitelial e com a condensação das células ectomesênquimais o broto fica impedido de crescer na forma oval e passa a crescer de forma desigual, adotando uma forma semelhante a um capuz. Esta fase ocorre entre a 9º e 10º semana pré-natal. Depois da fase de capuz estabelecida, é possível observar vários componentes no germe dentário. A porção epitelial que passa a apresentar várias regiões distintas denomina-se “órgão do esmalte”, que é responsável pela formação do esmalte dentário. Órgão do esmalte é dividido em: Retículo estrelado, epitélio externo e epitélio interno. Fase de capuz – proliferação Fase de campânula (proliferação e diferenciação celular) As células irão se diferenciar para a formação de esmalte e dentina. Células epiteliais irão se diferenciar em ameloblastos (formarão o esmalte). Células ectomesênquimais irão se diferenciar em odontoblastos (formarão a dentina). O processo ocorre entre a 10ª e a 11ª de desenvolvimento. Esta fase é parece muito com a fase de capuz, porém agora surgem Resumo Embriologia e Histologia bucal (Introdução, odontogênese, amelogênese, complexo dentina-polpa 1) duas novas estruturas, o estrato intermediário e o epitélio interno do esmalte. A condensação das células ecotomesênquimais aumenta, formando a papila dentária (dentina e polpa) e o folículo dentário que dará origem ao periodonto de inserção. A lâmina dentária irá se degenerar e soltará o germe dentário. O broto dos dentes permanentes é formado pela lâmina secundária quando o dente possui antecessor. Desta forma, a lâmina primária irá formar o dentes decíduos, além dos molares permanentes. Fase de coroa (deposição de dentina e esmalte na coroa do futuro dente) Nessa fase a lâmina dentária já desapareceu e a junção do epitélio externo, estrato intermediário e retículo estrelado irá formar o epitélio reduzido. Este epitélio reduzido irá proteger o esmalte até a erupção do elemento dentário. Vale lembrar que a formação da dentina é centrípeta (de fora para dentro), enquanto a do esmalte é centrífuga (de dentro para fora). Fase de raiz (diafragma epitelial e bainha de Hertwig) A alça cervical irá se transformar para que ocorra a formação da raiz. Irão surgir 2 novas estruturas: Bainha epitelial de hertwig, que vai estimular o odontoblasto a produzir dentina, e o diafragma epitelial. A dentina passa a ficar mais grossa e aumentar de tamaho, fazendo pressão na bainha de Hertwig até que ela se rompa. Quando a bainha de H se rompe, as células entram em contato com o folículo dentário que irá se diferenciar em células de cemento, osso alveolar e ligamento periodontal. A fase de raiz ocorre enquanto o dente erupciona. Resumo Embriologia e Histologia bucal (Introdução, odontogênese, amelogênese, complexo dentina-polpa 1) Os restos epiteliais de Malassez se originam da bainha de H. IMPORTANTE A formação da coroa dos dentes permanentes irá se formar em posição lingual/palatina em relação à raiz do decíduo. O periodonto de inserção é formado durante a fase de raiz. Amelogênese (processo de formação dos esmaltes dos dentes) Características do esmalte Avascular, acelular, permeável, friável, até 2,5 mm de espessura, alta dureza, translúcido (amarelado, azulado ou esbranquiçado) O esmalte é protegido pelo derivado epitelial até a sua erupção. As células formadoras do esmalte sofrem apoptose. Para compensar a fragilidade por não ter células, o esmalte adquiriu uma complexa organização estrutural e alto grau de mineralização. Composição do esmalte: 2% de água 1% material orgânico (amelogeninas) 97% mineral (hidroxiapatita) A camada de esmaltesem suporte de dentina tende a fraturar. Estágio de maturação Antes da erupção do dente na cavidade bucal, o esmalte aumenta a sua dureza, resultado do crescimento em largura dos cristais e não pela adição de novos cristais. Resumo Embriologia e Histologia bucal (Introdução, odontogênese, amelogênese, complexo dentina-polpa 1) Fase de transição: Após toda a espessura do esmalte imaturo ter sido formada, os ameloblastos sofrem significativas alterações morfológicas : redução na sua altura, volume e conteúdo de organelas. Durante a fase de maturação, os ameloblastos sofrem apoptose. Fase de maturação propriamente dita O esmalte sofre a remoção da água e do material orgânico. Ciclo de vida dos ameloblastos Fase morfogenética (determinação da forma da coroa do dente); fase de diferenciação; fase secretora; fase de maturação e fase de proteção. Complexo dentina-polpa 1 A dentina e a polpa tem origem em tecidos conjuntivos (odontoblastos e fibroblastos, respectivamente). Introdução dentina Formada principalmente pelos produtos das secreção dos odontoblastos Protege a polpa e sustenta o esmalte Tecido com vida O componente principal é o colágeno Responsável parcialmente pela cor do dente Caracterizada pela presença de múltiplos túbulos que atravessam toda sua espessura Cada túbulo é referente a um ameloblasto Sua composição lembra o osso, mas é diferente por não ter células aprisionadas ou vasos sanguíneos e não ser continuamente remodelada. Capacidade reparadora limitada (diminui com o passar da idade) Possui componentes orgânicos e inorgânicos. Composição da dentina 10% água, 20% matriz orgânica 3 70% material inorgânico. A sua composição não é uniforme, varia de acordo com a sua localização no dente. Hidroxiapatita é o principal componente inorgânico. O nível de conteúdo mineral torna a dentina mais dura que o cemento e mais macia que o esmalte. Tipos de dentina: Dentina do manto Dentina primária Pré-dentina Dentina secundária Dentina terciária Formas de dentina: Intratubular/peritubular Intertubular Resumo Embriologia e Histologia bucal (Introdução, odontogênese, amelogênese, complexo dentina-polpa 1) Introdução polpa Tecido conjuntivo mole que ocupa a porção central do dente e é dividida em: Polpa coronária e polpa radicular. A câmara pulpar se molda à forma geral da coroa do dente Sob as cúspides, estende-se para os cornos pulpares Importância de cuidado nas cúspides O canal radicular termina com o forme apical Pelo forame apical a polpa e o ligamento periodontal se encontram, nervos e vasos principais entram e saem do dente O forame apical e os canais laterais são áreas de comunicação entre espaço pulpar e periodonto e pode servir de passagem de doenças de um tecido para o outro. Referências Katchburian, E., Arana, V. Histologia e Embriologia Oral, 4ª edição . Grupo GEN, 2017 Resumos próprios de aula
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