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aula 3 Distúrbios Clínicos no Metabolismo de Lipídeo

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Maria Cecília Moscardini CMMG 2º período 
Bioquímica 
Distúrbios Clínicos no Metabolismo de 
Lipídeo 
Aula 3 
Lipoproteínas 
»Os lipídeos são transportados na 
corrente sanguínea associados as 
lipoproteínas. 
»Partículas com quantidades variáveis 
de colesterol, triacilglicerol, fosfolipídios e 
proteínas que solubilizam os lipídeos 
para transporte no sangue 
 
 
 
 
 
Funções 
»Transporte de ácido graxo para o 
tecido adiposo, para os músculos, na 
forma de triacilglicerol 
»Transporte de colesterol para células 
periféricas 
»Retorno do colesterol não utilizado 
pelas células, para o fígado 
 
 
características 
Composição lipídica 
Tamanho e densidade das 
lipoproteínas 
»Lipoproteínas maiores, possuem 
menor densidade e, lipoproteínas 
menores, possuem maior densidade. 
 
 
 
 
Apoproteínas 
Bioquímica 
 
Maria Cecília Moscardini CMMG 2º período 
São fundamentais para a dinâmica das 
lipoproteínas, uma vez que, elas irão 
interagir com receptores presentes na 
superfície da célula, possuem um papel 
de ativar enzimas e um papel estrutural, 
que garante a estrutura tridimensional 
das lipoproteínas 
*A lecitina colesterol aciltransferase 
adiciona ao colesterol um ácido graxo, 
formando um éster de colesterol que 
vai ficar retido no centro da lipoproteína. 
Possuindo um papel importante na 
captação do colesterol pelas HDL 
**A enzima lipoproteica digere os 
lipídeos, principalmente o triacilglicerol, 
permitindo a captação dos lipídeos para 
os tecidos. 
**Apo E está presente na superfície das 
lipoproteínas, encontra seu receptor, na 
superfície dos hepatócitos. Isso é 
importante para o retorno dos lipídeos 
remanescentes para o fígado, que por 
sua vez, pode eliminar o excesso ou 
formar novas lipoproteínas. 
 
 Metabolismo das Lipoproteínas 
 
Ciclo exógeno 
»Os lipídeos 
presentes no 
trato 
digestório, são 
emulsificados 
pela bile, 
digeridos pelas lipases pancreáticas e 
intestinais e absorvidas pelos enterócitos. 
»Uma vez dentro dos enterócitos, os 
lipídeos se tornam triacilglicerol e 
associados com a APO-B 48, formam o 
quilomícron nascente. 
»O quilomícron nascente, é muito 
grande, portanto, não consegue 
atravessar a parede do vaso sanguíneo, 
porem o quilomícron possui acesso aos 
vasos linfáticos e circula por eles, até 
chegar na corrente sanguínea. 
»Na corrente sanguínea, o quilomícron 
remanescente ganha do HDL, a APO-C 
Maria Cecília Moscardini CMMG 2º período 
II e APO-E, formando o quilomícron 
maduro. 
»O quilomícron maduro, percorre na 
corrente sanguínea em direção aos 
tecidos. Na parede dos tecidos, o 
quilomícron encontra a lipase 
lipoproteica (LPL). A LPL, na presença 
da APO-C, é ativada e digere o 
triacilglicerol contido dentro do 
quilomícron. O quilomícron, vai 
perdendo o material lipídico e vai 
diminuindo de tamanho, e se denomina 
quilomícron remanescente. 
»A quilomícron remanescente doa a 
APO-C, novamente para o HDL. Como 
o quilomícron remanescente possui 
APO-E, ele irá se ligar a receptores dos 
hepáticos, que irão absorver o resto de 
triacilglicerol contidos no quilomícron e 
irão processa-los para a formação de 
novas lipoproteínas, como VLDL. 
Alvo terapêutico: 
Hipercolesterolemia 
»No intestino, existe a proteína 
Niemann-Pick C1	Like 1 (NPC1L1). Essa 
proteína é importante no transporte de 
colesterol na membrana do enterócito. 
»Essa proteína é o alvo do tratamento 
de hipercolesterolemia, pois ao bloquear 
a NPC1L1, é impedido que haja uma 
maior captação de colesterol no trato 
gastrointestinal e consequentemente 
uma 
menor 
disponibilização de colesterol no corpo 
diminuindo assim o % de colesterol na 
corrente sanguínea 
. Ciclo endógeno 
»O fígado vai 
produzir a 
VLDL 
remanescente, 
que é uma 
lipoproteína 
que contem na 
sua superfície apenas a APOB-100. 
»A VLDL remanescente é liberada na 
corrente sanguínea, onde irá receber a 
APO-C II e APO-E. A. 
»A VLDL madura, circula na corrente 
sanguínea, em direção aos tecidos, 
onde na parede dos vasos estará a 
lipase lipoproteica, que irá digerir (sob 
ativação da APO C-II) o triacilglicerol 
contido na VLDL, disponibilizando assim 
ácido graxo para o tecido. 
»No tecido adiposo, o ácido graxo vai 
novamente ser transformado em 
triacilglicerol e armazenado. 
»No tecido muscular, os ácidos graxos 
irão entrar na beta oxidação e servem 
como fonte de energia. 
»Ao perder o triacilglicerol, a VLDL 
diminui de tamanho e se transforma em 
IDL. 
»O IDL é um intermediário, responsável 
por fornecer novamente a APO-C II, 
para o HDL. Podendo permanecer na 
Maria Cecília Moscardini CMMG 2º período 
sua superfície a APO-E. A APO-E 
presente na superfície do IDL, pode ir 
para o fígado e ser dirigida servindo de 
base para a produção de novas VLDL. 
»A IDL também pode fornecer a APO-
E, assim ela fica impossibilitada de 
retornar para fígado. Então a IDL se 
transforma em LDL, que fica circulante 
na corrente sanguínea. 
»A LDL irá levar os lipídeos para os 
tecidos periféricos. 
Alvo terapêutico: 
Hipercolesterolemia 
»O excesso de VLDL está relacionado 
a um tipo de hipercolesterolemia. 
»A montagem hepática do VLDL 
também é um foco terapêutico no 
tratamento da hipercolesterolemia. 
»Esse tratamento, consiste na inibição 
da síntese de APO-B ou inibição da 
MTP (proteína de transferência de TG 
microssomal) 
 
 
 
 
 
Metabolismo das LDLs 
»As LDLs são 
importantes, 
para 
disponibilizar os 
lipídeos para 
os tecidos. 
»As células do 
corpo irão 
apresentar receptores para LDL. 
»A LDL interage com o receptor e é 
internalizada. 
»Posteriormente a LDL é encaminhada 
para o endossomo. Como o Ph do 
endossomo é ácido, ocorre a 
dissociação do receptor e do LDL. O 
receptor retoma para a membrana e o 
LDL se funde ao lisossomo, onde será 
digerido. 
»O produto da digestão do LDL são 
aminoácidos, ácidos graxos e colesterol. 
*Os ácidos graxos e o colesterol, são 
utilizados para a biossíntese de novos 
lipídeos, hormônios esteroides, ácidos 
biliares, dependendo do tipo de célula 
que irá absorver o colesterol e os ácidos 
graxos. 
»O excesso de colesterol na célula, tem 
um papel importante no controle do 
metabolismo, uma vez que ele irá 
impedir a ativação da HMG-CoA 
redutase (enzima crucial na síntese de 
colesterol). Esse excesso também irá 
inibir a transcrição de receptores de 
Maria Cecília Moscardini CMMG 2º período 
LDL, conseguindo dessa forma, diminuir 
esse aumento de LDL no interior da 
célula e consequentemente acumulo de 
colesterol. 
Alvo terapêutico: 
Hipercolesterolemia 
»A HMG-CoA redutase quando inibida 
irá repercutir na redução da síntese de 
colesterol e consequentemente dos 
níveis sérios de colesterol. 
»O medicamento utilizado para isso são 
as estatinas, que irão atuar inibindo a 
HMG-CoA redutase. 
 
Metabolismo das HDL 
»Transporte reverso dos lipídeos. 
»As células hepáticas e do intestino, irão 
produzir, primeiramente a HDL 
nascente, que é uma lipoproteína no 
formato discoide com pouco lipídeo 
dentro dela e na sua superfície a APO-
A I. 
»Uma vez, na corrente sanguínea, a 
HDL nascente ativa a LCAT que 
permitirá a captação do colesterol dos 
tecidos para a transformação em éster 
de colesterol, que serão acumulados no 
interior. 
»Dessa forma a HDL passa a possuir um 
formato mais circular, com um 
componente lipídico maior no seu 
interior. 
»Com isso, a HDL também pode 
receber das outras lipoproteínas a APO-
C II e APO-E. 
»Além disso, a HDL circulando na 
corrente sanguínea, pode ativar uma 
proteína transferidora de éster de 
colesterol e fazer uma “permuta” entre 
éster de colesterol e triacilglicerol entre 
as lipoproteínas. Garantindo assim, essa 
dinâmica de transferência dos lipídeos 
entre as lipoproteínas. 
»A HDL também pode retornar para o 
fígado e libera, sobre ação das enzimas 
dos enterócitos, o colesterol e o 
triacilglicerol para os hepatócitos. O 
colesterol, uma vez nos hepatócitos,ele 
pode servir de base para a produção de 
novas lipoproteínas ou ser transformado 
em sais biliares e ser liberado pela bile, 
no intestino. No intestino, parte da bile e 
o colesterol podem ser liberados 
juntamente com as fezes. Havendo o 
controle do excesso de colesterol no 
corpo. 
Maria Cecília Moscardini CMMG 2º período 
Distúrbios Clínicos no 
Metabolismo de Lipídeo 
Dislipidemias 
»São alterações nos produtos lipídicos 
decorrentes de distúrbios em qualquer 
fase de seus metabolismos, que 
ocasionam repercussão nos níveis 
plasmáticos das lipoproteínas 
»Consequências clinicas: aterosclerose, 
infarto do miocárdio, acidente vascular 
cerebral e insuficiência vascular 
periférica 
»Principais implicações patológicas: 
formação de placa de ateroma na 
aterosclerose e doença arterial 
coronariana (DAC). O triacilglicerol, 
contribui de 3 a 4% para a formação 
do ateroma. 
»A hipertrigliceridemia, apesar de ser 
um fator de risco para as DAC, 
contribuem em menor proporção. 
»A hipercolesterolemias estão 
relacionadas com maior fator de risco 
para aterogênese. 
»Todas as lipoproteínas contêm 
colesterol 
Grau de aterogenicidade 
das lipoproteínas 
®Sociedade brasileira de aterosclerose 
»Quilomícron: não são aterogênicos 
uma vez que, pacientes com 
hiperquilomicronemia familiar não 
apresentam aterosclerose prematura. 
»Quilomícron remanescentes: podem 
ser responsáveis pela aterosclerose 
pós-prandial. 
»HDL: é a única lipoproteína 
antiaterogênica 
»Lp(a): é uma lipoproteína semelhante 
a LDL, mas que apresenta, além da 
APO-B100, uma apoproteínas 
denominada (a), também apresenta riso 
para a aterosclerose. 
®Colesterol total (CT) -Sociedade 
europeia de aterosclerose 
»Risco moderado: CT entre 200 e 
249mg/dL 
»Risco elevado: CT maior ou igual a 
250mg/dL 
® Níveis de colesterol LDL -Sociedade 
americana de aterosclerose 
(classificação aceita no Brasil) 
»Nível desejado: C-LDL<130mg/dL 
»Nível limítrofe: C-LDL entre 130 a 
150mg/dL 
»Alto risco: C-LDL= a 160mg/dL 
Fisiopatologia da placa de 
ateroma 
» O LDL quando em excesso, sofre a 
ação de superóxidos e serão oxidados. 
Uma vez oxidado, o LDL se deposita na 
parede do vaso e irá causar danos a 
parede do vaso. Consequentemente, os 
Maria Cecília Moscardini CMMG 2º período 
monócitos vão migrar para o local 
lesionado e irão se transformar em 
macrófagos. Os macrófagos apresentam 
receptores para o LDL oxidado. O 
acumulo de LDL no interior dos 
macrófagos faz com que eles se 
transformem em células espumosas. As 
células espumosas, por sua vez, vão 
liberar fatores relacionados ao processo 
inflamatório, que estimularão o 
crescimento de células musculares que 
também irão migrar para essa região e 
que fagocitar mais LDLs oxidados. 
»O receptor, para o LDL convencional, 
é regulado pelo excesso de colesterol 
dentro da célula. Já o receptor para o 
LDL não oxidado não é regulado, então 
todo o excesso de LDL vai ser 
internalizado pelos macrófagos. 
»Cristais de colesterol são formados no 
interior das células espumosas, que 
fazem com que essas células se 
rompam, estabelecendo um processo 
inflamatório gradativo, que irá formando 
uma placa de ateroma na túnica intima 
do vaso. 
 »Valores de referência de lipidograma 
em > 20 
anos. 
 
 
 
 
»Valores de referência de lipidograma 
entre 2 até 20 
anos 
 
 
 
Classificação das 
dislipidemias 
®Dislipidemias primárias: distúrbio 
lipídico de origem genética 
®Dislipidemias secundários: decorrente 
de estilo de vida inadequado, condições 
mórbidas ou de medicamentos. 
 
Classificação de 
Fresrickson 
»Padrão de fenótipo de lipoproteínas 
associados a concentrações elevadas de 
colesterol e/ou TG. 
»Todas as alterações 
relacionadas ao aumento de 
quilomícron, será observado um 
Maria Cecília Moscardini CMMG 2º período 
sobrenadante, isso se dá pois o 
quilomícron é uma lipoproteína de alta 
densidade. 
»Nas dislipidemias do tipo IIA, IIB e III, onde 
há o aumento do LDL, VLDL e IDL, é 
observado uma maior concentração de 
colesterol, principalmente no IDL e LDL, 
que são fenótipos que possuem um 
risco muito maior de aterogenicidade 
em função da alta concentração de 
colesterol. 
Efeitos das terapias 
medicamentosas nos 
valores de lipídeos

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