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Aplicações da Psicologia Positiva - Flow e Psicoterapia Positiva

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Aplicações Psicologia Positiva de Martin Seligman
Flow
A Teoria do Flow (Fluxo) foi originada e aprimorada pelo psicólogo Mihaly
Csikszentmihalyi e foi de extrema importância para a psicologia positiva de
Seligman. Visto que, os dois foram grandes parceiros no processo de
desenvolvimento e consolidação da psicologia positiva como uma vertente científica,
logo, Csikszentmihalyi é considerado o co-fundador da psicologia positiva.
Diante disso, cabe explicar que o Flow é um estágio de foco total na ação e nas
emoções desempenhadas por um indivíduo, perante uma atividade que gera grande
satisfação no mesmo (Csikszentmihalyi, 1988). Outrossim, foram identificados 5
elementos que ilustram possíveis formatos de aparição do fluxo e 3 elementos que
podem aparecer como causalidades do flow (Massarella e Winterstein, 2009). São
eles:
Elementos Causais:
● Equilíbrio entre desafio e habilidade: Segundo Csikszentmihalyi (1992), a
aplicação de uma atividade complicada gera ansiedade no índividuo,
contudo, ao se aplicar uma fácil demais, gera tédio. Logo, o flow vem a partir
da harmonia entre o saber e a atuação prática desse saber;
● Metas claras e retorno: O fluxo vem perante a noção de objetivos a serem
cumpridos, a realização deles e o feedback do seu desempenho;
● Concentração total na atividade e no momento: O flow ocorre diante da
concentração imposta durante a ação.
Elementos consequentes ou ocorrentes:
● Sensação de ’fusão’ da ação e a consciência: O flow promove o
sentimento de realização automática de uma ação;
● Sensação de controle: É quando o fluxo promove prazer pelo controle de si
sob circunstâncias adversas;
● Perda da autoconsciência: O flow provoca a perda da noção de si mesmo e
tudo o que compõe sua consciência, se conectando com a atividade
realizada e as coisas ao seu redor;
● Distorção temporal: A imersão ocasionada durante o flow permite a perda
da noção do tempo, tanto para a sua aceleração quanto para a sua lentidão;
● Experiência autotélica: Segundo Csikszentmihalyi (1992) e Kamei (2010), a
ação realizada possui o fim em si mesma, ou seja, gera a sensação de
satisfação somente por fazê-la.
Ademais, Csikszentmihalyi (1988) afirma que a sensação de flow pode ser
passageira para uma mesma ação. Por exemplo, quando uma pessoa aprende a
andar de bicicleta, no começo, todo o foco dela é dedicado para aquele desafio,
logo, a sensação de flow vem logo quando ela consegue dar as primeiras
pedaladas. Contudo, quanto mais essa pessoa anda de bicicleta, de acordo com
Csikszentmihalyi, menos chances ela terá de passar pela experiência do fluxo.
Psicoterapia Positiva
A Psicoterapia positiva (PPT) é uma abordagem terapêutica emergente, que
aplica a psicologia positiva no ambiente clínico (Rashid, Summers e Seligman,
2015). Diferentemente de outras abordagens clínicas, a PPT possui a premissa de
lidar com as diferentes demandas e sintomas psíquicos, de modo a buscar,
gradualmente, pontos fracos passíveis de evolução por métodos positivos. Ou seja,
para esses psicoterapeutas, é possível realizar o tratamento psicológico ao
incentivar o desenvolvimento de habilidades emocionais e hábitos melhores, pois
facilitam as situações de enfrentamento dessas demandas clínicas. Dado que, essa
evolução pessoal permite um processo terapêutico mais saudável e feliz,
promovendo assim, o bem-estar do paciente.
Nessa conjuntura, Snyder e Lopez (2009), montaram um método de aplicação
prática da psicologia positiva em psicoterapia. O mesmo, possui o foco no
desenvolvimento pessoal do paciente e na prevenção de diferentes demandas.
Utiliza-se então, duas classificações, são elas:
● Prevenção Primária: Trabalha na determinação dos possíveis pontos
interferentes ao longo da jornada do paciente. Por exemplo, a aplicação de
teste vocacional e o planejamento de carreira. Posto que, ao pensar e
organizar bem o direcionamento ocupacional de uma pessoa, ela possuirá
maior segurança e desenvoltura de si e, consequentemente, menos chances
de frustração profissional.
● Prevenção Secundária: Trabalha na tentativa de reversão de sofrimentos
emocionais já presentes no paciente. Por exemplo, uma criança com
dificuldades na escola terá um suporte clínico positivo que buscará entender
de onde vem essas dificuldades, quais são as habilidades e aptidões dessa
criança e, assim, desenvolvê-las com o objetivo de torná-la mais segura no
ambiente escolar.
Referências:
KAMEI, Helder Hiroki. Flow: o que é isso? um estudo psicológico sobre
experiências ótimas de fluxo na consciência, sob a perspectiva da psicologia
positiva. 2010. Dissertação (Mestrado em Psicologia Social) - Instituto de
Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010.
doi:10.11606/D.47.2010.tde-21102010-124017. Acesso em: 2021-10-01.
BORGES, E. Psicologia positiva. Uma mudança de perspectiva. 1. ed.
Florianópolis: Clube de Autores, 2017. v. 1. 246p .
RASHID, T.; SELIGMAN, M. P. Psicoterapia positiva: manual do terapeuta. Porto
Alegre: Artmed, 2019. 364 p.
Pacico, & Bastianello (2014). As origens da psicologia positiva e os primeiros
estudos brasileiros. In. Hutz, C. S. Avaliação em psicologia positiva. Artes
Medicas.

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