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Troca GasosaTroca GasosaTroca GasosaTroca Gasosa DrDrDrDraaaa Carmem Adilia Simões da FonsecaCarmem Adilia Simões da FonsecaCarmem Adilia Simões da FonsecaCarmem Adilia Simões da Fonseca Outubro 2007Outubro 2007Outubro 2007Outubro 2007 Diagrama esquemático de um alvéolo e de um capilar pulmonar próximo Difusão de Oxigênio e Dióxido de Carbono através da Membrana Respiratória Difusão Simples P = F / A A pressão é direta/ proporcional à [moléculas de gás] Ar = 79% N2 + 21% O2 Pressão Total (ao nível do mar) = 760 mmHg = 1 atmosfera Pressão Parcial N2 = 600 mmHg Pressão Parcial O2 = 160 mmHg Lei de Henry Pressão parcial de um gás dissolvido em um líquido [gás dissolvido] mL gás/100 mL sangue Pressão Parcial = Coeficiente de solubilidade mL gás/100 mL sg/mmHg mmHg 0,0240,024 0,5700,570 0,0180,018 0,0120,012 0,0080,008 OxigênioOxigênio DiDióóxido de Carbonoxido de Carbono MonMonóóxido de Carbonoxido de Carbono NitrogênioNitrogênio HHééliolio Coeficiente de solubilidade dos gases respiratórios CO2: • Maior solubilidade em água • 20 X mais solúvel que o O2 • PCO2 é menos de 1/20 da exercida pelo O2 Atmosfera Pressão de Vapor da Água Inspiração do ar não-umidificado → evaporação da H2O das superfícies das vias respiratórias → umidificação do ar Pressão parcial que as moléculas de água (PH2O) exercem para escapar através da superfície das vias aéreas respiratórias. PH2O = 47 mmHg, à 37oC Quanto maior a temperatura, maior a atividade cinética das moléculas, maior a probabilidade de escape de moléculas de água e maior a pressão de vapor da água. Pressão resultante do gás A direção da difusão resultante é determinada pela diferença entre as pressões parciais do gás na fase gasosa (alvéolos) e na fase dissolvida (sangue pulmonar). PO2 é maior na fase gasosa maior difusão de moléculas para o sangue PCO2 é maior na fase dissolvida maior difusão de moléculas para o gás alveolar Hematose Taxa de difusão de gases através dos líquidos � ≠ de pressão entre as fases gasosa e dissolvida (∆∆∆∆P) � Solubilidade do gás no líquido (S) > solubilidade = > difusão � Peso molecular do gás (PM) > PM = < difusão � Área de corte transversal da via de difusão (A) > área de corte = > no mol. difundidas � Distância de difusão (d) > distância = > tempo de difusão � Temperatura do líquido * No corpo, este fator permanece constante. ∆∆∆∆P x A x S D ∝∝∝∝ d x √PM Coeficiente de difusão do gás nos líquidos � Solubilidade � PM O coeficiente de difusão é proporcional a S√PM; assim a taxa de difusão relativa do gás é proporcional ao seu coeficiente de difusão. 1,01,0 20,320,3 0,810,81 0,530,53 0,950,95 OxigênioOxigênio DiDióóxido de Carbonoxido de Carbono MonMonóóxido de Carbonoxido de Carbono NitrogênioNitrogênio HHééliolio NOTA: A difusão dos gases nos tecidos é praticamente igual a difusão dos gases na água; pois os gases respiratórios são altamente solúveis nas membranas celulares. Ar Alveolar ≠≠≠≠ Ar Atmosférico • O ar alveolar é substituído parcial/ pelo ar atmosférico em cada respiração • O O2 é constantemente absorvido pelo sg pulmonar • O CO2 difunde-se constante/ para os alvéolos • O ar atmosférico é umidificado antes de atingir os alvéolos 74,5%74,5% 15,7%15,7% 3,6%3,6% 6,2%6,2% 74,9%74,9% 13,6%13,6% 5,3%5,3% 6,2%6,2% 74,09%74,09% 19,67%19,67% 0,04%0,04% 6,20%6,20% 78,62%78,62% 20,84%20,84% 0,04%0,04% 0,50%0,50% NN22 OO22 COCO22 HH22OO ArAr expiradoexpirado ArAr alveolaralveolar ArAr umidificadoumidificado ArAr atmosfatmosfééricorico PRESSÕESPRESSÕES PARCIAISPARCIAIS Valores da PO2 e da PCO2 no ar inspirado seco, no ar úmido da traquéia, no ar alveolar e no sangue do capilar pulmonar Taxa de renovação do ar alveolar pelo ar atmosférico • A cada inspiração normal apenas 350 mL de ar novo • Volume de ar alveolar substituído/respiração = 1 / 7 Expiração de gás de um alvéolo com sucessivas respirações Mesmo após 16 respirações o gás não foi total/ removido CRF (VRE + VR) = 2300 mL Inspiração (ar novo) = 350 mL/respiração 2300 / 350 = 0,15 ≈ 1 / 7 Taxa de Ventilação Alveolar VA = Freq x (Vc – VM) VA: Volume de ventilação alveolar / min Freq: Freqüência da respiração / min Vc: Volume Corrente VM: Volume do Espaço Morto Fisiológico VA = 12 x (0,5 – 0,15) = 4,2 L/min Taxa de remoção de excesso de gás alveolar Remoção de 50% do gás: � ventilação alveolar normal = 17 segundos � ½ ventilação alveolar normal = 34 segundos � 2 x ventilação alveolar normal ≈ 8 segundos Importância da substituição lenta do ar alveolar: � evitar mudanças repentinas nas concentrações de gases no sangue � manter estável o mecanismo de controle respiratório � ajuda evitar aumentos e quedas excessivos na oxigenação tecidual, na concentração tecidual de dióxido de carbono � evita modificações no pH tecidual quando a respiração é interrompida temporariamente. [O2] e Pressão parcial nos alvéolos A [O2] nos alvéolos e a PO2 são controladas: -Tx absorção O2 pelo sangue -Tx entrada de novo O2 nos pulmões Tx de ventilação normal: Absorção O2: 250 mL/min VA: 4,2 L/min Exercício moderado: 1000 mL O2/min ↑↑↑↑ 4X VA p/ manter a PO2 N 104 mmHg OBSERVAÇÃO A PO2 alveolar não ultrapassa 149 mmHg, mesmo com o ↑↑↑↑ ventilação alveolar; nos casos de ar atmosférico normal ao nível do mar. [CO2] e Pressão parcial nos alvéolos CO2 formado no corpo e transportado no sangue para os alvéolos, e é continuamente removido dos alvéolos pela ventilação pulmonar. Taxa normal de excreção de CO2: 200 mL/min VA normal = 4,2 L/min PCO2 = 40 mmHg ↑↑↑↑ 4x excreção de CO2: 800 mL/min ↑↑↑↑ VA A PCO2 alveolar aumenta diretamente na proporção da taxa de excreção de dióxido de carbono e cai na proporção inversa da ventilação alveolar. 40 mmHg AR Expirado = ar do espaço morto + ar alveolar Ar umidificado Para a coleta de ar alveolar, basta coletar uma amostra da última porção do ar expirado (expiração forçada), pois todo o ar do espaço morto já foi removido. Unidade respiratória A troca gasosa se dá através das membranas de todas as porções terminais dos pulmões, não apenas nos alvéolos. Todas estas membranas são conhecidas coletivamente como membrana respiratória ou membrana pulmonar. Membrana Respiratória Visão do corte transversal das paredes alveolares e seu suprimento vascular Ultra-estrutura da membrana respiratória alveolar; corte transversal Membrana Respiratória: - espessura média = 0,6 µµµµm - área superficial total ≈ 70 m2 -quantidade total de sangue nos capilares pulmonares = 60 a 140 mL - diâmetro dos capilares pulmonares = 5 µµµµm - o surfactante reduz a tensão superficial do líquido alveolar Difusão Gasosa através da Membrana Respiratória Fatores que afetam a taxa de difusão gasosa: � espessura da membrana A tx difusão é inversa/ proporcional a espessura da membrana � área superficial da membrana > área superficial = > taxa de difusão � coeficiente de difusão do gás na superfície da memb. Depende da solubilidade do gás e, inversa/, da √PM do gás A tx difusão da memb. resp. ≈ tx difusão da água � diferença de pressão parcial do gás entre os dois lados da membrana respiratória Capacidade de Difusão da Membrana Respiratória Volume de um gás que se difundirá através da membrana a cada minuto para uma diferença de pressão parcial de 1 mmHg � Capacidade de Difusão do Oxigênio: • Repouso = 21mL/min/mmHg A diferença de pressão média do O2 ≈ 11 mmHg ≈ 230 mL/min de difusão de O2 através da membrana • Exercício = máximo de 65 mL/min/mmHg Devido a dilatação dos capilares e aumento da área superficial do sangue. Melhor razão ventilação-perfusão. � Capacidade de Difusão do Dióxido de Carbono: PCO2 média no sangue pulmonar não difere muito da PCO2 nos alvéolos, devido a rápida difusão do CO2 através da membrana respiratória. Coeficiente de difusão do CO2 é 20,3 x maior que o coeficiente do O2 • Repouso 400 – 450 mL/min/mmHg • Exercício 1200 – 1300mL/min/mmHg Razão Ventilação-Perfusão Alveolar (VA/Q ou VA /Q ou V/Q ou V/Q) Conceito quantitativo desenvolvido para ajudar a entender a troca respiratória quando há um desequilíbrio entre ventilação alveolar (VA) e fluxo sangüíneo alveolar (Q). Quando VA normal e Q normal ∴∴∴∴ VA/Q normal Quando VA zero e Q presente ∴∴∴∴ VA/Q zero Quando VA adequada e Q zero ∴∴∴∴ VA/Q infinita VA/Q zero ou infinita não há troca gasosa através da membrana respiratória do alvéolo afetado •••• •••• •••• •••• Conseqüências dos defeitos da ventilação / perfusão sobre a troca gasosa nos pulmões Quando VA /Q zero � sem ventilação alveolar � o ar nos alvéolos entra em equilíbrio com o O2 e CO2 no sangue venoso. � PO2 de 40 mmHg e PCO2 de 45 mmHg nos alvéolos Quando VA /Q infinito � sem fluxo sangüíneo capilar para transportar O2 para fora e trazer o CO2 para os alvéolos � o ar alveolar ≈ ar inspirado umidificado � PO2 de 149 mmHg e PCO2 de 0 mmHg nos alvéolos Diagrama de VA/Q Captação de O2 pelo capilar pulmonar Difusão de CO2 do sangue pulmonar para o alvéolo Alterações da razão ventilação-perfusão VA/Q abaixo do normal � ventilação inadequada � parte do sg venoso não se oxigena (sangue desviado) � desvio de sg para os vasos brônquicos (2%), ao invés de fluirem através dos capilares alveolares � a quantidade de sg desviado/min = derivação (shunt) ou desvio fisiológico ⇒⇒⇒⇒ Quanto maior o desvio fisiológico, maior a quantidade de sangue que não consegue ser oxigenada enquanto atravessa os pulmões. A relação anatômica entre a artéria pulmonar, a artéria brônquica, as vias aérea e os linfáticos TB: brônquios terminais RB: brônquios respiratórios A: alvéolos AD: ductos alveolares VA/Q acima do normal � ventilação aumentada e a perfusão diminuída � aumento do espaço morto fisiológico ⇒⇒⇒⇒ Quando o espaço morto fisiológico é extenso, grande parte do trabalho da ventilação é esforço desperdiçado (“ventilação desperdiçada”), porque muito do ar ventilado nunca chega ao sangue. DPOC : Enfisema pulmonar Causa: tabagismo Conseqüências: 1) Obstrução de pequenos bronquíolos e sem ventilação alveolar VA/Q se aproxima de zero 2) Destruição de paredes alveolares e fluxo sangüíneo inadequado, ↓↓↓↓ area superficial total da memb. resp. - ocorre a “ventilação desperdiçada” VA/Q acima do normal ↑↑↑↑ VR ↑↑↑↑ CRF ↑↑↑↑ CPT Pessoa saudável em posição ereta - Parte superior dos pulmões ↓↓↓↓ perfusão VA/Q é 2,5-3,0 > valor ideal ∴∴∴∴ ↑↑↑↑ espaço morto fisiológico - Parte inferior dos pulmões ↓↓↓↓ ventilação VA/Q é 0,6 < valor ideal ∴∴∴∴Existe um desvio fisiológico As desigualdades de ventilação e perfusão diminuem um pouco a efetividade dos pulmões na troca gasosa, entretanto durante o exercício aumenta a perfusão da parte superior, diminuindo o espaço morto fisiológico e a efetividade da troca gasosa aproxima-se da ideal (0,8). Pulmão normal: diferenças de VA/Q Variação do fluxo de sangue (perfusão) nas três zonas dos pulmões PA: P alveolar Pa: pressão arterial PV: P venosa ↓↓↓↓ PaCO2 (Hipocapnia) (Hipoxemia) ““““A vida não A vida não A vida não A vida não éééé medida pelo nmedida pelo nmedida pelo nmedida pelo núúúúmero de respiramero de respiramero de respiramero de respiraçççções que damos,ões que damos,ões que damos,ões que damos, mas sim pelos momentos que nos fazem prender a respiramas sim pelos momentos que nos fazem prender a respiramas sim pelos momentos que nos fazem prender a respiramas sim pelos momentos que nos fazem prender a respiraççççãoãoãoão””””
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