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Derrame Pleural

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1 DERRAME PLEURAL 
Gizelle Felinto 
 Primeiro deve-se saber se ele é fisiológico ou patológico (se 
for patológico deve-se pesquisar sua causa) 
INTRODUÇÃO 
 CONCEITO: 
 Acúmulo anormal de liquido na cavidade pleural  
devido a diminuição da reabsorção ou aumento da 
produção 
 Cavidade pleural  espaço virtual entre as pleuras 
parietal e visceral que contém, em condições normais, 
pequenas quantidades de líquido com função 
lubrificante que melhora o deslizamento das pleuras em 
cada incursão respiratória (0,1 a 0,2 mL/Kg) 
 Líquido pleural  produzido continuamente na 
cavidade pleural e sempre é reabsorvido (produção = 
absorção), assim o volume permanece constante (30 – 
50mL, que são visto no Ultrassom de abdômen) 
 Manifestação clínica mais frequente da doença pleural 
primária ou secundária 
 
 Deve-se conhecer a causa do derrame pleural para avaliar 
a possibilidade de drenar (a principal indicação é a 
reexpansão pulmonar), pois derrame pleural não é sinônimo 
de drenagem 
 Pleura parietal tem terminações nervosas, já a visceral não 
tem 
 CAUSAS FISIOPATOLÓGICAS: 
 Aumento da permeabilidade capilar  PNEUMONIA 
 Pneumonia inflama a pleura visceral e exsuda 
para a cavidade pleural, aumentando a produção 
de líquido. Geralmente, todas causam derrame 
pleural. Se com o tratamento da pneumonia a 
permeabilidade capilar voltar ao normal, o 
derrame é reabsorvido e não há necessidade de 
drenar 
 Diminuição da pressão oncótica/coloidosmótica 
capilar pulmonar  Hipoproteinemia (Paciente 
desnutrido) 
 Hipoproteinemia causa a diminuição das proteínas 
plasmáticas (Albumina*), reduzindo a pressão que 
puxa o líquido para o meio intravascular, assim irá 
favorecer a exsudação 
 TRATAMENTO  tratar a desnutrição (reposição 
proteica) 
 Aumento da pressão hidrostática capilar pulmonar 
 ICC 
 ICC aumenta a pressão vascular pulmonar (de 
dentro para fora da pleura), gerando o derrame 
pleural 
 TRATAMENTO  tratar a ICC, reduzindo a pressão 
vascular pulmonar 
 Diminuição da pressão intrapleural  Toda 
ATELECTASIA causa Derrame pleural) 
 Na atelectasia há diminuição do pulmão, mas 
mantem -se o tamanho da caixa torácica, 
reduzindo a pressão intrapleural. O liquido é 
produzido da pleura visceral para dentro da 
cavidade pleural, favorecendo a transudação para 
dentro da cavidade torácica e aumento da pressão 
transpulmonar 
 Drenagem  se drenar a reexpansão continuará 
não ocorrendo, pois apenas diminuirá o volume do 
pulmão 
 Causa de atelectasia  obstrução da via aérea 
 Passagem transdiafragmática  ASCITE VOLUMOSA 
 Gradiente de pressão normal entre o abdômen e o 
tórax  abdominal é maior que o intrapleural 
 Na ascite volumosa  aumento da pressão 
abdominal, o que favorece a transudação dentro 
do tórax 
 Diminuição da reabsorção linfática  TUMORES DO 
MEDIASTINO, LINFOMAS 
 30% da reabsorção do líquido pleural é pela 
circulação linfática 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
 Deve-se levar em conta (pois os sintomas dependem desses 
fatores): 
 Volume e velocidade de formação do derrame 
 Reserva cardiopulmonar do paciente 
 Existência ou não de processo inflamatório (grau e tipo 
de inflamação) 
 Distensibilidade da caixa torácica e do parênquima 
 Tipo e extensão da doença primária 
 SINTOMAS: 
 Relacionados a doença de base 
 Tríade clássica (sintomas mais comuns)  
PLEURODÍNIA + DISPNEIA + TOSSE SECA 
 RELACIONADOS AO COMPROMETIMENTO PLEURAL: 
 Pleurodínia*  dor pleurítica que piora com 
inspiração profunda (ventilatório-dependente: ao 
respirar o paciente refere dor aguda) 
 Características da dor> somática, localizada, 
em pontada e de moderada intensidade 
 Dor torácica 
 Dor referida 
 Dor cervical pode ser uma dor referida de 
irritação frênica (pleura inflamada acaba 
 
2 DERRAME PLEURAL 
Gizelle Felinto 
irritando o nervo frênico e o paciente tem 
dor referida cervical) 
 Dor no ombro (inflamação do diafragma, a 
dor é devido à inervação do nervo frênico – 
dermátomos C3-C6) 
 Exemplo: paciente que fez apendicectomis, 
evoluindo para abcesso subfrênico (pus 
entre o fígado e o diafragma) e a dor pode 
ser sentida no ombro 
 RELACIONADOS A RESTRIÇÃO PULMONAR: 
 Dispneia*  aos esforços 
 Trepopneia  dispneia em decúbito lateral, 
ocorrendo em derrames volumosos 
 Está associada ao volume pleural 
 Derrame pleural pequeno não gera dispneia 
 Tosse seca*  causada por estímulos 
inflamatórios na pleura parietal ou pelo colapso 
das paredes dos brônquios adjacentes ao 
derrame 
EXAME FÍSICO 
 INSPEÇÃO ESTÁTICA: 
 Assimetria de tórax  derrame volumoso 
 Abaulamento dos espaços intercostais na expiração  
devido à alta pressão 
 INSPEÇÃO DINÂMICA: 
 Redução da expansibilidade pulmonar no lado 
acometido 
 PALPAÇÃO: 
 Frêmito toracovocal diminuído ou ausente  é o que 
difere da pneumonia que tem achados radiológicos 
semelhantes aos do derrame pleural) 
 Ictus cordis desviado ou ausente 
 Traqueia desviada  quando for muito grande 
 PERCUSSÃO: 
 Submacicez ou macicez 
 Macicez móvel 
 AUSCULTA: 
 Murmúrio vesicular diminuído ou ausente 
 Atrito pleural  se tiver atrito não há derrame pleural, 
pode ser uma pneumonia, por exemplo 
 Sopro respiratório e egofonia (Broncofonia – quando se 
ausculta as palavras de maneira clara, o normal é não 
escutar)  broncofonia é característico de 
pneumonia 
 EXAME FÍSICO GERAL: 
 Sinais da doença de base 
 PNEUMONIA x DERRAME PLEURAL: ambas podem ter redução 
do murmúrio vesicular 
 PNEUMONIA  broncofonia (pois aumenta densidade 
do pulmão, o que favorece a transmissão sonora), 
frêmito toracovocal aumentado 
 DERRAME PLEURAL  não conduz som, frêmito 
toracovocal diminuído 
ACHADOS RADIOLÓGICOS 
 Deve ser realizada a radiografia quando há suspeita clínica 
de derrame pleural 
 DISTRIBUIÇÃO TÍPICA (posição ortostática): 
 Em PA e/ou em PERFIL  em caso de dúvidas pode-se 
mudar o decúbito, onde espera-se que o líquido mude 
de conformação 
 Para ser visível em PA  deve ter um acumulo de 175-
200ml de liquido no seio costofrênico lateral, levando 
ao VELAMENTO DO SEIO COSTOFRÊNICO 
 Para ser visível em PERFIL  mais de 75 – 100ml de 
líquido para velar o seio costofrênico posterior 
 A incidência em perfil é mais sensível que a em PA para 
o diagnóstico de derrame pleural 
 Aspecto clássico: 
 Velamento homogêneo do hemitórax acometido 
 Opacidade homogênea nos segmentos 
inferiores 
 Ausência de septações  caracteriza liquido 
livre na cavidade pleural 
 Obliteração do seio costofrênico 
 Curva/Parábola de Damoiseau  característica 
do Derrame pleural (derrames volumosos são 
facilmente indentificáveis) 
 Desvio do mediastino 
 
 DISTRIBUIÇÃO TÍPICA (em decúbito): 
 O líquido escorre e opacifica o hemitórax 
correspondente 
 Obliteração dos ângulos costofrênicos 
 Aumento das densidades homogêneas superpostas ao 
pulmão 
 Corte dos ápices pulmonares 
 Diminuição da vasculatura do LI 
 
3 DERRAME PLEURAL 
Gizelle Felinto 
 DERRAMES SUBPULMONARES: 
 Elevação aparente de um ambos os diafragmas sem 
velamento do seio costofrênico  curvatura se 
aproxima da parede torácica, chamando atenção para 
coleções subfrênicas ou coleções pulmonares que 
podem estar abaixo ou acima do diafragma 
 Ápice diafragmático lateralizado 
 Bolha gástrica há mais de 2cm da borda pulmonar 
 Inversão diafragmática 
 Laurell  decúbito lateral em raios horizontais (se a 
distância da costela ao pulmão > 1cm = derrame 
pleural) 
 No derrame subpulmonar a curvatura da cúpula 
diafragmática é mais acentuada lateralmente 
 DERRAMES ATÍPICOS: 
 Depende do recolhimento elástico pulmonar 
 Derrames loculados/septados  aprisionamento 
do líquido por aderências pleurais (liquido não está livre 
na cavidade pleural). Diagnóstico depende de outros 
métodos de imagem, pois o liquido não muda sua 
conformação com o decúbito 
 Derrames intercissurais  pseudotumoresou 
tumores evanescentes (Ex: paciente com ICC, tratou e 
ficou com opacificação sólida). Estão na área da fissura 
horizontal 
 
 
 
 
 
OUTROS EXAMES DE IMAGEM 
 Em casos de dúvida diagnóstica ou para avaliação adicional 
de massas, pneumopatias, mediastino ou loculação do 
derrame 
 EXEMPLO: Paciente com dispneia, ortopnéia, dispneia 
paroxística noturna, edema de MMII, RX de tórax apresenta 
derrame pleural. Suspeita-se de ICC, em que será tratada a 
causa base e observa esse derrame. O derrame da ICC 
geralmente é bilateral, no TTO um lado melhora 
completamente e outro permanece do mesmo jeito. Logo, 
podemos pensar que no lado que não melhorou há uma outra 
doença, pois há possibilidade de ter um paciente com ICC e 
tumor de pulmão 
 ULTRASSONOGRAFIA: 
 Localização  sensível para ver liquido (que aparece 
preto) e saber a localização 
 Ecogenicidade 
 
 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA: 
 Maior precisão  pois diagnpstica derrames pleurais 
mesmo pequenos 
 Melhor avaliação do parênquima pulmonar 
 Possibilita diferenciar derrame pleural de lesões 
sólidas pleurais e de doenças pulmonares 
 O líquido escorre para o espaço paravertebral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 DERRAME PLEURAL 
Gizelle Felinto 
EXAMES 
 
PROCEDIMENTOS DIAGNÓSTICOS INVASIVOS 
 
 TORACOCENTESE: 
 Realiza-se quando há o derrame pleural de etiologia 
desconhecida 
 Inspeção do líquido  já pode dar o diagnóstico, mas 
se não confirmar pode ser feito exames bioquímicos e 
citopatológicos 
 Diferenciação entre TRANSUDATO E EXSUDATO: 
 Transudato  não há doença pleural, podendo 
ser devido a uma ICC, por exemplo. Nesses casos 
deve-se tratar a doença de base que está 
causando 
 Exsudato  há uma doença pleural 
 Presença na punção de: 
 Pus  EMPIEMA PULMONAR (drenagem indicada) 
 Sangue  HEMOTÓRAX 
 Microbiologia  faz-se essa investigação quando é 
um empiema pleural (quando há suspeita de infecção) 
 Bioquímica 
 Citopatológico  deve-se adicionar anticoagulante 
para não ocorrer citólise de coagulação do líquido 
 BIÓPSIA DE PLEURA  realiza-se quando os exames 
bioquímicos e citopatoógicos não apontam a doença 
 Com material anatomopatológico ou pode solicitar uma 
cultura tecidual 
 Solicitar em casos de  TUBERCULOSE ou DOENÇA 
MALIGNA 
 INDICAÇÃO: 
 Suspeita de derrames malignos 
 Suspeita de derrames tuberculosos 
 Em suspeita de EMPIEMA (infecção pleural) não se 
solicita biópsia 
 PLEUROSCOPIA  se com a tocacocentese e com a biópsia 
não fechar diagnóstico, realiza-se a pleuroscopia 
 Biópsia dirigida com inserção de uma câmera na caixa 
torácica 
 TORACOCENTESE  BIOQUÍMICA E/OU CITOPATOLÓGICO  
BIÓPSIA DE PLEURA  PLEUROSCOPIA 
 IMPORTANTE: 
 Não se trata o Derrame pleural, trata-se a causa do 
derrame 
 Deve-se resguardar a drenagem pleural para os casos 
com reais indicações 
TORACOCENTESE 
 Coleta de 30- 50 ml de líquido pleural entre o 2º e o 3º 
espaço intercostal abaixo da escápula 
 Alíquotas de 10 ml: 
 Citologia/Citopatologia  adicionar citrato de sódio 
3,8% (anticoagulante) 
 Analise bioquímica 
 Analise microbiológica  quando há suspeita de 
infecção 
 Analise imunológica 
 INTERPRETAÇÃO: 
 DIFERENCIAÇÃO ENTRE TRANSUDATO E EXSUDATO: 
 CRITÉRIOS DE LIGHT: principal critério para 
diferenciar transudato de exsudato 
 Relação Proteína LP (Líquido 
pleural)/Proteína Sérica (sangue periférico) 
> 0,5  indica EXSUDATO (denso e rico em 
proteína), que aponta doença pleural 
 Relação LDH (desidrogenase lática) LP/LDH 
Sérica > 0,6  EXSUDATO 
 LDH LP > 2/3 do limite superior do LDH sérico 
 EXSUDATO 
 OBS  em casos específicos, como o uso de 
fármacos diuréticos, esses critérios podem 
gerar equívocos na classificação, indicando 
com exsudato o que, na verdade, seria um 
transudato. Assim, é recomendado, nesses 
casos, utilizar gradiente de albumina 
 OUTROS: 
 Gradiente albumina sérica / fluido pleural 
 Peso especifico 
 Leucometria 
 Glicose 
 
CAUSAS DE DERRAME PLEURAL 
 
 EXSUDATOS: 
 Maior quantidade de proteína 
 Geralmente causado por inflamação, infecção ou 
neoplasia pleural 
 Indica procedimento invasivo 
 Aumento da permeabilidade dos capilares pleurais 
 Bloqueio da drenagem linfática da pleura 
 Causas: 
 Neoplasia primária metastática 
 Tuberculose pleural 
 Pneumonias bacterianas 
 Embolia pulmonar 
 Pancreatite 
 Pleurite urêmica 
 Síndrome de Meigs  fibroma ovariano + ascite 
+ derrame pleural (o liquido cai no peritônio e 
atinge a cavidade pleural por pequenas aberturas 
na musculatura diafragmática) 
 Colagenoses  artrite reumatóide e lúpus 
eritematoso sistêmico 
 TRANSUDATOS: 
 Pouca proteína 
 Doença principal não tem origem pleural, geralmente 
 Tratamento  controle da doença de base que está 
causando o derrame 
 Não há indicação para procedimento invasivo 
 
5 DERRAME PLEURAL 
Gizelle Felinto 
 Aumento da pressão hidrostática ou Redução da 
pressão coloidosmóstica do plasma 
 Causas: 
 Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) 
 Embolia pulmonar 
 Síndrome nefrótica 
 Cirrose hepática 
 Desnutrição 
 Enteropatia perdedora de proteínas 
 
 QUILOTÓRAX: 
 Indicativo de procedimento invasivo 
 Rotura traumática do ducto torácico 
 Obstrução ao retorno venoso central  trombose de 
grandes vasos 
 Obstrução do ducto torácico  linfomas, aneurisma 
de aorta, tuberculose, filariose, fibrose mediastinal 
 Doenças do sistema vascular linfático  linfomas, 
linfangiomatose, linfangioleiomiomatose 
 DERRAME PLEURAL HEMORRÁGICO: 
 Indicativo de procedimento invasivo 
 Causas: 
 Traumatismo torácico 
 Neoplasias 
 Embolia pulmonar com ou sem infarto pulmonar 
 Pancreatite 
 Insuficiência cardíaca 
 Síndrome de Dressler 
 Se for transudato  tratar a doença que está causando 
 Se for exsudato  tem indicação de abordagem 
 A primeira coisa que se deve fazer é investigar se é 
transudato, se for é só tratar a causa base e ir 
acompanhando, mas se for exsudato deve-se fazer a 
investigação 
 
ASPECTO DO LÍQUIDO COLETADO 
 
 AMARELO CLARO, NÃO VISCOSO, INODORO  PLASMA 
 Transudato 
 Muitos exsudatos 
 Tuberculose pleural  líquido é semelhante ao plasma 
 Ex: jovem com dor pleurítica, afebril e nega tosse (se 
fosse TB ele teria tosse e seria transmissível. Já na TB 
pleural não há transmissão, pois está dentro da pleura) 
 AVERMELHADO, SANGUINOLENTO: 
 Hemorrágico 
 Neoplasia, trauma, embolia pulmonar, Hemotórax  quando 
o HT (hematócrito) > ½ do normal 
 Durante a punção pode ocorrer a perfuração de algum vaso 
 Os dados hematimétricos devem ser solicitados no 
derrame sanguinolento 
 TURVO OU LEITOSO: 
 Aumento do conteúdo celular 
 Conteúdo lipídico, rico em quilomícrons  QUILOTÓRAX 
(lesão do ducto linfático) ou EMPIEMA 
 ACHOCOLATADO: 
 Amebíase com fístula hepatopleural  Abcesso amebiano 
 VISCOSO, CLARO OU SANGUINOLENTO: 
 Mesotelioma maligno 
 Piotórax antigo 
 ODOR: 
 Pútrido  Empiema Anaeróbico 
 Urina (amônia)  Urinotórax 
DADOS HEMATIMÉTRICOS 
 HEMATÓCRITO: 
 > 1%  Doença maligna, trauma, TEP 
 Hematócrito do LP for 50% maior do que o do sangue 
periférico  HEMOTÓRAX (indicação de drenagem 
torácica) 
 LEUCOMETRICA: 
 > 10.000/ mm³ - Parapneumônico, doença pancreática, 
TEP 
 Neutrófilos 
 Aumentados nas Inflamações agudas (PNM, TEP, 
TB inicial) 
 Eosinófilos 
 Ar no espaço pleural  Pneumotórax 
 Hemotórax 
 Outros  asbestose, reações a drogas, 
ascaridíase 
 Basófilos 
 Incomum 
 2%  envolvimento pleural leucêmico 
 Linfócitos 
 > 50%  Malignidade ou Tuberculose (> 90%) 
 Diferenciação útil em LLC e linfomas 
 Células mesoteliais (normal é 5 - 10%) se for menor 
que 5% significa que tem alguma doença pleural 
 Incomum < 5% 
 Tuberculose 
 Parapneumônico complicado 
 Status pós pleurodese 
 Macrófagos 
 Limitado  não confundir com células malignas 
 Plasmócitos 
 Mielomamúltiplo 
BIOQUÍMICA 
 Proteínas 
 Diferenciação transudato/exsudato 
 Doença maligna e parapneumônicos 
 LDH (+); proteínas (-) 
 Glicose < 60mg/dl 
 Malignidade (15 a 25% pacientes) 
 Maior carga tumoral; menor resultado pleurodese 
 Doença reumatóide 
 Parapneumônico 
 Amilase elevada 
 
6 DERRAME PLEURAL 
Gizelle Felinto 
 Doença pancreática 
 Tumor maligno 
 Ruptura de esôfago 
 Desidrogenase lática (LDH) 
 Diferenciação transudato/exsudato 
 Reflete o grau de inflamação pleural 
CRITÉRIOS DE LIGHT 
 PH < 7,2 
 PROTEÍNAS > 3.0 
 GLICOSE < 60 (baixa) 
 DHL > 1000 (aumentado) 
 Se preenche esses 4 critérios  PARAPNEIMÔNICO 
COMPLICADO 
 Se preenche esses critérios estamos diante de um derrame 
pleural complicado, tendo indicação cirúrgica (drenagem). 
Se não preencher esses critérios, não estou diante de um 
derrame pleural complicado 
 Desses 4 o mais fidedigno é o pH, depois do pH é a glicose 
 Quanto maior a inflamação, maior o DHL (sempre que tiver 
pleurite lúpica há aumento de DHL), mas tem outras doenças 
que aumentam DHL, então não é especifico 
BIOQUÍMICA 
 PH < 7,2 
 Parapneumônico complicado 
 Ruptura esofágica 
 Pleurite reumatóide 
 Doença pleural maligna 
 Hemotórax 
 Acidose sistêmica 
 Paragonimíase 
 Lupus 
 Urinotórax 
 Associa-se com glicose baixa e LDH elevado 
 Grande auxílio na identificação dos parapneumônicos 
complicados 
 pH < 7,2  complicado 
 7,0 < pH < 7,2  intermediário 
 pH > 7,2  não complicado 
 Pior prognóstico e menor resposta a pleurodese nos 
malignos 
OUTROS EXAMES 
 CITOLOGIA/CITOPATOLOGIA: 
 Doença maligna entre 40% e 87% 
 Indica comprometimento neoplásico da pleura 
 Impreciso na diferenciação histológica 
 MICROSCOPIA ELETRÔNICA: 
 Diferenciação entre adenocarcinoma e mesotelioma 
 HISTOQUÍMICA: 
 PAS-D (+)  adenocarcinoma 
 Alcian-blue (+)  mesotelioma 
 IMUNO-HISTOQUÍMICA: 
 CEA, B72,3 3 Leu-M1 
 Utilidade diagnóstica limitada 
 ONCOGENES  utilidade diagnóstica limitada 
 ÁCIDO HIALURÔNICO  sem indicação 
 CITOMETRIA DE FLUXO: 
 DNA nuclear 
 Se houver possibilidade de LINFOMA, deve ser cogitada 
a realização desse exame 
TESTES PARA TUBERCULOSE 
 ADENOSINA DEAMINASE (ADA)  deve-se fazer com 
certa frequência. Não é patognomônica de TB 
 > 70 U/l  sugere TB 
 < 40 U/I  afasta TB 
 Deve-se ter cuidado, pois não é patognomônica de TB, 
podendo indicar também Empiema e Artrite Reumatóide 
 INTERFERON GAMA: 
 Semelhante a ADA 
ESTUDOS IMUNOLÓGICOS 
 FATOR REUMATÓIDE  Pede-se quando há suspeita de 
doença reumática 
 > 1:320 
 Forte evidência doença reumática 
 ANTICORPOS ANTINUCLEARES  se suspeitar de Lúpus 
 Melhor teste para Lúpus 
 CÉLULAS LE  se suspeitar de Lúpus 
 Menos recomendado 
 COMPLEMENTO 
 Menos específico que FAN e FR 
OUTROS EXAMES 
 ESTUDOS LIPÍDICOS 
 Triglicerídeos > 110 mg/dl 
 Quilotórax 
 Lipoproteínas – Quilomícrons 
 Colesterol 
 Pseudoquilotórax 
 ESTUDOS MICROBIOLÓGICOS 
 Culturas 
 Aeróbias e anaeróbias 
 Micobactérias e Fungos 
 As culturas dos EMPIEMAS, geralmente, são 
negativas 
 Outros: 
 CITOCINAS 
 INTERLEUCINAS 
 BIÓPSIA DE PLEURA  só deve ser pedida quando há 
suspeita de uma dessas duas, caso contrário não se pede 
 Derrames Malignos 
 Sensibilidade de 35% a 75% 
 Menor que a citologia – Observação! 
 Derrames tuberculosos 
 Sensibilidade 50% a 80% para TB 
 
7 DERRAME PLEURAL 
Gizelle Felinto 
 Doenças fúngicas, sarcoidose e doença 
reumatóide 
 Cultura fragmentos de pleura 
 TORACOSCOPIA/ CTVA 
 Etiologia não determinada até então 
 BRONCOSCOPIA 
 Anormalidades paraquimatosas 
 BIÓPSIA PLEURAL ABERTA 
 Suplantada pela CTVA 
TIPOS DE DERRAME PLEURAL 
 DERRAME PARAPNEUMÔNICO 
 EMPIEMA 
 HEMOTÓRAX  sangue na cavidade de origem traumática 
 QUILOTÓRAX 
 URINOTÓRAX  nefropatia obstrutiva 
 HIDROTÓRAX HEPÁTICO  líquido da cavidade peritoneal 
RESUMINDO 
 No derrame pleural primeiro deve-se: 
 TRANSUDATO OU EXSUDATO? 
 TRANSUDATO: 
 Não faz mais nenhuma investigação, deve-se 
tratar a causa base (Ex: tratar a ICC que está 
causando o derrame) e acompanhar o 
paciente até melhora do quadro 
 EXSUDATO: 
 Primeiro  TORACOCENTESE 
 Biópsia de pleura  se desconfiar de TB ou 
doença maligna 
 Videotoracoscopia  se todos os demais 
exames acima não derem o diagnóstico deve-
se realizar a videotoracoscopia 
 Os demais exames serão pedidos se eu 
suspeitar de alguma outra doença (Ex: se eu 
suspeitar de Doença Reumática, peço Fator 
Reumatóide) 
DERRAME PLEURAL PARAPNEUMÔNICO 
 Associado à infecção do trato respiratório inferior (PNM, 
Abscesso ou bronquiectasias) 
 Pequeno e sem necessidade intervenção invasiva  risco 
de pneumotórax ou hemotórax no procedimento 
 Tratamento  tratar a infecção 
 Critérios de Light: 
 PH < 7,2 
 PROTEÍNAS > 3.0 
 GLICOSE < 60 (baixa) 
 DHL > 1000 (aumentado) 
 Tipos: 
 Simples ou não complicado 
 Estéril 
 Pequeno a moderado voluma 
 Não requer drenagem 
 Resolução  resolução da pneumonia com 
antibióticos 
 Empiema: 
 Infecção grosseira do espaço pleural, purulento 
 bacterioscopia e/ou cultura positivos 
 Tratamento  ANTIBIOTICOTERAPIA + DRENAGEM 
 Complicado: 
 Alterações inflamatórias sugestivas de invasão 
bacteriana do espaço pleural, mas pode ocorrer 
da bacterioscopia e cultura darem negativas 
 Tratamento  ANTIBIOTICOTERAPIA + DRENAGEM 
TORÁCICA (deve preencher todos os 4 critérios de 
Light. Se não preenche todos os critérios pode-se 
tratar de uma doença autoimune)

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