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1 DERRAME PLEURAL Gizelle Felinto Primeiro deve-se saber se ele é fisiológico ou patológico (se for patológico deve-se pesquisar sua causa) INTRODUÇÃO CONCEITO: Acúmulo anormal de liquido na cavidade pleural devido a diminuição da reabsorção ou aumento da produção Cavidade pleural espaço virtual entre as pleuras parietal e visceral que contém, em condições normais, pequenas quantidades de líquido com função lubrificante que melhora o deslizamento das pleuras em cada incursão respiratória (0,1 a 0,2 mL/Kg) Líquido pleural produzido continuamente na cavidade pleural e sempre é reabsorvido (produção = absorção), assim o volume permanece constante (30 – 50mL, que são visto no Ultrassom de abdômen) Manifestação clínica mais frequente da doença pleural primária ou secundária Deve-se conhecer a causa do derrame pleural para avaliar a possibilidade de drenar (a principal indicação é a reexpansão pulmonar), pois derrame pleural não é sinônimo de drenagem Pleura parietal tem terminações nervosas, já a visceral não tem CAUSAS FISIOPATOLÓGICAS: Aumento da permeabilidade capilar PNEUMONIA Pneumonia inflama a pleura visceral e exsuda para a cavidade pleural, aumentando a produção de líquido. Geralmente, todas causam derrame pleural. Se com o tratamento da pneumonia a permeabilidade capilar voltar ao normal, o derrame é reabsorvido e não há necessidade de drenar Diminuição da pressão oncótica/coloidosmótica capilar pulmonar Hipoproteinemia (Paciente desnutrido) Hipoproteinemia causa a diminuição das proteínas plasmáticas (Albumina*), reduzindo a pressão que puxa o líquido para o meio intravascular, assim irá favorecer a exsudação TRATAMENTO tratar a desnutrição (reposição proteica) Aumento da pressão hidrostática capilar pulmonar ICC ICC aumenta a pressão vascular pulmonar (de dentro para fora da pleura), gerando o derrame pleural TRATAMENTO tratar a ICC, reduzindo a pressão vascular pulmonar Diminuição da pressão intrapleural Toda ATELECTASIA causa Derrame pleural) Na atelectasia há diminuição do pulmão, mas mantem -se o tamanho da caixa torácica, reduzindo a pressão intrapleural. O liquido é produzido da pleura visceral para dentro da cavidade pleural, favorecendo a transudação para dentro da cavidade torácica e aumento da pressão transpulmonar Drenagem se drenar a reexpansão continuará não ocorrendo, pois apenas diminuirá o volume do pulmão Causa de atelectasia obstrução da via aérea Passagem transdiafragmática ASCITE VOLUMOSA Gradiente de pressão normal entre o abdômen e o tórax abdominal é maior que o intrapleural Na ascite volumosa aumento da pressão abdominal, o que favorece a transudação dentro do tórax Diminuição da reabsorção linfática TUMORES DO MEDIASTINO, LINFOMAS 30% da reabsorção do líquido pleural é pela circulação linfática MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Deve-se levar em conta (pois os sintomas dependem desses fatores): Volume e velocidade de formação do derrame Reserva cardiopulmonar do paciente Existência ou não de processo inflamatório (grau e tipo de inflamação) Distensibilidade da caixa torácica e do parênquima Tipo e extensão da doença primária SINTOMAS: Relacionados a doença de base Tríade clássica (sintomas mais comuns) PLEURODÍNIA + DISPNEIA + TOSSE SECA RELACIONADOS AO COMPROMETIMENTO PLEURAL: Pleurodínia* dor pleurítica que piora com inspiração profunda (ventilatório-dependente: ao respirar o paciente refere dor aguda) Características da dor> somática, localizada, em pontada e de moderada intensidade Dor torácica Dor referida Dor cervical pode ser uma dor referida de irritação frênica (pleura inflamada acaba 2 DERRAME PLEURAL Gizelle Felinto irritando o nervo frênico e o paciente tem dor referida cervical) Dor no ombro (inflamação do diafragma, a dor é devido à inervação do nervo frênico – dermátomos C3-C6) Exemplo: paciente que fez apendicectomis, evoluindo para abcesso subfrênico (pus entre o fígado e o diafragma) e a dor pode ser sentida no ombro RELACIONADOS A RESTRIÇÃO PULMONAR: Dispneia* aos esforços Trepopneia dispneia em decúbito lateral, ocorrendo em derrames volumosos Está associada ao volume pleural Derrame pleural pequeno não gera dispneia Tosse seca* causada por estímulos inflamatórios na pleura parietal ou pelo colapso das paredes dos brônquios adjacentes ao derrame EXAME FÍSICO INSPEÇÃO ESTÁTICA: Assimetria de tórax derrame volumoso Abaulamento dos espaços intercostais na expiração devido à alta pressão INSPEÇÃO DINÂMICA: Redução da expansibilidade pulmonar no lado acometido PALPAÇÃO: Frêmito toracovocal diminuído ou ausente é o que difere da pneumonia que tem achados radiológicos semelhantes aos do derrame pleural) Ictus cordis desviado ou ausente Traqueia desviada quando for muito grande PERCUSSÃO: Submacicez ou macicez Macicez móvel AUSCULTA: Murmúrio vesicular diminuído ou ausente Atrito pleural se tiver atrito não há derrame pleural, pode ser uma pneumonia, por exemplo Sopro respiratório e egofonia (Broncofonia – quando se ausculta as palavras de maneira clara, o normal é não escutar) broncofonia é característico de pneumonia EXAME FÍSICO GERAL: Sinais da doença de base PNEUMONIA x DERRAME PLEURAL: ambas podem ter redução do murmúrio vesicular PNEUMONIA broncofonia (pois aumenta densidade do pulmão, o que favorece a transmissão sonora), frêmito toracovocal aumentado DERRAME PLEURAL não conduz som, frêmito toracovocal diminuído ACHADOS RADIOLÓGICOS Deve ser realizada a radiografia quando há suspeita clínica de derrame pleural DISTRIBUIÇÃO TÍPICA (posição ortostática): Em PA e/ou em PERFIL em caso de dúvidas pode-se mudar o decúbito, onde espera-se que o líquido mude de conformação Para ser visível em PA deve ter um acumulo de 175- 200ml de liquido no seio costofrênico lateral, levando ao VELAMENTO DO SEIO COSTOFRÊNICO Para ser visível em PERFIL mais de 75 – 100ml de líquido para velar o seio costofrênico posterior A incidência em perfil é mais sensível que a em PA para o diagnóstico de derrame pleural Aspecto clássico: Velamento homogêneo do hemitórax acometido Opacidade homogênea nos segmentos inferiores Ausência de septações caracteriza liquido livre na cavidade pleural Obliteração do seio costofrênico Curva/Parábola de Damoiseau característica do Derrame pleural (derrames volumosos são facilmente indentificáveis) Desvio do mediastino DISTRIBUIÇÃO TÍPICA (em decúbito): O líquido escorre e opacifica o hemitórax correspondente Obliteração dos ângulos costofrênicos Aumento das densidades homogêneas superpostas ao pulmão Corte dos ápices pulmonares Diminuição da vasculatura do LI 3 DERRAME PLEURAL Gizelle Felinto DERRAMES SUBPULMONARES: Elevação aparente de um ambos os diafragmas sem velamento do seio costofrênico curvatura se aproxima da parede torácica, chamando atenção para coleções subfrênicas ou coleções pulmonares que podem estar abaixo ou acima do diafragma Ápice diafragmático lateralizado Bolha gástrica há mais de 2cm da borda pulmonar Inversão diafragmática Laurell decúbito lateral em raios horizontais (se a distância da costela ao pulmão > 1cm = derrame pleural) No derrame subpulmonar a curvatura da cúpula diafragmática é mais acentuada lateralmente DERRAMES ATÍPICOS: Depende do recolhimento elástico pulmonar Derrames loculados/septados aprisionamento do líquido por aderências pleurais (liquido não está livre na cavidade pleural). Diagnóstico depende de outros métodos de imagem, pois o liquido não muda sua conformação com o decúbito Derrames intercissurais pseudotumoresou tumores evanescentes (Ex: paciente com ICC, tratou e ficou com opacificação sólida). Estão na área da fissura horizontal OUTROS EXAMES DE IMAGEM Em casos de dúvida diagnóstica ou para avaliação adicional de massas, pneumopatias, mediastino ou loculação do derrame EXEMPLO: Paciente com dispneia, ortopnéia, dispneia paroxística noturna, edema de MMII, RX de tórax apresenta derrame pleural. Suspeita-se de ICC, em que será tratada a causa base e observa esse derrame. O derrame da ICC geralmente é bilateral, no TTO um lado melhora completamente e outro permanece do mesmo jeito. Logo, podemos pensar que no lado que não melhorou há uma outra doença, pois há possibilidade de ter um paciente com ICC e tumor de pulmão ULTRASSONOGRAFIA: Localização sensível para ver liquido (que aparece preto) e saber a localização Ecogenicidade TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA: Maior precisão pois diagnpstica derrames pleurais mesmo pequenos Melhor avaliação do parênquima pulmonar Possibilita diferenciar derrame pleural de lesões sólidas pleurais e de doenças pulmonares O líquido escorre para o espaço paravertebral 4 DERRAME PLEURAL Gizelle Felinto EXAMES PROCEDIMENTOS DIAGNÓSTICOS INVASIVOS TORACOCENTESE: Realiza-se quando há o derrame pleural de etiologia desconhecida Inspeção do líquido já pode dar o diagnóstico, mas se não confirmar pode ser feito exames bioquímicos e citopatológicos Diferenciação entre TRANSUDATO E EXSUDATO: Transudato não há doença pleural, podendo ser devido a uma ICC, por exemplo. Nesses casos deve-se tratar a doença de base que está causando Exsudato há uma doença pleural Presença na punção de: Pus EMPIEMA PULMONAR (drenagem indicada) Sangue HEMOTÓRAX Microbiologia faz-se essa investigação quando é um empiema pleural (quando há suspeita de infecção) Bioquímica Citopatológico deve-se adicionar anticoagulante para não ocorrer citólise de coagulação do líquido BIÓPSIA DE PLEURA realiza-se quando os exames bioquímicos e citopatoógicos não apontam a doença Com material anatomopatológico ou pode solicitar uma cultura tecidual Solicitar em casos de TUBERCULOSE ou DOENÇA MALIGNA INDICAÇÃO: Suspeita de derrames malignos Suspeita de derrames tuberculosos Em suspeita de EMPIEMA (infecção pleural) não se solicita biópsia PLEUROSCOPIA se com a tocacocentese e com a biópsia não fechar diagnóstico, realiza-se a pleuroscopia Biópsia dirigida com inserção de uma câmera na caixa torácica TORACOCENTESE BIOQUÍMICA E/OU CITOPATOLÓGICO BIÓPSIA DE PLEURA PLEUROSCOPIA IMPORTANTE: Não se trata o Derrame pleural, trata-se a causa do derrame Deve-se resguardar a drenagem pleural para os casos com reais indicações TORACOCENTESE Coleta de 30- 50 ml de líquido pleural entre o 2º e o 3º espaço intercostal abaixo da escápula Alíquotas de 10 ml: Citologia/Citopatologia adicionar citrato de sódio 3,8% (anticoagulante) Analise bioquímica Analise microbiológica quando há suspeita de infecção Analise imunológica INTERPRETAÇÃO: DIFERENCIAÇÃO ENTRE TRANSUDATO E EXSUDATO: CRITÉRIOS DE LIGHT: principal critério para diferenciar transudato de exsudato Relação Proteína LP (Líquido pleural)/Proteína Sérica (sangue periférico) > 0,5 indica EXSUDATO (denso e rico em proteína), que aponta doença pleural Relação LDH (desidrogenase lática) LP/LDH Sérica > 0,6 EXSUDATO LDH LP > 2/3 do limite superior do LDH sérico EXSUDATO OBS em casos específicos, como o uso de fármacos diuréticos, esses critérios podem gerar equívocos na classificação, indicando com exsudato o que, na verdade, seria um transudato. Assim, é recomendado, nesses casos, utilizar gradiente de albumina OUTROS: Gradiente albumina sérica / fluido pleural Peso especifico Leucometria Glicose CAUSAS DE DERRAME PLEURAL EXSUDATOS: Maior quantidade de proteína Geralmente causado por inflamação, infecção ou neoplasia pleural Indica procedimento invasivo Aumento da permeabilidade dos capilares pleurais Bloqueio da drenagem linfática da pleura Causas: Neoplasia primária metastática Tuberculose pleural Pneumonias bacterianas Embolia pulmonar Pancreatite Pleurite urêmica Síndrome de Meigs fibroma ovariano + ascite + derrame pleural (o liquido cai no peritônio e atinge a cavidade pleural por pequenas aberturas na musculatura diafragmática) Colagenoses artrite reumatóide e lúpus eritematoso sistêmico TRANSUDATOS: Pouca proteína Doença principal não tem origem pleural, geralmente Tratamento controle da doença de base que está causando o derrame Não há indicação para procedimento invasivo 5 DERRAME PLEURAL Gizelle Felinto Aumento da pressão hidrostática ou Redução da pressão coloidosmóstica do plasma Causas: Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) Embolia pulmonar Síndrome nefrótica Cirrose hepática Desnutrição Enteropatia perdedora de proteínas QUILOTÓRAX: Indicativo de procedimento invasivo Rotura traumática do ducto torácico Obstrução ao retorno venoso central trombose de grandes vasos Obstrução do ducto torácico linfomas, aneurisma de aorta, tuberculose, filariose, fibrose mediastinal Doenças do sistema vascular linfático linfomas, linfangiomatose, linfangioleiomiomatose DERRAME PLEURAL HEMORRÁGICO: Indicativo de procedimento invasivo Causas: Traumatismo torácico Neoplasias Embolia pulmonar com ou sem infarto pulmonar Pancreatite Insuficiência cardíaca Síndrome de Dressler Se for transudato tratar a doença que está causando Se for exsudato tem indicação de abordagem A primeira coisa que se deve fazer é investigar se é transudato, se for é só tratar a causa base e ir acompanhando, mas se for exsudato deve-se fazer a investigação ASPECTO DO LÍQUIDO COLETADO AMARELO CLARO, NÃO VISCOSO, INODORO PLASMA Transudato Muitos exsudatos Tuberculose pleural líquido é semelhante ao plasma Ex: jovem com dor pleurítica, afebril e nega tosse (se fosse TB ele teria tosse e seria transmissível. Já na TB pleural não há transmissão, pois está dentro da pleura) AVERMELHADO, SANGUINOLENTO: Hemorrágico Neoplasia, trauma, embolia pulmonar, Hemotórax quando o HT (hematócrito) > ½ do normal Durante a punção pode ocorrer a perfuração de algum vaso Os dados hematimétricos devem ser solicitados no derrame sanguinolento TURVO OU LEITOSO: Aumento do conteúdo celular Conteúdo lipídico, rico em quilomícrons QUILOTÓRAX (lesão do ducto linfático) ou EMPIEMA ACHOCOLATADO: Amebíase com fístula hepatopleural Abcesso amebiano VISCOSO, CLARO OU SANGUINOLENTO: Mesotelioma maligno Piotórax antigo ODOR: Pútrido Empiema Anaeróbico Urina (amônia) Urinotórax DADOS HEMATIMÉTRICOS HEMATÓCRITO: > 1% Doença maligna, trauma, TEP Hematócrito do LP for 50% maior do que o do sangue periférico HEMOTÓRAX (indicação de drenagem torácica) LEUCOMETRICA: > 10.000/ mm³ - Parapneumônico, doença pancreática, TEP Neutrófilos Aumentados nas Inflamações agudas (PNM, TEP, TB inicial) Eosinófilos Ar no espaço pleural Pneumotórax Hemotórax Outros asbestose, reações a drogas, ascaridíase Basófilos Incomum 2% envolvimento pleural leucêmico Linfócitos > 50% Malignidade ou Tuberculose (> 90%) Diferenciação útil em LLC e linfomas Células mesoteliais (normal é 5 - 10%) se for menor que 5% significa que tem alguma doença pleural Incomum < 5% Tuberculose Parapneumônico complicado Status pós pleurodese Macrófagos Limitado não confundir com células malignas Plasmócitos Mielomamúltiplo BIOQUÍMICA Proteínas Diferenciação transudato/exsudato Doença maligna e parapneumônicos LDH (+); proteínas (-) Glicose < 60mg/dl Malignidade (15 a 25% pacientes) Maior carga tumoral; menor resultado pleurodese Doença reumatóide Parapneumônico Amilase elevada 6 DERRAME PLEURAL Gizelle Felinto Doença pancreática Tumor maligno Ruptura de esôfago Desidrogenase lática (LDH) Diferenciação transudato/exsudato Reflete o grau de inflamação pleural CRITÉRIOS DE LIGHT PH < 7,2 PROTEÍNAS > 3.0 GLICOSE < 60 (baixa) DHL > 1000 (aumentado) Se preenche esses 4 critérios PARAPNEIMÔNICO COMPLICADO Se preenche esses critérios estamos diante de um derrame pleural complicado, tendo indicação cirúrgica (drenagem). Se não preencher esses critérios, não estou diante de um derrame pleural complicado Desses 4 o mais fidedigno é o pH, depois do pH é a glicose Quanto maior a inflamação, maior o DHL (sempre que tiver pleurite lúpica há aumento de DHL), mas tem outras doenças que aumentam DHL, então não é especifico BIOQUÍMICA PH < 7,2 Parapneumônico complicado Ruptura esofágica Pleurite reumatóide Doença pleural maligna Hemotórax Acidose sistêmica Paragonimíase Lupus Urinotórax Associa-se com glicose baixa e LDH elevado Grande auxílio na identificação dos parapneumônicos complicados pH < 7,2 complicado 7,0 < pH < 7,2 intermediário pH > 7,2 não complicado Pior prognóstico e menor resposta a pleurodese nos malignos OUTROS EXAMES CITOLOGIA/CITOPATOLOGIA: Doença maligna entre 40% e 87% Indica comprometimento neoplásico da pleura Impreciso na diferenciação histológica MICROSCOPIA ELETRÔNICA: Diferenciação entre adenocarcinoma e mesotelioma HISTOQUÍMICA: PAS-D (+) adenocarcinoma Alcian-blue (+) mesotelioma IMUNO-HISTOQUÍMICA: CEA, B72,3 3 Leu-M1 Utilidade diagnóstica limitada ONCOGENES utilidade diagnóstica limitada ÁCIDO HIALURÔNICO sem indicação CITOMETRIA DE FLUXO: DNA nuclear Se houver possibilidade de LINFOMA, deve ser cogitada a realização desse exame TESTES PARA TUBERCULOSE ADENOSINA DEAMINASE (ADA) deve-se fazer com certa frequência. Não é patognomônica de TB > 70 U/l sugere TB < 40 U/I afasta TB Deve-se ter cuidado, pois não é patognomônica de TB, podendo indicar também Empiema e Artrite Reumatóide INTERFERON GAMA: Semelhante a ADA ESTUDOS IMUNOLÓGICOS FATOR REUMATÓIDE Pede-se quando há suspeita de doença reumática > 1:320 Forte evidência doença reumática ANTICORPOS ANTINUCLEARES se suspeitar de Lúpus Melhor teste para Lúpus CÉLULAS LE se suspeitar de Lúpus Menos recomendado COMPLEMENTO Menos específico que FAN e FR OUTROS EXAMES ESTUDOS LIPÍDICOS Triglicerídeos > 110 mg/dl Quilotórax Lipoproteínas – Quilomícrons Colesterol Pseudoquilotórax ESTUDOS MICROBIOLÓGICOS Culturas Aeróbias e anaeróbias Micobactérias e Fungos As culturas dos EMPIEMAS, geralmente, são negativas Outros: CITOCINAS INTERLEUCINAS BIÓPSIA DE PLEURA só deve ser pedida quando há suspeita de uma dessas duas, caso contrário não se pede Derrames Malignos Sensibilidade de 35% a 75% Menor que a citologia – Observação! Derrames tuberculosos Sensibilidade 50% a 80% para TB 7 DERRAME PLEURAL Gizelle Felinto Doenças fúngicas, sarcoidose e doença reumatóide Cultura fragmentos de pleura TORACOSCOPIA/ CTVA Etiologia não determinada até então BRONCOSCOPIA Anormalidades paraquimatosas BIÓPSIA PLEURAL ABERTA Suplantada pela CTVA TIPOS DE DERRAME PLEURAL DERRAME PARAPNEUMÔNICO EMPIEMA HEMOTÓRAX sangue na cavidade de origem traumática QUILOTÓRAX URINOTÓRAX nefropatia obstrutiva HIDROTÓRAX HEPÁTICO líquido da cavidade peritoneal RESUMINDO No derrame pleural primeiro deve-se: TRANSUDATO OU EXSUDATO? TRANSUDATO: Não faz mais nenhuma investigação, deve-se tratar a causa base (Ex: tratar a ICC que está causando o derrame) e acompanhar o paciente até melhora do quadro EXSUDATO: Primeiro TORACOCENTESE Biópsia de pleura se desconfiar de TB ou doença maligna Videotoracoscopia se todos os demais exames acima não derem o diagnóstico deve- se realizar a videotoracoscopia Os demais exames serão pedidos se eu suspeitar de alguma outra doença (Ex: se eu suspeitar de Doença Reumática, peço Fator Reumatóide) DERRAME PLEURAL PARAPNEUMÔNICO Associado à infecção do trato respiratório inferior (PNM, Abscesso ou bronquiectasias) Pequeno e sem necessidade intervenção invasiva risco de pneumotórax ou hemotórax no procedimento Tratamento tratar a infecção Critérios de Light: PH < 7,2 PROTEÍNAS > 3.0 GLICOSE < 60 (baixa) DHL > 1000 (aumentado) Tipos: Simples ou não complicado Estéril Pequeno a moderado voluma Não requer drenagem Resolução resolução da pneumonia com antibióticos Empiema: Infecção grosseira do espaço pleural, purulento bacterioscopia e/ou cultura positivos Tratamento ANTIBIOTICOTERAPIA + DRENAGEM Complicado: Alterações inflamatórias sugestivas de invasão bacteriana do espaço pleural, mas pode ocorrer da bacterioscopia e cultura darem negativas Tratamento ANTIBIOTICOTERAPIA + DRENAGEM TORÁCICA (deve preencher todos os 4 critérios de Light. Se não preenche todos os critérios pode-se tratar de uma doença autoimune)
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