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resenha do artigo: Lima, Renato A. Ferreira De. Estrutura e regeneração de clareiras em Florestas Pluviais Tropicais. Revista Brasil. Bot., V.28, n.4, out.-dez. 2005. Como ideia principal para o artigo, o autor quis fazer uma explanação, para um melhor entendimento sobre as clareiras e sobre o porquê delas serem de grande importância para as florestas no geral, mas com o foco voltado para as pluviais tropicais. Apesar de todas as informações claras e sucintas presentes no artigo, alguns pontos não ficam bem definidos, por conta do baixo índice de pesquisas na área, ademais grande parte das investigações são caracterizadas por serem de curto prazo, o que torna a compreensão do assunto ainda inacabada. O artigo faz uma nova leitura de diversos trabalhos já publicados sobre o tema de estrutura e regeneração de clareiras em florestas pluviais tropicais, neste é descrito com clareza as componentes que fazem parte da estrutura de uma clareira e os fatores que influenciam sua formação, como exemplo: a quantidade de queda de árvores, galhos, arbustos e afins, o tipo de queda, o porte das quedas, o tipo do solo e outros mais tipos de inter-relações. No que se refere a regeneração das clareiras, é evidenciado a complexidade desse processo por ele ter muitas variáveis determinantes, não só para que comece, mas também para que o processo mature, pois mesmo depois de iniciado não é garantido que ele vai chegar a ser terminado. Cada parte da árvore, irá destruir a vegetação pré-existente em graus diferentes e de formas diferentes, portanto os componentes da estrutura da clareira também vão influenciar na regeneração do espaço. Além disso, é ressaltado o importante papel que os polinizadores e os herbívoros têm, tal como o microclima. As clareiras naturais são fenômenos de suma importância para a heterogeneidade das florestas, pois elas possibilitam que naquele espaço cresça uma espécie diferente de flora trazida por animais polinizadores. Logo, elas acabam por influenciar também a manutenção daquela floresta e das espécies que lá estão, porque uma floresta homogênea tem grandes chances de desaparecimento. Queimadas não naturais também podem formar clareiras em florestas, elas vão deixar o solo sem vegetação viva e com possíveis restos de materiais que podem servir de combustível, como a madeira. Com a exposição prolongada ao Sol e com o microclima com umidade baixa, pode levar a um novo incêndio, que irá destruir ainda mais a flora ea fauna local. Obviamente pode ocorrer queimadas naturais também, no entanto, a questão é que esse tipo de acontecimento é prejudicial em vários níveis que atinge que traz alterações no clima local e dependendo da escala, o clima de uma cidade, um estado e até mesmo de um país, desaparecimento de espécies e ameaça a povos indígenas e quilombolas. Tais consequências deixam bem claro que esses acontecimentos devem ser combatidos com vigor, e não devem ser estimulados com a queda de leis que protegem esses locais, com cortes de verba de combate a queimadas e com impunidade aos que começam incêndios criminosos em florestas, matas e afins, como acontece no Brasil e vem se potencializando desde o início do governo Bolsonaro, por exemplo.