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Fonte: Aula 1 DIABETES MELLITUS TIPO 2 (DM2) Gizelle Felinto INTRODUÇÃO ➢ A DM2 é uma das doenças mais prevalentes dentro da medicina ➢ O diabetes aumenta o risco de doença cardiovascular ➢ A DM2 trata-se de um conjunto de doenças metabólicas com diversas etiologias e que resultam em hiperglicemia crônica ➢ HIPERGLICEMIA CRÔNICA → está relacionada com danos vasculares importantes em órgãos-alvo como rim, coração e olhos • Essa hiperglicemia crônica lesiona os órgãos, causando danos aos pacientes. A maioria desses danos são irreversíveis, uma vez instalados não tem como retroceder. Assim, é possível apenas impedir o avanço dessa lesão, como no caso da retinopatia, mas não se pode curar o paciente desse dano que já ocorreu (não se pode retornar o que o paciente já perdeu) ➢ Doença cardiovascular → é uma das doenças mais prevalentes e mais frequentes no paciente que tem DM2 ➢ O diabetes se configura como um problema de saúde mundial, devido à sua alta morbimortalidade EPIDEMIOLOGIA ➢ No mundo → estima-se que a população mundial com diabetes é cerca de 382 milhões de pessoas ➢ No Brasil → cerca de 13 milhões de diabéticos ➢ O Brasil ocupa a 4º posição do ranking mundial de casos de diabetes ➢ O DM2 representa 90 – 95% dos casos de Diabetes Mellitus ETIOPATOGENIA ➢ No DM2 a instalação é lenta e insidiosa (ao longo dos anos), ao contrário da DM1, que é rápida/abrupta ➢ Triunvirato - As 3 primeiras bases fisiopatológicas do diabetes (hoje em dia há outros mecanismos fisiopatológicos envolvidos): • Defeitos na secreção de insulina (falência da célula β) → pois é a célula beta quem produz insulina • Resistência insulínica • Aumento do débito hepático de glicose → aumento da produção hepática de glicose (gliconeogênese) ➢ Também contribuem para o desenvolvimento de DM2: Sobrepeso e obesidade → principalmente obesidade visceral (central) • A deposição ectópica de gordura na região abdominal é um fator preditivo de resistência insulínica e de desenvolvimento, posteriormente, de diabetes ➢ O DM2 pode ocorrer em qualquer idade, mas apresenta maior prevalência após os 40 anos → isso é algo que tem mudado, pois, devido a obesidade, o diagnóstico tem sido feito cada vez mais cedo (por volta dos 30 anos) ➢ Componente Genético Importante (história familiar!) → parte dos pacientes, muitas vezes, apresentam casos de DM2 na família (mãe, pai, irmãos...) ➢ ALTERAÇÃO DA SECREÇÃO DE INSULINA → é uma das primeiras alterações da fisiopatologia do diabetes • No indivíduo sadio → há uma 1ª fase de secreção de insulina, formando um pico, e, depois de alguns minutos, ele terá uma 2ª fase, que também forma um pico, deixando os níveis de glicose dentro da normalidade. Isso serve para que o paciente volte à normalidade glicêmica no período pós- prandial (depois de se alimentar) • Paciente com alteração da secreção de insulina (com DM2): ▪ Há a perda da 1ª fase da secreção de insulina e um certo retardo na 2ª fase da secreção de insulina ▪ Isso faz com que, no período pós-prandial, o paciente fique com uma glicemia mais elevada do que o paciente que não tem diabetes ➢ RESISTÊNCIA INSULÍNICA: ▪ O papel da insulina é retirar a glicose que está circulando e levar para dentro da célula. Para isso, na maioria das vezes, a insulina precisa se acoplar a receptores, que são os receptores de membrana. Porém, às vezes, há defeitos nesses receptores. Assim, existe a insulina e a hiperglicemia, mas a insulina não consegue exercer a sua ação, pois existem alterações em diversos pontos dessa via de transmissão insulínica que vão atrapalhar a junção da insulina ao receptor ▪ Lipotoxicidade → é o excesso de gordura circulante que causa toxicidade nos tecidos, acelerando o processo de resistência insulínica e instalação do diabetes ▪ Tecido adiposo visceral (produtor de citocinas. Lipotoxicidade!) → é o tecido adiposo ruim/deletério, pois ele produz substâncias que facilitam o desenvolvimento da resistência insulínica e da síndrome metabólica, causando ou piorando o caso de DM2. Adipocinas produzidas por esse tecido: ✓ Citocinas pró-inflamatórias ✓ Ácidos graxos livres ▪ Tecido adiposo subcutâneo → produz substâncias que inibem/retardam esse processo de resistência insulínica e deposição de gordura visceral. Adipocinas produzidas por esse tecido: ✓ Adiponectina ✓ Leptina ▪ O diabetes é uma doença inflamatória, por isso que leva a um maior risco de doença macrovascular Fonte: Aula 2 DIABETES MELLITUS TIPO 2 (DM2) Gizelle Felinto ▪ Hiperglicemia → é tóxica para a célula beta pancreática (Glicotoxicidade) ▪ Hiperinsulinemia → no início, antes do desenvolvimento do DM2, a célula beta-pancreática começa a produzir mais insulina na tentativa de vencer essa resistência insulínica, levando a um quadro de hiperinsulinemia ▪ A lipólise vai levar a um excesso de ácidos graxos livres, o que vai sinalizar para o fígado, que vai responder com o aumento da gliconeogênese (aumento da produção hepática de glicose) e diminuição da degradação de insulina. Ainda, esses ácidos graxos livres vão levar a uma redução na captação de glicose pelo músculo esquelético. Diante de tudo isso, o pâncreas vai responder, inicialmente, com uma hiperinsulinemia, na tentativa de diminuir a glicose. Porém, vai chegar um ponto em que o pâncreas não vai mais suportar, o que vai levar à instalação da hiperglicemia com o DM2 ➢ Antes era o triunvirato e hoje se tem o octeto → em 2009 saiu um estudo que mostra que o diabetes é muito complexo para ser resumido apenas em 3 mecanismos fisiopatológicos. Assim, nesse estudo foi comprovado que, na verdade, são, pelo menos, 8 mecanismos fisiopatológicos conhecidos e bem determinados para o desenvolvimento do DM2 • Octeto: ▪ O triunvirato se mantém: ✓ Produção hepática de glicose ✓ Secreção de insulina pela célula beta ✓ Resistência insulínica ▪ Alterações na célula alfa pancreáticas (produtoras de glucagon) → a secreção do glucagon estará aumentada, sendo o glucagon um hormônio hiperglicemiante ▪ Efeito incretínico reduzido ▪ Lipólise aumentada → faz parte da resistência insulínica ▪ Reabsorção de glicose aumentada (pelo rim) ▪ Disfunção de neurotransmissores • Depois desse estudo mudou-se a maneira de ver o diabetes, assim como a forma de tratar o diabetes também mudou FATORES DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DO DM2 ➢ Idade > 45 anos → não há distinção de sexo ➢ História familiar de DM2 → importância do componente genético (história familiar) ➢ Excesso de peso → porém, devido à questão da gordura visceral, não é necessariamente preciso que o paciente seja obeso para que ele esteja em risco ➢ HDL-c baixo ou Triglicerídeo (TG) alto → dislipidemia diabética ➢ Sedentarismo ➢ Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) ➢ Tabagismo ➢ Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) prévio ➢ Macrossomia (feto grande para a idade gestacional - > 4 Kg), abortos de repetição ou mortalidade perinatal ➢ Uso de medicações hiperglicemiantes → como Corticoides QUADRO CLÍNICO ➢ Polidipsia (sede excessiva) ➢ Polifagia (aumento do apetite) ➢ Perda de peso → perde até mesmo massa muscular/magra ➢ Adinamia, cansaço ➢ Alterações visuais → se for uma hiperglicemia muito importante ➢ Aumento da diurese ➢ Parestesias, formigamento ➢ O ideal é que se faça o diagnóstico do paciente antes de ele apresentar esse quadro clínico, já que os pacientes que apresentam esses sintomas já estão praticamente descompensados, com glicemia muito elevada. Assim, a massa de células beta desses pacientes que apresentam esses sintomas é muito reduzida DIAGNÓSTICO ➢ GLICEMIA DE JEJUM → pode fazer o diagnóstico já na primeira dosagem • Normal → ≤ 99 mg/dL • Glicemia de jejum alterada → ≥ 100 mg/dL ➢ TESTE ORAL DE TOLERÂNCIA À GLICOSE(TOTG): • Procedimento → o paciente faz um jejum de 8h e, no laboratório, ingere 75g de glicose anidra. Coleta-se o sangue antes – quando o paciente chega em jejum – e 2h após a ingestão da glicose Fonte: Aula 3 DIABETES MELLITUS TIPO 2 (DM2) Gizelle Felinto • Quando indicar o TOTG → quando a glicemia de jejum do paciente é ≥ 100 mg/dL e < 126 mg/dL ➢ HEMOGLOBINA GLICADA (HbA1c) ➢ CRITÉRIOS PARA DIAGNÓSTICO DE DM2: • Glicemia de Jejum ≥ 126mg/dL + sintomas • Glicemia ao Acaso > 200mg/dL + sintomas → é uma glicemia feita a qualquer hora, sem jejum. Até mesmo a glicemia capilar • TOTG ≥ 200mg/dL + sintomas • HbA1c ≥ 6,5% + sintomas • A positividade de qualquer um dos parâmetros diagnósticos descritos confirma o diagnóstico de DM. Na ausência de hiperglicemia sintomática, os resultados devem ser confirmados com a repetição dos testes → pode-se repetir o mesmo exame ou realizar outro. Exemplos: ▪ HbA1c > 6,5% e Glicemia de jejum = 130mg/dL ou HbA1c = 6,9% → paciente diabético ➢ Para o diagnóstico: • Hiperglicemia acusando diabetes + sintomas → pode- se afirmar que o paciente é diabético • Hiperglicemia acusando diabetes, mas sem sintomas → realizar o mesmo exame ou outro. Se o valor do novo exame acusar DM2, o paciente é diabético PRÉ-DIABETES ➢ Diagnóstico: ▪ 100 mg/dL < Glicemia de Jejum < 126 mg/dL ▪ 140 mg/dL < TOTG < 200 mg/dL ▪ 5,4% < HbA1c < 6,5% ➢ Exemplo: TOTG = 135 mg/dL e Glicemia de Jejum = 110 mg/dL → pré-diabetes PREVENÇÃO DO DM2 ➢ Mudanças no estilo de vida, com dieta e atividade física, são a melhor forma de prevenir o diabetes ➢ Acarbose → tratamento do diabetes ➢ Metformina (é a droga mais utilizada) → é uma droga de escolha para prevenção do diabetes em pacientes que tem múltiplos fatores de risco e que, em pouco tempo, podem chegar a desenvolver diabetes, caso nada seja feito em relação a isso ➢ Orlistate → tratamento de obesidade ➢ Não é em todos os pacientes pré-diabéticos que se deve fazer o uso de Metformina! Às vezes, a mudança de estilo de vida é a melhor forma ou até mesmo o uso de outras medicações TRATAMENTO DO DIABETES IMPORTÂNCIA DO TRATAMENTO ➢ Após o diagnóstico deve-se iniciar o tratamento farmacológico imediatamente, assim como a mudança no estilo de vida, para evitar/prevenir as complicações do diabetes: • Doenças macrovasculares: ▪ Acidente Vascular Cerebral (AVC) ▪ Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) → é a principal causa de morte no paciente diabético • Doenças microvasculares: ▪ Doença renal do diabetes (Nefropatia diabética) ▪ Retinopatia diabética ▪ Neuropatia diabética ➢ Antes do UKPDS, quando o paciente assintomático recebia o diagnóstico de DM2 ele era orientado a mudar o seu estilo de vida e, depois de 3 meses, ele voltava para ser reavaliado. Depois do UKPDS, após o diagnóstico de DM2 deve-se, necessariamente, iniciar o tratamento farmacológico, a não ser que o paciente tenha algum problema que impeça que o tratamento seja iniciado METAS TERAPÊUTICAS ADA → Associação Americana de Diabetes IDF → Federação Americana de Diabetes AACE → Associação Americana dos Endocrinologistas Clínicos SBD → Sociedade Brasileira de Diabetes ➢ HbA1c → é muito difícil o paciente conseguir atingir valores menores que 6,5%. Às vezes, para conseguir atingir essa meta < 6,5%, o paciente tem uma hipoglicemia muito frequente • < 7% → já é ótimo • A ADA recomenda metas mais rigorosas (de 6 a 6,5%) para pacientes com curta duração de doença e longa expectativa de vida → ou seja, esse paciente vai viver muito tempo e ele pode desenvolver as complicações micro e macrovasculares, assim é necessário ser mais exigente com esses pacientes para que eles fiquem na meta e que fique mais difícil o desenvolvimento dessas complicações • Segundo a ADA, valores de 7,5 a 8,5% podem ser aceitáveis para idosos frágeis e pacientes com história de hipoglicemias graves, doença de longa duração, expectativa de vida limitada, complicações mais avançadas ➢ Glicemia de Jejum → 90 a 130 mg/dL • < 100 mg/dL → há o risco de hipoglicemia, a depender do paciente (Ex: idosos) ➢ Glicemia pré-prandial → 90 – 130 mg/dL ➢ Glicemia pós-prandial: • < 180 mg/dL → para idosos • < 140 mg/dL → para pacientes jovens METAS TERAPÊUTICAS PARA O TRATAMENTO DO DM2 (INDIVIDUALIZADAS) ➢ Sempre ter em mente: ▪ Expectativa de vida ▪ Comorbidades ▪ Risco de Hipoglicemia ➢ HbA1c: • 7% → em adultos • 7,5 a 8,5% → em idosos ➢ Glicemia de Jejum: Fonte: Aula 4 DIABETES MELLITUS TIPO 2 (DM2) Gizelle Felinto • < 100 mg/dL • < 130 mg/dL → idosos ➢ Glicemia Pré-Prandial: • < 100 mg/dL • < 130 mg/dL → idosos ➢ Glicemia Pós-Prandial: • < 160 mg/dL • < 180 mg/dL → idosos INTERVENÇÃO FARMACOLÓGICA ➢ SECRETAGOGOS DE INSULINA: SULFONILURÉIA MEGLITINIDAS ➢ SENSIBILIZADORES DE INSULINA: METFORMINA TIAZOLINEDIONA ➢ INIBIDORES DA ALFA-GLICOSIDASE: ACARBOSE ➢ INSULINA: AÇÃO RÁPIDA AÇÃO INTERMEDIÁRIA AÇÃO LONGA ➢ INCRETINOMIMÉTICOS: ANÁLOGOS DO GLP-1 INIBIDORES DA DDP-IV ➢ INIBIDORES DA SGLT-2: DAPAGLIFOZINA EMPAGLIFOZINA CANAGLIFOZINA METFORMINA (Biguanidas) ➢ Segundo o UKPDS → A Metformina deve ser a droga de escolha para a fase inicial do tratamento da DM2 ➢ Pode ser utilizada como monoterapia ou em associação, podendo ser associada a praticamente todas as outras medicações para DM2 ➢ Induz redução da massa corpórea em alguns pacientes ➢ Doses: • Dose máxima → 2g • Apresentações → 500mg, 750mg, 850mg e 1g ➢ Exemplo → se o paciente já faz uso de 2 comprimidos de 850mg de Metformina e não está resolvendo, não é lógico aumentar a dosagem, pois está quase em dosagem máxima. Assim, o ideal seria a associação de outra medicação ➢ Mecanismo de ação: • Não age sobre o pâncreas → dessa forma, ela não causa hipoglicemia • Ela age na resistência insulínica → atua diminuindo o débito hepático de glicose e a resistência insulínica, aumentando a utilização periférica da glicose, o que leva a uma diminuição da hiperglicemia ➢ Como ela não causa hipoglicemia, em pacientes, por exemplo, com 130 mg/dL de glicose pode-se usar tranquilamente a Metformina ➢ Efeitos colaterais: • Acidose lática → é o efeito mais temido, porém é raro de ocorrer • Sintomas gastrointestinais (dor abdominal, diarreia, cólicas) → são mais comuns de ocorrer ➢ Contraindicações: • Insuficiência renal → é contraindicado na insuficiência mais grave. Porém, na insuficiência renal leve, ajusta-se a dose (doses menores) • Insuficiência hepática • Insuficiência cardíaca • Insuficiência pulmonar • Acidose grave → devido ao risco de acidose lática ➢ Cuidados especiais: • Suspender o uso antes da administração de contrastes iodados (48h antes) e antes de cirurgia de grande porte (5 a 7 dias antes), devido ao risco de acidose lática ➢ É a mais utilizada por ser segura, ter um custo acessível, ser distribuída no SUS SULFONILUREIAS ➢ São secretagogos de insulina ➢ 1ª Geração: praticamente não são mais usadas, pois tem uma meia vida de ação muito longa (assim, se o paciente não se alimenta, ele com certeza vai ter uma hipoglicemia) TOLBUTAMIDA CLORPROPRAMIDA ➢ 2ª Geração: GLIBENCLAMIDA* → 5mg e dose máxima de 15mg. É distribuída pelo SUS. Porém, é uma potente sulfoniluréia, tendo como principal problema a hipoglicemia GLIPIZIDA GLICAZIDA* → 30mg, 60mg e 120mg (dose máxima) ➢ 3ª Geração: GLIMEPIRIDA* → 2mg e 4 mg, com dose máxima entre 6 e 8mg ➢ Mecanismo de ação: • Ligam-se a receptores específicos da célula beta (SUR). A ativação desses receptores os canais de potássio, despolarizando a célula beta e possibilitando a entrada de potássio na célula, liberando insulina ➢ GLICAZIDA e GLIMEPIRIDA → são as mais utilizadas e mais seguras da classe ➢ GLICAZIDA→tem estudos que mostram uma certa segurança, mostrando que causam menos hipoglicemia e tem segurança cardiovascular e renal naquele paciente que tem insuficiência renal leve Fonte: Aula 5 DIABETES MELLITUS TIPO 2 (DM2) Gizelle Felinto ➢ Indicação → DM2 não obesos (por isso é uma droga que não se relaciona com a fisiopatologia da doença, pois a maioria dos diabéticos é obeso) ➢ Efeitos adversos: • Hipoglicemia • Ganho de peso ➢ Contraindicações: • DM1 • Gravides • Amamentação • Complicações agudas do DM • Insuficiência Renal → 30mg de Glicazida pode ser utilizada com certa segurança na insuficiência renal leve, com ajuste de dose • Insuficiência Hepática ➢ Por estimulares bastante a célula beta, elas levam a uma falência secundária em torno de 5 a 10% ao ano ➢ Não são as melhores drogas para se usar do ponto de vista farmacodinâmico e da fisiopatologia do diabetes, mas são utilizadas porque é o que se tem maior acessibilidade TIAZOLINEDIONAS ➢ São drogas pouco utilizadas, mas podem vir a ser mais utilizadas no futuro ➢ Representantes da classe: PIOGLITAZONA → não descompensa a ICC nas classes I e II, mas é contraindicada nas III e IV ROSIGLITAZONA → foi proscrita! Não é mais utilizada. Pois ela causa tanta retenção hídrica que descompensava pacientes com ICC mesmo nas classes mais baixas (I e II) ➢ Efeitos adversos: • Hepatotoxicidade → deve-se ver função hepática (AST, ALT, GGT) a cada 3 meses • Ganho de peso • Retenção hídrica • Aumento do risco de fraturas → ter cuidado nas mulheres, principalmente as menopausadas, que já tem também um risco de ter osteoporose e fraturas ➢ Contraindicações: • DM1 • ICC classes III e IV → pois causa retenção hídrica • Hepatopatas • Etilistas • Gestantes ➢ A Pioglitazona tem mostrado benefício na esteatose hepática, mas ainda não há indicação em bula para fazer uso na esteatose, há apenas estudos sobre o assunto ➢ Doses: • Dose máxima → 45mg • Apresentação → 15mg, 30mg e 45mg ➢ Mecanismo de ação → são sensibilizadoras de insulina • Agem potencializando a ação da insulina → melhoram a expressão das proteínas transportadoras de glicose (GLUT) • Não agem sobre o pâncreas • São sensibilizadoras de insulina, agindo na resistência insulínica INIBIDORES DA ALFA-GLICOSIDASE ➢ Representante: ACARBOSE ➢ Ultimamente, tem sido muito pouco utilizada ➢ Mecanismo de ação → age retardando a ação da alfa- glicosidase, agindo a nível intestinal • O amido sofre ação da amilase, se transformando em oligossacarídeo e, rapidamente, por ação da alfa- glicosidase, se transformaria em glicose. Porém, os inibidores retardam esse processo para dar tempo da curva insulínica se ajustar e o paciente não atingir uma hiperglicemia pós-prandial por muito tempo (ela “dá tempo” para que a célula beta produza a insulina) ➢ Efeitos adversos: gastrointestinais • Flatulência • Desconforto... ➢ Não é muito bem aceita pelos pacientes ➢ Principal indicação → na HIPERGLICEMIA PÓS-PRANDIAL PERSISTENTE (paciente que após o almoço apresenta uma glicemia elevada, mesmo já fazendo uso de medicações) ➢ Não é uma droga de 1ª escolha, sendo mais um fármaco utilizado já em associação com outras drogas HORMÔNIOS INCRETÍNICOS Fonte: Aula 6 DIABETES MELLITUS TIPO 2 (DM2) Gizelle Felinto ➢ Fisiologicamente → após a alimentação, há a liberação e ativação do GLP-1, que é rapidamente inativado pelo DPP-IV (em torno de 1 a 2 minutos) ➢ Hipóteses para melhorar o tratamento do DM2: • Uma droga que iniba a ação da enzima DPP-IV, fazendo com que o GLP-1 fique ativo por mais tempo • Uma droga análoga ao GLP-1 que seja resistente à ação do DPP-IV ➢ INIBIDORES DA DPP-IV: SITAGLIPTINA VILDAGLIPTINA SAXAGLIPTINA LINAGLIPRINA ALOGLIPTINA • Mecanismo de ação → inibição da enzima DPP-IV, tendo- se o GLP-1 ativo por mais tempo ▪ Há aumento dos níveis plasmáticos de GPL-1 e com isso têm-se: ✓ Aumento da síntese e secreção de insulina ✓ Redução do Glucagon • Administração por via oral • Em monoterapia ou em associação • Associações com: ▪ METFORMINA ▪ GLITAZONAS • Indicações para o uso em monoterapia (pois sabe-se que a droga de escolha para o início do tratamento é a metformina, mas quando utilizar uma Gliptina em monoterapia?): ▪ Contraindicação à Metformina ▪ Intolerância à Metformina (Ex: náuseas, mal estar...) ▪ Nesses casos pode-se iniciar os inibidores da DPP-IV ou qualquer outra medicação que não seja a Metformia. Sempre lembrando de individualizar o tratamento • São neutras em relação ao peso → não causam ganho nem perda de peso • Apenas melhoram o controle glicêmico, mas não tem benefícios adicionais (como redução do risco cardiovascular) • Tem poucos efeitos gastrointestinais ➢ ANÁLOGOS DO GLP-1: LIRAGLITIDA → em bula, tem indicação para o uso em casos de obesidade, mesmo que o paciente não tenha diabetes, pois causa significativa perda de peso ▪ Estudo Leader → demonstrou uma redução significativa de evento cardiovascular. Isso revolucionou o tratamento do diabetes, pois antes nenhuma outra droga havida demonstrado essa redução do risco cardiovascular EXENATIDA LIXISENATINA SEMAGLUTIDA • Estudo Sustain-6 → demonstra que há benefício cardiovascular da classe dos análogos do GLP-1, e não apenas de uma droga • Mecanismo de ação → são drogas semelhantes ao GLP-1 que tem resistência à ação do DPP-IV • Benefícios dessas drogas: ▪ Retardam o esvaziamento gástrico ▪ Induzem a saciedade ▪ Assim, causa a redução do peso ▪ Restauram a primeira fase da secreção insulínica (pois a perda da primeira fase do pico de secreção insulínica é umas das primeiras coisas que ocorre no desenvolvimento do Diabetes ▪ Potencializam a secreção insulínica na presença de glicose (Glicose Dependente) → assim, o risco de hipoglicemia é menor ▪ Agem na célula-α, diminuindo a produção de Glucagon ▪ Preservação da Célula-β • Efeitos Colaterais (por retardarem o esvaziamento gástrico, se o paciente fizer uma refeição muito copiosa vai acabar passando mal): ▪ Náuseas ▪ Vômitos ▪ Devido a esses efeitos colaterais, pode ser que o paciente não consiga aderir bem ao tratamento. É por isso que se deve iniciar o tratamento com doses baixas e ir titulando (quando o paciente não tem mais náusea, aumenta-se a dose) • Administração → Subcutânea ▪ LIRAGLUTIDA → 1 vez por dia ▪ EXENATIDA, LIXISENATIDA e SEMAGLUTIDA → 1 vez por semana (o que melhora muito a adesão do paciente) • Desvantagem → custo alto (cerca de R$600 por mês) • Se eu não quero que o meu paciente perca peso (se ele não é obeso), eu não utilizo essa classe, pois causam uma significativa perda de peso ➢ INIBIDORES DA SGLT-2: EMPAGLIFOZINA ▪ Estudo Empa-REG → demonstrou uma redução de 38% de eventos cardiovasculares DAPAGLIFOZINA CANAGLIFOZINA • Mecanismo de ação → agem no rim, aumentando a excreção urinária de glicose • Benefícios: ▪ O maior benefício dessa classe é na Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) → reduz número de internamentos, casos de descompensação, mortalidade e eventos de ICC ▪ Benefícios Renais importantes ▪ Baixo risco de hipoglicemia ▪ Perda de peso ▪ Redução da Pressão Arterial Sistólica (PAS) • Como eles excretam o excesso de glicose na urina, há um risco aumentado de infecções genitais e do trato urinário. Assim, deve-se ter certos cuidados, como: ▪ Melhor assepsia da região genital Fonte: Aula 7 DIABETES MELLITUS TIPO 2 (DM2) Gizelle Felinto ▪ Ingestão de mais água ▪ Em idosos tem que ter cuidado para que eles não desidratem, pois eles têm o costume de tomar pouca água ▪ Urinar sempre que tiver vontade (não reter a urina) TERAPIA INSULÍNICA NO DM2 INDICAÇÕES ➢ No diagnóstico → quando o paciente tem Glicemia> 270mg/dL associada a sintomas hiperglicêmicos/de descompensação: • Polidipsia • Polifagia • Perda de peso • Astenia • Em pacientes jovens → depois que o paciente estabiliza o quadro pode-se cancelar o uso da insulina e introduzir um antidiabético oral, por exemplo • Não se suspende em → pacientes idosos que já tem mais de 15 a 20 anos de doença e que já tem um grande comprometimento de células beta ➢ Presença de Cetonúria/Cetonemia → que pode levar até mesmo a um quadro de Cetoacidose Diabética ➢ Controle inadequado com agentes hipoglicemiantes orais → Ex: um paciente com cerca de 20 anos com diabetes às vezes não apresenta mais controle sobre as células beta, havendo a necessidade de terapia insulínica ➢ Gravidez → estudos comprovam que é seguro o uso da Metformina na gestação, mas a principal indicação é a insulina ➢ Insuficiência Hepática ou Renal Grave ➢ Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) ou outras situações de estresse (EX: Covid) → depois que o paciente melhora desses quadros, pode-se retornar ao tratamento com as drogas orais INÍCIO DA TERAPIA INSULÍNICA ➢ Mantêm-se os Hipoglicemiantes Orais e adiciona-se uma Insulina Basal (de ação lenta): GLARGINA 100/300 → não tem pico e tem uma meia-vida de 24h. É distribuída pelo governo DETEMIR → tem meia-vida maior que 24h, dando um maior conforto ao paciente que acorda mais tarde, por exemplo, pois ela dura cerca de 30h DEGLUDECA → principalmente, pois não tem pico ➢ Como essas insulinas basais não tem pico, isso vai evitar casos de hipoglicemia ➢ Desvantagem → custo ➢ Quando o paciente não está conseguindo controlar a glicemia apenas com o uso de hipoglicemiantes orais, pode-se introduzir Glargina ou Detemir ou Degludeca à noite ou pela manhã ➢ INSULINA NHP: Também pode-se fazer uso da NPH à noite (bed time), mas antes ele deve fazer comer alguma coisa • O uso errado é a principal causa de hipoglicemia • Muitos pacientes tomam às 18h – 19h e essa insulina tem um pico de 6 a 8h (que seria por volta meia-noite de 2h da manhã, no momento em que o paciente está dormindo) e, se o paciente não se alimentou antes de fazer o uso, ele pode fazer uma hipoglicemia, que tem como causa frequente o uso errado de NPH • Se colocar para o paciente tomar às 22h, o pico será quando ele estiver acordando. Assim, o paciente vai se alimentar e não terá hipoglicemia ➢ Pré-mistura antes do jantar → Há insulinas que já vem pré- misturadas (Ex: insulina de ação lenta e de ação rápida na mesma caneta) ➢ Aumento gradual da dose → deve-se começar com uma dose pequena para evitar hipoglicemia COMO REALIZAR O TRATAMENTO DA DM2 INTERVENÇÃO FARMACOLÓGICA ➢ Início do tratamento → monoterapia com METFORMINA, geralmente ➢ Associação: • Sempre associar drogas com mecanismos de ação DIFERENTES, de classes diferentes MANUSEIO DO TRATAMENTO DO DM2 ➢ Se ao diagnóstico tem-se: • MANIFESTAÇÕES LEVES + GLICEMIA DE JEJUM < 200mg/dL: METFORMINA + Mudança no Estilo de Vida (MEV) • MANIFESTAÇÕES MODERADAS + GLICEMIA ENTRE 200 E 300mg/dL: METFORMINA + MEV + Outro Antidiabético Oral (ADO) de outra classe • MANIFESTAÇÕES SEVERAS + GLICEMIA > 300mg/dL: INSULINOTERAPIA ▪ Hospitalização → a depender do que fez o paciente ter essa manifestação severa ➢ ALGORITIMO PARA O TRATAMENTO DO DM2 (2019): • Quando for adicionar outra medicação ao tratamento deve- se individualizar o caso do paciente, escolhendo a melhor droga para o paciente • Hoje em dia a Metformina continua sendo a droga de primeira escolha para o tratamento inicial do DM2, mesmo já havendo comprovação de que outras drogas reduzem risco de eventos cardiovasculares, mas pode ser que daqui a alguns anos a Metformina deixe de ser a 1ª escolha • A doença que mais mata pacientes com diabetes é a Cardiovascular! Fonte: Aula 8 DIABETES MELLITUS TIPO 2 (DM2) Gizelle Felinto Fonte: Aula 9 DIABETES MELLITUS TIPO 2 (DM2) Gizelle Felinto • SEGUNDA ETAPA: ▪ Paciente obeso → Agonistas do Receptor do GLP-1 ▪ Paciente com DAC → Agonistas do Receptor do GLP- 1 ▪ Paciente com ICC → Inibidor do SGLT-2 ▪ Paciente que já infartou → agonistas do receptor GLP-1 ou Inibidores do SGLT-2 (pois tem benefício cardiovascular) ▪ Inibidores da DPP-IV → Paciente que: ✓ Tem doença renal ✓ Não tem muito dinheiro ✓ Não quer perder peso ✓ Tem muita infecção urinária de repetição ✓ Tem problema de próstata ✓ Tem algum problema de períneo ▪ Pioglitazona ▪ Glinidas → são muito pouco utilizadas, pois tem uma ação semelhante às sulfonilureias, como secretagogo de insulina ▪ Sulfonilureias → usa-se muito, pois tem um custo mais acessível • TERCEIRA ETAPA: ▪ Deve-se evitar a Inercia Terapêutica (Ex: paciente está apenas com a glicemia elevada, mas não tem nenhuma outra comorbidade ou sintomas. Não se deve deixar esse paciente sem tratamento!) → deve-se começar a usar a medicação (início do tratamento com Metformina) e, a depender do paciente, reavalia ele de 1 a 3 meses depois e, se o paciente não atingiu a meta glicêmica, deve-se associar a outro antidiabético oral. Depois, reavalia novamente e, se o paciente ainda não atingiu a meta, deve-se associar outra medicação oral ou injetável ou iniciar insulinoterapia ▪ Sempre fazer a associação, tanto na etapa 2 quanto na etapa 3, pensando-se na comorbidade que o paciente apresenta ➢ NA PRÁTICA, AS MEDICAÇÕES MAIS UTILIZADAS SÃO: • METFORMINA • SULFONILUREIAS: GLICAZIDA GLIMEPIRIDA GLIBENCLAMIDA → tem no SUS, mas é pouco utilizada pois causa muita hipoglicemia e aumento de peso COMPLICAÇOES CRÔNICAS DO DM2 ➢ É justamente por conta disso que se deve evitar a inercia terapêutica ➢ COMPLICAÇÕES MICROVASCULARES: • Neuropatia Diabética • Retinopatia Diabética • Nefropatia Diabética (ou Doença Renal do Paciente Diabético) ➢ Fatores de risco para o desenvolvimento dessas complicações microvasculares: • Duração da doença • Controle glicêmico inadequado • Idade do diagnóstico → um paciente que tem um diagnóstico muito jovem, como aos 25 anos, tem grande risco de desenvolver complicações, pois quando ele chegar aos 50 anos ele já vai ter 25 anos de doença • Dislipidemia • Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) • Etilismo → piora a Neuropatia Diabética • Risco genético → tem pacientes que desenvolvem muito rapidamente essas complicações • Gravidez → acelera algumas dessas complicações, como a retinopatia diabética ➢ RETINOPATIA DIABÉTICA: • Que faz esse diagnóstico é o oftalmologista • Quando indicar o Exame de Fundo de Olho: ▪ DM2 → encaminhar já no diagnóstico ▪ DM1 → 5 anos após o diagnóstico ▪ DM1 e DM2 → o seguimento é anual • Pode-se ter: ▪ Retinopatia Diabética Não Proliferativa (RDNP): ✓ Leve ✓ Moderada ✓ Grave ▪ Retinopatia Diabética Proliferativa → já é um estado bem avançado e o paciente já está praticamente com perda da acuidade visual ▪ Edema macular → também dá muita perda de acuidade visual • Complicações: ▪ Baixa acuidade visual ▪ Hemorragia vítrea ▪ Descolamento tracional de retina ▪ Edema de mácula ▪ Glaucoma neovascular ▪ Cegueira • Depois de instalada essa complicação, mesmo com o tratamento, é muito difícil regredir esse quadro e o paciente retornar ao funcionamento anterior • Tratamento: ▪ MEV e abandono do tabagismo ▪ Controle rigoroso da glicemia e da PA ▪ Monitorar e tratar Nefropatia, ICC, Dislipidemia e Anemia ▪ Fotocoagulação com laser → às vezes, faz-se apenas para evitar progressão ▪ Cirurgia → nos casos de descolamento da retina, hemorragia ▪ Antiangiogênicos (Ranibizumabe) → é uma injeção intraocular ✓ Na retinopatia diabética proliferativa há a formação de neovasos (que não são funcionantes), pesando na retina e, às vezes, Fonte: Aula 10 DIABETES MELLITUS TIPO 2 (DM2)Gizelle Felinto levando até mesmo ao tracionamento de retina, causando o descolamento da retina ✓ Agem impedindo a formação de neovasos ➢ NEFROPATIA DIABÉTICA: • Caracteriza-se pelo aumento persistente da excreção urinária de albumina • Rastreio → é feito pela pesquisa da Microalbuminúria: ▪ DM1 → 5 anos após o diagnóstico ▪ DM2 → ao diagnóstico ▪ DM1 e DM2 → seguimento anual ▪ Deve-se confirmar em 2 a 3 amostras e em intervalos de 3 a 6 meses diferentes → pois existem outras causas de microalbuminúria (Ex: infecção urinária e febre) • Tratamento: ▪ MEV e abandono do tabagismo ▪ Tratar dislipidemia ▪ HbA1c < 7% → Hipoglicemiantes orais: ✓ INIBIDORES DA DPP-IV ✓ SULFONILUREIAS ✓ Alguns precisam de ajuste de dose e outros não ▪ Como o rim não está mais funcionando adequadamente, às vezes pode-se ter hipoglicemia ▪ Controle domiciliar da glicemia é fundamental ▪ As doses de insulina necessárias, normalmente, são doses muito baixas → pois o clearance está diminuído e o paciente quase não vai metabolizar bem essa insulina, fazendo com que, às vezes, ela vá se acumulando ✓ Pacientes que normalmente precisariam de doses mais elevadas de insulina, quando tem nefropatia diabética controlam a glicemia com doses bem menores ▪ Sempre tratar a HAS: ✓ Drogas de escolha → IECA ou BRA ✓ Pode-se fazer terapia dupla/tripla, contanto que atinja a meta → BCC, Beta-bloqueadores, Diuréticos ✓ Meta → PAS < 130 e PAD< 80mmHg ➢ NEUROPATIA DIABÉTICA: • É um distúrbio neurológico demonstrável clinicamente ou por métodos laboratoriais em pacientes diabéticos, excluindo-se outras causas de neuropatia • É um diagnóstico de exclusão, pois excluem-se outras causas, como o etilismo • Pode acometer qualquer região do sistema nervoso: ▪ Sistema Nervoso Periférico ▪ Sistema Nervoso Autônomo ▪ Plexopatia • Polineuropatia Sensitivomotora Simétrica distal: ▪ É a de maior prevalência • Sintomas: ▪ Positivos: ✓ Dor ✓ Parestesias ✓ Congelamento ✓ Queimor ✓ Pontadas ✓ Arrepios ✓ Alodinia ▪ Negativos (aumentam o risco de formação de úlceras e amputação, devido às perdas sensitivas): ✓ Perda da percepção sensitiva tátil ✓ Perda da percepção dolorosa, térmica e/ou vibratória ✓ Fraqueza muscular ✓ Diminuição dos reflexos tendinosos ▪ Diagnóstico: ✓ História e exame físico ✓ Pesquisar a perda da sensibilidade plantar usando o Monofilamento de 10g: o É um fio, normalmente vem com uma haste, que se vai aplicar em pontos de pressão no pé, perguntando-se ao paciente se ele está sentindo o estímulo no ponto o Se o paciente não sentir → risco de ulceração ✓ Testes neurológicos → normalmente encaminha-se para o neurologista o Sensibilidade dolorosa profunda o Sensibilidade vibratória o Reflexo do calcâneo ▪ Tratamento → não há tratamento específico ✓ Alívio dos sintomas e prevenção da progressão ✓ Controle glicêmico ✓ Abordagem psicossocial e terapêutica ✓ Tratar Dislipidemia, tabagismo, etilismo, HAS, excesso de peso ✓ Qualidade de vida do paciente ✓ Ácido Tióctico → é um Antioxidante neuromodulador, mas não tem uma resposta muito boa ✓ Tratameno sintomático:
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