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Agentes antimicrobianos

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CONTROLE DE INFECÇÕES – AGENTES ANTIMICROBIANOS 
• Campanha nacional: devido à preocupação das resistências antimicrobianos; - uso racional desses 
antimicrobianos; 
• Colabora para que bactérias resistências não apareçam com alta resistência antimicrobiana; 
• O ambiente possui microrganismos que podem ser transmitidos – tosse, espirro, ingestão de 
alimentos, picadas de insetos, via transplacentária, transfusão sanguínea, feridas na pele; 
• Por que ocorrem as infecções: dependem do hospedeiro e do microrganismo – quando o 
hospedeiro estiver muito debilitado ele possuirá uma predisposição maior a infecção; o 
microrganismo apresenta fatores de virulência como enzimas, toxinas, capsula e alguns que não 
possuem fatores de virulência, mas pode atingir um hospedeiro debilitado; 
Infecção hospitalar: 
• Complicação relacionada a assistência à saúde – internação hospitalares; 
-Fatores intrínsecos; 
-Extremos de idade, idosos ou recém nascidos; 
-Neoplasias – câncer - como leucemia, em que a medula óssea produz muitas células sanguíneas 
e não há espaço para maturação, chegam na corrente sanguínea na forma imatura e não 
conseguem exercer suas funções; 
-Desnutrição; 
-Fatores extrínsecos; 
-Antibacterianos prévios – pode alterar a microbiota – o antibiótico pode acabar atacando células 
saudáveis e deixando espaços para invasões – causando a infecção; 
-Corticosteroides – uso de corticoides – droga anti inflamatória e imunossupressora - deprime o 
sistema imunológico – impede a resposta de defesa, ou seja, o uso deve ser racional 
-Procedimentos invasivos- cirurgias, uso de cateter, sonda, ventilação mecânica, são porta de 
entrada para microrganismos; 
Evolução clinica 
• Paciente infectado por um microrganismo – precisara do uso de antimicrobianos – todos fatores 
dependem de outro; Depende do estado clinico do paciente, do tipo de antibiótico – aguardar pra 
analisar a evolução clínica; 
• Microbiologia clínica – 1929 – Alexander Fleming descobriu a penicilina – cultivava Staphylococcus 
no laboratório e a tampa da placa ficou entre aberta e causou a contaminação da placa por um 
fungo, ele fez a leitura da placa e concluiu que a bactéria não tinha crescido em toda placa – o 
fungo inibiu o crescimento da bactéria ao seu redor – fungo penicillium – deu o nome do 
antimicrobiano PENICILINA (beta-lactâmicos); 
• A evolução clínica de um paciente depende do uso correto de antimicrobianos, estes devem ter 
toxidade seletiva, ou seja, agir contra o micro-organismo ao mesmo tempo que preserva o 
hospedeiro; 
Antimicrobianos 
• Substancias produzidas por microrganismos ou sintetizadas em laboratório que matam ou inibem 
crescimento microbiano; 
• Bactérias, fungos, vírus e parasitas; 
• Toxicidade seletiva: a droga antimicrobiana deve preservar o hospedeiro e atacar o invasor 
Classificações 
• Espectro de ação: 
-Espectro estreito – é especifica pra determinada infecção - como a penicilina, age apenas em 
gram negativas 
-Espectro amplo – pode ser usado em vários tipos de infecções; 
• Estrutura química – forma química: 
-Beta lactâmicos 
-Tetraciclinas 
-Polimixinas 
• Mecanismo de ação- inibem as: 
-Síntese de parede celular – penicilinas, cefalosporinas, bacitracinas e vancomicinas; 
-Síntese de proteínas – cloranfenicol, tetraciclina; 
-Síntese de ácidos nucleicos - 
-Membrana plasmática – desestrutura – polimixina; 
-Análogos de metabólitos essenciais - 
Efeitos sobre a síntese da parede celular: 
• Beta lactâmicos: penicilinas, cefalosporinas, monobactamico e carbapenêmicos; 
• Glicopeptideos: vancomicina e teicoplanina; 
Inibição da síntese e proteica: 
• Macrolídeos: eritromicina, claritromicina e azitromicina; 
• Aminoglicosídeos: gentamicina, tobramicina, amicacina, estreptomicina; 
• Lincosamidas: clindamicina, lincomicina; 
• Tetraciclinas: tetraciclina, doxiciclina, minociclina; 
• Oxazolidinona: linezolida; 
Efeitos sobre a estrutura e função da membrana: 
• Polimixinas: colistina, polimixa B 
Interferência na síntese do ácido nucleicos: 
• Quinolonas e fluoroquinolonas; 
Atividade antimetabólica: 
• Inibidores do ácido fólico: sulfametoxazol/trimetoprima, sulfonamida; 
Uso de antimicrobianos 
• Pode levar a cura de uma doença infecciosa – expectativa de vida adequadas, sem sequelas; 
• Mas pode levar a Seleção de Cepas – o uso de prolongado do antibiótico pode comprometer o 
paciente – as bactérias mais resistentes são selecionadas no ambiente hospitalar – ela pode levar 
o aumento do tempo de internação do paciente; 
• Ambiente hospitalar existe o uso intenso de antimicrobianos – isso exerce uma pressão seletiva 
nos microrganismos do ambiente hospitalar – isso seleciona os microrganismos mais resistentes 
Resistência bacteriana 
• Resistência intrínseca: natural da bactéria: 
• Exemplos: 
-Escherichia coli – são resistentes a axacilina; 
- Enterococcus spp. – são resistentes a cefalosporinas; 
• Herdada geneticamente, relacionada a estrutura e fisiologia da bactéria – é previsível, conhecida; 
 
• Resistência adquirida: passa a apresentar essa resistência – ocorre devido a alterações 
das características genéticas usuais; - é imprevisível – há necessidade de teste de sensibilidade 
aos antimicrobianos; 
-Pode ser adquirida por mutação espontânea – alteração no gene da bactéria que determina algo, 
e essa alteração não consegue agir contra a bactéria já que seu alvo foi modificado; 
-Transferência de genes: transformação (qnd a bactéria adquire o material genético de outra 
bactéria), transdução (qnd o material genético é transferido para outra através de um vírus - 
bacteriófago) e conjugação (qnd há transferência através da fimbria sexual/pilos); 
Emergência de resistência microbiana 
• Microrganismo sensível: ela pode sofrer uma mutação e se transformar em um microrganismo 
resistente; 
• O microrganismo pode sofrer transferência de gene de resistência; 
**Toxicidade seletiva: age contra microrganismo e preserva o hospedeiro; 
Mecanismo de resistência das bactérias 
• Produção de enzimas – que destrói o antibiótico; 
- ESBL (beta-lactamase de espectro estendido) 
- Carbapenemase. 
• Alteração no acesso do antibiótico ao sitio-alvo – permeabilidade da membrana; 
-Mecanismo de efluxo: quando o antibiótico entra na bactéria e é expulsa – ele não consegue 
alcançar seu alvo e há uma bomba de efluxo que o coloca para fora; 
• Alteração do sitio-alvo – mudanças: ribossômico, precursor da parede celular, enzimático, 
superprodução da enzima-alvo; 
Era da antibioticoterapia 
• Era pré-ATB – nesse tempo as pessoas tinham doenças infecciosas e não existiam formas de 
tratamento conhecidas e comprovadas contra os microrganismos; 
• Micro-organismos resistentes: 
-Enterobactérias produtoras de beta-lactamase de espectro estendido (ESBL) – destrói as 
cefalosporinas, penicilinas e monobactâmico; 
-Staphylococcus spp. São resistentes a meticilina; 
-Streptococcus pneumoniae é resistente à penicilina; 
-Pseudomonas e Acinetobacter são multirresistentes; 
Beta-lactamse de espectro estendido 
• Foi descoberta no inicio dos anos 80, foi isolada em uma paciente para que ocorresse a 
descoberta; 
• Ela é inibida por ácido clavulânico (in vitro), sulbactam e tazobactam; 
• Quando a bactéria produz a ESBL – é resistente a cefalosporina, mas pode ser sensível a 
cefoxitina; 
• Frequência hoje em dia é alta; 
• Importância clínica – é importante fazer teste em laboratórios – ela pode ser apresentada como 
sensível a algum antibiótico e ele não funcionas – risco de falha terapêutica; 
Reduzidas opções de tratamento 
• Antibiograma: teste em laboratório pra saber a quais antibióticos a bactéria é sensível ou 
resistente; 
• Antibiograma por disco-difusão: espalhar a bactéria por todo meio de cultura e adicionar discos de 
tipos de antibióticos diferentes: 
-Halo de inibição de crescimento por ação do antimicrobiano – deve-se medir o diâmetro – avalia-
se a medida e o que isso representará para determinadabactéria; 
• Lógica: a bactéria foi semeada por toda placa – os discos são adicionados em determinados 
pontos – o antibiótico é difundido quando colocado na placa – quanto maior o HALO menor a 
concentração do antibiótico (menos antibiótico para inibir a bactéria); 
Staphylococcus aureus com sensibilidade intermediária à vancomicina (VISA) 
Reprodução bacteriana 
• Reprodução assexuada por bipartição – fissão; 
• As bactérias filhas são geneticamente iguais as mães – não há combinação genética já que é 
reprodução do tipo assexuada; 
Transformação bacteriana 
• Mecanismo pelo qual uma bactéria adquire material genético livre no meio – 
• Bactéria no lado direito, - possui genes no seu material do nucleóide – DNA cromossômico; 
• Do lado esquerdo há fragmentos de DNA de uma bactéria que já morreu – genes de letra 
maiúscula – 
• A bactéria viva consegue adquirir o gene de uma bactéria já morta – apresenta uma característica 
nova para a bactéria; 
Transformação bacteriana - experimento com ratos 
• Representado por um experimento: 
• O pesquisador pegou a Streptococcus pneumoniae com cápsula (quando inoculado no animal ele 
morre) – linhagem virulenta; 
• Ele pegou a linhagem não virulenta – sem cápsula – inoculou no animal e ele permaneceu vivo – o 
sistema imunológico consegue destruir a bactéria – fagocitada; 
• Depois inoculou a linhagem virulenta morta – não é uma ameaça para o animal; 
• Quando o pesquisador inocula a linhagem não virulenta viva e a linhagem virulenta morta - o 
animal morre – ocorre a transformação bacteriana – a não virulenta adquire o gene que determina 
síntese a cápsula e se torna uma bactéria virulenta;

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