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Hiole Nolasco FARINGOAMIGDALITES − VIRAL – NÃO NECESSITA DE EXAME COMPLEMENTAR o Qualquer idade, < 3 anos o Início lento o Dor de garganta o Tosse o Congestão nasal o Conjuntivite o Rouquidão o Diarreia o Lesões (úlceras ou vesículas) o IMAGEM: lesões aftosas, que sugerem uma lesão herpética, são úlceras que passaram da fase de vesícula e são encontradas dessa forma. Falam mais a favor de viral. o Crianças com vesículas em mão, região perioral, pés = Síndrome pé- mão-boca (vírus Coxsake) − BACTERIANA o Idade entre 3-15 anos o Início brusco de odinofagia o Febre alta > 38,5°C o Rash escarlatiniforme o Nódulos linfáticos > 1cm, assimétricos, com sinais flogísticos o Exsudato tonsilofaríngeo o Petéquia palatal o Dor abdominal isolada, sem outras queixas gastrintestinais o IMAGEM: edema, hiperemia e exsudato. Alguns casos podem ser vistos petéquias, língua em forma de framboesa, bem típica da infecção por streptococus. O correto seria usar duas espátulas, para conseguir visualizar toda a estrutura da boca. Hiole Nolasco − Tonsilas aumentadas, com exsudato, na história tem odinofagia e febre não mensurada (se fosse alta, aumentava suspeita para bacteriana); − O fato de ter iniciado o AINE sem melhora com 24 horas, acontece muito em casos bacterianos, falando mais a favor, se fosse viral já teria uma melhora. − Ao exame, vê a tonsila abaulada com hiperemia bem delimitada, com uma área de drenagem espontânea de pus. É um abscesso periamigdaliano. Normalmente se desenvolve entre a cápsula da tonsila palatina e parede lateral da faringe, empurrando a tonsila palatina e úvula medialmente, como vemos na imagem. − Há inflamação dos músculos mastigatórios e o paciente normalmente apresenta trismo, que é a restrição de abertura da boca. − Se tiver com restrição de abertura bucal, não vamos ter um bom acesso ao abscesso, impossibilitando a terapêutica via ambulatorial. Esse abscesso pode progredir, descendo pelos espaços cervicais, dissecando até o mediastino e cursar com uma mediastinite, uma complicação mais grave. − Nesse caso, o abscesso dissecou mais para o palato, esse paciente tem abertura bucal como podemos ver no exame, possibilitando sua drenagem via ambulatorial. − Ao exame, a tonsila à direta está normal, mas a esquerda está abaulada e não é possível ver a úvula. Isso mostra uma grande coleção, apesar da melhora clínica do paciente. Ao fazer uma TC, é possível ver um abscesso de grande volume, que progride para região cervical. − Existem duas formas de fazer a drenagem. Uma delas é fazer incisão e divulsionar o tecido e outra é fazer a punção com agulha de grosso calibre. − Uma vez com abscesso, ele DEVE ser drenado, apenas o antibiótico NÃO resolverá o problema. Se o médico não tiver treinamento e capacidade de drenar, este deve ser encaminhado para um serviço. Hiole Nolasco − Ter certeza da capacidade de manejar dificuldades de via área; − Luz adequada para o procedimento (fotófono); − Palpar gentilmente o palato para localizar a área de flutuação, área mais abaulada com certo amolecimento, é o ponto certo de drenagem; − Aplica anestésico spray + infiltração com lidocaína (muitas vezes nem surte tanto efeito, mas quando usada com epinefrina ajuda na hemostasia) − Usar seringa de 10 ou 20ml e uma agulha de grosso calibre, pois a secreção pode ser espessa; − Retrai a língua usando o abaixador de língua e insere a agulha; − Ao inserir a agulha, puxa o êmbolo para fazer um vácuo e depois vai inserindo a agulha em uma determinada direção, não ultrapassando 8mm de profundidade (cuidado com os grandes vasos do pescoço); − Se não refluir nada, recua um pouco, sem tirar a ponta, inclina e avança mais uma vez, buscando em várias direções até refluir o conteúdo do abscesso. − Paciente com abertura bucal restrita, com amígdalas normais, porém com abaulamento da região retromolar, além de hiperemia. Isso é um caso de pricoronarite, acontece em adulto jovem, quando o 3° molar emerge pacialmente e não libera completamente a coroa, ficando recoberto por uma parte da mucosa, levando a aumento de atrito e infecção. − Pode resolver sozinho ou com necessidade de ATB. A resolutividade é com o dentista, após exposição da coroa completamente. Hiole Nolasco − Úlcera rasa, coberta de fibrina, conhecida como afta maior, no seu diâmetro > 1cm. Afta menor é quando tem múltiplas e pequenas. Nesse caso é de afta maior, um quadro viral, devendo ser feita uma boa analgesia, pois a dor nesses casos é muito intensa. − Hot potato voice = voz de batata quente. A voz do paciente fica diferente, como se tivesse algo comprimindo o pescoço. É devido ao aumento da ocupação da orofaringe, pode ser pela amígdala hipertrófica, processos inflamatórios, tumores de base de língua ou de parede de faringe. − Se odinofagia muito intensa, pedir uma laringoscopia, pois nesses casos de epiglotite, o exame físico não consegue fechar o diagnóstico sem o exame mais profundo. Pode ser também amigdalite lingual, onde o tecido linfoide da base da língua está inflamado, só pode ser visto na laringoscopia. Hiole Nolasco − Hiperemia na parede posterior da faringe, é uma faringite, com uma linha de drenagem de secreção purulenta, com uma descarga de secreção posterior, mostrando uma ronossinusite aguda. − Tonsilas aumentadas, assimétricas (D>E), com exsudato pegando a parede posterior da faringe. − Linfocitose sem desvios ou neutrofilia, sugerindo um caso de mononucleose infecciosa, uma doença viral causada pelo vírus Epstein Barr, que promove um aumento do tecido linfóide, com aumento de amígdalas e de gânglios linfáticos. Pode cursar com hepato-esplenomegalia. Muitas vezes, em casos assim, tenta o tratamento com ATB e o paciente cursa com rash cutâneo, falando também a favor de mononucleose. Comum em adolescentes e adultos jovens e geralmente a febre não é muito alta. − A tonsila faríngea, também chamada de adenoide, pode crescer na infância, com pico de crescimento com cerca de 7 anos e depois ela tem uma tendência a diminuir de tamanho. Muitas vezes é comum ser encontrado em adolescentes vestígios desse tecido linfoide em rinofaringe. Quando esse adolescente tem monocleose, esse vestígio de tecido pode crescer ainda mais, levando a roncos, entupimento nasal, pela hipertrofia do tecido linfoide (adenoide) secundário à mononucleose. − Se acesso ao laboratório, ajuda muito no diagnóstico. Hiole Nolasco − Esse caso é um tipo de tonsilite, chamado de Angina de Plau Vicent, acontece em adultos, um quadro agudo, que cursa com 4 a 5 dias de odinofagia. Uma infecção fuso-espiralar, um bacilo fusiforme e uma espiroqueta que causa essa perda de substância. O tratamento é com antibiótico e essa lesão vai cicatrizar por segunda intenção. − Se esse mesmo paciente vem com uma história de 20 dias, um quadro mais arrastado, sem melhora com uso de antibiótico, já suspeitaria de uma doença maligna, propondo a realização de biópsia desse tecido. − Há uma lesão vegetante na amigdala esquerda, suspeitando de um tumor de tonsila, sendo feita a biópsia com retirada de 3 fragmentos, com resultado de carcinoma escamo-celular, sendo feita radioterapia com boa evolução. − As tonsilas podem ser cede de doença neoplásica, tanto CEC como linfomas. − A otalgia ipsilateral se deve ao nervo glossofaríngeo, onde um dos seus ramos vai para o ouvido médio, é o ramo timpânico, responsável pelas infecções ou tumores causarem otalgia reflexa. Examinar o ouvido para descartar infecção subjacente e associar então à essa otalgia reflexa devido ao nervo. Hiole Nolasco − Parede posterior com certa hiperemia, tonsilas com exsudato ainda presentes. − O diagnóstico é de faringo-amigdalite bacteriana, pela história com melhora inicial ao uso de ATB. − A pacientereferiu melhora sintomática, mas estava preocupada com o exsudato que ainda estava presente após tratamento. Foi orientada terminar tratamento com clindamicina e reforçada a analgesia. − Nesse caso, houve uma piora no 3° dia pois ela estava usando um ATB, que estava em concentração terapêutica e na troca de ATB, essa concentração terapêutica da nova droga ainda há um tempo para ser atingida. − Focar na clínica e não no visual do exsudato!! − Nesse caso poderia ser trocado o ATB, para clindamicina por exemplo. A clindamicina tem apresentação venosa e em cápsulas. É uma lincosamida. Clindamicina, 300mg, 8/8h, por 10 dias. − Como ela usou a benzetacil, a concentração terapêutica pode ainda não ter sido atingida. Nesse caso pode prescrever amoxilicina 500mg, 8/8h, por mais 5 dias, para dar um plus a essa penicilina que já havia sido aplicada. Nesse caso foi feito isso, com melhora quase que completa do caso em 48 horas. − Usar macrolídeo quando o paciente n tem possibilidade de usar outra droga, como alergia a beta-lactamico. No adulto, pode ser usado clindamicina, que é mais eficaz do que o macrolídeo. − Nos pacientes com alergia a penicilina, sempre perguntar qual foi a manifestação da alergia, mas às vezes não foi uma reação alérgica, mas uma síndrome vasovagal. − Cefalosporinas podem ter uma reação cruzada em pacientes com alergia a penicilina, acontece em 5-15% dos casos apenas. Sempre perguntar pra família se apareceram placas, eritema, rush. Se manifestação leve, tenta a cefalosporina e explica ao paciente e orienta que se tiver sintomas parecidos, suspender medicação. Se tiver sintomas graves como edema de glote e necessidade de uso de adrenalina, não passar de jeito nenhum. Hiole Nolasco − Placas esbranquiçadas, facilmente removíveis, sem hiperemia ou sangramento. − Pode se apresentar como glossite romboide, pegando a parte central da língua, com hierperemia e perda das papilas na região na lesão. − A queilite angular é a lesão no ângulo dos lábios, principalmente em pacientes com salivação excessiva, que acumulam saliva ao falar e promove crescimento de fungo nesse local úmido. − Outra forma é a hiperemia abaixo das próteses dentárias, por isso ao exame da boca em portadores de prótese, a boca deve ser examinada sem a prótese. Nesse caso pode acontecer naqueles pacientes que não retiram a prótese de jeito nenhum, ausência de higiene adequada ou devido à perda da massa óssea do rebordo alveolar, promovendo a falta de adequação da prótese, juntando restos alimentares nesse espaço de folga e promovendo infecções.
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