Buscar

Estomatologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
Introdução 
Estomatologia 
 Palavra de origem grega 
 - Stómato, stomus – “boca” 
 - Lógus – “ciência, estudo, tratado”. 
 Porém, também é conhecido como propedêutica 
clínica, semiologia, diagnóstico bucal e medicina 
oral. 
 Estomatologia significa o estudo das doenças da 
boca. 
 *A patologia também é o estudo das doenças, porém 
a patologia se relaciona ao estudo microscópico das 
lesões. A estomatologia está mais relacionada ao 
estudo clínico, com o diagnóstico, exame e 
prognóstico. 
 
Semiologia 
 Do grego semeyon „sinal, sintoma” e lógus “ciência, 
estudo, tratado” 
 Ciência que estuda os métodos de exame clínico, 
pesquisa os sinais e os sintomas e os interpreta, 
reunindo os elementos necessários para construir o 
diagnóstico e presumir a evolução da enfermidade. 
 
Conceitos importantes 
Sinal 
 Do latim “signalis” – manifestação, indício ou 
vestígio. 
 Todo dado sobre a doença que pode ser percebido 
objetivamente e captado diretamente, pelos órgãos 
dos sentidos do profissional, durante o exame físico, 
frequentemente representado pelas lesões 
fundamentais; ou captado indiretamente por exames 
complementares. A rigor são alterações objetivas 
passíveis de descrição e avaliação. 
 Tumefação na face, úlceras, manchas, estalidos e 
crepitações da articulação temporomandibular 
(ATM), mobilidade dental... 
 
Sintoma 
 Do grego “sympitien” – acontecer 
 Tudo o que é percebido, sentido, vivenciado 
subjetivamente e relatado pelo paciente na anamnese 
(p. ex., dor, parestesia, anestesia, queimação, 
sentimentos, opiniões, apreensões, percepções etc.). 
 *O conjunto de sinais e sintomas a gente chama de 
quadro clínico, sintomatologia clínica e baseado nos 
sinais e sintomas chega-se ao diagnóstico. 
 * Alguns dados, dependendo de como são coletados, 
podem ser sinais ou sintomas – se o paciente relata 
sentir febre é um sintoma, se o profissional constata 
hipertermia é um sinal. O mesmo raciocínio é válido 
para perda de peso, dispneia etc. 
 
Sintomatologia ou quadro clínico 
 É o conjunto de sinais e sintomas. Ambos os termos 
são usados para descrever tudo o que foi relatado 
pelo paciente e percebido pelo examinador no exame 
físico. 
 Ex: Disfunção temporomandibular 
 
Semiotécnica 
 É o conjunto ordenado de métodos e manobras para a 
coleta dos sinais e sintomas. Elabora 
questionamentos e desenvolve modos de obtenção do 
maior número de sinais e sintomas, mais precisos, 
fidedignos e completos 
 Ex: aferir a pressão do paciente, verificar a 
temperatura, vitroscopia... 
 
Sinais ou sintomas prodrômicos ou preditivos 
 São também chamados de premonitórios, pelos quais 
o paciente percebe que irá desenvolver alguma 
patologia. 
 Por exemplo, os pacientes portadores de enxaqueca 
podem apresentar sintomatologia prodrômica que se 
inicia 24 a 48 horas antes de uma crise, tal como 
hiperatividade, euforia leve, letargia, depressão, 
vontade de ingerir determinados alimentos, retenção 
hídrica e bocejos frequentes. 
 O herpes labial recorrente, que é caracterizado por 
lesões vesiculares na interface pele/lábio, geralmente 
é precedido por sintomas prodrômicos tais como 
sensação de queimação, prurido ou formigamento da 
mucosa na área afetada. 
 
Sinais e sintomas patognomônicos 
 São exclusivos de determinada doença; indicam de 
maneira quase absoluta sua existência, especificando 
o diagnóstico. 
 Ex: a rigidez da nuca para a meningite, vesículas 
labiais na infecção pelo vírus do herpes simples, os 
dentes de Hutchinson (molares em forma de amora e 
incisivos em forma de barril), presentes na sífilis 
congênita. 
 * Existe uma condição de fundo imunológico 
chamada de eritema multiforme e nessa condição 
podem surgir na pele lesões em formato de alvo 
2 
 
(círculos concêntricos) e isso é um sinal 
patognomônico do eritema multiforme. 
 
Exame Clínico 
 O objetivo do exame clínico é a colheita de dados 
que constituirão a base do diagnóstico. 
 Para um bom exame clínico exige-se 
 apuro dos sentidos 
 capacidade de observação 
 bom senso 
 critério e discernimento 
 conhecimento básico sobre a doença 
 * Para se estabelecer um diagnóstico eu tenho que me 
basear em sinais e sintomas e devo colher as 
informações embasadas em conhecimento científico. 
 
Causas e erros no diagnóstico 
 Ignorância ou falta de conhecimento; 
 Exame mal feito os mais comuns; 
 Erros de interpretação de dados clínicos ou de 
resultados de exames complementares. 
 * Deve-se ter consciência do por que de cada 
pergunta da anamnese, visto que dependendo da 
resposta do paciente será necessário aprofundar a 
pergunta ou não. 
 
Exame Clínico 
O exame clínico divide-se em : 
 I - Anamnese ou exame subjetivo. 
 II - Exame físico ou exame objetivo. 
 
De acordo com a OMS: 
“Saúde é o bem-estar físico, mental e social, e não 
somente, como se poderia supor, ausência de 
doenças.” 
 
Anamnese ou exame subjetivo 
 O termo anamnese origina-se do grego e significa 
recordar ou, mais precisamente, trazer de volta à 
memória (ana [trazer de volta] + mnesis [memória]). 
 Na anamnese vale dizer, identificar e recordar os 
eventos ligados à biografia – história de vida e 
história psicossocial –, queixa principal, história da 
doença atual, antecedentes hereditários, hábitos e 
vícios, história médica e tratamento médico atual do 
paciente. 
 A anamnese torna possível registrar os sintomas que 
motivaram a consulta e os dados relacionados que 
são imprescindíveis à elaboração do diagnóstico 
correto. 
 *Perguntar ao paciente o que trouxe aquela consulta? 
 Se for por conta de dor perguntar quando ela 
começou? 
 Como é a dor? 
 Existe alguém da família com a mesma dor? 
 *É importante que o profissional compreenda que a 
etapa de coleta de dados é fundamental para toda a 
sequência de elaboração do diagnóstico, propiciando 
um percurso mais rápido e seguro até o diagnóstico 
final e consequente tratamento. 
 * É importante ao profissional durante a anamnese : 
 a) o diálogo franco entre examinador e o doente; 
 b) a disposição para ouvir, deixando o paciente falar 
a vontade, interrompendo-o mínimo possível; 
 c) demonstrar interesse não só pelos problemas do 
paciente, mas por ele, como pessoa; 
 d) possuir conhecimento científico, controle 
emocional, dignidade, bondade, afabilidade e boas 
maneiras, a fim de obter um relato completo e poder 
chegar a um diagnóstico. 
 
Fases da Anamnese 
1- Identificação 
a) Nome: o nome completo do paciente, além de 
permitir o arquivamento do prontuário, estabelece 
uma relação afetiva e de confiança do paciente para 
com o examinador. 
b) Endereço completo, inclusive com o telefone, é uma 
necessidade para garantir comunicação imediata com 
o paciente, em casos de complementação de 
informações, mudança de horário de consulta, 
cancelamento ou qualquer outro tipo de contato 
urgente. 
c) Idade: é importante o conhecimento da idade, pois 
existem certas doenças que incidem com maior 
frequência em determinadas faixas etárias. Por 
exemplo, a ocorrência de cárie dentária é mais 
frequente na infância e puberdade, ao passo que a 
doença periodontal é característica da idade adulta. 
d) Estado Civil: deve ser referido com veracidade o 
solteiro, o casado, o viúvo, o desquitado e o 
divorciado, principalmente no que diz respeito a 
problemática psicológica que poderá intervir 
conforme o estado civil. 
e) Sexo : existe predileção de certas doenças por um dos 
sexos. O sexo feminino é mais predisposto à 
ulceração aftosa recorrente e ao hiperparatireoidismo; 
a paracocidioidomicose, ao contrário, predomina 
intensamente no sexo masculino. 
f) Cor : há determinadas afecções mais comuns de 
acordo com a raça. Carcinomas de pele são mais 
frequentes em indivíduos de cor clara. As displasias 
fibrosas são mais comuns em negros. 
g) Profissão: Certas profissõespodem predispor o 
indivíduo a determinadas doenças. A queilite actínica 
e os carcinomas da pele da face são frequentes em 
lavradores, marinheiros e pescadores, particularmente 
nos portadores de tez clara. 
3 
 
h) Procedência : deve ser referida sempre, em razão da 
existência de zonas endêmicas ou epidêmicas de 
determinadas moléstias como a doença de Chagas, 
pênfigo vulgar etc. 
 
Queixa Principal 
 É o motivo pelo qual o paciente procurou o 
profissional. Nem sempre coincide com o problema 
mais importante do paciente. Ele poderá ir tratar de 
uma cárie e descobrir uma neoplasia maligna que 
ignorava. 
 a queixa principal pode ser a presença de indícios de 
anormalidade (um ou mais sinais e/ou sintomas) 
 evolução não satisfatória de algum tratamento 
realizado. 
 uma simples consulta de rotina sem sintomatologia 
presente 
 sempre que possível deve ser registrada com as 
próprias palavras do paciente 
 
História da doença atual (H.D.A) 
 resulta no histórico completo e detalhado de queixa 
apresentada em toda sua evolução temporal e 
sintomatológica 
 Abrange a doença desde o seu estado prodrômico, até 
o momento do exame. 
 Os sintomas referidos sobre o problema principal 
(queixa) devem ser examinados 
 algumas perguntas são quase sistemáticas, e de modo 
geral não podem ser omitidas pelo examinador. 
Assim temos : 
 tempo de evolução do processo, isto é, quando se 
iniciou a sintomatologia; 
 como eram no início os sinais e/ou sintomas; 
 ocorreram episódios de exacerbação ou remissão do 
quadro clínico; 
 recorde-se de algum fato que possa estar ligado ao 
aparecimento da doença; 
 no caso de lesões assintomáticas, como era quando 
percebeu sua existência em relação ao estado atual. 
São estes alguns exemplos de perguntas bastante 
comuns que se fazem aos pacientes. 
 
História buco-dental 
 Deve investigar todo antecedente estomatológico do 
paciente, compondo um completo histórico das 
ocorrências buco-dentárias. 
 frequência de visitas ao dentista; 
 experiências passadas, durante e depois da aplicação 
da anestesia local e de extrações dentais; 
 tratamentos realizados anteriormente - protéticos , 
periodontais, endodônticos, etc.; 
 hábitos e dores na região da ATM : 
 a) apertamento dos dentes; 
 b) briquismo; 
 c) mordedura de lábio, mucosa jugal ou língua; 
 d) projeção lingual; 
 e) respiração bucal; 
 f) dificuldade em abrir a boca extensamente; 
 g) movimentos alterados; 
 sons articulares. 
 
História Médica 
 Visa à obtenção de informações detalhadas sobre 
todas as doenças de caráter sistêmico que 
acometeram o paciente desde o nascimento até a data 
atual. 
 a - Assegura que o tratamento dental não prejudique 
o estado geral do paciente nem seu bem estar; 
 b - Averigua presença de alguma doença de ordem 
geral do paciente, ou fato do mesmo estar tomando 
algum medicamento destinado ao seu tratamento e 
que poderá prejudicar o correto atendimento 
odontológico; 
 c - Auxilia no diagnóstico de uma doença ignorada 
que exija um tratamento especial; 
 d - Representa um documento legal que pode ser útil 
em casos de reclamação judicial por incompetência 
profissional. 
 
Antecedentes familiares 
 Têm por objetivo a obtenção de informações sobre o 
estado de saúde, principalmente, de pais, irmãos, 
avós, esposa (o) e filhos, na busca de uma eventual 
doença herdada ou com tendência familiar. 
 Esta fase da anamnese é importante frente à suspeita 
de diabetes, doença cardiovascular, tuberculose, 
distúrbios hemorrágicos, doenças alérgicas e 
nervosas. 
 * Os estudos sobre a saúde dos pais e irmãos devem 
ser estendidos a outras pessoas que moram na mesma 
casa, tais como parentes e empregados ou outros que 
mantenham contato demorado com o paciente. Esses 
dados podem ter grande valor na pesquisa de doenças 
infecciosas como a tuberculose, por exemplo. 
 
Hábitos 
 O conhecimento de hábitos adquiridos pelo paciente, 
frequentemente, se constitui em elemento chave para 
elaborar o diagnóstico e fundamentar o prognóstico. 
 Hábitos nocivos, como tabaco, ingestão de bebidas 
alcoólicas e drogas, devem ser minuciosamente 
determinados quanto ao tipo, tempo de uso, 
quantidade, variações ou interrupções. 
 
Anamnese 
 
1- Suas gengivas sangram quando escova os dentes? 
 Com essa pergunta é possível investigar como é a 
higiene do paciente e também é possível ver a 
questão das discrasias sanguíneas. 
4 
 
 O paciente pode relatar que a gengiva dele sangra 
bastante, até mesmo quando ele não está escovando 
os dentes. Então pode ser que esse paciente tenha 
algum distúrbio sanguíneo. 
 
02- Já fez tratamento de gengiva alguma vez? 
 Os pacientes muitas vezes não sabem o que significa 
fazer uma raspagem, mas eles podem dizer que 
sempre vão ao dentista e isso indica que esse paciente 
tem preocupação com a saúde oral, indica que ele 
tem melhor acesso aos profissionais de saúde bucal. 
 
03- Já lhe foi dito para não tomar anestesia dental? 
 Alguns pacientes confundem possíveis efeitos 
colaterais como dor de cabeça com os sintomas de 
alergia. 
 Os sintomas de quadro alérgico são prurido, urticária, 
erupções, dificuldade respiratória, edema de laringe, 
hipotensão dentro outros. Se o paciente não relatar 
nenhum desses sintomas pode ser que ele tenha tido 
apenas algum efeito colateral ao anestésico local. 
 Determinadas pessoas podem ter alergia ao bissulfito 
de sódio que é o conservante do vasoconstritor dos 
anestésicos do grupo amida que são utilizados na 
odontologia. Nesses pacientes a solução é utilizar 
mepivacaína sem vasocontritor. 
 Alguns pacientes passam mal e podem ter até mesmo 
lipotimia ou sincope vaso vagal por questões ligadas 
ao estresse ou medo de dentista e passam a acreditar 
que o anestésico local que provocou o mal estar. 
 Alguns profissionais da área médica contraindicam 
que os pacientes cardiopatas façam uso de 
anestésicos locais com vasoconstritor. Mas, o 
vasoconstritor dá ao anestésico maior tempo de ação 
e menor toxicidade. 
 Os anestésicos sem vasoconstritor tem um tempo 
muito curto de ação, em média 10 minutos. Por isso é 
preciso ponderar, se o procedimento é extenso e 
utiliza-se de um anestésico sem vasoconstritor e o 
efeito passa no meio do procedimento o paciente vai 
sentir dor e começará a produzir adrenalina 
endógena, o que pode ser mais prejudicial do que a 
adrenalina exógena usada como vasoconstritor. Por 
isso, é importante conversar com o médico do 
paciente para entrar em um consenso. 
 Alguns pacientes tem intoxicação pro superdosagem 
de anestésico, e níveis sanguíneos elevados de 
anestésico local resultam em depressão do SNC e 
depressão do sistema cardiovascular. 
 
4- Já teve hemorragia após extrações dentais? 
 É necessário saber como o paciente responde após 
um ato cirúrgico e como ele responde a uma ferida. 
 Também é necessário saber se ele tem algum 
distúrbio da coagulação. 
 Caso o paciente diga que já teve hemorragia após 
uma extração é preciso ficar atento, pode ser que seja 
necessário solicitar exames complementares para 
saber se o paciente tem algum distúrbio da 
coagulação. 
 Analisar como ele relata a hemorragia pois pode não 
ser uma hemorragia. 
 
05- É alérgico a algum medicamento? (penicilina, 
sulfa, aspirina)? 
 As sulfas tem enxofre na composição, então se esse 
paciente possui alergia a elas então outros 
componentes podem causar alergia nele. 
 Muitas pessoas são alérgicas a penicilina então é 
necessário saber para poder substituir 
 Pode-se citar algumas classes de medicamentos e 
nomes para o paciente dizer se é alérgico ou não. Se 
ele disser que é alérgico a algum medicamento é 
necessário perguntar como é o quadro alérgico, se é 
mais brando ou severo. 
 *Se o paciente é alérgico a vários coisas deve-se 
tomar cuidado, pois ele é um indivíduo com atopia e 
talvezele possa desenvolver alergia a algum 
componente do anestésico. 
 
06- É alérgico a outras coisas que não sejam 
medicamentos? 
 Se o paciente tem alergia a vários elementos da 
alimentação pode ser que ele também seja alérgico a 
algum medicamento e não saiba. 
 
07- Está atualmente sobre cuidados médicos? 
 É necessário saber se o paciente está fazendo 
acompanhamento médico e que tipo de 
acompanhamento. 
 Se ele faz acompanhamento com o cardiologista é 
porque ele possui algum problema cardíaco e isso 
interfere diretamente na conduta do cirurgiã-dentista. 
 Os pacientes cardiopatas podem infartar durante o 
atendimento em razão do estresse que algum 
procedimento pode lhe causar. 
 Se o paciente é diabético é preciso saber se ele está 
controlado ou se está descompensado pois isso pode 
interferir na cicatrização de feridas 
 
08- Está tomando algum medicamento no momento? 
 É necessário saber quais medicamentos o paciente 
toma para não causar interação medicamentosa. 
 Às vezes o paciente não diz que possui determinada 
doença, mas pelo medicamento que ele toma já é 
possível identificar. 
 
Classes de medicamentos que causam xerostomia 
 Anti-histamínico 
5 
 
 Anti-depressivo 
 Antieméticos 
 Anti-hipertensivos 
 Antiparkinson 
 Antiespasmóticos 
 Antipsicóticos 
 Sedativos 
 
Problemas causados pela xerostomia 
 A saliva vai lavar as superfícies da cavidade oral, 
além de que há anticorpos na saliva, enzimas, 
substâncias tampão. O paciente que possui 
xerostomia é mais suscetível a cárie, doença 
periodontal dentre outras. Além da xerostomia causar 
ardência na boca. 
 Em razão da xerostomia podem aparecer fissuras na 
língua, nos lábios e pode haver infecção por Candida 
albicans, pois a saliva tem a capacidade de lavar as 
superfícies mucosas e capacidade de limpeza está 
diminuída na xerostomia. 
 O paciente pode reclamar de desconforto para se 
alimentar porque não tem saliva pra ajudar na 
deglutição e para formar o bolo alimentar. 
 
Classes de medicamentos que podem causar atraso 
no reparo tecidual: 
 Corticosteróide 
 Quimioterápicos 
 
 Corticosteróides são anti-inflamatórios a base de 
esteroides e são indicados mais para o pré-operatório 
principalmente em cirurgias mais invasivas. Mas, 
também podem ser utilizados no pós operatório 
(principalmente se o paciente não puder utilizar 
AINES e o procedimento for muito invasivo). 
 São muito utilizados para as doenças autoimunes. 
 É preciso conhecer sobre esses medicamentos para 
saber se o paciente pode realizar determinada 
cirurgia, uma vez que esses medicamentos podem 
causar atraso no reparo tecidual. 
 
Classes de medicamentos que podem causar 
hiperplasia gengival 
 Anticonvulsivantes: Dilantin, epelin, fenitoína, 
gardenal, hidantal. 
 Bloqueadores dos canais de cálcio: Nifedipina, 
diltiazem, Verapamil e Felodipina. 
 Imunossupressor: Ciclosporina A 
 Antimaláricos: Quinacrina, cloroquina e 
hidroxicloroquina. 
 
Outros 
 Anticoagulantes – hemorragias 
 Antibióticos de amplo espectro – candidose 
 
 Os pacientes cardiopatas muitas vezes fazem uso de 
anti-coagulantes, ou até mesmo os pacientes mais 
idosos que nunca tiveram algum problema cardíaco, 
mas que é hipertenso, tem autos níveis de colesterol, 
geralmente esses indivíduos tomam anticoagulante, 
que pode ser o AAS. 
 É preciso perguntar se o paciente toma AAS pois 
muitas vezes o paciente toma esse medicamento, mas 
não sabe que ele é anticoagulante e às vezes esse 
medicamento pode causar hemorragia e por isso é 
necessário estar preparado e fazer o uso de 
medicações hemostáticas. 
 * A exposição do paciente a antibióticos de amplo 
espectro pode causar candidose, pois elimina as 
bactérias competidoras 
 
09- Já tomou ou toma cortisona? 
 Cortisona, cortisol, glicocorticoide 
 Essa pergunta é muito importante pois os anti-
inflamatórios esteroidais interferem no reparo 
tecidual. 
 Se o paciente afirmar que toma eu preciso saber por 
qual razão ele toma. 
 Muitas doenças imunomediadas causam lesões na 
cavidade oral e por isso esses pacientes tomam 
glicocorticoides. 
 Pênfigo, penfigóide, lúpus, líquen plano entre outros. 
 Além disso, os pacientes portadores de artrite 
reumatoide podem ter a ATM afetada. 
 
10- Já teve febre reumática ou como consequência a 
endocardite? 
 A febre reumática é uma reação que alguns pacientes 
desenvolvem após uma amigdalite, causada por 
bactérias do grupo beta-hemolítico. Os pacientes 
desenvolvem anticorpos e esses anticorpos por uma 
reação cruzada acabam se ligando não só as 
bactérias, mas também podem se ligar a estruturas 
das articulações, estruturas da pele e também se 
ligam a estruturas do endocárdio ou de válvulas do 
coração e podem causar lesões ou formar nichos que 
futuramente podem servir para colonização 
bacteriana. 
 Esses pacientes podem desenvolver cardite grave. 
 Os pacientes que ficaram com os nichos com lesões 
quando forem submetidos ao tratamento 
odontológico ou qualquer tratamento que gere 
bacteremia vão precisar de profilaxia antibiótica. 
 Em casos de extração ou de raspagem pode ocorrer 
uma lesão na gengiva e as bactérias caem na corrente 
sanguínea e podem chegar até o endocárdio e causar 
endocardite 
 
11- Seu médico lhe disse que você tem alguma 
doença cardíaca? 
6 
 
 As patologias cardíacas do paciente podem interferir 
no atendimento odontológico 
 Os pacientes cardiopatas sob estresse por ter medo de 
dentista, ou por causas rotineiras podem ter elevação 
da pressão arterial durante o atendimento, ou até 
mesmo podem ter angina em razão de uma descarga 
de adrenalina. 
 Se o paciente disser que não possui nenhuma doença 
cardíaca, mas a pressão arterial está elevada no 
momento do atendimento é necessário investigar se a 
pressão arterial está elevada por conta do nervosismo 
do atendimento. Se ao final do atendimento a P.A 
permanecer alta é preciso encaminhar o paciente para 
o cardiologista pois ele pode ser hipertenso. 
 A ocorrência de alterações cardíacas é comum em 
adultos, principalmente após os 40 anos de idade, e é 
frequente o desconhecimento por parte do paciente 
de sua condição, o que enfatiza o conhecimento 
dessas doenças pelo cirurgião-dentista. 
 Caso o paciente esteja com a pressão alta, porém não 
foi diagnosticado com nenhuma doença cardíaca, tais 
perguntas podem ser feitas: 
 Na execução de suas atividades normais tem 
dificuldades respiratórias? 
 Cansa-se muito ao subir escadas? 
 Acorda durante a noite com sensação de falta de ar? 
 Respira melhor sentado? 
 Tem dor de cabeça na região occipital? 
 Tem perturbação visual? 
 Sente formigamento nas mãos e nos pés? 
 São perguntas que podem ser feitas para o paciente 
para descobrir se ele tem alguma cardiopatia e não 
sabe. 
 
12- Você ou algum membro da família tem diabetes? 
 Sabe-se que existe uma predisposição genética para o 
diabetes, é por isso que é preciso perguntar se algum 
membro da família tem diabetes 
 O paciente diabético tem um atraso no reparo 
tecidual. Dessa maneira, eu preciso saber se o 
paciente está compensado ou descompensado. 
 Caso o paciente diga que é diabético é necessário 
perguntar se ele faz acompanhamento com o 
endocrinologista, questionar se ele faz uso de insulina 
ou de algum hipoglicemiante. 
 Se o paciente for descompensado e não fizer 
acompanhamento é necessário encaminhar. 
 
13- Tem pressão alta ou baixa? 
 É necessário aferir a pressão do paciente, mas é 
importante perguntar, porque às vezes quando se 
afere a pressão no atendimento ela está controlado 
por conta do uso de anti-hipertensivo. Mas, o 
paciente relata ser hipertenso. 
 O paciente que tem pressão alta ou baixa não pode 
deixar de se alimentar antes do atendimento pois ele 
pode desmaiar. 
 
14- Já teve anemia alguma vez? 
 Mulheres com fluxomenstrual intenso podem ter 
anemias recorrentes por conta da menstruação. 
 Pacientes com úlceras gástricas podem perder sangue 
por conta da úlcera e ter quadros de anemia 
 Os pacientes com anemia tem menor capacidade de 
transportar oxigênio para os tecidos e isso prejudica o 
reparo tecidual 
 Se for uma anemia mais grave o paciente pode até 
passar mal durante o atendimento. 
 
15- Já esteve acamado por um longo período? 
 Caso o paciente diga que sim perguntar a razão, 
como foi a recuperação. Se ainda ficarem dúvidas 
pode ser que seja necessário solicitar que ele traga os 
exames mais recentes quando ele for atendido da 
próxima vez. 
 
16- Sofreu alguma operação nos últimos 10 anos? 
 Muitos pacientes acham que algumas condições 
sistêmicas não tem relação com a odontologia, então 
eles relatam apenas aquilo que no seu julgamento 
pode ter interesse para o cirurgião-dentista. 
Logicamente essa apreciação leiga prejudica a 
obtenção de dados importantíssimos para diagnóstico 
e tratamento individualizado. 
 Ex: o paciente teve um quadro de hepatite grave e 
precisou realizar uma hepatectomia , dessa maneira, 
se o paciente tem menos tecido no fígado e a cirurgia 
foi recente , existe a possibilidade dele não conseguir 
metabolizar os medicamentos que serão prescritos a 
ele, então pode ser que seja necessário entrar em 
contato com o médico desse paciente. 
 
17- Suas juntas doem ou incham com frequência? 
 Se a resposta for sim e o paciente disser que nunca 
pesquisou, pode ser que o paciente tenha artrite ou 
alguma outra doença reumática. 
 Os pacientes que possuem dores articulares também 
podem ter dores na ATM. 
 Se o paciente tem alguma doença reumática pode ser 
que ele tome corticoide ou imunossupressor e é 
necessário atenção pois esses medicamentos podem 
causar atraso no reparo tecidual. 
 
 
 
 
7 
 
18- Aumentou ou diminuiu muito de peso 
ultimamente? 
 Aumentos ou diminuições bruscas de peso como por 
exemplo aumento de 10 kg em 2 meses são 
relevantes por isso é preciso investigar 
 Pode ser que o paciente tenha algum distúrbio 
metabólico e não seja possível descobrir qual é 
durante a consulta então é preciso encaminhar para o 
endocrinologista 
 O paciente pode estar desenvolvendo diabetes por 
isso está aumentando ou diminuindo o peso 
 Pacientes com muitas lesões em boca podem não 
conseguir comer e perder peso. 
 Pacientes com tuberculose também podem ter perda 
brusca de peso, pacientes com HIV também 
 Dependendo da fase da tuberculose não recomendado 
realizar o atendimento, a não ser que seja urgência, 
isso se deve por conta do aerossol. 
 Os indivíduos com HIV podem estar com um quadro 
de imunossupressão grave então muitas vezes não é 
recomendado realizar cirurgia extensas. 
 
19- Tem problemas com seu estômago? 
20- Já teve úlcera no estômago ou duodeno? 
 Essas duas perguntas estão mais relacionadas aos 
medicamentos que serão prescritos, pois não é 
recomendado prescrever AINES para pacientes que 
possuem gastrite ou úlcera pois podem aumentar a 
frequência ou a gravidade de ulcerações 
gastrintestinais 
 
21- Tem hemorragia longa quando se corta, mais de 5 
minutos? 
 Caso o paciente diga que sim é necessário investigar 
e talvez seja necessário solicitar um coagulograma. 
 O intuito dessa pergunta é descobrir se o paciente 
tem algum distúrbio de coagulação. 
 
22- Tem algum problema com fígado ou vesícula? 
 Com essa pergunta é possível descobrir se o paciente 
tem algum problema na metabolização de 
medicamentos. 
 
23- Já teve ou conviveu com alguém que tivesse 
tuberculose? 
 Apesar de não ser comum podem ocorrer lesões em 
boca por conta da tuberculose. 
 Se o paciente afirmar já ter sido acometido pela 
tuberculose é possível que durante o exame extra 
bucal seja detectado algum gânglio endurecido, pode 
ser que ainda exista um foco no linfonodo. 
 
24- Já desmaiou alguma vez sem motivo? 
 Com essa pergunta é possível descobrir se o paciente 
é epilético, se ele possui pressão arterial muito baixa, 
ou se o paciente tem a pressão muito alta, ou até 
mesmo ele pode ter esse sintoma por conta de uma 
reação alérgica. 
 
25- Já fez algum tratamento por radioterapia? 
 Com essa pergunta eu descubro se o paciente já teve 
câncer, e se ele disser que sim é necessário perguntar 
qual região foi acometida. 
 Se o paciente já teve câncer isso pode ter implicação 
direta no tratamento odontológico, visto que 
dependendo da angulação do aparelho a radiação 
pode atingir a mandíbula e essa radiação pode causar 
a redução de suprimento sanguíneo 
 Caso seja necessário realizar uma cirurgia no 
paciente pode ser que ele tenha osteonecrose porque 
ocorreu a diminuição da vascularização por conta da 
radioterapia. 
 
26- Você se considera uma pessoa nervosa? 
 Se o paciente é hipertenso e estressado é necessário 
redobrar a atenção, dessa maneira é preciso aferir a 
pressão dele todas as consultas. 
 O estresse está muito relacionado com as doenças 
autoimunes, não se sabe o motivo, porém já foi 
observada essa relação. 
 Os pacientes estressados são mais difíceis de 
compensar a glicemia 
 Nessa pergunta o paciente pode relatar ser muito 
estressado, ter crises depressivas, então é preciso 
verificar se ele faz acompanhamento com o 
psiquiatra, psicólogo e se ele não fizer talvez seja 
necessário encaminhá-lo. 
 
27- Tem problemas com seus períodos menstruais? 
 É importante perguntar como a paciente fica nos 
períodos menstruais, como é o fluxo. 
 É preciso perguntar sobre os períodos de 
menstruação por conta das variações hormonais, uma 
vez que elas estão intimamente relacionadas com o 
fluxo sanguíneo e por isso estão relacionadas ao 
reparo tecidual pós-cirúrgico. 
 A questão hormonal também está relacionada com o 
estresse 
 
28- Está grávida? 
 Alguns profissionais dizem que as gestante não 
podem receber tratamento odontológico , elas podem 
sim. Vai depender da gravidade do tratamento e do 
período gestacional que ela se encontra. 
8 
 
 Caso a gestante esteja no primeiro trimestre e o 
tratamento possa ser postergado é interessante, visto 
que esses são os meses de maior risco de aborto. 
Mas, em alguns casos se o tratamento for de urgência 
ele deve ser realizado. 
 
29- Tem problemas nos ouvidos? 
 O paciente pode achar que tem problemas nos 
ouvidos, mas na verdade ele tem DTM. 
 Se o paciente disser que tem problemas nos ouvidos é 
preciso perguntar se ele tem infecções de ouvido 
recorrentes, perguntar se quando ele toma antibiótico 
a dor passa. 
 Perguntar se ele range os dentes, faz apertamento, se 
tem dores musculares na região da face. 
 
30- Já foi submetido à transfusão sanguínea? 
 Essa pergunta está relacionada a descobrir se o 
paciente tem algum problema de coagulação. 
 
31- É fumante? 
 Se o indivíduo é fumante é preciso perguntar a 
quanto tempo ele fuma, o que ele fuma, quantos 
cigarros ele fuma por dia. 
 O tabaco é um dos fatores etiológicos mais 
importantes para o desenvolvimento do câncer de 
boca, mas também pra vários outros tipos de câncer 
 O indivíduo fumante pode ter xerostomia, também 
pode ter diminuição da oxigenação dos tecidos 
periodontais e isso pode torna-lo mais predisposto a 
doença periodontal. 
 Por conta da diminuição da oxigenação dos tecidos, 
geralmente isso torna o reparo tecidual menos 
eficiente em relação a um indivíduo não fumante. 
 
32- Faz ingestão de bebidas alcoólicas com 
frequência? 
 Se a resposta for positiva perguntar qual a frequência. 
 O álcool pode prejudicar o reparo tecidual e junto 
com o tabaco ele também aumenta o risco para o 
desenvolvimento de câncer de boca. 
 Se a pessoa faz uso de bebida alcoólica com muita 
frequência e em grandes quantidades, isso também 
pode interferir na higiene bucal. 
 Os etilistas crônicos que ingerem altas doses também 
podemnão se alimentar corretamente . 
 A saúde sistêmica pode ser afetada, pode-se 
desenvolver distúrbios de fígado e vesícula. O 
paciente pode não conseguir metabolizar bem os 
medicamentos. 
 
33- Já fez uso ou faz de drogas? 
 As drogas podem ter impacto sobre a mucosa, 
causando lesões e até mesmo podem aumentar o risco 
de câncer. 
 
34- Tem frequentes dores de cabeça? 
 Essa pergunta está relacionada para saber se o 
paciente tem dores de cabeça relacionadas a algum 
problemas de oclusão relacionado a ATM. 
 Perguntar o tipo de dor e região que dói. 
 Se o paciente relata que tem dores na região das 
têmporas, dor no pescoço e até mesmo nos músculos 
da face, essa dor pode estar relacionada a ATM. 
 
35- Mastiga apenas de um lado da boca? 
 Se o paciente responder que mastiga só de um lado 
pode ser que ele não tem dentes do outro lado, ou a 
prótese pode estar machucando o local. 
 Pode ser que ele mastigue só de um lado porque do 
outro se ele mastigar ele sente dor na articulação. 
 Pode ser por conta de um dente com mobilidade 
 
37- Tem o hábito de roer unhas ou qualquer outro 
objeto? 
 Essa pergunta também está relacionada a ATM pois 
hábitos parafuncionais podem causar DTM. 
 
38- Range os dentes durante o dia ou à noite? 
 Perguntar ao paciente se ele acorda com dores na 
musculatura da face, com dores de cabeça ou se ele 
acorda com a sensação de estar apertando os dentes 
 
39 – Tem dificuldade em abrir a boca? 
 O paciente pode não conseguir abrir a boca, por conta 
de tensão na musculatura da face por estresse e isso 
pode dificultar a abertura de boca. 
 Pode haver alguma infecção de origem odontogênica 
e essa infecção pode causar trismo 
 
 Pode haver alguma infecção de origem odontogênica 
e essa infecção pode causar trismo 
 A abertura de boca normal é de 3 dedos, menos que 
isso é uma abertura de boca limitada. 
 
40- Usa o fio dental? 
41- Escova os dentes? 
42- Quantas vezes ao dia? 
 Perguntas para saber mais sobre os hábitos de higiene 
do paciente. 
 
9 
 
Exame Físico 
 O exame físico sucede a anamnese e consiste na 
pesquisa de sinais que, somados aos sintomas obtidos 
durante a anamnese, compõem o quadro clínico 
necessário à elaboração das hipóteses de diagnóstico. 
 Tem início quando o paciente entra na sala de exame, 
ocasião em que o clínico tem condições de avaliar 
dados como alterações na marcha, postura, biotipo, 
aspecto geral, segurança ao se apresentar e o sistema 
tegumentar. 
 
Exame físico ou objetivo 
 Os sinais serão obtidos fundamentalmente por meio 
dos sentidos do examinador, direta ou indiretamente, 
sendo necessário conhecer o que é normal e o que 
representa alteração de normalidade para saber 
diagnosticar o que é patológico, conferindo valor 
clínico às alterações apresentadas. 
 É preciso examinar todas as estruturas, utilizando as 
diversas manobras de semiotécnica: 
 Inspeção 
 Palpação 
 Auscultação 
 Olfação 
 
 Para examinar um paciente é necessário conhecer a 
morfologia das várias estruturas normais. Deve-se 
estar atento, reconhecer e interpretar possíveis 
alterações, sejam elas de cor, textura ou forma, 
discernindo o que foge do padrão de normalidade. 
 
Exame físico e extrabucal 
 Aspecto geral do paciente 
 Primeiro passo do exame físico 
 Inicia-se no momento que o paciente entra no 
consultório 
 Observar a postura do paciente, atitudes ao se 
apresentar, assimetrias, sudorese. 
 
 deve-se observar o formato da cabeça, sua dimensão 
 a relação entre crânio e face 
 a proporcionalidade entre os terços superior, médio e 
inferior, 
 a distribuição dos órgãos e sua equidistância 
 a coloração do tegumento 
 a distribuição e a quantidade de pelos 
 
Inspeção cabeça e pescoço 
Dados de interesse clínico 
 Coloração: dentro dos padrões de normalidade ou 
cianótica, ruborecida, avermelhada, empalidecida ou 
descorada (alterações vasculares). 
 Simetria: órgãos e anexos distribuídos 
simetricamente. 
 Alterações pigmentares: notar vitiligo, albinismo, 
pigmentações melânicas, icterícia. 
 Distribuição de fâneros cutâneos: pelos (hipertricose, 
epilação). 
 Sudorese: intensa ou ausente. 
 Alterações na textura: pele áspera, descamativa, 
crostas, entre outros. 
 Distribuição do panículo adiposo (quando normal: 
panículo adiposo distribuído regularmente). 
 Olhos: movimentação dos olhos e das pálpebras, 
reflexo pupilar (miose e midríase), distância entre os 
olhos (o aumento é denominado hipertelorismo), 
vascularização da mucosa conjuntival e da 
esclerótica, campo visual, alterações de visão, como 
diplopia, ptose palpebral, exoftalmia e enoftalmia. 
 Nariz: observar se não há obstrução das narinas e 
assimetrias, deformidades e sangramento, coriza e 
fala anasalada. 
 Ouvidos: observar alterações de forma, integridade 
timpânica, obstrução do meato acústico, dor ao toque, 
presença de exsudato purulento. 
 Observar também: cor da pele, se há erupções 
cutâneas, cicatrizes, manchas, nódulos e assimetria 
facial. 
 Observar também: cor da pele, se há erupções 
cutâneas, cicatrizes, manchas, nódulos e assimetria 
facial. 
 
Palpação das cadeias ganglionares 
 Linfa é uma denominação aplicada ao líquido 
extracelular que banha as células dos espaços 
intersticiais. 
 Esse líquido sai dos leitos capilares e das vênulas do 
sistema circulatório e, como a sua pressão no interior 
dos tecidos é menor do que a pressão venosa do 
sangue, ele é incapaz de entrar no sistema venoso. 
 A linfa contém proteínas, gordura, partículas de 
grandes dimensões e células que seguem em direção 
aos vasos linfáticos e, ao longo do seu percurso, 
entram em contato com os linfonodos. 
 A linfa, eventualmente, retorna ao sistema 
circulatório, sendo coletada, inicialmente, por 
pequenos vasos linfáticos que vão aumentando 
progressivamente de calibre e, finalmente, entram no 
ducto torácico ou no seu correspondente do lado 
direito, o ducto linfático direito. A linfa desses dois 
ductos é drenada nas veias subclávias direita e 
esquerda. 
 Linfonodos são razoavelmente constantes em suas 
localizações e nas regiões drenadas. A linfa flui 
através de, pelo menos, um linfonodo (mas, em geral, 
de vários), antes de retornar ao sistema circulatório 
sanguíneo. 
 Nos linfonodos, substâncias estranhas são fagocitadas 
e a linfa é filtrada. Linfonodos são estruturas 
10 
 
constantes e essas estruturas tornam-se aumentadas 
de volume durante as infecções e inflamações. 
 Assim como em todas as partes do corpo, os 
linfonodos da cabeça e do pescoço são de grande 
importância clínica, considerando-se que as vias 
linfáticas se constituem em um dos principais meios 
de disseminação de processos infecciosos e de 
tumores malignos. 
 Os linfonodos podem converter-se em focos 
infecciosos ou neoplásicos. 
 Se há uma infecção na parótida ou em algum dente os 
agentes infecciosos são levados através da circulação 
linfática para pelo menos um linfonodo e quando o 
agente infeccioso chega até esse linfonodo eles 
podem gerar uma resposta imunológica fazendo o 
linfonodo aumentar de tamanho pela proliferação dos 
linfócitos. 
 Caso exista um tumor na língua, as células 
neoplásicas podem ser drenadas através dos vasos 
linfáticos e chegar no linfonodo e causar metástase 
no linfonodo, dessa maneira o linfonodo pode 
aumentar pela presença de metástase. 
 
 
Principais linfonodos da cabeça do pescoço 
 
Linfonodos da Cabeça 
 Como a parte central do sistema nervoso não possui 
vasos linfáticos, os linfonodos da cabeça são 
extracranianos e são regionalizados em vários grupos 
em relação ao couro cabeludo. 
 
 Linfonodos occipitais (de dois a quatro) estão 
localizados na parte posterior da cabeça, apoiados 
sobre o músculo semiespinal da cabeça, logo abaixo 
da fixação do músculo trapézio. 
 Linfonodos mastóideos (auriculares posteriores), 
emnúmero de um a três, estão localizados atrás da 
concha da orelha, sobre o processo mastoide, 
superficialmente à inserção do músculo 
esternocleidomastóideo. 
 Linfonodos auriculares anteriores (parotídeos 
superficiais), em número de dois a três, ficam 
localizados anteriormente à concha da orelha, 
superficialmente, e, às vezes, profundamente à 
cápsula da glândula parótida. Aqueles localizados 
profundamente à cápsula são algumas vezes 
agrupados com os linfonodos parotídeos profundos e 
descritos com os linfonodos da face. 
 
Linfonodos da Face 
 Os linfonodos da face são subdivididos em 
parotídeos, superficiais e profundos da face. Serão 
citados os de maior interesse no momento. 
 Linfonodos parotídeos (de 10 a 15) formam dois 
grupos: aqueles incluídos no interior da glândula e 
aqueles situados profundamente à glândula, 
adjacentes à parede da faringe. 
 
Linfonodos do Pescoço 
 Linfonodos do pescoço estão dispostos em vários 
grupos: linfonodos cervicais anteriores, submentuais, 
submandibulares, cervicais superficiais e cervicais 
profundos. 
 Linfonodos cervicais anteriores são inconstantes e 
compreendem dois grupos, superficial e profundo, 
em frente às vísceras do pescoço. 
 Linfonodos submentonianos, localizados entre os 
ventres anteriores dos músculos digástricos direito e 
esquerdo. 
 Linfonodos submandibulares estão localizados no 
trígono submandibular, bem próximo à 
glândula submandibular. Embora constituam uma 
cadeia de três a seis linfonodos, o único linfonodo 
constante está situado no sulco facial da mandíbula, 
associado à artéria facial. 
 Linfonodos cervicais superficiais podem ser 
encontrados adjacentes à veia jugular externa, à 
medida que ela passa superficialmente ao músculo 
esternocleidomastóideo. 
 Linfonodos cervicais profundos são numerosos e 
formam uma cadeia ao longo da bainha carótica. 
 Linfonodo jugulodigástrico (tonsilar), localizado 
entre o ventre posterior do músculo digástrico e a 
veia jugular interna. Esse linfonodo é de particular 
importância no diagnóstico clínico. 
 Linfonodos do trígono posterior do 
pescoço(cervicais posteriores): (de dois a seis) 
acompanhando a cadeia profunda no trígono cervical 
posterior, estão dispostos ao longo do nervo 
acessório. Recebem a linfa da região occipital e dos 
músculos do dorso do pescoço, da nasofaringe, da 
glândula tireoide, do esôfago, dos pulmões e das 
mamas. 
 Linfonodos supraclaviculares (cervicais 
transversos) de 1 a 10, acompanhando os vasos 
cervicais transversos. 
 
Cadeias Linfáticas 
Qual a importância para o cirurgião-dentista? 
 
 Linfadenopatias – alterações de volume e 
consistência diante da presença de processos 
infecciosos ou neoplásicos, nas regiões drenadas. 
 Normalmente um nódulo linfático sadio não é 
palpável, mede entre 1 a 20 mm e é flácido. 
 Realiza-se a palpação com o intuito de identificar 
linfonodos alterados. 
 Além de realizar o diagnóstico precoce de neoplasias 
bucais. 
11 
 
 
Características 
clínicas 
Normal Inflamatório Neoplásico 
Tamanho(mm) Entre 1 
a 20 
(grão 
de 
ervilha) 
Aumentado Aumentado 
Sensibilidade Indolor Dolorido Indolor 
Mobilidade Móvel Móvel Fixo 
Temperatura Frio Quente Frio 
 
Palpação digital ou movimentos circulares (ponta dos 
dedos) 
 Na frente ou atrás do paciente 
 Auriculares anteriores 
 Auriculares posteriores 
 Parotídeos 
 Tonsilares 
 Occipitais 
 Cervicais superficiais 
 Cervicais profundos 
 Cervicais anteriores 
 Cervicais posteriores 
 Supraclaviculares 
 
 Comprimir os tecidos em direção à mandíbula - “ 
Atrás do paciente” 
 Relaxar a musculatura do lado examina ( 
inclinação da cabeça) 
 submandibulares 
 submentonianos 
 
Palpação 
Linfonodos occipitais 
 Localização: Linha nucal superior, entre os músculos 
esternocleidomastóideo e trapézio 
 Região Drenada: Porção posterior do couro cabeludo, 
região occipital. 
1- Paciente sentado, com a cabeça um pouco inclina 
para trás 
2- Profissional em pé atrás do paciente 
3- Digitalmente 
4- Direta na localização 
Linfonodos Auriculares posteriores 
 Localização: Superficialmente à inserção do músculo 
esternocleidomastóideo. 
 Região Drenada: Pavilhão da orelha e couro cabeludo 
adjacente 
 1- Paciente sentado 
2- Profissional em pé atrás do paciente 
3- Direta na localização 
4- Digitalmente 
 
Linfonodos Auriculares anteriores 
 Localização : Anteriormente à concha da orelha, 
sobre a fáscia parotídea 
 Região Drenada: Porção lateral da face, glândula 
parótida, pele da região temporal, parte posterior da 
bochecha, canto lateral do olho. 
1- Profissional em pé atrás do paciente 
2- Direta na localização 
3- Digitalmente 
4- Bilateral 
 
Linfonodos parotídeos 
 Localização: Próximo à glândula parótida e sob a 
fáscia parotídea 
Profundamente à glândula parótida 
 Região Drenada: Meato acústico externo,pele das 
regiões frontal e temporal, pálpebras, cavidade 
timpânica, bochecha, nariz (parte posterior do 
palato). 
1- Profissional em pé atrás do paciente 
2- Direta na localização 
3- Digitalmente 
4- Bilateral 
Linfonodos tonsilares 
 Localização: Junção da veia jugular interna e do 
ventre posterior do músculo digástrico 
 Região Drenada: Tonsilar lingual e palatina, parte 
posterior do palato, margens laterais dos 2/3 
anteriores da língua. 
1- Profissional em pé atrás do paciente, paciente com a 
cabeça levemente abaixada 
2- Direta na localização 
3- Digitalmente 
4- Bilateral 
Linfonodos Submandibulares 
 Localização: Trígono submandibular adjacente à 
glândula submandibular 
 Região Drenada: Dentes superiores e inferiores e 
respectiva gengiva ( exceto incisivos inferiores), 
superfície externa da face, lábio superior e inferior, 
região anterior do palato e cavidade nasal 
Corpo da língua, soalho bucal, bochechas, glândula 
submandibular e sublingual, região anterior do palato 
e cavidade nasal. 
12 
 
1- Paciente sentado 
2- Profissional ligeiramente atrás e ao lado a ser 
examinado 
3- Cabeça do paciente flexionada para baixo e para o 
lado da palpação 
4- Levar as estruturas linfáticas contra a borda interna 
da mandíbula 
 
Linfonodos submentonianos 
 Localização: Trígono submentual 
 Região Drenada: Soalho bucal, incisivos inferiores, 
gengiva vestibular da região anterior da mandíbula, 
ápice lingual, lábio inferior. 
1- Paciente sentado 
2- Profissional ligeiramente atrás e ao lado do paciente 
3- Cabeça do paciente flexionada para baixo 
4- Palpar digitalmente a borda inferior do mento 
5- Levar as estruturas linfáticas contra a borda inferior 
do mento. 
 
Cadeias cervicais 
Pra fazer a palpação dessa região é necessário 
localizar o músculo esternocleidomastóideo 
Origem: Manúbrio do esterno e parte medial da 
clavícula 
Inserção: Processo mastoide 
 
Linfonodos Cervicais Superficiais 
 Localização: Ao longo da veia jugular externa, 
superficialmente ao músculo esternocleidomastóideo 
 Regiões Drenadas: ouvido externo e glândula 
parótida 
1- Paciente sentado 
2- Profissional ligeiramente atrás e ao lado a ser 
examinado 
3- Cabeça do paciente girada para o lado oposto da 
palpação e ligeiramente para baixo 
4- Palpar digitalmente a face anterior do 
esternocleidomastoideo 
 
Linfonodos Cervicais Profundos 
 Localização: Cervicais profundos superiores: Ao 
redor da veia jugular interna, profundamente ao 
músculo esternocleidomastóideo e acima do músculo 
omo-hióideo 
 Localização: Cervicais profundos inferiores: Ao 
longo da veia jugular interna, abaixo do músculo 
omo-hióideo, profundamente ao músculo 
esternocleidomastóideo 
 Regiões Drenadas: Parte posterior do pescoço, região 
occipital, parte do ouvido externo, porção posterior e 
central da língua, palato, nasofaringe, laringe e parte 
superior do esôfago. 
Parte posterior do pescoço, parte inferior da região 
occipital, parte ântero-superiorda parte torácica. 
1- Paciente sentado 
2- Profissional atrás do paciente ligeiramente ao lado da 
palpação 
3- Percorrer os dedos entre a traquéia e o musculo 
esternocleidomastoideo 
4- Forma dedilhada e circular 
5- Elevar levemente o ombro do lado a ser examinado e 
palpar bidigitalmente a região supraclavicular 
 
Linfonodos Cervicais Anteriores 
Cervical anterior superficial 
 Localização: Veia jugular anterior entre a fáscia 
cervical superficial e a fáscia infra-hióidea 
 Região Drenada: Pele, músculos e vísceras da região 
infra-hióidea do pescoço. 
 
Cervical anterior profundo 
 Localização: Entre as vísceras do pescoço e a camada 
de revestimento da fáscia cervical profunda 
 Região Drenada: Reunindo partes da traqueia, da 
laringe e da glândula tireoide 
1- Paciente sentado 
2- Profissional ligeiramente atrás e ao lado a ser 
examinado 
3- Cabeça do paciente girada para o lado oposto da 
palpação e ligeiramente para baixo 
4- Palpar digitalmente a borda anterior do 
esternocleidomastoideo 
 
Cervicais posteriores 
 Localização: Ao longo do nervo acessório, no trígono 
posterior 
 Região Drenada: Linfonodos occipitais, linfonodos 
mastoideos, região lateral do pescoço e ombro 
1- Paciente sentado 
2- Profissional ligeiramente atrás e ao lado a ser 
examinado 
3- Cabeça do paciente girada para o lado oposto da 
palpação e ligeiramente para baixo 
4- Palpar digitalmente a região posterior do 
esternocleidomastoideo 
 
Cervicais supraclaviculares 
 Localização: Ao longo dos vasos cervicais 
transversos, na altura da clavícula 
 Região Drenada: Linfonodos acessórios, linfonodos 
axilares apicais, parte lateral do pescoço,parede 
anterior do tórax. 
1- Paciente sentado 
2- Profissional atrás do paciente ligeiramente ao lado da 
palpação 
13 
 
3- Forma digitalmente ou circular 
4- Elevar levemente o ombro do lado a ser examinado e 
palpar digitalmente a região supraclavicular 
 
Exame extrabucal 
Palpação da região dos seios paranasais 
 Se colocar a frente do paciente e realizar a palpação 
digital nos seios frontal e maxilar. 
 Procuram-se sinusopatias, sendo uma delas a sinusite. 
Esta pode ser causada por rinite (congestão nasal, 
coriza), muitas vezes originada por um vírus (que 
também pode levar à infecção bacteriana secundária), 
infecções bacterianas, resfriado, alergias, problemas 
dentais, mergulho em água fria, problemas com 
dismorfismo nasal, pólipos nasais, fibrose cística, 
diminuição da autóclise ciliar e ar seco. 
 Se o paciente referir dor no seio maxilar pode ser em 
função de algum processo infeccioso em dentes da 
maxila. 
 
Exame das ATMs 
Busca 
- Estalidos, crepitações 
- Dor 
- Capacidade de abertura de boca 
-Sincronicidade dos côndilos 
 
 A palpação, com o examinador posicionado atrás do 
paciente, deve ser bilateral e simultânea, com os 
dedos colocados cerca de 1 cm anteriormente ao 
trágus (região pré-auricular), solicitando- se ao 
paciente para abrir e fechar a boca, com o intuito de 
sentir a movimentação da cabeça e da mandíbula. 
 Dor à palpação ou edema são sinais de inflamação na 
ATM (capsular ou interna) que, juntamente com 
desvio lateral, limitação da abertura, dor durante a 
mastigação, travamento, otalgia, salto e estalido (som 
descontínuo e seco) ou crepitação (som contínuo 
semelhante ao amassamento de papel-celofane) da 
cabeça articular (côndilo) ou das superfícies 
articulares e mialgia dos músculos mastigatórios, em 
conjunto ou não, sugerem a disfunção 
temporomandibular (DTM). 
 Algumas causas de DTM apontadas são osteoartrose, 
deslocamento de disco articular, inflamações 
primárias (artrite reumatoide e espondilose 
anquilosante) ou secundárias (lúpus eritematoso 
sistêmico e gota), fratura, luxação, anquilose, 
hiperplasia de cabeça articular, lesões fibro-ósseas 
benignas e neoplasias benignas e malignas. 
Perguntas que podem ser feitas: 
 Tem dificuldades e/ou sente dor para abrir a boca, 
por exemplo, ao bocejar? 
 Sua mandíbula fica “presa”, “travada” ou sai do 
lugar? 
 Sente dor nas orelhas, têmporas ou bochechas ou ao 
redor delas? 
 
Exame físico intrabucal 
 O exame intra bucal deve ser completo e metódico, 
examinando-se pausadamente cada estrutura com a 
certeza de não ter omitido nenhum detalhe. 
 Boas condições de visualização 
 Iluminação adequada 
 Secar as áreas a examinar 
 Afastar estruturas : espátulas de madeira, de língua e 
compressas de gaze 
 
Lábios 
 Ainda com o paciente de boca fechada, observam-se 
simetria, textura, higidez, tamanho e coloração dos 
lábios (arco de Cupido, cristas filtrais direita e 
esquerda, vermelhão, tubérculo do lábio superior, 
rima da boca, comissuras e sulco mentolabial). 
 Verificar se há presença de descamações, 
ressecamento, fissuras, crostas, erosões, alterações de 
cor decorrente de radiação solar e tabagismo. 
 Os lábios inferiores são mais acometidos por 
patologias 
 Na queilite actínica, os raios UV podem alterar tanto 
o colágeno do conjuntivo quanto o epitélio. 
 A queilite actínica é uma alteração potencialmente 
maligna comum do vermelhão do lábio inferior que 
resulta de uma exposição progressiva excessiva ao 
espectro ultravioleta da luz solar. Causa manchas 
brancas e alterações de perda de elasticidade. O 
limite entre o vermelhão do lábio e a pele fica menos 
definido. 
 A boca deverá ser mais aberta e o lábio inferior será 
evertido com uma ou duas mãos para que se façam a 
inspeção e a palpação bidigital. 
 Tracionar o lábio para verificar : textura, 
transparência, cor da mucosa, elasticidade do lábio, 
tatear o fundo de vestíbulo, verificar a inserção de 
freios e bridas laterais. 
 A palpação bidigital vai percorrer todo o lábio do 
paciente desde o fundo de vestíbulo até a parte mais 
externa do lábio. 
 É possível sentir uma granulação no lábio e na 
mucosa jugal em razão da presença das glândulas 
salivares menores, da musculatura. 
 Na mucosa jugal é possível utilizar a pala da mão 
como anteparo no lado externo e no lado interno 
coloca-se o indicador sobre a mucosa e percorre toda 
a mucosa. 
14 
 
 No assoalho de boca também usa-se as duas mãos, 
um dedo na parte externa e o dedo indicador vai no 
assoalho procurando nódulos ou consistências 
diferentes. 
 Deve-se conseguir observar a transparência dos 
tecidos nos lábios, é possível ver a vascularização do 
conjuntivo e a mucosa possui brilho. 
 
Gengiva 
 Gengiva inserida 
 Rosa pálido;** 
 Entre a mucosa alveolar e a gengiva livre; 
 Aderida ao osso alveolar e espessa 
 Aspecto de casca de laranja 
 
**Em relação a cor da gengiva, muitos livros 
afirmam que a cor da gengiva é rosa pálido, 
contudo, depende da vascularização, genética, 
aspecto racial. Qual a cor normal?Dependendo da 
característica racial do indivíduo, pode variar do rosa 
pálido à pigmentação melânica mais amarronzada. 
 A pigmentação ou melanose racial é uma alteração 
causada pela hiperatividade dos melanócitos 
dispostos entre as células epiteliais, na camada basal 
do epitélio, que resulta no aumento da produção de 
melanina. É a principal pigmentação da mucosa bucal 
e é clinicamente caracterizada por manchas 
acastanhadas difusas. 
 Acomete predominantemente a gengiva de pacientes 
negros sem distinção de sexo e idade, mas também 
se observa no vermelhão do lábio, na mucosa jugal e 
na língua. Indivíduos com pele clara podem ser 
acometidos em menor incidência. 
 
Gengiva livre 
 Rosa 
 Circunda a cervical da coroa 
 Móvel e lisa 
 Brilhante 
 
Gengiva (papila interdental) 
 Projeção da gengiva presente no espaço interdental 
 Situada abaixo do ponto de contato 
 Rosada 
 
Gengivite 
 Não há aspecto de casca de laranja 
 Edemaciada 
 Eritematosa 
 
Mucosa jugal 
 Inicia-se na comissura labial, mucosa 
retrocomissural, estendendo-se até a prega 
pterigomandibular 
 Palpaçãodigital, com polegar e indicador, ou de 
forma digitiforme. 
 Avaliar cor, consistência, mudança de consistência, 
presença de nódulos. 
 
 
Papila parotídea e abertura do ducto parotídeo 
 Na mucosa jugal, entre o primeiro e o segundo molar 
superior, a 1,5 cm do fundo do sulco bilateralmente. 
 Avaliação da saliva (quantidade, presença de 
secreção purulenta ou sangue. 
 Se o paciente tem a boca ressecada, secou-se o ducto 
da parótida e não começou a formar saliva então 
pode ser necessário ordenhar a glândula, 
espremendo- a para verificar se sai saliva. 
 Pode haver infeção na parótida e ao invés de sair 
saliva sai pus. 
 Se o paciente tiver algum problema de oclusão que 
favorece o trauma mecânico, a papila parotídea pode 
estar ulcerada, então é preciso avaliar pois pode 
haver a indução de uma lesão reativa. 
 
Linha alba 
 Linha branca de queratinização friccional, localizada 
na mucosa da bochecha paralela à linha de oclusão, 
relacionada a áreas dentadas. Assintomática, 
apresenta-se, em geral, bilateralmente, com extensão 
variável e não é removível à raspagem. Constitui uma 
reação à pressão ou à sucção da mucosa decorrente 
da atividade dos dentes posteriores. 
 O aspecto clínico característico é suficiente para o 
diagnóstico, sendo o tratamento desnecessário; 
porém, quando forem observadas alterações oclusais 
importantes e maus hábitos, como bruxismo, 
recomenda-se a correção dessas condições. 
 Só vai ser considerada lesão se o paciente estiver 
mordendo e a área estiver ulcerada ou descamativa. 
 
Grânulos de Fordyce 
 Parecem originar-se da inclusão de material glandular 
sebáceo quando da fusão dos processos maxilares 
(lábio superior) e da proximidade da bola gordurosa 
de Bichat na mucosa jugal. 
 São compostos de glândulas sebáceas do tipo 
acinotubulares, dispostas em agrupamentos. É uma 
variação anatômica, que, em 80% da população, 
ocorre na mucosa jugal e semimucosa (vermelhão) 
do lábio superior. 
 
Língua 
 Dorso (papilas) 
 Ventre 
 Lateral 
15 
 
 
Dorso 
 Paciente de boca aberta e a língua pra fora em 
repouso, com uma gaze envolver o ápice lingual e 
tracionar a língua 
 O dorso proporciona diversas estruturas anatômicas 
que variam em forma, cor e textura; é necessário 
estar familiarizado para não tomá-las como 
patológicas. Apresenta coloração homogênea e 
textura uniformemente rugosa, composta por papilas 
filiformes, fungiformes e circunvaladas. Uma palidez 
excessiva ou diminuição expressiva de rugosidade 
podem ser sinais de anemia. É possível que ocorram 
outras alterações de cor tais como: língua de 
framboesa (sinal de escarlatina), roxa (policitemia), 
amarela (icterícia), cianótica (deficiência do 
complexo B). 
 
Ápice 
 Paciente com a língua estirada (fora da boca) 
 
 Condições clínicas benignas 
 Língua fissurada 
 Língua geográfica 
 
Borda lateral 
 Tracionar a língua, bidigitalmente, com a gaze em 
direção ao lado oposto a ser examina. 
 A borda lateral da língua é uma região que deve ser 
minuciosamente avaliada pois é uma região de 
grande acometimento de câncer de boca. 
 
Ventre 
 Paciente pressiona o ápice lingual no palato 
 O ventre apresenta textura lisa e coloração 
homogênea rosa-claro ricamente vascularizada; vasos 
de maior calibre podem aparecer simetricamente 
 Pacientes com freio curto podem não conseguir 
levantar a língua então é necessário levantar para ele 
Assoalho bucal 
 Mucosa delgada, vermelha e translúcida 
 Inspeção: solicita-se que o paciente coloque o ápice 
no palato 
 Palpação: desliza-se o dedo em todo o assoalho da 
boca, apoiando a região submandibular externamente 
com a outra mão. 
 
 
 
Ordenha da glândula 
 Ato de comprimir a glândula salivar em direção a 
carúncula, percorrendo o ducto no sentido 
posteroanterior das glândulas, provocando 
eliminação de saliva. 
 
Palato duro 
 Mucosa espessa e unida ao periósteo 
 Paciente com a cabeça fletida para trás para a 
inspeção direta de horizontalizada. Para a inspeção 
indireta, a palpação é feita com a polpa do dedo 
indicador. 
 
Palato mole 
 Solicita-se ao paciente que pronuncie as vogais E e I 
enquanto se pressiona a língua, comprimindo- a 
contra o soalho da boca 
 Utiliza-se um abaixador de língua ou espelho bucal 
 
Tonsilas Palatinas 
 Solicita-se ao paciente que coloque a língua fora da 
boca, comprimindo contra o soalho da boca; 
 Localizadas nas paredes laterais da orofaringe. 
 Utiliza-se um abaixador de língua ou espelho bucal

Outros materiais