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PCC INTERDISCIPLINAR

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Universidade Estácio de Sá
Licenciatura em História 
Ágatha Cristina da Cunha Corrêa
Matricula: 202003161901
PCC INTERDICIPLINAR
Dialogando, refletindo e Produzindo Conhecimento Reflexivo
Petrópolis- RJ
2021
ÁGATHA CRISTINA DA CUNHA CORRÊA
Dialogando, refletindo e Produzindo Conhecimento Reflexivo
PCC interdisciplinar, apresentado a disciplina de POLITICAS PUBLICAS E A ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA, do curso de História- Licenciatura da Faculdade Estácio de Sá.
Petrópolis- RJ
2021
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...............................................................................................4 
2. DESENVOLVIMENTO.....................................................................................5 
3. CONCLUSÃO..................................................................................................8
4. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS...............................................................9
1- INTRODUÇÃO
Neste PCC iremos analisar as charges acima e discorrer sobre qual posicionamento seria mais didático tendo como base o artigo “A Educação Através dos Tempos” de José Cardoso de Palma Filho, Doutor em Educação. Professor do Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista (UNESP). Identificaremos quais as necessidades da educação atual e quais reflexões Edgar Morin propõe para os educadores.
2- DESENVOLVIMENTO
Fui invitada a relembrar alguma situação da minha trajetória escolar em que eu tenha me sentido excluída de algum processo escolar e em meio as minhas lembranças recordei-me de uma professora de inglês no meu 9º ano. Eu tinha muita dificuldade com a língua inglesa e não conseguia fazer os exercícios propostos por ela e nem conseguia acompanhar o ritmo da aula, eu pedia ajuda e participava da aula, porém ela sempre respondia dizendo que eu não estava prestando atenção o suficiente. Os outros professores nunca entenderam o porquê das minhas notas somente naquela matéria eram tão baixas a ponto de quase me fazer reprovar o ano, já que tinha excelentes notas em todas as outras matérias. Mas eu tinha muito gosto por músicas de bandas e cantores americanos, e vivia perguntando a ela o que significava algumas das palavras que eu conseguia identificar nas músicas e ela respondia dizendo que não era assim que se aprendia inglês. Hoje como futura professora, olhando com os olhos didáticos e pedagógicos, vejo a rica oportunidade de ensinar o conteúdo que precisava ser ensinado de uma forma que fosse eficaz e que não me excluísse do processo de aprendizagem nessa matéria. Tive que buscar ajuda fora do âmbito escolar, quando nesse caso, a escola deveria ter identificado a minha dificuldade de aprendizagem, avaliado minhas necessidades e então agido de forma coerente com a didática proposta por Edgar Morin, que acredita ser necessária uma mudança na mentalidade dos educadores, propondo a valorização da bagagem de vida do aluno, a fim de trazer uma compreensão em todos os níveis educativos. A forma de pensar de Edgar Morin contrapõe a ideia de ensino propostas nas charges, uma vez que os personagens – a professora e o avaliador - não respeitam ou valorizam o caráter ternária da condição humana, que é ser ao mesmo tempo indivíduo/sociedade/ espécie, fazendo com que cada um tenha sua bagagem própria de conhecimento pré-estabelecido.
	Morin propõe que há a necessidade de se preocupar com a ética do gênero humano, já que ao longo da história da educação não houve esse cuidado, para que seja possível estabelecer uma relação de “controle mútuo entre a sociedade e os indivíduos pela democracia e conceber a Humanidade como comunidade planetária” (MORIN, p. 2001).
Ao analisar a charge, percebe-se que a professora reage de uma forma bem hostil aos conhecimentos prévios de seus alunos, anulando suas regionalidades e regionalismos como o sotaque, agindo de forma completamente anti-didática. Ela perdeu uma rica oportunidade de trazer debates incríveis para sua aula. Anulando o entusiasmo dos alunos ela perdeu uma chance de fazer com que eles se interessem mais por aquele tema e tomassem seus lugares como principais agentes de seu processo de aprendizagem.
Trazendo agora para uma possível vivência em sala de aula como professora e tomando a liberdade de propor um tema ligado ao currículo de História, ao abordar o tema Grécia Antiga, que geralmente é um tema que muitos alunos já têm conhecimentos prévios e causa muito entusiasmo, em um primeiro momento, iria convidá-los a falar de suas respectivas religiões e como sua religião influencia seus estilos de vida. Questionaria os alunos e os convidaria a abrir uma roda de debates sobre o que eles entendem por “mito”. E ai vir construindo e lapidando seus conhecimentos prévios e então começar a trabalhar a importância da religião na sociedade grega antiga.
	Em uma aula sobre os Deuses gregos, estando pontuado que os deuses possuem características de comportamentos e atitudes semelhantes aos humanos como: maldade, bondade, egoísmo, fraqueza, força, vingança etc... Faria uma divisão em sala onde cada aluno fica responsável por ilustrar como ele imagina aquele deus (a), podendo ser através de desenho, texto, etc... O intuito é o aluno conhecer os atributos do deus (a), saber a importância daquele deus (a) para o povo grego e deixar que sua criatividade corra solta. Com a atividade terminada, fazer uma comparação com as reais imagens dos deuses. Acredito que seria um momento de descontração e de troca de informações e conhecimentos. Para a avaliação, aproveitaria esta mesma atividade e proporia que quando eu mostrasse a imagem do deus (a) real em comparação com o que eles criaram, eles entrassem em comum acordo quanto à compreensão deles ao que ensinei, o quanto eles foram fiés em suas descrições, dando notas as apresentações e depois se reunissem para fazer a média. Sendo assim, eles mesmos avaliam suas performances e o quanto de conhecimento absorveram, tomando os seus lugares como protagonistas de seus processos de aprendizagem. 
3. CONCLUSÃO 
Para concluir, tendo como base todo o conteúdo aprendido ao decorrer desta e das demais disciplinas, gostaria de dizer a professora Ágatha do futuro que nunca esqueça o ensinamento que Paulo Freire nos deixou, de que para ensinar é preciso aprender e é aprendendo que nos tornamos mestres, você não sabe mais nem menos que seu aluno, eles são capazes de nos trazer aprendizados tão ricos, saiba identificar e absorver. Nunca perca aquele frio na barriga, aquele nó na garganta e o brilho nos olhos pela profissão que você escolheu. Entenda também que seus alunos não são folhas em branco, eles têm conhecimentos prévios vastos, se agora eles já vivem numa Era em que a tecnologia acelera seus conhecimentos, imagina ai no tempo onde você está! Então aproveite isso, faça uso dessas tecnologias para trazer o seu aluno para o centro do processo de aprendizagem deles. Nunca deixe de estudar e se atualizar. Seja pros seus alunos aquilo que alguns dos nossos professores foram na nossa vida e se possível, mais. Nós podemos não mudar o mundo, mas se pudermos despertar uma faísca em um aluno, isso já é uma incrível esperança para um futuro melhor para o mundo. 
4. REFERÊNCIAS BIBLÍOGRAFICAS
https://tecnoblog.net/236041/guia-normas-abnt-trabalho-academico-tcc/ 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724: Informação e documentação – Trabalhos acadêmicos – Apresentação. Rio de Janeiro, 2011.
https://acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/173/1/01d06t01.pdf 
FILHO, João Cardoso Palma. A Educação Através dos Tempos. São Paulo.
Todo o trabalho teve como referência os conteúdos da disciplina.

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