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Atitudes_ Conceito e Formação

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Atitudes: Conceito e Formação…………………………………………………..
· Ao tomarmos conhecimento da realidade social, desenvolvemos sentimentos positivos [pró], negativos [contra] ou neutros em relação a pessoas e objetos sociais em geral.
· Atitudes: sentimentos pró ou contra pessoas ou objetos [ou situações] com que entramos em contato.
· Importância: Segundo Znaniecki e Thomas (1918), a Psicologia Social é o estudo científico das atitudes.
· Formação: aprendizagem, derivados de características da personalidade ou de determinantes sociais, formar-se por ativação não consciente ou por processos cognitivos (equilíbrio; consonância cognitiva)
Definição de Atitude:
“uma organização duradoura de crenças e cognições em geral, dotada de carga afetiva pró ou contra um objeto social definido, que predispõe a uma ação
coerente com as cognições e afetos relativos a este objeto."
Importante: esta definição é diferente do entendimento do senso comum sobre atitude...
COMPONENTES DAS ATITUDES:
a) O componente cognitivo
b) O componente afetivo
c) O componente comportamental 
a) O componente cognitivo
Para que se tenha uma atitude em relação a um objeto é necessário que se tenha alguma representação cognitiva deste objeto.
“para que haja uma carga afetiva pró ou contra um objeto social definido, faz-se mister que se tenha a representação cognitiva deste mesmo objeto. As crenças e demais componentes cognitivos (conhecimento, maneira de encarar o objeto, etc.) relativos ao objeto de uma atitude constituem o componente cognitivo da atitude.”
b) O componente afetivo
Não há dúvida de que o componente mais nitidamente afetivo, definido como sentimento pró ou contra um determinado objeto social, é o único característico das atitudes sociais.
Nisto as atitudes diferem, por exemplo, das crenças e das opiniões que, embora muitas vezes se integrem numa atitude suscitando um afeto positivo ou negativo em relação a um objeto e predispondo à ação, não são necessariamente impregnados de conotação afetiva.
Rosenberg (1960) demonstrou experimentalmente que os componentes cognitivo e afetivo das atitudes tendem a ser coerentes entre si.
c) O componente comportamental
A posição geralmente aceita pelos psicólogos sociais é de que as atitudes possuem um componente ativo, instigador de comportamentos coerentes com as cognições e os afetos relativos aos objetos atitudinais.
Para Newcomb, Turner e Converse (1965), as atitudes são propiciadoras de um estado de prontidão que, se ativado por uma motivação específica, resultará num determinado comportamento.
Outros autores (KRECH; CRUTCHFIELD, 1948; SMITH;
BRUNER; WHITE, 1956; KATZ; STOTELAND, 1959): as atitudes são a própria força motivadora da ação.
Vê-se na representação de Newcomb e cols. que as atitudes criam um estado de predisposição à ação que, quando combinado com uma situação
específica desencadeante, resulta em comportamento.
ATITUDE E COMPORTAMENTO
De acordo com as teorias psicossociais conhecidas como teorias de consistência (por exemplo, Festinger (1957) e Heider (1958)), os três componentes das atitudes devem ser internamente consistentes.
De fato, causaria surpresa verificar-se que alguém é atraído por um objeto que
Ele considera cognitivamente como possuidor características mais negativas, ou vice-versa.
Entretanto, não raro se verificam certas inconsistências entre as atitudes e os
comportamentos expressos pelas pessoas. Para ilustrar esta inconsistência, vejamos o estudo de La Pièrre (1934) que aparentemente demonstrou que não há coerência entre atitude e comportamento.
 [Este experimento é típico das Formas Psicológicas da Psicologia Social].
“No início da década de 30, La Pière viajou por uma parte dos Estados Unidos acompanhado de um casal de chineses. Durante a viagem eles pararam em 66 hotéis e 184 restaurantes, sendo atendidos por todos os estabelecimentos, à exceção de um hotel. Seis meses depois La Pière enviou carta a todos os estabelecimentos que havia visitado em sua viagem, perguntando se eles prestariam seus serviços a um casal de chineses. Dos 128 que responderam, 92% disseram que recusariam seus serviços a chineses.”
“O comportamento não é determinado apenas pelo que as pessoas gostariam
de fazer, mas também pelo que elas pensam que devem fazer, isto é, normas
sociais, pelo que elas geralmente têm feito, isto é, hábitos, e pelas consequências esperadas de seu comportamento.” (TRIANDS, 1971, p. 14)
Concluímos, pois, de acordo com Newcomb, Turner e Converse (1965) que o comportamento é uma resultante de múltiplas atitudes.
ATITUDES E VALORES
Valores são categorias gerais dotadas também de componentes cognitivos,
afetivos e predisponentes de comportamento, diferindo das atitudes por sua generalidade.
Uns poucos valores podem encerrar uma infinidade de atitudes. O valor religião, por exemplo, envolve atitudes em direção a Deus, à Igreja, a recomendações específicas da religião, à conduta dos encarregados das coisas da Igreja etc.
A característica de generalidade dos valores e de especificidade das atitudes
faz com que uma mesma atitude possa derivar de dois valores distintos. Assim,
por exemplo, uma pessoa pode ter uma atitude favorável a dar esmola a um
pobre por valorizar a caridade, e outra por valorizar o desejo de mostrar-se
poderoso e superior.
Enfoques cognitivos: as teorias do equilíbrio e da dissonância cognitiva
PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO DE FRITZ HEIDER
Em 1946, Fritz Heider publicou um artigo intitulado Atitudes e Organização
Cognitiva, no qual os postulados fundamentais do que posteriormente passaria a ser conhecido como teoria do equilíbrio foram apresentados.
Referência: concepções gestaltistas relativas à percepção de coisas levadas à
percepção de pessoas (simetria, boa forma, proximidade, semelhança etc.) e objetos aos quais elas estão relacionados.
Exemplo:
Em linguagem gestáltica, a percepção de um objeto, x, e uma outra pessoa, o,
formam uma relação unitária (autor e sua obra são percebidos como um todo
indivisível); na situação p gosta de x, p gosta de o e o está unido a x, constitui um todo harmonioso cuja boa forma é facilmente percebida por p.
I. Heider postula que preferimos situações de equilíbrio, mas este equilíbrio não prevalece sempre em nossas relações interpessoais.
II. Se o equilíbrio não é atingido e a pessoa não puder mudar uma situação desequilibrada para uma situação equilibrada, ela experimentará tensão.
A TEORIA DA DISSONÂNCIA COGNITIVA DE LEON FESTINGER
Em 1957, foi publicado pela primeira vez o livro de Leon Festinger intitulado A Theory of Cognitive Dissonance.
Princípio: procuramos um estado de harmonia em nossas cognições.
O termo cognição, tal como definido anteriormente, refere-se a “qualquer
conhecimento, opinião o crença acerca do ambiente, acerca da própria pessoa
ou acerca de seu comportamento” (FESTINGER, 1957).
As relações entre nossas cognições podem ser relevantes ou irrelevantes. Por exemplo, saber que o automóvel A é melhor que o B e comprar o automóvel B constituem um par de cognições relevantes e, segundo a teoria, dissonantes.
Por outro lado, saber que um automóvel A é melhor que o B, e achar melhor andar de táxi é melhor que dirigir o próprio carro, constitui um par de cognições irrelevantes.
Quando os elementos cognitivos são relevantes, diz-se que estão em dissonância se, considerando-se apenas os dois, o contrário de um elemento seguir-se do outro.
“Quando uma pessoa ofende outra, isso põe em movimento processos cognitivos destinados a justificar o ato de crueldade. A cognição ‘Ofendi Carlos’ é dissonante com a cognição ‘Eu sou uma pessoa decente, direita’. Uma boa maneira de reduzir a dissonância é convencer-nos de que ofender Carlos não foi um ato indecente, sem razão de ser, nem um gesto maldoso. Você pode conseguir isso fechando os olhos para as virtudes de Carlos e enfatizando seus aspectos negativos, convencendo-se que ele é um péssimo ser humano que mereceu ser machucado. Isso seria especialmenteeficaz se o alvo fosse um vítima inocente de sua agressão”. (ARONSON; WILSON; AKERT, 2002, p.285)
Um resumo das principais proposições da teoria de Festinger foi
apresentado por Zajonc (1968, p. 360-361) de forma muito feliz:
1. Dissonância cognitiva é um estado desagradável.
2. Havendo dissonância cognitiva o indivíduo tenta reduzi-la ou eliminá-la e se comporta de forma a evitar acontecimentos que a aumentem.
3. Havendo consonância, o indivíduo se comporta de forma a evitar acontecimentos provocadores de dissonância.
4. A severidade ou intensidade da dissonância cognitiva varia de acordo com a importância das cognições em relação dissonante umas com as outras, e o número relativo de cognições que estão em relação dissonante.
5. A força das tendências enumeradas em 2) e 3) é uma função direta da severidade da dissonância.
6. Dissonância cognitiva só pode ser reduzida ou eliminada através de a) acréscimo de novas cognições ou b) mudança das cognições existentes.
7. O acréscimo de novas cognições reduz a dissonância se a) as cognições acrescentadas adicionam peso a um lado e assim diminuem a proporção de elementos cognitivos que são dissonantes, ou b) as novas cognições mudam a importância dos elementos cognitivos que estão em relação dissonante uns com os outros.
8. A mudança de cognições existentes reduz a dissonância se a) o seu novo conteúdo faz com que se tornem menos contraditórias entre si, ou b) sua importância é diminuída.
9. S não é possível acrescentar-se novas cognições ou mudarem-se as existentes através de um processo passivo, recorrer-se-á a comportamentos que tenham consequências cognitivas que favoreçam um estado consoante de novas informações é um exemplo de tal comportamento.
	
EXERCÍCIO
Escolha a alternativa que melhor completa os espaços abaixo:
A atitude é formada por um componente ____________________ (as crenças),
um componente ______________________ e _____________________________.
A) comportamental, afetivo, reflexivo
B) cognitivo, emocional, pelo comportamento
C) volitivo, relacional e afetivo
D) cognitivo, afetivo, uma disposição à ação
E) experiencial, emocional, cognitivo
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