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RESUMO_O corpo como construção social (autor: José Carlos Rodrigues)

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corpo como construção social 
A percepção humana como algo limitado a sua humanidade 
	 > percepção do mundo que é inteiramente parcial
	 > restrição ao alcance dos sentidos humanos 
A percepção humana do mundo depende se suas lentes e submetido aos próprios limites 
do ser
A cultura corresponde a lente especifica pelo qual o homem enxerga o mundo 
	 > com ela, os sentidos adquirem um dom diferenciado e o mundo passa a possuir 
uma fisionomia humana 
Com a cultura, o mundo passa a ser percebido a partir das convenções sociais 
	 > codificação do mundo a partir dos sentidos 
A cultura tem a capacidade, também de enfatizar determinados sentidos em detrimento 
de outros 
	 > isso faz com que os próprios sentidos - meio do qual o homem toma ciência do 
mundo - seja condicionado e variável culturalmente 
O mundo real, em realidade, é constituído de códigos de sociedade 
	 > construção inconsciente 
	 > uma especie de gramatica cultural estabelecida no qual somos submetidos 
Temos a crença de que estamos em um mundo intrinsecamente ordenado 
	 > os mesmos estímulos podem ser lidos, processados e interpretados segundo 
códigos diferentes 
	 > os homens, na realidade estão mergulhados em uma lógica especial que se 
baseia no elemento cultural 
O corpo é algo que faz parte do universo convencional 
	 > o ser humano não tem um corpo único ao qual esteja para sempre confinado 
As concepções de corpo variam segundo as culturas
	 > diferentes imagens ou representações sobre o corpo humano 
O corpo enquanto representação social e enquanto coisa material 
Enquanto coisa material, o corpo pode apresentar diferenças materiais que estão 
relacionadas a resistência física, ênfase em determinado órgão do sentido ou 
automatismos corporais 
A representação de corpo não se limita apenas a acontecimentos intelectuais 
Cada cultura modela ou fabrica um corpo humano de determinado modo 
	 > toda sociedade se preocupa em imprimir no corpo - fisicamente - elementos 
culturais 
No texto Técnicas Corporais, Marcel Mauss observa como as técnicas de nado variam 
ao comparar a tecnica francesa e a tecnica Polinésia 
	 > Mauss confiava que era possível diferenciar e reconhecer a nacionalidade de 
pessoas apenas ao observar o seu comportamento e o modo de colocar seu corpo 
Não ha sociedade que não fira semioticamente o corpo de seus membros 
	 > corpos que servem como insígnias da identidade grupal 
Através da educação - formal ou informal - que essas tendências corporais se tornam 
comuns aos membros da sociedade 
	 > a tarefa da educação sobre os corpos é fundamental, pois:
	 1) o corpo humano é, por excelência, uma expressão simbólica da própria 
sociedade;
	 2) a sociedade se faz ao produzir os corpos daqueles em que ela se materializa 
Produção de corpos específicos de que uma sociedade necessita para viver 
A desigualdade que se grava no corpo quando este não se enquadra nos modelos 
socialmente aprovados 
	 > expressão de uma assimetria de classes ou de exclusão social 
É possível compreender o corpo e as praticas corporais como elementos que pertencem 
ao universo do símbolo e da comunicação 
Expressão entre o cultural e o biológico no organismo humano 
	 > conteúdo conotativo e inconsciente que, sutilmente apresentam princípios 
estruturares de mundo de uma sociedade e das atitudes dos homens 
A manifestação do corpo no mundo como uma linguagem que é tão coletiva quanto 
qualquer outra 
1) o corpo humano é muito menos biológico do que se pensa 
2) O corpo humano é muito menos individual do que costumamos postular 
	 > apesar do individualismo que caracteriza a sociedade ocidental
3) O corpo humano é socialmente construído 
	 > imitação 
	 > a presença do outro como um estimulo 
4) O corpo humano apresenta as características dos fenômenos culturais, sendo relativo 
e histórico 
	 > relativo pois varia entre as sociedades 
	 > histórico pois varia segundo o tempo de indivíduos, grupos e sociedades 
5) As sociedades constroem corpos 
	 > a sociedade faz sua vida fazendo corpos em que existe 
	 > o corpo como a única materialidade efetiva de qualquer sociedade 
O corpo pode ser considerada uma instituição social que possui historia 
	 > uma historia especifica de um corpo de uma sociedade em particular 
Durante o período medieval, o corpo possui em escala reduzida a comunidade, os 
desígnios divinos e a ordem cósmica 
	 > um conjunto de interdependências e interinfluencias que faziam com que o 
corpo formasse uma unidade 
O espirito e a matéria eram considerados elementos inseparáveis 
O corpo individual não se separava muito nitidamente dos demais 
	 > sepulturas coletivas e as covas ficavam entreabertas 
Nas casas, que possuíam um único cômodo, diferentes funções eram desempenhadas 
A ideia de privacidade ainda não era consagrada 
	 > o individualismo burguês não se preponderava 
Apenas em 1652 que Philippe Aries determinou que seu corpo e de sua esposa deveriam 
ser colocados em jazigos particulares 
A vida, entretanto, não passou por muitas alterações como no cemitério 
	 > o corpo estava ligado ao feudo e não podiam ir e vir livremente 
O casal medieval era definido por premissas diferentes em relação as premissas 
modernas
	 > os relacionamentos não eram deformidades por emoções autenticas a outro 
individuo 
Romeu e Julieta são responsareis por ilustrar a emergencia do sentimento moderno de 
amor 
	 > ambos são considerados marginais em relação ao seu tempo 
	 > desviantes da normatividade social que desejam sobrepor seus sentimentos 
individuais aos desígnios coletivos 
Ao se emancipar do poder feudal, os burgueses passam a tomar posse de seus próprios 
corpos 
	 > o corpo material passa a ser visto de outra forma 
	 > novos interesses no corpo por conta do surgimento de uma nova classe 
Um marco fundamental da historia é o momento em que o corpo é conquistado e 
transformada em propriedade individual e privada 
	 > corpo-produtor e corpo-instrumento 
	 > o corpo que deve rentabilizar e frutificar 
O corpo enquanto meio de produção se torna insatisfeito com o sistema produtivo e 
passa, progressivamente, a sair das fabricas 
	 > o corpo que se transforma em corpo-consumidor 
Um corpo que está “livre"
O corpo que sabe o que quer, que pode ir e vir, que consegue gozar e é dono de si 
	 > o meu corpo 
O corpo com sua originalidade, genuinidade e especialidade 
	 > detentor de individualidade 
O corpo que é individual, mas ao mesmo tempo é banal, medíocre e comum 
	 > o corpo original banalizou-se 
	 > o corpo extraordinário que se tornou uma regra geral 
O corpo individual em um contexto em que a coisa mais comum e coletiva é exatamente 
o individualismo 
O corpo de um sistema que cultua a individualidade 
	 > o corpo em que cada um esta “na sua”, mas são paradoxalmente impotentes 
enquanto indivíduos 
O corpo que se pensa brevemente liberado de morrer 
O corpo que acredita poder tudo

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