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. PCP História da Psicologia A Psicologia é o conjunto de conhecimentos que serve para nos conhecermos a nós mesmos, e compreender os modos de ser (pensar, sentir e fazer) de nossos semelhantes, ou seja, é o estudo das funções mentais e das atividades pessoais. (Myra y Lopes) Etimologicamente o termo Psicologia é formado dos radicais: LOGUS refere-se a estudo ou discurso, e PSYCHE (figura mitológica grega) alma ou espírito. Segundo Platão, a psique (como é escrita atualmente) é a vida mental do ser humano. Unindo os radicais teremos o conceito central de Psicologia: “estudo da alma (ou da vida mental, segundo Platão) do ser humano” Duas grandes correntes do pensamento filosófico desta época foram o empirismo inglês e o racionalismo, ambas . PCP tentando entender o funcionamento da mente humana, cada uma sob um viés Os empiristas entendiam que nada poderia chegar à mente sem que tivesse passado primeiro pelos sentidos (olfato, tato, visão, audição ou paladar, ou seja, sensações físicas), e que a “mente” seria o “lugar” onde estas sensações seriam impressas, registradas e guardadas, para uso presente ou futuro. Os racionalistas acreditavam que a mente seria, ao contrário, uma instância ativa e produtiva, com capacidade para gerar ideias, recordar, raciocinar e desejar, sem depender diretamente de qualquer estímulo do meio (ou mais apropriadamente das sensações). Nascimento da Psicologia No ano de 1879, acontece o nascimento da Psicologia enquanto ciência, quando Wilhelm Wundt (1832-1920), . PCP influenciado pelo ponto de vista dos filósofos empiristas, criou o primeiro laboratório de Psicologia na Universidade de Leipzig, Alemanha. Investigando principalmente os processos de percepção humana sobre as sensações recebidas do meio, na tentativa de encontrar os princípios por onde estes elementos simples (as sensações) se associariam entre si e com outras informações para produzir percepções complexas (tomadas de significado pessoal) Com o objetivo de tentar entender o que podemos chamar de “conteúdo mental”, e a estrutura da mente, acreditando que essas estruturas poderiam ser analisadas em elementos ou partes Wilhelm Wundt - (associacionismo) . PCP Aplicou os métodos experimentais da ciência ao estudo da consciência humana. Para isso, ele fundou o primeiro laboratório de psicologia, recebendo assim, a distinção monumental de fundador da psicologia moderna em 1897. No seu laboratório, Wundt dedicou muitas horas expondo indivíduos à estímulos auditivos e visuais, e pedindo a eles que descrevessem aquilo que sentiam Wundt define como objeto da psicologia o estudo da mente, da experiência consciente do Homem – a consciência – e é no seu laboratório, que ele vai procurar conhecer os elementos constitutivos da consciência, a forma como se relacionam e associam (concepção associacionista). Para atingir os estes objetivos, ele utilizou como método de estudo a introspecção controlada, que consistia em, no laboratório, observadores treinados descreverem as suas experiências resultantes de uma situação experimental. . PCP Através da introspecção, os sujeitos descreviam as suas percepções resultantes de estímulos visuais, auditivos e tácteis. Por exemplo, ouviam um som e em seguida descreviam o que sentiam e só este método permitiria, segundo Wundt, o acesso à experiência consciente do indivíduo. Edward Titchener (1867 – 1927) Titchener foi a grande figura da escola estruturalista, "foi ele quem a batizou, desenvolveu e sustentou contra as tendências funcionalistas e behaviorista". Entretanto, a Wundt deve-se os créditos de fundação e sistematização que embasaram a teoria estruturalista. Estruturalismo O estruturalismo tem como fundamento o estudo dos elementos ou conteúdos mentais e sua conexão mecânica, mediante o processo de associação, porém, descartava a ideia . PCP de que a percepção (processo mental através do qual cada indivíduo percebe e interpreta o mundo) tenha alguma participação nesse processo. Sua principal base de estudos concentrava-se nos elementos propriamente ditos, e acreditava que a Psicologia deveria procurar descobrir a natureza das experiências conscientes elementares, para determinar sua estrutura, através da análise das partes que a formam. Esta experiência consciente, segundo Titchener é dependente do indivíduo que a vivencia, diferindo da estudada por cientistas de outras áreas. Por exemplo, tanto a Física como a Psicologia têm condições de estudar a luz ou o som, porém, cada profissional terá orientação, métodos e objetivos diferentes. Em seu livro A Textbook of Psychology, Titchener cita que “Todo conhecimento humano é derivado das experiências . PCP humanas, não há outra fonte de conhecimento”. Com base nessa afirmação, podemos concluir que toda experiência humana pode ser analisada por pontos de vistas distintos, não estando nenhum deles necessariamente incorreto, pois cada indivíduo tem suas próprias vivências e, portanto, seu próprio repertório de conhecimentos. Quando estudou a experiência consciente, Titchener alertou a respeito da possibilidade de um erro, o qual ele chamou de erro de estímulo, que gera uma confusão entre o objeto de observação e o processo mental envolvido. Por exemplo, se mostrarmos uma maçã a alguém, e pedirmos para que essa pessoa descreva o que vê, muito provavelmente dirá que se trata de uma maçã, não descrevendo suas características como cor, forma e brilho Essa falta de descrição dos elementos componentes da maçã é o que Titchener chamava de erro de estímulo, pois as . PCP características foram deixadas de lado, em favor da descrição mais simples e conhecida. Nesse caso, o observador está interpretando o objeto e não o analisando Titchener definia a consciência como a soma das experiências existentes em certo momento e a mente como a soma das experiências acumuladas ao longo do tempo. Para ele, o único objetivo legítimo da Psicologia deveria ser descobrir os fatos estruturais da mente e estudá-los
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