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Estudos em TGD IV | 
Transtorno Desintegrativo da 
Infância (TDI) e Transtorno 
Global do Desenvolvimento Sem 
Outra Especificação (TGD-SOE) 
 
Diretos Autorais reservados à 
UNÍNTESE 
Pedro Stieler 
Coordenação Geral 
 
Maria Bernardete Bechler 
Coordenação Pedagógica 
 
Marcia Doralina Alves 
Taís Guareschi 
Texto 
 
Vanessa Immich 
Design Instrucional 
 
Rosane Stieler 
Administrativo-Operacional 
 
Maria Denise Uggeri (Pedagógico) 
Tatiane da Silva Campos (Acessibilidade) 
Willian Dourado Teixeira (Tecnologia) 
Equipe Técnica | Produção 
 
EXPEDIENTE 
 
Uníntese | UnínteseVirtual 
 
Pedro Stieler 
Diretor Presidente 
 
Mara Regina Escobar 
Diretora Vice-Presidente 
 
Maria Bernardete Bechler 
Diretora Pedagógica 
 
Cristiane da Silva Evangelista 
Diretora de Administração e Finanças 
 
Carmem Regina dos Santos Ferreira 
Diretora de Marketing 
 
 
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Marcia Doralina Alves1 
Taís Guareschi2 
 
 
TTrraannssttoorrnnoo DDeessiinntteeggrraattiivvoo ddaa IInnffâânncciiaa ((TTDDII)) 
 
O Transtorno Desintegrativo da Infância é uma 
condição extremamente rara que causa um grande impacto 
na vida da criança, ocasionando uma significativa 
regressão no seu desenvolvimento após os primeiros anos 
de vida. A criança que, até então se desenvolvia 
normalmente, perde funções previamente adquiridas como 
 
1
 Psicóloga e Educadora Especial. Mestre em Educação pela 
UFSM/RS e doutoranda em Educação pela Unisinos/RS. Professora 
dos cursos extensão e pós-graduação da UNÍNTESE. 
2
 Educadora Especial. Mestre em Educação pela UFSM/RS. 
Professora dos cursos extensão e pós-graduação da UNÍNTESE. 
EEssttuuddooss eemm TTrraannssttoorrnnooss GGlloobbaaiiss ddoo DDeesseennvvoollvviimmeennttoo IIVV:: 
 
Transtorno Desintegrativo da Infância (TDI) e 
Transtorno Global do Desenvolvimento Sem Outra 
Especificação (TGD-SOE) 
 
 
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a linguagem, o jogo, as brincadeiras e as relações sociais 
(MERCADANTE; GAAG; SCHWARTZMAN, 2006). 
O TDI foi relatado pela primeira vez em 1908 por um 
educador austríaco, chamado Theodore Heller, que 
descreveu o quadro de seis crianças que apresentavam 
uma patologia pouco frequente. Em 1969, Rutter introduz o 
termo ―Psicoses Desintegrativas‖ para dar nome ao quadro 
descrito por Heller. Sendo assim, o TDI é conhecido 
também como Psicose Desintegrativa, Síndrome de Heller 
ou Demência Infantil. 
Conforme Suplicy (1993), ao comentar a descoberta 
de Heller, essas crianças após três ou quatro anos de 
desenvolvimento normal demonstraram uma diminuição 
nos interesses da vida cotidiana, perda da linguagem e do 
controle esfincteriano. Cirino (2001) também descreve o 
quadro e diz que além da perda da linguagem as crianças 
passam a apresentar um estado de indiferença e 
negativismo, bem como, cólera e ansiedade, seguido de 
transtornos motores bastante característicos: agitação, 
estereotipias e maneirismos. Segundo Sibemberg (2011), 
os sintomas que aparecem nas crianças com Transtorno 
Desintegrativo da Infância se assemelham muito ao 
Autismo. 
Portanto, a principal característica do Transtorno 
Desintegrativo da Infância (TDI) é surgir após um período 
de desenvolvimento normal e aparecer antes dos dez anos 
de idade. O TDI é acompanhado de uma regressão das 
aquisições já adquiridas nas seguintes áreas: 
 
 
 
 
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 Linguagem expressiva ou receptiva; 
 Habilidades sociais ou comportamento 
adaptativo; 
 Controle esfincteriano; 
 Jogos ou habilidades motoras. 
De acordo com Marcelli; Cohen (2009), no 
Transtorno Desintegrativo da Infância, a perda das 
aquisições afeta particularmente a comunicação e a 
linguagem. O DSM-IV-TR enfatiza ainda que os indivíduos 
com esse transtorno exibem os déficits sociais, 
comunicativos e de comportamento observados no 
Transtorno Autista. 
Quanto à prevalência, o TDI é um transtorno muito 
específico de psicose e não se refere a todas as psicoses. 
O início do quadro se dá por volta dos três ou quatro anos 
e os principais indícios de instalação do transtorno incluem 
o aumento da irritabilidade e ansiedade, bem como a perda 
da fala e do interesse pelo ambiente. 
Sem desmerecer a cientificidade do DSM-IV-TR, 
acreditamos que as características apresentadas para o 
Transtorno Desintegrativo da Infância refletem uma visão 
mais pragmática e imediatista através de sinais e sintomas, 
não levando em conta a forma como o sujeito vive sua 
condição. É, portanto, uma classificação que merece ser 
estudada com cautela para que não se torne mais um 
rótulo, empobrecendo a perspectiva do sujeito e, 
impossibilitando a leitura do professor sobre o aluno que se 
apresenta com esse diagnóstico na escola. 
 
 
 
 
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oouuttrraa eessppeecciiffiiccaaççããoo -- TTGGDD--SSOOEE 
 
O Transtorno Global do Desenvolvimento Sem Outra 
Especificação-TGD-SOE é uma categoria diagnóstica de 
exclusão, ou seja, não possui critérios específicos para sua 
classificação. Segundo Mercadante et al (2006), os 
quadros que não se encaixam em nenhum outro transtorno 
global do desenvolvimento devem ser classificados nessa 
categoria. De acordo com Sibemberg (2011), o Transtorno 
Global do Desenvolvimento Sem Outra Especificação-TGD-
SOE é também chamado de Autismo Atípico. Rivière 
(2004) diz ainda que falta clareza para o diagnóstico de 
TGD-SOE e que essa categoria deve ser evitada por se 
tratar de uma colcha de retalhos. 
O TGD-SOE surge após um período de 
desenvolvimento normal, ocorrendo regressão em 
habilidades já adquiridas pela criança, bemcomo o 
aparecimento de signos autistas. Essa regressão acontece 
especialmente na comunicação e na linguagem 
(MARCELLI; COHEN, 2009). 
Para uma melhor compreensão desse transtorno, 
traremos os critérios diagnósticos do DSM-IV-TR 
(ASSOCIAÇÃO AMERICANA DE PSIQUIATRIA, 2002, p. 
111): 
 
 
 
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Esta categoria deve ser usada quando existe um 
prejuízo severo e invasivo no desenvolvimento da 
interação social recíproca ou de habilidades de 
comunicação verbal ou não-verbal, ou quando 
comportamento, interesses e atividades 
estereotipados estão presentes, mas não são 
satisfeitos os critérios para um Transtorno Invasivo 
do Desenvolvimento específico, Esquizofrenia, 
Transtorno da Personalidade Esquizotípica ou 
Transtorno da Personalidade Esquiva. Esta 
categoria inclui, por ex., "Autismo Atípico" — 
apresentações que não satisfazem os critérios para 
Transtorno Autista em vista da idade tardia de seu 
início, apresentações com sintomatologia atípica, 
sintomatologia subliminar ou todas acima. 
 
Para Vorcaro (2011), é preciso que tenhamos 
cuidado com a nomeação diagnóstica, pois muitas vezes o 
diagnóstico poderá substituir o nome-próprio da criança, 
conferido pelo nome da síndrome, retirando a possibilidade 
dela se situar a partir de sua própria filiação. A autora 
reitera também que inserir uma criança no laço social como 
―uma Rett‖, ―aquele PC‖ ou ―meu filho Asperger‖ é reduzi-la 
ao registro médico, engessando sua singularidade 
subjetiva. 
Após termos estudado o Transtorno Desintegrativo 
da Infância (TDI) e Transtorno Global do Desenvolvimento 
Sem Outra Especificação (TGD-SOE), traremos a seguir 
uma importante pesquisa para finalizar nossos estudos 
sobre cada um dos quadros da categoria Transtornos 
Globais do Desenvolvimento. Essa pesquisa foi construída 
a partir da teoria psicanalítica que validou 31 indicadores 
que dizem respeito à constituição psíquica em bebês de 
zero a dezoito meses de idade, detectando possíveis riscos 
para o desenvolvimento infantil. Essa pesquisa resultou 
num instrumento que pode ser utilizado por médicos 
pediatras em todo o Brasil. 
 
 
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ddee RRiissccoo ppaarraa oo DDeesseennvvoollvviimmeennttoo IInnffaannttiill –– 
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É interessante tratarmos aqui de uma pesquisa 
realizada no Brasil: Pesquisa Multicêntrica de Indicadores 
Clínicos de Risco para o Desenvolvimento Infantil – IRDIs, 
no período de 2000 a 2008, pelo Grupo Nacional de 
Pesquisa (GNP), em nove cidades brasileiras. Conforme 
Kupfer et al (2008), Pesaro (2011), e Neves e Lacet (2012) 
nessa pesquisa foi desenvolvido um instrumento composto 
por 31 indicadores clínicos de risco psíquico ou de 
problemas de desenvolvimento infantil observáveis nos 
primeiros 18 meses de vida do bebê. Esse instrumento foi 
aplicado por pediatras treinados previamente pelo GNP. 
A pesquisa teve como objetivo verificar o poder dos 
indicadores para a detecção precoce dos problemas de 
desenvolvimento na primeira infância e selecionar 
indicadores de desenvolvimento psíquico para serem 
incluídos na ficha de acompanhamento do 
desenvolvimento de crianças de zero a cinco anos 
proposta pelo Ministério da Saúde. 
 
 
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O estudo foi realizado com 727 crianças de 0 a 18 
meses. Nos exames os pediatras observavam se os 
indicadores estavam presentes, ausentes ou não 
verificados. É interessante ressaltar que é a ausência de 
indicadores que sugere risco para o desenvolvimento. 
Citaremos alguns dos indicadores para uma melhor 
compreensão: 
- 0 a 4 meses incompletos: a mãe fala com a criança 
num estilo particularmente dirigido a ela (mamanhês)? A 
criança reage ao mamanhês? Há trocas de olhares entre a 
criança e a mãe? 
- 4 a 8 meses incompletos: a criança começa a 
diferenciar dia da noite. A criança reage quando a mãe ou 
outra pessoa está se dirigindo a ela. 
- 8 a 12 meses incompletos: a criança faz gracinhas. 
A criança aceita alimentação semi-sólida, sólida e variada. 
- 12 a 18 meses incompletos: a criança gosta de 
brincar com objetos usados pela mãe e pelo pai. Os pais 
colocam pequenas regras de comportamento para a 
criança. 
Conforme descrito acima, os IRDIs quando 
presentes indicam desenvolvimento e quando ausentes 
indicam riscos para o desenvolvimento. 
Uma sub-amostra de 267 crianças foi submetida à 
avaliação aos três anos por meio de dois protocolos 
construídos para esse fim: Avaliação Psicanalítica – AP3 e 
Avaliação Psiquiátrica. A partir dos resultados da avaliação 
psicanalítica foi elaborada uma tabela de sintomas clínicos. 
 
 
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Os sintomas clínicos conclusivos selecionados para risco 
psíquico foram: 
 Manipulação mecânica de brinquedos 
 Atividades ou movimentos repetitivos 
 Ausência de faz-de-conta 
 Recusa de alimentação sólida 
 Impossibilidade de suportar o olhar do outro 
 Auto-agressão 
 Recusa da presença do terceiro 
 Recusa do não 
 Submissão excessiva à lei 
 Ausência de pronomes pessoais 
 Repetição ecolálica 
 Linguagem incompreensível sem busca de 
interlocução 
 Uso da terceira pessoa para referir-se a si 
mesmo 
 Não forma frases 
 
A partir da análise dos resultados dessa pesquisa 
um novo protocolo IRDI foi elaborado, selecionando 18 dos 
31 indicadores de poder preditivo para risco psíquico: 
1- Quando a criança chora ou grita a mãe 
sabe o que ela quer? 
2- A mãe fala com a criança num estilo 
particularmente dirigido a ela (mamanhês)? 
3- A criança reage ao mamanhês? 
4- A mãe propõe algo à criança e aguarda a 
sua reação? 
5- Há trocas de olhares entre a criança e a 
mãe? 
 
 
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6- A criança utiliza sinais diferentes para 
expressar suas diferentes necessidades. 
7- A criança reage (sorri, vocaliza) quando a 
mãe ou outra pessoa está se dirigindo a 
ela. 
8- A criança procura ativamente o olhar da 
mãe. 
9- A mãe percebe que alguns pedidos da 
criança podem ser uma forma de chamar 
sua atenção. 
10- Durante os cuidados corporais a criança 
busca ativamente jogos e brincadeiras 
amorosas com a mãe. 
11- Mãe e criança compartilham uma 
linguagem particular. 
12- A criança estranha pessoas desconhecidas 
para ela. 
13- A criança faz gracinhas. 
14- A criança aceita alimentação sólida, semi-
sólida e variada.15- A mãe alterna momentos de dedicação à 
criança com outros interesses. 
16- A criança suporta bem as breves 
ausências da mãe e reage às ausências 
prolongadas. 
17- A mãe já não se sente obrigada a fazer 
tudo o que a criança pede. 
18- Os pais colocam pequenas regras de 
comportamento para as crianças. 
 
 
 
 
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É importante destacarmos essa produção de 
conhecimento na área dos Transtornos Globais do 
Desenvolvimento no Brasil, uma vez que esse estudo deixa 
claro que o desenvolvimento de um sujeito não depende 
somente do orgânico, mas das marcas simbólicas deixadas 
pelos seus pais ou por aqueles que exerceram essa 
função. Sendo assim, podemos pensar que o 
desenvolvimento infantil está articulado a constituição 
psíquica. 
Para os profissionais que trabalham com a 
Educação a pesquisa IRDIs também é de grande interesse, 
uma vez que esses indicadores já estão sendo pensados 
nessa área como possíveis sinalizadores para riscos 
psíquicos do desenvolvimento, que poderão culminar em 
quadros como a psicose infantil e o autismo. Abre-se aqui a 
possibilidade de que profissionais da Educação possam, 
através de pesquisas, utilizar tais indicadores para detectar 
possíveis quadros de sofrimento psíquico em alunos da 
Educação Infantil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PPaarraa ssaabbeerr mmaaiiss aacceessssee:: 
 
http://fmcsv.org.br/pdf/FMCSV_pesquisa_multicentrica_indi
cadores_cl%C3%ADnicos_DI.pdf 
http://www.lydiacoriat.com.br/arquivos_pesq/Pesquisa.%20
Relat%C3%B3rio%20Dr%20Alfredo.%20VALOR%20PRED
ITIVO%20DE%20INDICADOR%20%202009-
IN%C3%89DITO.pdf 
http://132.248.9.1:8991/hevila/Latinamericanjournaloffunda
mentalpsychopathology/2009/vol6/no1/4.pdf 
 
 
 
RReeffeerrêênncciiaass BBiibblliiooggrrááffiiccaass 
 
ASSOCIAÇÃO AMERICANA DE PSIQUIATRIA. DSM-IV-
TR: Manual diagnóstico e estatístico de transtornos 
mentais. 4.ed.rev. Porto Alegre: Artmed, 2002. 
CIRINO, O. Psicanálise e psiquiatria com crianças: 
desenvolvimento ou estrutura. Belo Horizonte: Autêntica, 
2001. 
KUPFER, M. C. M., BERNARDINO, L. M. F., 
JERUSALINSKY, A. N., A pesquisa IRDI: resultados finais. 
In: LERNER, R.; KUPFER, M. C. M. Psicanálise com 
crianças: clínica e pesquisa. São Paulo: Escuta, 2008. 
MARCELLI, D.; COHEN, D. Infância e psicopatologia. 
7.ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. 
MERCADANTE, M. T., GAAG, R.J.V., SCHWARTZMAN, J. 
S. Transtornos invasivos do desenvolvimento não-
autísticos: síndrome de Rett, transtorno desintegrativo da 
infância e transtornos invasivos do desenvolvimento sem 
http://fmcsv.org.br/pdf/FMCSV_pesquisa_multicentrica_indicadores_cl%C3%ADnicos_DI.pdf
http://fmcsv.org.br/pdf/FMCSV_pesquisa_multicentrica_indicadores_cl%C3%ADnicos_DI.pdf
http://www.lydiacoriat.com.br/arquivos_pesq/Pesquisa.%20Relat%C3%B3rio%20Dr%20Alfredo.%20VALOR%20PREDITIVO%20DE%20INDICADOR%20%202009-IN%C3%89DITO.pdf
http://www.lydiacoriat.com.br/arquivos_pesq/Pesquisa.%20Relat%C3%B3rio%20Dr%20Alfredo.%20VALOR%20PREDITIVO%20DE%20INDICADOR%20%202009-IN%C3%89DITO.pdf
http://www.lydiacoriat.com.br/arquivos_pesq/Pesquisa.%20Relat%C3%B3rio%20Dr%20Alfredo.%20VALOR%20PREDITIVO%20DE%20INDICADOR%20%202009-IN%C3%89DITO.pdf
http://www.lydiacoriat.com.br/arquivos_pesq/Pesquisa.%20Relat%C3%B3rio%20Dr%20Alfredo.%20VALOR%20PREDITIVO%20DE%20INDICADOR%20%202009-IN%C3%89DITO.pdf
http://132.248.9.1:8991/hevila/Latinamericanjournaloffundamentalpsychopathology/2009/vol6/no1/4.pdf
http://132.248.9.1:8991/hevila/Latinamericanjournaloffundamentalpsychopathology/2009/vol6/no1/4.pdf
 
 
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outra especificação. In: Revista Brasileira de Psiquiatria, 
Vol. 28, Supl. I p. 14, 2006. 
NEVES, A., LACET, C. Os genes e a constituição subjetiva. 
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