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TIC'S 07 - ÚLCERAS DE MEMBRO INFERIOR

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FAHESP - Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí.
IESVAP - Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba LTDA.
 Curso: Medicina
Disciplina/Módulo: TIC’S 
NOME DO(S) ALUNO(S): MARIA CLARA LUSTOSA VERAS
NOME DA ATIVIDADE:ÚLCERAS DE MEMBRO INFERIOR
Trabalho/Atividade apresentada à disciplina/módulo de TIC’S, ministrada pelo Professor(a) ANA RACHEL, como requisito para obtenção de nota. 
PARNAÍBA
25/09/2021
ÚLCERAS DOS VASOS SANGUINEOS 
DEFINIÇÃO 
Os vasos sanguíneos são estruturas em forma de tubos que se ramificam por todo o organismo do ser humano, por onde circula o sangue. Assim, são classificadas em artérias, arteríolas, vênulas, veias e capilares. As veias (leva sangue rico em CO2) e as artérias (levam sangue rico em O2) são compostas por túnicas (íntima, média e adventícia) e dependendo de sua localização será o seu calibre (JUNQUEIRA e CARNEIRO; 2013).
ESTRUTURAS DOS VASOS
1- Túnica Externa: é composta basicamente por tecido conjuntivo. Nesta túnica encontramos pequenos filetes nervosos e vasculares que são destinados à inervação e a irrigação das artérias. Encontrada nas grandes artérias somente.
2- Túnica Média: é a camada intermediária composta por fibras musculares lisas e pequena quantidade de tecido conjuntivo elástico. Encontrada na maioria das artérias do organismo.
3- Túnica Íntima: forra internamente e sem interrupções as artérias, inclusive capilares. São constituídas por células endoteliais.
INTRODUÇÃO
A úlcera é uma síndrome caracterizada pela perda circunscrita ou irregular do tegumento (derme ou epiderme), pode atingir os tecidos subjacentes, acometendo as extremidades dos membros inferiores, cuja causa está, geralmente, relacionada ao sistema vascular arterial ou venoso. As úlceras venosas são denominadas lesões crônicas associadas com hipertensão venosa dos membros inferiores e correspondem cerca de 80 a 90% das úlceras encontradas neste local (FERREIRA et al,2018).
 Além disso, elas configuram-se como um problema mundialmente grave, sendo responsável por considerável impacto socioeconômicas, como a perda de dias de trabalho, aposentadoria precoce e os gastos com a terapêutica, em geral, prolongada, além de restringir as atividades da vida diária e de lazer. Portanto, as úlceras dos membros inferiores são muito frequentes em todo o mundo e têm grande impacto na qualidade de vida e produtividade do indivíduo, além de alto custo para a saúde pública (FERREIRA et al,2018).
As úlceras de membros inferiores constituem um grave problema social e de saúde coletiva de âmbito mundial, acometem o usuário surgindo de forma espontânea ou acidental. Geralmente elas evoluem para uma lesão crônica, sendo acompanhadas por outros agravos passíveis de prevenção. Define-se como lesão crônica aquela que não cicatrizou de modo espontânea em três meses e que na maioria das vezes, apresenta processos infecciosos. Portanto, quando ela está associada com patologias sistêmicas que prejudicam o processo de cicatrização, denomina-se lesão complexa (GARCIA et al.,2018).
FONTE:ABBADE, 2006.
EPIDEMIOLOGIA
 No Brasil, entre as úlceras de membros inferiores, a úlcera venosa é a mais prevalente, constituindo cerca de 70% a 90% das úlceras, seguidas por 10% de úlceras arteriais. As úlceras crônicas são classificadas em venosas, arteriais, mistas e neurotróficas, e estão associadas com a insuficiência venosa crônica, a insuficiência arterial, a neuropatia, o linfedema, a artrite reumatoide, os traumas, a osteomielite crônica, a anemia falciforme, as vasculites e os tumores cutâneos. Além disso, as úlceras arteriais também podem ser chamadas de isquêmicas e são causadas pela obstrução das artérias: o sangue não consegue chegar adequadamente aos tecidos para nutrir e oxigenar as células. Isso resulta em morte celular e, consequentemente, lesões. Elas estão associadas à aterosclerose, pois diminuem ou interrompem o fluxo sanguíneo (GARCIA et al.,2018).
SISTEMA VENOSO
O sistema venoso é um sistema de capacitância, que funciona como reservatório sanguíneo, e que, normalmente, tem a função de carrear o sangue desoxigenado de volta ao coração. As veias da panturrilha, em associação com os tecidos circundantes, formam uma unidade funcional conhecida como bomba muscular ou coração periférico, ativamente atuante na drenagem do sangue venoso durante o exercício. Em condições normais, o fluxo de sangue é feito em uma única direção, através de três sistemas de veias, distintos anatômica e funcionalmente, sendo esses: o superficial, o profundo e o perfurante. A comunicação entre os sistemas superficial e o profundo é feita através das veias do sistema perfurante. As veias desses três sistemas possuem inúmeras válvulas, as quais orientam o fluxo de sangue, em uma única direção, das veias do sistema superficial para o sistema profundo, e impedem o refluxo do mesmo durante o relaxamento da musculatura das pernas (DA SILVA NERI,2020). 
Ademais, o fluxo venoso também é auxiliado pela musculatura da panturrilha, que funciona como uma verdadeira bomba periférica (segundo coração), ajudando as válvulas a superar a força da gravidade, impulsionar o sangue para o coração e diminuir pressão no interior das veias. A pressão venosa é um produto da pressão hidrostática exercida pela coluna de sangue entre as pernas e o átrio direito. Em posição supina, a pressão nas veias profundas chega a quase 0mmHg, quando em pé, aumenta drasticamente, geralmente cerca de 80mmHg a 90mmHg e ao deambular essa pressão cai para 30mmHg. Na deambulação, esse grupo muscular se contrai e exerce pressão sobre as veias profundas, fazendo com que a pressão venosa caia para um estado fisiológico (FRANÇA,2020).
 Em suma, a função fisiológica, é dependente da integridade anatômica das veias, da competência do sistema valvular e do bom funcionamento da bomba periférica. É a falha nesse mecanismo que desencadeia a hipertensão venosa em deambulação, levando a um acúmulo excessivo de líquido e de fibrinogênio no tecido subcutâneo, resultando em edema, lipodermatosclerose e, finalmente ulceração. Segundo França e Tavares, ainda permanece sem explicação por que essa pressão elevada leva à formação de úlceras nos membros inferiores (FRANÇA,2020).
Outrossim, a formação da úlcera pode estar associada ao acúmulo de líquido e o depósito de fibrina no interstício formando manguitos, a deficiência de nutrientes e oxigênio pode acarretar ulcerações e necroses. Outro mecanismo referido é a reação entre leucócitos e moléculas de adesão do endotélio, tal processo pode desencadear inflamação e danos às válvulas venosas, o que aumenta a susceptibilidade a formação de úlceras (FURTADO,2017).
DIAGNÓSTICO
Segundo Fonseca e Soares (2019), realiza-se o diagnóstico diferencial, entre úlceras venosas e arteriais, avaliando o suprimento de sangue para a perna, sendo que a melhor maneira de o fazer é por meio de ultrassonografia Doppler. Clinicamente, as UV são caracterizadas por bordas irregulares, presença de exsudato amarelado e lipodermatoesclerose, podendo ser únicas ou múltiplas de tamanho variado, usualmente com progressão lenta, mas de início súbito (FONSECA,2019).
	
	ÚLCERA ARTERIAL
	
	LOCALIZAÇÃO
	Extremidade dos dedos dos pés, região lateral da perna ou calcâneo.
	Terço distal da face medial da perna, próximo ao maléolo medial.
	HISTÓRICO MÉDICO
	Doença cardíaca isquêmica, doença vascular periférica.
	Trombose venosa profunda, flebite, veias varicosas.
	CARACTERÍSTICA DA LESÃO
	Bordas definidas, profunda, envolve tendões e músculos.
	Bordas superficiais, irregulares onde os tecidos profundos não são acometidos.
	PERI-LESÃO
	Pele brilhante, fria ao toque, pálida a elevação e azulada quando pendente.
	Coloração marrom, veias varicosas, eczema, morna ao toque.
	DOR
	Intensa- piora à noite; alívio ao manter-se ao membro elevado ao apoiar no lado da cama.
	Intensidade e período variáveis.
	PULSO
	Diminuído ou ausente
	Preservado
	EDEMA
	Somente presente quando paciente imóvel- edema de estase.
	Presente e piora ao finaldo dia.
	DESENVOLVIMENTO
	Rápido
	Lento
	TERAPIA INDICADA
	Intervenção cirúrgica
	Compressiva
FONTE: AFONSO et al.,2013
ÚLCERA ARTERIAL 
A úlcera arterial é ocasionada por uma alteração na luz da estrutura vascular arterial comprometendo a perfusão dos tecidos irrigados por ele gerando a isquemia. Ocorre a hipóxia tissular levando a desvitalização do tecido, formação de detritos anaeróbicos, que facilitam o aparecimento de infecções e até amputações dos membros afetados. As causas mais frequentes são arteriosclerose, a hipertensão arterial, hipercolesterolemia, tabagismo e diabetes mellitus (FÉ e DUARTE, 2018).
Localizam-se principalmente nos pés e nos dedos, apresentando características peculiares como profundidade variável (geralmente profundas acometendo músculos e tendões), circundadas por pele de coloração vermelha ou cianótica, apresentando pouca quantidade de exsudato com secreção seropurulenta, edema local pequeno, palidez com aspecto necrótico, pele fria, atrófica e odor fétido. Apresentam dimensões pequenas e arredondadas, de difícil cicatrização e extremamente dolorosas, sendo a aterosclerose, a doença subjacente na maioria dos casos (FÉ e DUARTE,2018).
As formas mais comuns de tratamento incluem medidas farmacológicas e procedimento cirúrgico. Há na literatura tratamento com terapia hiperbárica a 100% de oxigênio à uma pressão superior à pressão atmosférica. A aplicação da oxigenoterapia hiperbárica facilita o fechamento das úlceras arteriais, controla a cascata inflamatória reduz o metabolismo anaeróbico controlando assim as infecções (GONTIJO,2021).
ÚLCERAS DE ORIGEM MISTA
Esse tipo de úlcera resulta da combinação da hipertensão venosa crônica com patologias arteriais periféricas. É necessário conhecer qual o fator predominante para oferecer o tratamento mais adequado (MAEDA,2014).
DIFERENCIE AS ÚLCERAS DE MEMBRO INFERIOR DE ORIGEM ARTERIAL E VENOSA.
	Característica
	Úlcera arterial
	Úlcera venosa
	Úlcera neuropática
	Localização
	Sobre as articulações dos pododáctilos, maléolos (sobre proeminências ósseas), perna anterior, base do calcanhar, pontos de pressão.
	Região de maléolo medial ou lateral (acima da proeminência óssea) terço inferior da perna.
	Superfície plantar sobre as proeminências dos metatarsos, calcanhar, pontos de pressão.
	Aparência
	Margens irregulares, base seca e pálida ou necrótica (tecido fibroso enegrecido), pouco exsudativas;
geralmente rasas, podendo ser médias ou profundas.
	Margens irregulares, base com rede de fibrina e tecido de granulação, exsudato comum e abundante;
úlceras rasas, podem ser grandes, às vezes circunferenciais.
	Úlcera perfurada, geralmente superficial, mas às vezes profunda, base avermelhada.
	Úlcera em calosidades
	Raro
	Não
	Bordas com calosidade, úlcera pode estar subjacente à calosidade.
	Temperatura do pé
	Aquecido ou frio
	Aquecido
	Aquecido
	Dor
	Sim, pode ser grave (piora ao frio ou à elevação do membro).
	Sim, usualmente leve, mas pode ser grave.
	Não
	Pulsos arteriais
	Ausente
	Presente
	Presente ou ausente
	Sensibilidade
	Variável
	Presente
	Ausência de sensibilidade tátil, dolorosa, térmica e vibratória.
	Deformidades dos pés
	Não
	Não
	Frequente
	Alterações de pele
	Brilhante, tenso, rarefação pilosa;
Rubor do pé, com palidez à elevação da perna.
	Eritema, hiperpigmentação marrom-azulada pode ser pontual ou difusa: alterações de “estase”; atrofia branca (áreas escleróticas brancas), edema; pele seca; veias varicosas comuns; sinais de lipodermatoesclerose; frequente acometimento bilateral.
	Lustroso ou brilhante, rarefação pilosa, pele pode estar endurecida; pele seca; pode ter edema sem cacifo, principalmente no dorso do pé.
	Reflexos
	Presentes
	Presentes
	Ausentes
	OBS: Úlceras em pés diabéticos frequentemente ocorrem devido à doença arterial (envolvendo tanto microcirculação como vasos maiores) e doença neuropática.
FONTE: NESCHIS et al.,2018
REFERÊNCIAS:
ABBADE, Luciana Patrícia Fernandes; LASTÓRIA, Sidnei. Abordagem de pacientes com úlcera da perna de etiologia venosa. Anais Brasileiros de Dermatologia, v. 81, p. 509-522, 2006.
AFONSO, Ana et al. Úlcera crónica do membro inferior—experiência com cinquenta doentes. Angiologia e Cirurgia vascular, v. 9, n. 4, p. 148-153, 2013.
DA SILVA NERI, Cleonice Ferreira; FELIS, Keila Cristina; SANDIM, Lucíola Silva. Úlceras venosas: A abordagem do enfermeiro na consulta de enfermagem. Brazilian Journal of Development, v. 6, n. 5, p. 30682-30694, 2020.
FÉ, Carla Sofia de Sousa; DUARTE, Maria Inês Fé. Trabalho Livre nº 6-Tratamento de Úlcera Arterial com Penso Impregnado com DACC. 2018. 
FERREIRA, Shirlei dos Anjos et al. Cuidado do enfermeiro junto à pessoa com úlcera venenosa. 2018.
FONSECA P.M.M; SOARES T.S. A atuação da equipe de enfermagem frente aos cuidados do paciente portador de ferida venosa. Revista Científica UMC, v.4, n.1, p. 2-8, 2019.
FRANÇA, Luís Henrique Gil; TAVARES, Viviane. Insuficiência venosa crônica. Uma atualização. Jornal Vascular Brasileiro, v. 2, n. 4, p. 318-328, 2020.
FURTADO, Renato Coelho. Úlceras venosas: uma revisão da literatura. 2017.
GONTIJO, Geisiane Aparecida et al. Ulcerações arterial e venosa em pés diabéticos: atuação da podologia na prevenção. REVISTA IBERO-AMERICANA DE PODOLOGIA, v. 3, n. 1, p. 292-298, 2021.
JUNQUEIRA, LC; CARNEIRO, J. Histologia básica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.GARCIA, Anelise Bassedas et al. Percepção do usuário no autocuidado de úlcera em membros inferiores. Revista Gaúcha de Enfermagem, v. 39, 2018.
MAEDA, Tamie de Carvalho. Proposta de protocolo para úlceras vasculogênicas. 2014.
NESCHIS, David G. et al. Clinical features and diagnosis of lower extremity peripheral artery disease. UpToDate. Waltham: UpToDate, 2018.
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