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Tema 05 – Avaliação de programas de T&D Bloco 1 Benedito Décio da Silveira Camargo Junior Capacitação e Desenvolvimento W BA0233_V1.0 Avaliação de programas de T&D Objetivos • Situar a importância das Avaliações de Programas T&D. • Descrever a metodologia de Avaliação de T&D em 4 níveis. • Apresentar a metodologia MAIS para Avaliação de T&D. Revendo: importância do treinamento • Treinamento não é um fim, mas um meio para atingir certos objetivos, antecipadamente definidos. • Além de conhecimentos, treinamento deve desenvolver habilidades e provocar mudanças na atitude das pessoas • E, por consequência, nos resultados das organizações. Por que avaliar ações de T&D Ao investir em treinamento, uma empresa espera resultados, como: • Aumento de produtividade. • Mudanças positivas de comportamento. • Melhoria do clima organizacional. Por que avaliar ações de T&D • Otimização de custos. • Redução de acidentes. • Menor rotatividade de pessoal... e outros. Avaliação pode proporcionar benefícios, como: • Alinhamento das ações do treinamento com o plano estratégico da empresa. • Mapeamento dos colaboradores que necessitam de treinamento. • Identificação das barreiras que surgem entre as equipes e dificultam seu progresso. Avaliação pode proporcionar benefícios, como: • Estabelecimento de critérios para reconhecimento e recompensa dos participantes. • Oportunidades para uma retroalimentação, objetivando a melhoria contínua do programa. Mas... atenção! • Nem todas as ações educacionais produzem a aprendizagem que delas se espera. • O treinamento nem sempre é a solução para certos problemas organizacionais. • Há outras variáveis - além do treinamento – que podem influenciar o desempenho. • É difícil isolar essa variável a ponto de afirmar que uma mudança de desempenho positiva seja decorrente apenas da ação de capacitação. • A principal dificuldade na avaliação é o controle suficiente das variáveis para buscar demonstrar que foi do treinamento a principal responsabilidade pelas mudanças ocorridas. • Por esse motivo recomenda-se o uso de grupos de controle, sempre que possível. • Ainda é bastante comum que os esforços de avaliação de T&D se limitem apenas a questionários de avaliação de reação. • Para analisar os resultados e seus impactos para os negócios o modelo mais adotado de avaliação é o proposto por Donald L. Kirkpatrick. • A conceitualização de Kirkpatrick sobre o processo de avaliação parte da análise de quatro níveis de avaliação, ou quatro passos, todos necessários a uma avaliação eficaz. • Nível 1 – Reação: mede a satisfação dos participantes e como reagem ao conteúdo do treinamento, material didático, carga horária, instrutores e recursos utilizados. • Este nível é importante (nesta ordem), pois evidenciam-se os interesses e a motivação, determinantes para a aprendizagem efetiva. • Respostas podem oferecer indicações, como: (a) se os participantes se sentiram confusos em algum momento, (b) se alguma parte do treinamento não foi bem absorvida, (c) o quão engajados os participantes estão. • Nível 2 – Aprendizado: pretende avaliar o que efetivamente os participantes aprenderam. • Para verificar a aprendizagem de habilidades, testes podem ser apropriados, como operar uma máquina, fazer entrevistas, falar, ler, escrever etc. • Podem ser usados testes padronizados ou personalizados de recapitulação de informações ou exercícios de resolução de problemas para mensurar o conhecimento. • Nível 3 – Comportamento: identifica o quanto os participantes mudaram seu comportamento em decorrência do que foi aprendido (verifica se colocaram em prática, no trabalho). • A avaliação de comportamento: relatórios dos observadores sobre as mudanças reais no que o aprendiz faz após o treinamento, em comparação com o que o aprendiz fazia antes. • Escalas de observação usadas pelos supervisores, colegas e subordinados; escalas de autoavaliação; diários, entrevistas, questionários; e outros instrumentos. • Nível 4 – mostra os resultados finais do treinamento. • Verifica se a aplicação no trabalho foi capaz de causar impactos favoráveis no resultado da organização. • Para avaliação dos resultados: relatórios de rotina: rotatividade de funcionários, custos, eficiência, frequência de acidentes ou reclamações trabalhistas, frequência de atrasos ou ausências, rejeições do controle de qualidade e outros. Tema 05 – Avaliação de programas de T&D Bloco 2 Benedito Décio da Silveira Camargo Junior Capacitação e Desenvolvimento Avaliação de programas de T&D Objetivos • Situar a importância das Avaliações de Programas T&D. • Descrever a metodologia de Avaliação de T&D em 4 níveis. • Apresentar a metodologia MAIS para Avaliação de T&D. Modelo de Avaliação Integrado e Somativo (MAIS) • Pesquisadores brasileiros sugerem que outras características ou variáveis também devem ser levadas em conta e propõem o “MAIS”. Modelo de Avaliação Integrado e Somativo (MAIS) • Está baseado na suposição de que um modelo de avaliação de T&D deve seguir a formulação de questões e levantamento de dados relacionados a características desses eventos ou programa e ao ambiente no qual eles ocorrem. MAIS 1 - Insumos 2 - Procedimentos 3 - Processos 4 - Resultados 5 - Ambiente 5a) Necessidades 5b) Apoio 5d) Longo prazo 5c) Disseminação Insumos: fatores físicos, sociais e estados comportamentais, anteriores à ação de T&D • Nível de escolaridade dos participantes. • Idade desses participantes. • Autoeficácia (crença de que são capazes) • Cargo ocupado no trabalho. • Comprometimento: carreira e organização. Insumos: fatores físicos, sociais e estados comportamentais, anteriores à ação de T&D • Domínio de competências pré- requisitos • Motivação pessoal para aprender e transferir para o trabalho. Procedimentos: operações para viabilizar a aprendizagem. Descrição detalhada do sistema instrucional • Sequência lógica de ensino dos objetivos. • Clareza e precisão desses objetivos. • Adequação das aulas e dos materiais de TD&E. • Similaridade entre as situações de trabalho e aquelas apresentadas em TD&E. Processos: mudanças no comportamento do aprendiz. Podem começar logo após a introdução dos procedimentos e tendem a se somar • Resultados de testes intermediários ou exercícios práticos. • Relações interpessoais entre aprendizes e entre estes e os instrutores ou tutores. Processos: mudanças no comportamento do aprendiz. Podem começar logo após a introdução dos procedimentos e tendem a se somar • Quantidade de pessoas que abandonam evento. • Registros de atrasos e ausências de participantes no mencionado evento. Resultados: descreve o que é produzido pelos eventos ou programas de T&D • É um dos principais focos de interesse de avaliação • Corresponde aos níveis de indicadores de efetividade de outros modelos. • Exemplos de variáveis desse componente são as aquisições de competências: • Conhecimentos, habilidades, atitudes. NECESSIDADE Lacunas importantes entre desempenhos esperados e realizados e à definição de prioridades. APOIO Instalações fornecidas pela organização para realização de T&D. Incentivo dos supervisores para aprendizagem e aplicação do aprendido. Receptividade de colegas a sugestões dos participantes de T&D. DISSEMINAÇÃO Natureza e método da divulgação de informações relativas ao T&D. Fontes de disseminação de informações (órgão de gestão de pessoas, colegas e supervisoresdos participantes, etc.). Conteúdos sobre insumos, procedimentos, suporte e resultados esperados, disseminados sobre T&D. LONGO PRAZO Melhoria na execução de uma tarefa após T&D. A criação de uma nova área na organização. Nova forma de realização de trabalho da equipe do indivíduo. Ou um incremento na produtividade organizacional como decorrência T&D. AMBIENTE Considerações finais • Programas de treinamento têm a intenção de proporcionar capacitação ou aperfeiçoamento. • Nem sempre é a solução para certos problemas organizacionais. • Nem todas as ações educacionais produzem a aprendizagem que delas se espera. Considerações finais • A avaliação de treinamento pode proporcionar: alinhamento das ações do treinamento com o a estratégia da empresa; mapeamento dos que mais necessitam de treinamento, etc. Considerações finais • A proposta de Kirkpatrick sobre o processo de avaliação é a mais prática, partindo da análise de 4 níveis de avaliação: • Reação, Aprendizado, Comportamento e Resultado. Considerações finais • O “MAIS” - Modelo de Avaliação Integrado e Somativo - segue a formulação de questões relacionadas a 5 variáveis: • Insumos, Procedimentos, Processos, Resultados, e Ambiente. 34
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