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Aula 3: Honorários e cooperativismo → Honorário deriva do latim “honorarius”. Tudo o que é feito ou dado por honra. → Vencimento, a paga, a retribuição de serviços prestados pelo dentista; → Honorários correspondem à remuneração paga ao profissional liberal pelos serviços técnicos por ele prestados. O cirurgião-dentista recebe honorários como uma contraprestação econômica pelo serviço que presta ao paciente, pois entre profissional e paciente não existe vínculo de emprego; → Pode ser por hora clínica trabalhado ou por procedimento realizado; → As horas de trabalho do CD (hora clínica) é importante na determinação dos custos da intervenção COMO CALCULAR: PESQUISA DENTISTAS MUNICÍPIO JEQUIÉ- BA (2011): - 53,8% não estão satisfeitos com renda mensal; - 51,3% não sabem calcular o valor da hora clínica; - Dos que calculam: 29,4% usam as tabelas do CRO/ABO, dos planos odontológicos; 47,1% calculam baseados no faturamento. ENTÃO COMO FAZER CÁLCULO? - Comparações com outros colegas; - Colocando preços de acordo com tempo de formação; - Fama e renome do profissional comparado; - Qualidade técnica; Obs.: O preço deve estar apoiado em valor para o cliente. → O valor contém o preço. → O cliente paga mais por um produto ou serviço com valor agregado (abacaxi descascado, por exemplo) SAUDE COLETIVA V Honorários: PREÇO X VALOR: - De forma bastante resumida a diferença é que o preço é o que se paga por um produto ou serviço enquanto o valor é o benefício proporcionado; - O preço de um produto ou serviço é vinculado ao seu custo e margem, logo pode variar bastante de acordo com vários fatores, como: fornecedor, local de venda, perfil do consumidor, demanda e concorrência. O preço é calculado e normalmente obtido por alguma fórmula pré-fixada. Ele está intimamente ligado ao dinheiro e fatores monetários; - O valor por sua vez está relacionado aos benefícios que aquele produto ou serviço traz ao consumidor, sendo bastante relativo e abstrato. Ele pode variar bastante de consumidor para consumidor com base em sua realidade específica. De forma bastante subjetiva, o valor é a importância do que foi adquirido para o cliente; - Quando queremos ser mais recompensados devamos agregar valor; - Organizar o consultório no tripé (prova física, pessoas e processos); CÁLCULO DO PREÇO- MATEMÁRICA (FINANCEIRA X MERCADO): Preço= prolabore + custos (variáveis + fixos) + lucro CUSTOS: Custos fixos: - Aqueles que não variam proporcionalmente à quantidade de serviços prestados pela clínica. Ex: aluguel, pró-labore, salários e encargos, energia elétrica, telefone, internet, etc. Custos variáveis: - Diretamente relacionados à quantidade de serviços prestados e materiais utilizados pela clínica. Ex: protético e material odontológico. PRÓ-LABORE: - Salário ou repasse a parceiros; - Pode ser custo variável quando relacionada a um percentual sobre o serviço; - Pode ser custo fixo se você deseja estimular um salário mensal. Tira um dia do mês. LUCRO: - Excedente no trabalho. Ainda existem aspectos como costume do lugar; tempo e qualidade do serviço; condição socioeconômica do paciente e da comunidade; o conceito do profissional; a complexidade do caso; o tempo utilizado no atendimento; o caráter de permanência, temporariedade ou eventualidade do trabalho; a circunstância em que tenha sido prestado o tratamento; a cooperação do paciente durante o tratamento e o custo operacional. CÁLCULO DO CUSTO FIXO: - Despesas fixas/número de horas úteis de trabalho no mês. Ex: 5000 (custo fixo total s/ prolabore) / 160 (total de horas úteis) = 31,50 (custo da hora). ATENÇÃO: Concorrência: quanto seus concorrentes cobram pelos procedimentos e o que entregam além do procedimento em si; Agregados de valor: deve criar um processo de entrega que justifique o preço; Objetivo do serviço: pode não ganhar sobre um serviço, objetiva marketing. NOÇÕES DE FINANÇAS: - Orçamento doméstico – despesas pessoais, aluguel, condomínio, água, energia elétrica etc. - Orçamento da clínica – os resultados operacionais de clínica suportam o seu pró-labore? Se não, os ajustes devem ser realizados: • Aumento das receitas operacionais – aumento das vendas sem aumento dos custos fixos = melhor produtividade; • Redução de despesas – despesas fixas; • Redução de gastos supérfluos e/ou possíveis de serem cortados. FLUXO DE CAIXA – ferramenta de apoio e controle financeiro. Registrados os dados financeiros realizados e previstos (entradas e saídas) na clínica em determinado período. Dividido em 5 partes: 1. Saldo inicial: Dinheiro no caixa e em todas as contas bancárias no início do período. 2. Entradas de caixa: todos os recebimentos do período (parcelas com data de vencimento no período, entradas de tratamentos, pagamentos á vista, negociação de parcelas em atrasos); 3. Saídas de caixa: todos os pagamentos feitos; 4. Saldo operacional: entradas de caixa menos as saídas; 5. Saldo final de caixa: saldo inicial (dinheiro no início do período) + saldo operacional (entradas de caixa menos as saídas). INVESTIMENTO INICIAL FIXO: - Recurso financeiro para a aquisição de equipamentos móveis, reformas prediais, instrumentais, materiais de comunicação, computadores etc. CAPITAL DE GIRO: - Montante de dinheiro destinado como reserva de recurso para fazer face às necessidades financeiras da clínica ao longo do tempo e que, inclusive, deve suportar o período de fluxo de caixa negativo. O QUE É UMA COOPERATIVA? Uma associação autônoma de pessoas unidas voluntariamente para atender às suas necessidades e aspirações econômicas. União dos esforços de um grupo na busca de objetivos em comum, os quais dificilmente seriam alcançados por uma pessoa individualmente. COOPERATIVISMO: É um sistema, uma forma de associação utilizada no mundo todo, onde seus participantes buscam beneficiar-se mutuamente em aspectos sócio-econômicos. PRINCÍPIOS COOPERATIVISTAS: → Adesão livre e voluntária; → Gestão democrática; →Participação econômica dos membros; → Autonomia e independência; →Educação, formação e informação; → Intercooperação; → Interesse pela comunidade. LEGISLAÇÃO: → Lei n°. 5.764/71 – Lei que rege o cooperativismo; → Lei n°. 10.406/02 – Código Civil; → Constituição Federal de 1988. PATRIMÔNIO: → Conjunto de bens e direitos pertencentes à cooperativa; CAPITAL SOCIAL: → Recurso financeiro que os sócios (pessoas físicas) devem reunir para investir na cooperativa (pessoa jurídica); → Atualmente a integralização deve ser de R$ 30.600,00; → Parcelados em até 24 vezes. 1 entrada de R$1.275,00 + 23 parcelas iguais mensais de R$ 1.275,00; → Correção: anualmente após a assembleia sendo 50% das sobras caso venha a existir e proporcionalmente à produção; Cooperativismo: ASSEMBLEIAS GERAIS: 1. Ordinárias → Anualmente até os 30 dias do ano, principalmente para eleições; → Apresentação e resultados contábeis e financeiros; → Aprovação de orçamento para o ano; → Eleição para diretoria (4 e 4 anos), conselho fiscal (anual), conselho técnico (bianual); → Aprovação de prolabores e cédulas de presença dos conselhos Extraordinárias: → Outros assuntos de qualquer relevância da cooperativa (a qualquer tempo); → Assembleia pode ser realizada presencial ou online. A cooperativa não manda sobre o funcionamento do consultório do cooperado e sua agenda. O cooperado pode exercer qualquer especialidade, no entanto, só pode anunciar as que tiver registro no CRO. CRITÉRIOS PARA ENTRADA NA COOPERATIVA: → Ser especialista → Possuir consultório →Apresentar documentação requerida pela cooperativa → Carda de indicação de 2 cooperados → Pagar quota parte de R$ 30.600,00 DIREITOSDOS ASSOCIADOS: →Participar das assembleias, discutindo os assuntos nela tratado; → Levar a diretoria executiva e às Assembleias, propostas de interesses dos mesmos; → Votar e ser votado para membro da diretoria executiva e conselhos técnico e fiscal, salvo os impedimentos legais estatutários e regi mentais; → Utilizar os serviços prestados pela cooperativa. DEVERES DOS ASSOCIADOS: - Operar com a cooperativa (executar em seu consultório atendimento aos usuários da uniodonto-fortaleza); - Prestar esclarecimentos quando solicitados sobre os serviços executados nos usuários da uniodonto-fortaleza; - Cumprir as disposições do: Código de ética profissional, ANS, legislação do cooperativismo, da assembleia geral, estatuto e regimento interno; - Zelar pelo patrimônio moral e material da uniodonto-fortaleza; - Cobrir as perdas, caso aconteça, me diante rateio e proporcional sua operação com a cooperativa; - Subscrever e integralizar quotas- parte do capital social; - Contribuir mediante desconto na produção do equivalente a uma consulta por cada cooperado falecido; - Ressarcir a uniodonto qualquer valor pago a seu favor, autorizado pelo associado, determinado em assembleia ou estatuto. COOPERATIVA: Foco no social Um homem um voto Não vida lucros Sobras divididas proporcionais Não há falência EMPRESA PRIVADA: Foco no capital Voto proporcional as ações Visa lucros Lucros são divididos proporcionais as ações Há falência
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