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Resumo sobre Câncer de Mama

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2021.1 | Lorena Almeida 
 
 1 
– –
 
: cirurgia conservadora de mama 
realizada para retirada de tumores mamários com 
preservação da mama. Desenvolvida no fim da década 
de 70 e retirava-se o quadrante da mama aonde o 
tumor estivesse localizado. A cirurgia aliada à 
radioterapia complementar demonstrou eficácia 
terapêutica igual ou superior a da mastectomia em 
pacientes candidatas.  deve ser sempre a primeira 
opção no tratamento cirúrgico do câncer de mama 
desde que possa manter um resultado estético 
satisfatório às pacientes. 
Para execução adequada, é necessário que a proporção 
entre o tamanho do tumor e o tamanho da mama 
permita que se retire o tumor, com pequena margem 
de segurança sem que se crie deformidade. 
Contra-indicada para pacientes que apresentam 
diagnóstico de câncer em área de microcalcificações 
difusas pela mama ou grande área de extensão de 
microcalcificações; tumores com comprometimento 
inicial extenso da pele da mama, como carcinomas 
inflamatórios, primários ou secundários.  a falta de 
acesso à radioterapia pode representar uma condição 
de contra-indicação à realização do tratamento 
cirúrgico conservador, uma vez que a radioterapia é 
sempre indicada nestes casos. 
Referência: https://www.cancerdemamabrasil.com.br/o-que-
e-cirurgia-conservadora-da-mama-ou-quadrantectomia/ 
: consiste no tratamento do câncer com 
radiação – energia que ataca e mata as células em 
reprodução, sendo bastante efetiva contra as células 
cancerígenas. 
No tratamento do câncer de mama, a radioterapia é 
usada após as cirurgias conservadoras da mama 
(quadrantectomia) – as aplicações precisam ser feitas 
de maneira fracionada, para evitar queimaduras na pele 
e na parede torácica. 
O princípio da radioterapia intraoperatória é que a 
maioria das recidivas acontece ao redor do tumor inicial. 
Sendo assim, o tratamento é concentrado nesta região. 
Durante a cirurgia é possível afastar a pele e proteger o 
tórax e, com isso, fazer toda a dose de uma única vez. 
Referência: 
https://www.cancerdemamabrasil.com.br/radioterapia-
intraoperatoria-no-cancer-de-mama/ 
A radioterapia é um tratamento realizado com radiação 
ionizante que ajuda a destruir ou impedir o crescimento 
das células tumorais. 80% das pessoas que fazem 
radioterapia são tratadas pelo SUS (Fonte: Sociedade 
Brasileira de Radioterapia). Ela pode ser realizada como 
um tratamento único ou associada com cirurgia e/ou 
tratamentos sistêmicos, dependendo das 
particularidades de cada caso. 
Existem dois tipos de radioterapia: 
1. Radioterapia externa – irradiação feita por um 
acelerador linear à uma longa distância com 
doses fracionadas a partir do planejamento do 
tamanho, forma e direção do feixe de radiação 
tratando o tumor e poupando o tecido 
adjacente normal. 
2. Radioterapia interna (braquiterapia) – utiliza 
fontes de radiação interna com o material 
radioativo colocado próximo ao tumor por meio 
de instrumentos específicos, como um implante 
radioativo. 
Referência: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/7-coisas-
que-voce-precisa-saber-sobre-a-radioterapia/14381/8/ 
 
https://www.cancerdemamabrasil.com.br/radioterapia-intraoperatoria-no-cancer-de-mama/
https://www.cancerdemamabrasil.com.br/radioterapia-intraoperatoria-no-cancer-de-mama/
http://www.oncoguia.org.br/conteudo/7-coisas-que-voce-precisa-saber-sobre-a-radioterapia/14381/8/
http://www.oncoguia.org.br/conteudo/7-coisas-que-voce-precisa-saber-sobre-a-radioterapia/14381/8/
2021.1 | Lorena Almeida 
 
 2 
 
Conceito: doença heterogênea com largo arranjo de 
aspectos histológicos. Existem vários tipos de cânceres, 
mas há estudos que mostram que muitos carcinomas 
agrupam-se em vários grupos principais com 
importantes diferenças biológicas e clínica. A maioria dos 
carcinomas tem receptor estrogênico positivo (RE) e é 
caracterizada por uma assinatura genética dominada 
pelas dúzias de genes sob o controle do estrogênio.  
carcinomas RE-positivos e RE-negativos mostram 
conflitantes diferenças no que diz respeito às 
características do paciente, características patológicas, 
resposta terapêutica e sobrevida. 
Dividido em esporádico - tem como fator de risco a 
exposição hormonal, em maioria ocorre em mulheres 
pós-menopausa e são receptor estrogênio positivo – e 
hereditário – causa de 12% dos cânceres de mama, 
sendo mutação do gene BRCA1 e BRCA2 prevalentes (de 
30 a 90% de penetrância) nesse tipo de câncer. 
Classificação: 95% adenocarcinomas; carcinoma in situ 
(neoplasia limitada aos ductos e lóbulos pela membrana 
basal); invasivos (penetra da membrana para o estroma, 
potencialmente infiltra vasos, linfonodos e sítios 
distantes). 
Referência: Bases patológicas das doenças – Robbins – 8 
Ed. 
O câncer é um distúrbio de proliferação e diferenciação 
celulares. As características de proliferação e de 
diferenciação alteradas estão associadas a uma série de 
outras mudanças nas características e no 
funcionamento celular, incluindo instabilidade genética; 
independência do fator de crescimento; perda de 
inibição dependente de densidade, coesividade, 
adesividade, e dependência de ancoragem; falhas na 
comunicação entre células; tempo de vida 
indeterminado (imortalidade); expressão de antígenos 
teciduais alterados; secreção anormal de enzimas de 
degradação que viabilizam invasão e metástase, ou 
produção ectópica de hormônios; e características 
anormais do citoesqueleto. 
Referência: Fisiopatologia de Porth – 9 Ed. 
É causado por alterações genéticas, diretamente 
relacionadas à biologia celular, que podem ser 
estimuladas por fatores ambientais como: tabagismo, 
uso de hormônios (TRH – terapia de reposição hormonal 
por tempo prolongado), obesidade e alcoolismo. 
Também é mais frequente nas mulheres que tem início 
da menstruação em idade muito jovem e menopausa 
tardia. 
Em 5 a 10% dos casos o tumor decorre de mutações 
genéticas encontradas em grupos familiares, e é mais 
frequente em determinados grupos étnicos como, por 
exemplo, as mulheres brancas, caucasianas, 
particularmente as judias de origem europeia. Atenção 
deve ser dada às pacientes com antecendentes 
familiares importantes de câncer de mama, 
particulamente quando há casos na família de mulheres 
acometidas antes dos 35 anos. 
Referência: Hospital Oswaldo Cruz - 
https://www.hospitaloswaldocruz.org.br/imprensa/noticias/c
ancer-de-mama-fatores-de-riscos-sintomas-e-diagnostico 
Pesquisas apontam para uma explicação multifatorial 
em que convergem alguns elementos: predisposição 
genética – os genes listados são chamados de gene 1 
(BRCA1) e gene 2 do câncer de mama (BRCA2) -, 
desequilíbrios hormonais – os desequilíbrios pode ser 
endógenos ou externos. Entre os principais se destacam 
as terapias adotadas após a menopausa e a ingestão de 
anticoncepcionais orais. -, idade – chances aumentam 
a partir dos 40 anos e a idade média para o diagnóstico 
de câncer de mama é entre 50 e 60 anos, devido às 
mudanças hormonais, acúmulo de fatores de risco e 
alterações no sistema imunológico. 
Fatores de risco intrínsecos: menarca precoce (antes dos 
12 anos); menopausa tardia (a partir dos 55 anos); 
densidade mamária (tamanho); exposição ao 
https://www.hospitaloswaldocruz.org.br/imprensa/noticias/cancer-de-mama-fatores-de-riscos-sintomas-e-diagnostico
https://www.hospitaloswaldocruz.org.br/imprensa/noticias/cancer-de-mama-fatores-de-riscos-sintomas-e-diagnostico
2021.1 | Lorena Almeida 
 
 3 
dietileestilbestrol (droga para prevenção de abortos 
espontâneo). 
Fatores de risco extrínsecos: consumo descontrolado de 
álcool; ingestão de tabaco; dieta desequilibrada; ausência 
de atividade física; gravidez após aos 30 anos ou 
ausência dela; obesidade; alterações psicológicas (como 
estresse); abuso da exposição à radiação. 
Referência: https://muysalud.com/pt/doencas/causas-e-
fatores-de-risco-do-cancer-de-mama/ 
Aproximadamente50% dos cânceres de mama 
acontece em mulheres entr 50-64 anos, 30% naquelas 
acima dos 70 anos e menos de 1% com idade inferior a 
25 anos. (FEBRASGO, 2010) 
 
A patogênese molecular da maioria dos cânceres se 
origina a partir de um dano genético ou mutação, com 
as consequentes alterações na fisiologia celular que 
transformam uma célula com funcionamento normal 
em uma célula cancerosa.  fatores epigenéticos que 
envolvem o silenciamento de um ou mais genes 
também podem estar envolvidos na patogênese 
molecular do câncer. 
Os genes associados ao câncer são classificados em 
proto-oncogenes e oncogenes (o primeiro se 
transformando no segundo. Os proto-oncogenes 
codificam proteínas celulares normais, como fatores de 
crescimento, receptores e moléculas de sinalização de 
crescimento e fatores de transcrição que promovem o 
crescimento celular.  O aumento na atividade do 
proto-oncogene é influenciado pela dieta, 
consequentemente isso leva à promoção de uma dieta 
equilibrada para tentar diminuir a atividade do proto-
oncogene. 
Os genes supressores de neoplasia criam um ambiente 
que promove o desenvolvimento do câncer, por serem 
menos ativos. Incluem o gene do retinoblastoma (RB), 
que normalmente impede a divisão celular, e o gene 
TP53, que normalmente se torna ativo em células com 
DNA danificado para iniciar apoptose.  a perda de 
atividade de Rb pode acelerar o ciclo celular e conduzir 
a um aumento da proliferação celular, enquanto a 
inatividade de TP53 pode aumentar a sobrevivência de 
células com DNA danificado. 
Um evento genético comum em casos de câncer é a 
amplificação do gene, que pode levar a uma 
hiperexpressão, com níveis maiores do que o normal de 
proteínas que incrementam a proliferação celular.  o 
gene do receptor tipo 2 do fator de crescimento 
epidérmico humano (HER-2/neu) está amplificado em 
muitos casos de câncer de mama; sua existência indica 
um tumor agressivo, com um prognóstico desfavorável. 
Um dos agentes utilizados no tratamento de câncer de 
mama por hiperexpressão de HER-2/neu é o 
trastuzumabe, um anticorpo monoclonal que se liga 
seletivamente a HER-2, inibindo assim a proliferação de 
células neoplásicas com hiperexpressão de HER-2. 
Os genes supressores de neoplasia inibem a proliferação 
de células neoplásicas, quando o gene é inativado, um 
sinal genético que normalmente inibe a proliferação 
celular é removido, dando início ao crescimento 
desordenado.  O gene TP53, localizado no braço curto 
do cromossomo 17, que codifica a proteína p53. 
Mutações no gene TP53 têm sido associadas ao câncer 
de pulmão, mama e cólon; também parece iniciar 
apoptose em células neoplásicas danificadas por 
radioterapia e quimioterapia. 
Como a apoptose é considerada uma resposta celular 
normal a danos no DNA, a perda de vias apoptóticas 
normais pode contribuir para o desenvolvimento de 
câncer, tornando possível a sobrevivência de células com 
DNA danificado. 
2021.1 | Lorena Almeida 
 
 4 
Carcinogênese ocorre em três estâgios: iniciação – 
descreve a exposição das células a um agente 
carcinogênico (químicos, físicos e biológicos), fazendo-as 
vulneráveis à transformação cancerígena – promoção – 
viabiliza o crescimento exponencial desencadeado por 
vários fatores de crescimento e químicos; podendo ser 
reversível se remover a substância promotora – e 
progressão – manifesta quando as células neoplásicas 
adquirem alterações fenotípicas malignas que 
promovem invasão, competência metastática, 
tendência de crescimento autônomo e maior 
instabilidade do cariótipo. 
Referência: Fisiopatologia Porth – 9 Ed 
Mutações hereditárias nos genes BRCA1 e BRCA2 parecem 
estar associadas a uma probabilidade de 80% de 
desenvolver o câncer durante a vida. As mutações no 
BRCA1 também são associadas à predisposição ao câncer 
de ovário, enquanto as mutações no BRCA2 também 
levam ao câncer de mama nos homens portadores. 
 
Ambos esses genes funcionam provavelmente como 
supressores tumorais, visto que os tumores de mama 
apresentam tanto a anormalidade hereditária em um 
alelo, como uma perda somática no alelo restante. 
Embora casos esporádicos (não-familiares) de câncer de 
mama raramenteapresentem mutações no BRCA1, eles 
podem apresentar uma redução da expressão desse 
gene ou anormalidades em outras proteínas que 
interagem com o BRCA1 para executarem o que parece 
ser uma função de reparação do DNA, nos casos de 
quebras da dupla hélice do DNA. 
Referência: Fisiopatologia da Doença – uma introdução à 
medicina clínica – 5 ed. 
 
 
Vermelhidão e pele endurecida; feridas que não 
cicatrizam e coceiras que não melhoram; áreas 
estufadas (abaulamento) e covinha (retração); saída de 
líquido do bico do peito (sem apertar) de cor vermelha 
ou transparente como a água; caroço ou local 
endurecido. 
Referência: Cartilha da Sociedade Brasileira de Mastologia 
< 
file:///C:/Users/Lorena/Downloads/CartilhaFundacao_s
emapoio_SBM2.pdf> 
Nódulo (caroço), fixo e geralmente indolor (principal 
manifestação); pele da mama avermelhada, retraída ou 
parecida com casca de laranja; alterações no bico do 
peito/mamilo; pequenos nódulos nas axilas ou no 
pescoço; saída espontânea de líquido anormal pelos 
mamilos. 
Referência: Instituto Nacional de Câncer (INCA) < 
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-
mama> 
Mastalgia: dor com origem na mama podendo ser uni 
ou bilateral, focal ou difusa, constante ou intermitente. 
Ela é cíclica quando está relacionada ao ciclo menstrual, 
sendo bilateral, difusa e mais intensa ao final da fase 
lútea. Já a acíclica costuma ser focal e constante ou 
intermitente, podendo ter como causa desde um cisto 
simples até um câncer de mama. 
Mastite: processos infecciosos que ocorrem no tecido 
mamário. A mastite puerperal provoca eritema e calor 
difuso, aumento do volume mamário, podendo 
apresentar sinais de infecção sistêmica associada, como 
febre, mal-estar, mialgia e leucocitose. A mastite não 
puerperal costuma ter evolução lenta, ser redicivantes, 
surgir em surtos e muitas vezes sequer percebida por 
infecções agudas. 
Descarga papilar: podem ser percebidas por saída 
espontânea ou por expressão manual da mama. 
Quando se trata de uma descarga espontânea deve ser 
considerada patológica devendo-se proceder com 
investigação adicional. 
Referência: Federação Brasileiera das Associações de 
Ginecologia e Obstetrícia. Manual de Orientação Mastologia, 
2010. 
 
 
 
No momento pré-diagnóstico, evidencia-se o descuido 
das pacientes com relação ao próprio corpo, a 
file:///C:/Users/Lorena/Downloads/CartilhaFundacao_semapoio_SBM2.pdf
file:///C:/Users/Lorena/Downloads/CartilhaFundacao_semapoio_SBM2.pdf
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama
2021.1 | Lorena Almeida 
 
 5 
postergação da consulta médica e a negação da 
realidade que só seria desvelada com o diagnóstico 
posteriormente. 
Na etapa do diagnóstico, as pacientes formulam suas 
queixas quanto à postura negligente dos profissionais 
médicos e enfatizam os sentimentos vivienciados com 
relação à doença e ao tratamento: impacto inicial 
(reação de choque), vislumbre da morte, temores 
relacionados ao nível desamparo dos filhos, etc. 
Na etapa de tratamento, as queixas das pacientes 
compreende os efeitos físicos e os danos causados ao 
organismo pelo tratamento cirúrgico, radio e 
quimioterápico, bem como os sentimentos com relação 
a alterações da imagem corporal. 
No momento pós-tratamento, aparecem as repercuções 
no plano afetivo-sexual e a também as dificuldades de 
adaptação à nova situação de vida, com limitações 
físicas e restrições, embora também sejam reconhecidas 
as mudanças positivas trazidas pela expericência de 
terem passado pelo câncer de mama e seu tratamento. 
Os resultados sugerem que as medidas preventivas 
contra o câncer de mamasão insuficientes para a real 
conscientização da população acerca dos fatores de 
risco associados à sua etiologia. Parece haver outros 
componentes, além do cognitivo, envolvidos na decisão 
da mulher pelo cuidado com o próprio corpo e também 
pela procura do profissional médico no momento em 
que começam a ser percebidos os primeiros sinais de 
alterações nas mamas. 
Apesar dos efeitos devastadores produzidos pelo 
adoecimento e pelo tratamento, observa-se nessas 
mulheres uma expectativa otimista com relação ao 
futuro, que reagem à adversidade mais com 
sentimentos de luta e enfrentamento do que com uma 
‘’entrega resignada’’ à situação-limite imposta pela 
doença. Essa postura parece essencial na construção de 
estratégias e enfrentamento mais eficazes diante da 
situação de adoecimento e tratamento. (SP) 
Referência: Repercussões psicológicas do adoecimento e 
tratamento em mulheres acometidas pelo câncer de mama: 
https://www.scielo.br/j/pcp/a/sdgSDfhc6cPHbxHG93LySWS/
?lang=pt 
 
Principais recomendações: manter um peso saudável 
durante a vida; ser fisicamente ativo; seguir um padrão 
de nutrição saudável em todas as fases da vida; evitar o 
consumo de álcool; medidas governamentais para 
acesso a saúde. 
Referência: Câncer de Mama Brasil 
<https://www.cancerdemamabrasil.com.br/medidas-
preventivas-para-o-cancer/> 
Consiste em modificar os fatores de risco ambientais e 
e de estilo de vida que promovem o câncer, reduzindo 
a mortalidade. 
Obesidade, definida como IMC>30kg/m², é associada a 
maior morbimortalidade em pacientes com câncer de 
mama. Na pós-menopausa, o excesso de peso é 
considerado fator de risco para o desenvolvimento da 
doença e isso pode ser explicado pelos níveis estrogênicos 
elevados resultantes da conversão periférica no tecido 
adiposo; a hiperinsulinemia também parece ter 
contribuição nos mecanismos de carcinogênese.  As 
situações em que há aumento da exposição a 
estrógenos também são consideradas fatores de risco 
para o desenvolvimento da doença (particularmente em 
tumores de mama com receptor hormonal positivo), são 
elas: menarca precoce, menopausa tardia, idade mais 
avançada da primeira gestação, nuliparidade. 
Consumo de álcool e tabagismo aumentam o risco de 
câncer de mama. A prática regular de atividade física e 
a amamentação são fatores de proteção para o câncer 
de mama. A ingestão de frutas e verduras, peixe e azeite 
de oliva pode resultar em menor risco de câncer. Evitar 
alimentos com alto índice glicêmico e limitar o uso de 
açúcar são medidas fundamentais para evitar a 
obesidade, diabetes e a incidência de câncer. 
Referência: CÂNCER DE MAMA CONSENSO DA SOCIEDA DE 
BRASILEIRA DE MASTOLOGIA –REGIONAL PIAUÍ– 2017 
 
https://www.scielo.br/j/pcp/a/sdgSDfhc6cPHbxHG93LySWS/?lang=pt
https://www.scielo.br/j/pcp/a/sdgSDfhc6cPHbxHG93LySWS/?lang=pt
2021.1 | Lorena Almeida 
 
 6 
 
Recomendação: 
- Mamografia a partir dos 40 anos anualmente até os 
75 anos de idade (nível 1) 
- Pacientes acima de 75 anos, individualizar, se a 
expectativa de vida for menor que 5 anos, não rastrear 
(nível 2A) 
- Pacientes com doenças graves de prognósticos 
reservado não rastrear (nível 2A) 
- Esclarecer as mulheres sobre os riscos e benefícios do 
rastreamento mamográfico. 
Referência: CÂNCER DE MAMA CONSENSO DA SOCIEDADE 
BRASILEIRA DE MASTOLOGIA –REGIONAL PIAUÍ– 2017 
O Ministério da Saúde recomenda que a mamografia 
de rastreamento seja ofertada para mulheres entre 50 
e 69 anos, a cada dois anos. Esse procedimento é uma 
radiografia das mamas feita por um equipamento de 
raios X (mamógrafo), capaz de identificar alterações 
suspeitas de câncer antes do surgimento dos sintomas, 
ou seja, antes que seja palpada qualquer alteração nas 
mamas.  ajuda a reduzir a mortalidade por câncer 
de mama, mas também expõe a mulher a alguns riscos 
(falso positivo; exposição a radiação) 
A mamografia diagnóstica, exame realizado com a 
finalidade de investigação de lesões suspeitas da mama, 
pode ser solicitada em qualquer idade, a critério médico. 
Ainda assim, a mamografia diagnóstica não apresenta 
uma boa sensibilidade em mulheres jovens, pois nessa 
idade as mamas são mais densas e o exame apresenta 
resultados incorretos.  o SUS oferece exame de 
mamografia para todas as idades, conforme indicação 
médica. 
Além da mamografia, exames como ultrassonografia ou 
ressonância magnética, podem ser realizados. Porém, a 
confirmação diagnóstica só é feita por meio da biópsia 
– retirada de um fragmento do nódulo ou da lesão 
suspeita por punções ou pequena cirurgia. 
Referência: INCA – Instituto Nacional de Câncer < 
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama> 
 
O tratamento varia de acordo com o estadiamento 
(estágio) da doença, as características biológicas do 
tumor e as condições do paciente. As modalidades de 
tratamento do câncer de mama podem ser divididas 
em: 
- Tratamento local: cirurgia e radioterapia 
- Tratamento sistêmico: quimioterapia, hormonioterapia 
e terapia biológica. 
ESTÁDIOS I E II 
A conduta habitual nas fases iniciais do câncer de mama 
é a cirurgia, que pode ser conservadora (retirada apenas 
do tumor - quadrantectomia) ou mastectomia (retirada 
da mama) parcial ou total, seguida ou não de 
reconstrução mamária. 
Após a cirurgia, tratamento complementar com 
radioterapia pode ser indicado em algumas situações. Já 
a reconstrução mamária deve ser sempre considerada 
nos casos de retirada da mama para minimizar os danos 
físicos e emocionais do tratamento. 
O tratamento sistêmico, após o tratamento local, será 
indicado de acordo com a avaliação de risco de a 
doença retornar (recorrência ou recidiva) e considera a 
idade da paciente, o tamanho e o tipo do tumor e se há 
comprometimento dos linfonodos axilares. 
A mensuração (medição) dos receptores hormonais 
(receptor de estrogênio e progesterona) do tumor, por 
meio do exame de imunohistoquímica, é fundamental 
para saber se a hormonioterapia pode ser indicada 
(tratamento de uso prolongado em forma de 
comprimidos para diminuir a produção dos hormônios 
femininos do organismo). A informação sobre a presença 
do HER-2 (fator de crescimento epidérmico 2) também 
é obtida por meio desse exame e poderá indicar a 
necessidade de terapia biológica anti-HER-2. 
Estádio III 
Pacientes com tumores maiores que 5cm, porém ainda 
localizados, enquadram-se no estádio III. Nessa situação, 
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama
2021.1 | Lorena Almeida 
 
 7 
o tratamento sistêmico (na maioria das vezes, com 
quimioterapia) é a opção inicial. Após a redução do 
tumor promovida pela quimioterapia, segue-se com o 
tratamento local (cirurgia e radioterapia). 
Estádio IV 
Nessa fase, em que já há metástase (o câncer se 
espalhou para outros órgãos) é fundamental buscar o 
equilíbrio entre o controle da doença e o possível 
aumento da sobrevida, levando-se em consideração os 
potenciais efeitos colaterais do tratamento. 
A atenção à qualidade de vida da paciente com câncer 
de mama deve ser preocupação dos profissionais de 
saúde ao longo de todo o processo terapêutico. 
 
Referência: INCA – Instituto Nacional de Câncer < 
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama 
Entre as principais políticas desenvolvidas no âmbito do 
SUS, tem destaque a Política Nacional para a Prevenção 
e Controle do Câncer, instituída no Brasil no ano de 2013, 
com o objetivo de identificar e intervir sobre os 
determinantes e condicionantes dos diversos tipos de 
câncer e desenvolver ações intersetoriais de 
responsabilidade pública e da sociedade civil para 
promoção da saúde e a qualidade de vida. Nesse sentido, 
deve enfatizar a importância da manutenção desse 
sistema de saúde gratuito para a prevenção e controle 
de doenças, principalmente as mais severas como o 
câncer, em especial o de mama, e a promoção da 
saúde no contexto nacional. 
Referência:A importância do Sistema Único de Saúde para o 
controle do Câncer de Mama no Brasil – artigo. 
<http://inscricao.eventos.ifc.edu.br/index.php/geosaude/geos
aude/paper/viewFile/1294/247> 
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama

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