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2021.1 | Lorena Almeida 1 – – : cirurgia conservadora de mama realizada para retirada de tumores mamários com preservação da mama. Desenvolvida no fim da década de 70 e retirava-se o quadrante da mama aonde o tumor estivesse localizado. A cirurgia aliada à radioterapia complementar demonstrou eficácia terapêutica igual ou superior a da mastectomia em pacientes candidatas. deve ser sempre a primeira opção no tratamento cirúrgico do câncer de mama desde que possa manter um resultado estético satisfatório às pacientes. Para execução adequada, é necessário que a proporção entre o tamanho do tumor e o tamanho da mama permita que se retire o tumor, com pequena margem de segurança sem que se crie deformidade. Contra-indicada para pacientes que apresentam diagnóstico de câncer em área de microcalcificações difusas pela mama ou grande área de extensão de microcalcificações; tumores com comprometimento inicial extenso da pele da mama, como carcinomas inflamatórios, primários ou secundários. a falta de acesso à radioterapia pode representar uma condição de contra-indicação à realização do tratamento cirúrgico conservador, uma vez que a radioterapia é sempre indicada nestes casos. Referência: https://www.cancerdemamabrasil.com.br/o-que- e-cirurgia-conservadora-da-mama-ou-quadrantectomia/ : consiste no tratamento do câncer com radiação – energia que ataca e mata as células em reprodução, sendo bastante efetiva contra as células cancerígenas. No tratamento do câncer de mama, a radioterapia é usada após as cirurgias conservadoras da mama (quadrantectomia) – as aplicações precisam ser feitas de maneira fracionada, para evitar queimaduras na pele e na parede torácica. O princípio da radioterapia intraoperatória é que a maioria das recidivas acontece ao redor do tumor inicial. Sendo assim, o tratamento é concentrado nesta região. Durante a cirurgia é possível afastar a pele e proteger o tórax e, com isso, fazer toda a dose de uma única vez. Referência: https://www.cancerdemamabrasil.com.br/radioterapia- intraoperatoria-no-cancer-de-mama/ A radioterapia é um tratamento realizado com radiação ionizante que ajuda a destruir ou impedir o crescimento das células tumorais. 80% das pessoas que fazem radioterapia são tratadas pelo SUS (Fonte: Sociedade Brasileira de Radioterapia). Ela pode ser realizada como um tratamento único ou associada com cirurgia e/ou tratamentos sistêmicos, dependendo das particularidades de cada caso. Existem dois tipos de radioterapia: 1. Radioterapia externa – irradiação feita por um acelerador linear à uma longa distância com doses fracionadas a partir do planejamento do tamanho, forma e direção do feixe de radiação tratando o tumor e poupando o tecido adjacente normal. 2. Radioterapia interna (braquiterapia) – utiliza fontes de radiação interna com o material radioativo colocado próximo ao tumor por meio de instrumentos específicos, como um implante radioativo. Referência: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/7-coisas- que-voce-precisa-saber-sobre-a-radioterapia/14381/8/ https://www.cancerdemamabrasil.com.br/radioterapia-intraoperatoria-no-cancer-de-mama/ https://www.cancerdemamabrasil.com.br/radioterapia-intraoperatoria-no-cancer-de-mama/ http://www.oncoguia.org.br/conteudo/7-coisas-que-voce-precisa-saber-sobre-a-radioterapia/14381/8/ http://www.oncoguia.org.br/conteudo/7-coisas-que-voce-precisa-saber-sobre-a-radioterapia/14381/8/ 2021.1 | Lorena Almeida 2 Conceito: doença heterogênea com largo arranjo de aspectos histológicos. Existem vários tipos de cânceres, mas há estudos que mostram que muitos carcinomas agrupam-se em vários grupos principais com importantes diferenças biológicas e clínica. A maioria dos carcinomas tem receptor estrogênico positivo (RE) e é caracterizada por uma assinatura genética dominada pelas dúzias de genes sob o controle do estrogênio. carcinomas RE-positivos e RE-negativos mostram conflitantes diferenças no que diz respeito às características do paciente, características patológicas, resposta terapêutica e sobrevida. Dividido em esporádico - tem como fator de risco a exposição hormonal, em maioria ocorre em mulheres pós-menopausa e são receptor estrogênio positivo – e hereditário – causa de 12% dos cânceres de mama, sendo mutação do gene BRCA1 e BRCA2 prevalentes (de 30 a 90% de penetrância) nesse tipo de câncer. Classificação: 95% adenocarcinomas; carcinoma in situ (neoplasia limitada aos ductos e lóbulos pela membrana basal); invasivos (penetra da membrana para o estroma, potencialmente infiltra vasos, linfonodos e sítios distantes). Referência: Bases patológicas das doenças – Robbins – 8 Ed. O câncer é um distúrbio de proliferação e diferenciação celulares. As características de proliferação e de diferenciação alteradas estão associadas a uma série de outras mudanças nas características e no funcionamento celular, incluindo instabilidade genética; independência do fator de crescimento; perda de inibição dependente de densidade, coesividade, adesividade, e dependência de ancoragem; falhas na comunicação entre células; tempo de vida indeterminado (imortalidade); expressão de antígenos teciduais alterados; secreção anormal de enzimas de degradação que viabilizam invasão e metástase, ou produção ectópica de hormônios; e características anormais do citoesqueleto. Referência: Fisiopatologia de Porth – 9 Ed. É causado por alterações genéticas, diretamente relacionadas à biologia celular, que podem ser estimuladas por fatores ambientais como: tabagismo, uso de hormônios (TRH – terapia de reposição hormonal por tempo prolongado), obesidade e alcoolismo. Também é mais frequente nas mulheres que tem início da menstruação em idade muito jovem e menopausa tardia. Em 5 a 10% dos casos o tumor decorre de mutações genéticas encontradas em grupos familiares, e é mais frequente em determinados grupos étnicos como, por exemplo, as mulheres brancas, caucasianas, particularmente as judias de origem europeia. Atenção deve ser dada às pacientes com antecendentes familiares importantes de câncer de mama, particulamente quando há casos na família de mulheres acometidas antes dos 35 anos. Referência: Hospital Oswaldo Cruz - https://www.hospitaloswaldocruz.org.br/imprensa/noticias/c ancer-de-mama-fatores-de-riscos-sintomas-e-diagnostico Pesquisas apontam para uma explicação multifatorial em que convergem alguns elementos: predisposição genética – os genes listados são chamados de gene 1 (BRCA1) e gene 2 do câncer de mama (BRCA2) -, desequilíbrios hormonais – os desequilíbrios pode ser endógenos ou externos. Entre os principais se destacam as terapias adotadas após a menopausa e a ingestão de anticoncepcionais orais. -, idade – chances aumentam a partir dos 40 anos e a idade média para o diagnóstico de câncer de mama é entre 50 e 60 anos, devido às mudanças hormonais, acúmulo de fatores de risco e alterações no sistema imunológico. Fatores de risco intrínsecos: menarca precoce (antes dos 12 anos); menopausa tardia (a partir dos 55 anos); densidade mamária (tamanho); exposição ao https://www.hospitaloswaldocruz.org.br/imprensa/noticias/cancer-de-mama-fatores-de-riscos-sintomas-e-diagnostico https://www.hospitaloswaldocruz.org.br/imprensa/noticias/cancer-de-mama-fatores-de-riscos-sintomas-e-diagnostico 2021.1 | Lorena Almeida 3 dietileestilbestrol (droga para prevenção de abortos espontâneo). Fatores de risco extrínsecos: consumo descontrolado de álcool; ingestão de tabaco; dieta desequilibrada; ausência de atividade física; gravidez após aos 30 anos ou ausência dela; obesidade; alterações psicológicas (como estresse); abuso da exposição à radiação. Referência: https://muysalud.com/pt/doencas/causas-e- fatores-de-risco-do-cancer-de-mama/ Aproximadamente50% dos cânceres de mama acontece em mulheres entr 50-64 anos, 30% naquelas acima dos 70 anos e menos de 1% com idade inferior a 25 anos. (FEBRASGO, 2010) A patogênese molecular da maioria dos cânceres se origina a partir de um dano genético ou mutação, com as consequentes alterações na fisiologia celular que transformam uma célula com funcionamento normal em uma célula cancerosa. fatores epigenéticos que envolvem o silenciamento de um ou mais genes também podem estar envolvidos na patogênese molecular do câncer. Os genes associados ao câncer são classificados em proto-oncogenes e oncogenes (o primeiro se transformando no segundo. Os proto-oncogenes codificam proteínas celulares normais, como fatores de crescimento, receptores e moléculas de sinalização de crescimento e fatores de transcrição que promovem o crescimento celular. O aumento na atividade do proto-oncogene é influenciado pela dieta, consequentemente isso leva à promoção de uma dieta equilibrada para tentar diminuir a atividade do proto- oncogene. Os genes supressores de neoplasia criam um ambiente que promove o desenvolvimento do câncer, por serem menos ativos. Incluem o gene do retinoblastoma (RB), que normalmente impede a divisão celular, e o gene TP53, que normalmente se torna ativo em células com DNA danificado para iniciar apoptose. a perda de atividade de Rb pode acelerar o ciclo celular e conduzir a um aumento da proliferação celular, enquanto a inatividade de TP53 pode aumentar a sobrevivência de células com DNA danificado. Um evento genético comum em casos de câncer é a amplificação do gene, que pode levar a uma hiperexpressão, com níveis maiores do que o normal de proteínas que incrementam a proliferação celular. o gene do receptor tipo 2 do fator de crescimento epidérmico humano (HER-2/neu) está amplificado em muitos casos de câncer de mama; sua existência indica um tumor agressivo, com um prognóstico desfavorável. Um dos agentes utilizados no tratamento de câncer de mama por hiperexpressão de HER-2/neu é o trastuzumabe, um anticorpo monoclonal que se liga seletivamente a HER-2, inibindo assim a proliferação de células neoplásicas com hiperexpressão de HER-2. Os genes supressores de neoplasia inibem a proliferação de células neoplásicas, quando o gene é inativado, um sinal genético que normalmente inibe a proliferação celular é removido, dando início ao crescimento desordenado. O gene TP53, localizado no braço curto do cromossomo 17, que codifica a proteína p53. Mutações no gene TP53 têm sido associadas ao câncer de pulmão, mama e cólon; também parece iniciar apoptose em células neoplásicas danificadas por radioterapia e quimioterapia. Como a apoptose é considerada uma resposta celular normal a danos no DNA, a perda de vias apoptóticas normais pode contribuir para o desenvolvimento de câncer, tornando possível a sobrevivência de células com DNA danificado. 2021.1 | Lorena Almeida 4 Carcinogênese ocorre em três estâgios: iniciação – descreve a exposição das células a um agente carcinogênico (químicos, físicos e biológicos), fazendo-as vulneráveis à transformação cancerígena – promoção – viabiliza o crescimento exponencial desencadeado por vários fatores de crescimento e químicos; podendo ser reversível se remover a substância promotora – e progressão – manifesta quando as células neoplásicas adquirem alterações fenotípicas malignas que promovem invasão, competência metastática, tendência de crescimento autônomo e maior instabilidade do cariótipo. Referência: Fisiopatologia Porth – 9 Ed Mutações hereditárias nos genes BRCA1 e BRCA2 parecem estar associadas a uma probabilidade de 80% de desenvolver o câncer durante a vida. As mutações no BRCA1 também são associadas à predisposição ao câncer de ovário, enquanto as mutações no BRCA2 também levam ao câncer de mama nos homens portadores. Ambos esses genes funcionam provavelmente como supressores tumorais, visto que os tumores de mama apresentam tanto a anormalidade hereditária em um alelo, como uma perda somática no alelo restante. Embora casos esporádicos (não-familiares) de câncer de mama raramenteapresentem mutações no BRCA1, eles podem apresentar uma redução da expressão desse gene ou anormalidades em outras proteínas que interagem com o BRCA1 para executarem o que parece ser uma função de reparação do DNA, nos casos de quebras da dupla hélice do DNA. Referência: Fisiopatologia da Doença – uma introdução à medicina clínica – 5 ed. Vermelhidão e pele endurecida; feridas que não cicatrizam e coceiras que não melhoram; áreas estufadas (abaulamento) e covinha (retração); saída de líquido do bico do peito (sem apertar) de cor vermelha ou transparente como a água; caroço ou local endurecido. Referência: Cartilha da Sociedade Brasileira de Mastologia < file:///C:/Users/Lorena/Downloads/CartilhaFundacao_s emapoio_SBM2.pdf> Nódulo (caroço), fixo e geralmente indolor (principal manifestação); pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja; alterações no bico do peito/mamilo; pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço; saída espontânea de líquido anormal pelos mamilos. Referência: Instituto Nacional de Câncer (INCA) < https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de- mama> Mastalgia: dor com origem na mama podendo ser uni ou bilateral, focal ou difusa, constante ou intermitente. Ela é cíclica quando está relacionada ao ciclo menstrual, sendo bilateral, difusa e mais intensa ao final da fase lútea. Já a acíclica costuma ser focal e constante ou intermitente, podendo ter como causa desde um cisto simples até um câncer de mama. Mastite: processos infecciosos que ocorrem no tecido mamário. A mastite puerperal provoca eritema e calor difuso, aumento do volume mamário, podendo apresentar sinais de infecção sistêmica associada, como febre, mal-estar, mialgia e leucocitose. A mastite não puerperal costuma ter evolução lenta, ser redicivantes, surgir em surtos e muitas vezes sequer percebida por infecções agudas. Descarga papilar: podem ser percebidas por saída espontânea ou por expressão manual da mama. Quando se trata de uma descarga espontânea deve ser considerada patológica devendo-se proceder com investigação adicional. Referência: Federação Brasileiera das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. Manual de Orientação Mastologia, 2010. No momento pré-diagnóstico, evidencia-se o descuido das pacientes com relação ao próprio corpo, a file:///C:/Users/Lorena/Downloads/CartilhaFundacao_semapoio_SBM2.pdf file:///C:/Users/Lorena/Downloads/CartilhaFundacao_semapoio_SBM2.pdf https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama 2021.1 | Lorena Almeida 5 postergação da consulta médica e a negação da realidade que só seria desvelada com o diagnóstico posteriormente. Na etapa do diagnóstico, as pacientes formulam suas queixas quanto à postura negligente dos profissionais médicos e enfatizam os sentimentos vivienciados com relação à doença e ao tratamento: impacto inicial (reação de choque), vislumbre da morte, temores relacionados ao nível desamparo dos filhos, etc. Na etapa de tratamento, as queixas das pacientes compreende os efeitos físicos e os danos causados ao organismo pelo tratamento cirúrgico, radio e quimioterápico, bem como os sentimentos com relação a alterações da imagem corporal. No momento pós-tratamento, aparecem as repercuções no plano afetivo-sexual e a também as dificuldades de adaptação à nova situação de vida, com limitações físicas e restrições, embora também sejam reconhecidas as mudanças positivas trazidas pela expericência de terem passado pelo câncer de mama e seu tratamento. Os resultados sugerem que as medidas preventivas contra o câncer de mamasão insuficientes para a real conscientização da população acerca dos fatores de risco associados à sua etiologia. Parece haver outros componentes, além do cognitivo, envolvidos na decisão da mulher pelo cuidado com o próprio corpo e também pela procura do profissional médico no momento em que começam a ser percebidos os primeiros sinais de alterações nas mamas. Apesar dos efeitos devastadores produzidos pelo adoecimento e pelo tratamento, observa-se nessas mulheres uma expectativa otimista com relação ao futuro, que reagem à adversidade mais com sentimentos de luta e enfrentamento do que com uma ‘’entrega resignada’’ à situação-limite imposta pela doença. Essa postura parece essencial na construção de estratégias e enfrentamento mais eficazes diante da situação de adoecimento e tratamento. (SP) Referência: Repercussões psicológicas do adoecimento e tratamento em mulheres acometidas pelo câncer de mama: https://www.scielo.br/j/pcp/a/sdgSDfhc6cPHbxHG93LySWS/ ?lang=pt Principais recomendações: manter um peso saudável durante a vida; ser fisicamente ativo; seguir um padrão de nutrição saudável em todas as fases da vida; evitar o consumo de álcool; medidas governamentais para acesso a saúde. Referência: Câncer de Mama Brasil <https://www.cancerdemamabrasil.com.br/medidas- preventivas-para-o-cancer/> Consiste em modificar os fatores de risco ambientais e e de estilo de vida que promovem o câncer, reduzindo a mortalidade. Obesidade, definida como IMC>30kg/m², é associada a maior morbimortalidade em pacientes com câncer de mama. Na pós-menopausa, o excesso de peso é considerado fator de risco para o desenvolvimento da doença e isso pode ser explicado pelos níveis estrogênicos elevados resultantes da conversão periférica no tecido adiposo; a hiperinsulinemia também parece ter contribuição nos mecanismos de carcinogênese. As situações em que há aumento da exposição a estrógenos também são consideradas fatores de risco para o desenvolvimento da doença (particularmente em tumores de mama com receptor hormonal positivo), são elas: menarca precoce, menopausa tardia, idade mais avançada da primeira gestação, nuliparidade. Consumo de álcool e tabagismo aumentam o risco de câncer de mama. A prática regular de atividade física e a amamentação são fatores de proteção para o câncer de mama. A ingestão de frutas e verduras, peixe e azeite de oliva pode resultar em menor risco de câncer. Evitar alimentos com alto índice glicêmico e limitar o uso de açúcar são medidas fundamentais para evitar a obesidade, diabetes e a incidência de câncer. Referência: CÂNCER DE MAMA CONSENSO DA SOCIEDA DE BRASILEIRA DE MASTOLOGIA –REGIONAL PIAUÍ– 2017 https://www.scielo.br/j/pcp/a/sdgSDfhc6cPHbxHG93LySWS/?lang=pt https://www.scielo.br/j/pcp/a/sdgSDfhc6cPHbxHG93LySWS/?lang=pt 2021.1 | Lorena Almeida 6 Recomendação: - Mamografia a partir dos 40 anos anualmente até os 75 anos de idade (nível 1) - Pacientes acima de 75 anos, individualizar, se a expectativa de vida for menor que 5 anos, não rastrear (nível 2A) - Pacientes com doenças graves de prognósticos reservado não rastrear (nível 2A) - Esclarecer as mulheres sobre os riscos e benefícios do rastreamento mamográfico. Referência: CÂNCER DE MAMA CONSENSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE MASTOLOGIA –REGIONAL PIAUÍ– 2017 O Ministério da Saúde recomenda que a mamografia de rastreamento seja ofertada para mulheres entre 50 e 69 anos, a cada dois anos. Esse procedimento é uma radiografia das mamas feita por um equipamento de raios X (mamógrafo), capaz de identificar alterações suspeitas de câncer antes do surgimento dos sintomas, ou seja, antes que seja palpada qualquer alteração nas mamas. ajuda a reduzir a mortalidade por câncer de mama, mas também expõe a mulher a alguns riscos (falso positivo; exposição a radiação) A mamografia diagnóstica, exame realizado com a finalidade de investigação de lesões suspeitas da mama, pode ser solicitada em qualquer idade, a critério médico. Ainda assim, a mamografia diagnóstica não apresenta uma boa sensibilidade em mulheres jovens, pois nessa idade as mamas são mais densas e o exame apresenta resultados incorretos. o SUS oferece exame de mamografia para todas as idades, conforme indicação médica. Além da mamografia, exames como ultrassonografia ou ressonância magnética, podem ser realizados. Porém, a confirmação diagnóstica só é feita por meio da biópsia – retirada de um fragmento do nódulo ou da lesão suspeita por punções ou pequena cirurgia. Referência: INCA – Instituto Nacional de Câncer < https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama> O tratamento varia de acordo com o estadiamento (estágio) da doença, as características biológicas do tumor e as condições do paciente. As modalidades de tratamento do câncer de mama podem ser divididas em: - Tratamento local: cirurgia e radioterapia - Tratamento sistêmico: quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica. ESTÁDIOS I E II A conduta habitual nas fases iniciais do câncer de mama é a cirurgia, que pode ser conservadora (retirada apenas do tumor - quadrantectomia) ou mastectomia (retirada da mama) parcial ou total, seguida ou não de reconstrução mamária. Após a cirurgia, tratamento complementar com radioterapia pode ser indicado em algumas situações. Já a reconstrução mamária deve ser sempre considerada nos casos de retirada da mama para minimizar os danos físicos e emocionais do tratamento. O tratamento sistêmico, após o tratamento local, será indicado de acordo com a avaliação de risco de a doença retornar (recorrência ou recidiva) e considera a idade da paciente, o tamanho e o tipo do tumor e se há comprometimento dos linfonodos axilares. A mensuração (medição) dos receptores hormonais (receptor de estrogênio e progesterona) do tumor, por meio do exame de imunohistoquímica, é fundamental para saber se a hormonioterapia pode ser indicada (tratamento de uso prolongado em forma de comprimidos para diminuir a produção dos hormônios femininos do organismo). A informação sobre a presença do HER-2 (fator de crescimento epidérmico 2) também é obtida por meio desse exame e poderá indicar a necessidade de terapia biológica anti-HER-2. Estádio III Pacientes com tumores maiores que 5cm, porém ainda localizados, enquadram-se no estádio III. Nessa situação, https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama 2021.1 | Lorena Almeida 7 o tratamento sistêmico (na maioria das vezes, com quimioterapia) é a opção inicial. Após a redução do tumor promovida pela quimioterapia, segue-se com o tratamento local (cirurgia e radioterapia). Estádio IV Nessa fase, em que já há metástase (o câncer se espalhou para outros órgãos) é fundamental buscar o equilíbrio entre o controle da doença e o possível aumento da sobrevida, levando-se em consideração os potenciais efeitos colaterais do tratamento. A atenção à qualidade de vida da paciente com câncer de mama deve ser preocupação dos profissionais de saúde ao longo de todo o processo terapêutico. Referência: INCA – Instituto Nacional de Câncer < https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama Entre as principais políticas desenvolvidas no âmbito do SUS, tem destaque a Política Nacional para a Prevenção e Controle do Câncer, instituída no Brasil no ano de 2013, com o objetivo de identificar e intervir sobre os determinantes e condicionantes dos diversos tipos de câncer e desenvolver ações intersetoriais de responsabilidade pública e da sociedade civil para promoção da saúde e a qualidade de vida. Nesse sentido, deve enfatizar a importância da manutenção desse sistema de saúde gratuito para a prevenção e controle de doenças, principalmente as mais severas como o câncer, em especial o de mama, e a promoção da saúde no contexto nacional. Referência:A importância do Sistema Único de Saúde para o controle do Câncer de Mama no Brasil – artigo. <http://inscricao.eventos.ifc.edu.br/index.php/geosaude/geos aude/paper/viewFile/1294/247> https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama
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