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Resumo O Teatro Epico

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Aluna: Rita de Kássia dos Santos Dias 
Matricula: 20181418016
Professora: Marina Vianna
Disciplina: Análise do Texto Teatral
Resumo do capítulo 'A Teoria dos Gêneros' do livro 'O Teatro Épico' de Anatol Rosenfeld
O Capitulo busca explicar o que é e como funciona os gêneros das obras literárias segundo uma visão iniciada na Grécia antiga. Discussões e publicações que vieram de teóricos para explicar as narrativas líricas, épicas e dramáticas.
Vemos ao iniciar que o autor busca nos deixar cientes de o que significa os gêneros lírico, dramático e épico. Segundo Anatol Rosenfeld, os gêneros possuem sua raiz na República de Platão, onde Sócrates diz que há 3 tipos de obra poética: a imitação, falada por personagens e não pelo poeta, o relato do poema, muito encontrado nos ditirambos e a união das duas coisas que gera a epopeia. Aristóteles se refere no terceiro capítulo do livro Arte Poética os gêneros épicos e dramáticos e o autor nos diz que ele diferencia as duas maneiras de narrar, um que há a introdução de personagens e o outro é o próprio autor sem intervenho de outro personagem ,que Rosenfeld assemelha com a poesia lírica, e a forma dramática se define como imitação que os personagens fazem da ação.
Rosenfeld nos deixa claro que o que foi conceituado sobre os três gêneros não são normas que devem ser seguidas à risca para que haja a produção de uma épica pura, uma lírica pura ou um drama puro, mas que o uso da é necessário para a ciência de introduzir ordem na multiplicidade dos fenômenos.
A teoria dos gêneros pode ser dividida por duas interpretações: Substantiva e Adjetiva. Na interpretação substantiva, a narrativa lírica possui, na maioria dos casos, em uma voz central, comummente na primeira pessoa do singular e ali é posta sua emoção mais profunda, seus sentimentos. Na épica são textos em prosa ou verso de tamanho maior que a narrativa lírica onde se apresenta um narrador e personagens envolvidos na trama. E a dramática onde os personagens envolvidos produzem a ação narrada.
A segunda interpretação refere-se ao estilo em que o gênero é empregado na obra e é a partir desse estilo que se emprega o adjetivo. O autor exemplifica, entre as diversas formas, a possiblidade da criação de um drama (substantivo) épico (adjetivo) onde há o drama com o estilo épico. Os traços estilísticos fundamentais dos gêneros vão além de uma obra ser puramente lírica, dramática ou épica. Segundo Anatol, uma obra que não é puramente do gênero que está inserida não perde o seu valor.
Dentro de poemas líricos pode-se ver que em sua estética, o autor usa a primeira pessoa "Eu" para mostrar suas emoções profundas ao mundo, tende a ser sobre vivencias desse Eu passada para a forma de versos onde seus sentimentos são a parte mais importante na construção da narrativa. O autor diz que "isso se liga como o traço importante, a extrema intensidade expressiva que não poderia ser mantida através de uma organização literária muito ampla". O poema lírico não chega a configurar o personagem "principal" nem outros personagens que possam estar no meio, embora possam ser citados qualquer aprofundamento em outro que não seja o Eu lírico tira toda a estética proposta no gênero. O uso do ritmo e da musicalidade também é um traço importante na construção da estética lírica. De acordo com o autor, realça o valor da aura conotativa do verbo que na maioria das vezes tem função mais sonora do que logica. Os versos são compostos no presente, mesmo que fale sobre algo que aconteceu, a narrativa é sempre no presente.
No gênero épico, mais objetivo que o gênero lírico, o narrador não põe suas emoções na narrativa e sim conta o que aconteceu para alguém. Sua função é comunicar, então dentro de sua estética haverá um contar sempre do passado, de algo que já aconteceu. Os personagens pouco sabem de si, pois é o narrador que conhece toda a sua história. Enquanto os personagens têm ciência até do seu presente, o narrador tem a noção do que acontecerá com aqueles personagens. O narrador é aquele que conta tudo o que acontece com riqueza de detalhes na narrativa épica, seu estado de alma não é colocado amostra, pois sua maior preocupação é dizer como e quem fala, onde faz e o que faz, seus sentimentos e a cena onde ocorre a trama. Rosenfeld explica que é fundamental na narração o desdobramento em sujeito e objeto. O mundo do narrador é mais amplo e assim o narrador está distanciado do mundo narrado, visto que ele conta o que supostamente presenciou ou estar a par do que é contado, pode até se passar por personagem, mas permanecerá narrador mostrando ou ilustrando a estória.
Na lírica o sujeito é ligado ao objeto, na épica o sujeito e o objeto não se fundem. Quando chegamos ao drama vemos que não há relação sujeito e objeto e que o objeto se apresenta autônomo, absoluto. De certo modo é um gênero oposto ao lírico.
Segundo o autor, a dramática é o gênero que une a subjetividade da lírica e a objetividade da épica. O 'Eu' da lírica se transforma em personagem e o narrador da épica some, os personagens possuem autonomia na narrativa dramática, libertos do narrador. Na concepção de Hegel, Rosenfeld explica que ao reunir a subjetividade da lírica e a objetividade da epopeia vemos a representação do que poderia ser real. A narrativa dramática então ligaria a épica e a lírica para formar uma totalidade que desenvolve de forma objetiva a partir da intimidade dos indivíduos nos mostrando ações que saem da singularidade dos personagens. Vemos no Drama a brusca pelo desfecho da narrativa partindo das ações que os personagens tomam através de suas vontades particulares. Para Hegel, a dramática é uma narrativa superior a lírica e a épica e por isso contém das duas narrativas dentro de si. Mas Rosenfeld afirma que não há uma superioridade das narrativas visto que parte da relação do autor com o imaginário tomando como sujeito ficcional quem produz o texto dramático, não de forma épica ou lírica, o lugar da pessoa que compõe a narrativa dramática é outro, não há o sujeito que apresenta os acontecimentos, estes se mostram por si, como acontece na realidade, isso faz explicar a objetividade. O que acontece é narrado no momento presente sem a intervenção de alguém que meça o que é contado. As ações do texto dramático mostram-se originar como a primeira vez que a cena ocorre. No drama puro, se volta ao passado através das falas dos personagens, os flashbacks é um recurso do genero épico implica com a evocação dialogada o retrocesso cênico ao passado.

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