Buscar

Desenvolvimento Neuropsciomotor

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Desenvolvimento 
Neuropsicomotor 
 
Introdução: 
O desenvolvimento neuropsicomotor abrange crescimento, 
maturação, aprendizagem e aspectos psíquicos e sociais em uma 
transformação dinâmica, complexa e contínua. 
O desenvolvimento compreende alguns domínios de função, todos 
interligados, sendo eles: sensorial, emocional, adaptativo, motor, 
cognitivo e linguagem. 
Acontece nos primeiros anos devido à maior vulnerabilidade e 
plasticidade. 
Aquisição de movimentos mais coordenados e complexos nas 
estruturas e domínios influenciados pelas regiões encefálicas 
mielinizadas. No lactente nascido a termo, ao nascimento há 
mielinização no tronco cerebral dorsal, pedúnculos cerebelares e 
perna posterior da cápsula interna. A substância branca cerebelar se 
mieliniza por volta do primeiro mês e se completa no 3°. 
É um processo que acontece de forma crânio-caudal, próximo-distal, 
das aquisições mais simples até as mais complexas. 
Desenvolvimento Motor Grosso: 
Define as atividades dos grandes músculos do corpo e relaciona-se 
com as funções de sustentação da cabeça, sentar-se, andar. 
Inicialmente, consiste em contrações descontroladas. O recém-
nascido começa com um padrão motor muito imaturo, com reflexo 
tônico cervical assimétrico, conferindo-lhe uma postura assimétrica; 
e predomínio do tônus flexor e hipotonia intensa da musculatura 
paravertebral. Seus movimentos são, geralmente, reflexos, que 
tendem a desaparecer com o passar dos meses. 
Progressivamente, o tônus flexor visto no recém-nascido vai sendo 
substituído pelo padrão extensor, de forma gradual. Esse 
amadurecimento acontece na direção craniocaudal, alcançando o 
quadril e os membros inferiores por último. Assim, a partir do 
segundo semestre de vida, não há mais predomínio de quaisquer dos 
dois padrões e, com isso, a criança é capaz de alternar entre flexão e 
extensão e, consequentemente, rolar. 
A primeira musculatura a ser controlada é a ocular. Depois, a 
musculatura do controle da cabeça e, depois, do tronco. Finalmente, 
no 3° trimestre o bebê adquire a posição ortostática. O apoio do bebê 
na musculatura do braço vai levá-lo a posteriormente se apoiar nos 
antebraços e às tentativas de engatinhar. 
Desenvolvimento motor fino: 
Define as atividades relacionadas aos movimentos de preensão e 
relaciona-se com as etapas do movimento de pinça. 
Em relação ao desenvolvimento motor fino, este ocorre no sentido 
proximodistal. Ao nascer, a criança mantém as mãos fechadas pela 
maior parte do tempo – com as mãos fletidas! (tônus flexor). Com a 
redução desse tônus flexor, a criança passa a manter as mãos abertas 
a maior parte do tempo no 3° mês, conseguindo agarrar objetos – 
embora ainda sejam incapazes de soltá-los. 
Funções sensoriais: 
A função sensorial, deve ser avaliada logo nos primeiros 
atendimentos, em especial a visão e a audição. O recém-nascido é 
capaz apenas de focalizar um objeto a poucos centímetros e tem 
preferência por rostos humanos. Logo, durante as avaliações, é 
importante perguntar aos familiares se a criança focaliza os objetos e 
os segue com o olhar, além de perguntar se prefere o rosto materno – 
essas respostas idealmente serão positivas. 
Aos 9 meses, um marco importante é a conquista da permanência do 
objeto: ou seja, o bebê sabe que o objeto está lá mesmo quando não 
pode ser visto. Isso gera mudanças profundas emocionais, 
dificultando separações. 
Em relação à audição, o bebê já escuta desde o 5° mês de gestação. 
Inclusive, ao nascer, já existe familiaridade com vozes materna e 
familiares, além de sons do organismo materno. Nesse contexto, como 
parte da avaliação auditiva, é interessante perguntar na consulta se o 
bebê se assusta, acorda ou chora com sons altos e repentinos, se 
procura a origem dos sons e se fica mais calmo com a voz da mãe. 
Já a linguagem é expressa pela mímica facial nos primeiros meses de 
vida, especialmente o choro. Entre o 2° e o 3° mês, começa emissão 
de arrulhos e, por volta do 6°, sons bilabiais e balbucio. Entre 9 e 10 
meses, já surgem balbucios semelhantes à linguagem do seu meio. No 
2° semestre, surge a linguagem gestual, resultante da significação 
dada por adultos que convivem com o bebê. É comum apontar e 
obedecer a comandos verbais simples (bater palmas e acenar). Aos 12 
meses, surgem as primeiras palavras e, aos 18, se iniciam frases 
simples. A partir desse momento, o repertório linguístico vai 
aumentando exponencialmente. 
O desenvolvimento da linguagem ocorre de maneira exponencial 
entre 2 e 5 anos de idade. Aos 4 anos, as crianças já usam verbo no 
passado e, aos 5, verbos no futuro. Existe, inclusive, uma regrinha 
para guiar a avaliação do desenvolvimento da linguagem: entre 2 e 5 
anos, as frases terão tipicamente um número de palavras igual à idade 
da criança. 
A aquisição da linguagem responde a estímulos ambientais. É 
interessante que pais conversem bastante com as crianças, leiam para 
elas e reforcem o nome dos objetos. Atrasos na linguagem podem 
significar indícios de deficiência intelectual, Transtorno do Espectro 
Autista ou maus tratos. 
Marcos do desenvolvimento: 
1 MÊS: 
o Entre 1 e 2 meses predomina tônus flexor, há assimetria postural e 
preensão reflexa (apoio plantar, sucção e preensão palmar – 
desaparecem até o 6º mês de vida); 
o Entre 1 e 2 meses há melhor percepção de um rosto, medido com base 
na distância entre bebê e seio materno. 
2 MESES: 
o 2-3 meses sorriso social; 
o 3 meses adquire noção de profundidade; 
o 2-4 meses fica de bruços, levanta a cabeça e ombros na posição prona; 
o Em torno dos 2 meses ampliação do campo visual, bebê visualiza e 
segue objetos com o olhar, ultrapassando a linha média; observa rosto, 
vocaliza e reage a estímulos sonoros; 
o Entre os 3 e 6 meses os reflexos primitivos presentes são: sucção, 
moro, mão-boca, preensão palmar, preensão plantar, cutâneo-plantar 
extensor; desaparecem marcha reflexa, apoio plantar, reptação, 
tônico-cervical assimétrico. 
4 MESES: 
o Aos 4 meses preensão voluntária das mãos – agarra objetos colocados 
em sua mão; 
o Observa sua própria mão, segue com o olhar até 180º, grita, senta-se 
com apoio e sustenta a cabeça; 
o 4-6 meses volta a cabeça em direção a estímulo sonoro. 
6 MESES: 
o Aos 6 meses começa a ter noções de “permanência do objeto”, procura 
objetos fora do alcance; 
o Tenta alcançar um brinquedo, volta-se para o som, rola no leito e 
inicia interações; 
o A partir do 7º mês senta-se sem apoio; 
o 6-9 meses arrasta-se, engatinha; 
o 6-8 meses apresenta reações a pessoas estranhas; 
o Entre 6 e 9 meses os reflexos primitivos presentes são preensão 
plantar, cutâneo plantar extensor; 
o Desaparecem reflexo de sucção, preensão palmar, moro, mão-boca. 
9 MESES: 
o Aos 9 meses transmite objetos de uma mão para outra, pinça polegar-
dedo, balbucia, estranhamento (prefere pessoas do seu convívio), 
brinca de esconde-achou; 
o Em torno dos 10 meses fica em pé sem apoio; 
o 9-12 meses engatinha ou anda com apoio; 
o Entre 9 e 12 meses os reflexos primitivos presentes são preensão 
plantar e cutâneo plantar extensor em desaparecimento. 
12 MESES: 
o 12-18 meses bebê anda sozinho; 
o Em torno de 1 ano acuidade visual de adulto; 
o Bate palmas, acena, combina silabas, faz pinça completa (polpa-
polpa), segura o copo ou mamadeira; 
o Introdução de um objeto de transição para estimular a independência 
da criança. 
15 MESES: 
o Primeiras palavras; 
o Primeiros passos; 
o É ativo ou curioso. 
18 MESES: 
o 18 meses anda, rabisca, obedece a ordens, nomeia objetos; 
o 18-24 meses o bebê corre e sobre degraus baixos. 
2 ANOS: 
o 2-3 anos diz próprio nome e nomeia objetos como sua posse; 
o Aproximadamente aos 2 anos reconhece-se no espelho, brinca de faz 
de conta (deve ser estimulado, pois auxilia no desenvolvimento 
cognitivo e emocional), sobre escadas, corre, formula frases simples, 
retira peça de roupa,tenta impor sua vontade; 
o 2-3 anos pais devem começar gradualmente retirar as fraldas e ensinar 
a usar o penico. 
4 A 6 ANOS: 
o 3-4 anos veste-se com auxílio; 
o 4-5 anos conta ou inventa histórias; 
o Comportamento egocêntrico. Com o passar do tempo, passa a 
considerar outras crianças; 
o A partir dos 6 anos passa a pensar com lógica, embora seja 
predominantemente correta. 
o Memória e habilidade linguística aumentam, ganhos cognitivos 
aumentam; 
o Autoimagem se desenvolve e passa a impactar na autoestima; 
o Amigos assumem importância fundamental e a criança passa a 
entender a constância de gênero. 
7 ANOS: 
o A partir dos 7 anos começa a desenvolver julgamento global de 
autovalor, segmentando algumas ideias sobre o que ela é e como deve 
ser. 
Reflexos primitivos: 
REFLEXO TEMPO DE 
DESAPAREC
IMENTO 
O QUE É? 
BUSCA Até 2-4 meses É desencadeado por 
estimulação da face ao 
redor da boca. Observa-
se rotação da cabeça na 
tentativa de “buscar” o 
objeto, seguido de 
sucção reflexa do 
mesmo. 
MARCHA/APOI
O 
Até 2 meses É desencadeado pelo 
apoio do pé do RN sobre 
superfície dura, estando 
este seguro pelas axilas. 
Observa-se extensão 
das pernas. É 
desencadeado por 
inclinação do tronco do 
RN após obtenção do 
apoio plantar. Observa-
se cruzamento das 
pernas, uma à frente da 
outra. 
GALLANT Até 2 meses É desencadeado por 
estímulo tátil na região 
dorso lateral. Observa-
se encurvamento do 
tronco ipsilateral ao 
estímulo. 
COLOCAÇÃO 
DAS PERNAS 
(PLACING) 
Até 2 meses É desencadeado por 
estímulo tátil do dorso 
do pé estando o bebê 
seguro pelas axilas. 
Observa-se elevação do 
pé como se estivesse 
subindo um degrau de 
escada. É o único 
reflexo primitivo com 
integração cortical. 
PREENSÃO 
PALMAR 
Até 3-4 meses É desencadeado pela 
pressão da palma da 
mão. Observa-se flexão 
dos dedos. 
ESGRIMISTA 
(TÔNICO-
CERVICAL 
ASSIMÉTRICO) 
Até 4 meses É desencadeado por 
rotação da cabeça 
enquanto a outra mão do 
examinador estabiliza o 
tronco do RN. Observa-
se extensão do membro 
superior ipsilateral à 
rotação e flexão do 
membro superior 
contralateral. A resposta 
dos membros inferiores 
obedece ao mesmo 
padrão, mas é mais sutil. 
SUCÇÃO Até 4-5 meses É desencadeado pela 
estimulação dos lábios. 
Observa-se sucção 
vigorosa. Sua ausência é 
sinal de disfunção 
neurológica grave. 
MORO Até 5/6 meses É desencadeado por 
queda súbita da cabeça, 
amparada pela mão do 
examinador. Observa-se 
extensão e abdução dos 
membros superiores 
seguida por choro. 
PREENSÃO 
PLANTAR 
Até 10-11 meses É desencadeado pela 
pressão da base dos 
artelhos. Observa-se 
flexão dos dedos. 
CUTÂNEO-
PLANTAR 
Até 13/15 meses Caracterizado pela 
extensão do hálux após 
estímulo na lateral do 
pé. Ocorre até o 13° 
mês, a partir do qual a 
resposta a esse estímulo 
deve ser a flexão – 
sendo a extensão 
considerada patológica. 
 
Avaliação do desenvolvimento 
neuropsicomotor: 
Se todos os marcos para a respectiva faixa etária estão presentes, 
estamos diante de um desenvolvimento adequado. Devemos elogiar a 
mãe ou cuidador, orientá-lo(a) a continuar estimulando a criança, 
informá-lo(a) sobre sinais de alerta e orientar retorno para 
acompanhamento conforme rotina do serviço. 
Se todos os marcos estão presentes, mas há 1 ou mais fatores de risco, 
trata-se de um desenvolvimento adequado com fator de risco. 
Devemos informar a mãe ou cuidador sobre sinais de alerta – na 
presença de algum sinal, a criança deverá ser reavaliada em 30 dias. 
Se há ausência de um ou mais marcos para a faixa etária, trata-se de 
alerta para desenvolvimento e devemos orientar a mãe ou cuidador 
sobre estimulação da criança e marcar retorno em 30 dias. 
Se o perímetro cefálico for <-2 escores z ou >+2 escores z; ou se 
houver presença de 3 ou mais alterações fenotípicas; ou ausência de 2 
ou mais marcos para a faixa etária anterior, trata-se de provável atraso 
de desenvolvimento e devemos referir a criança para avaliação 
neuropsicomotora. 
No Brasil, a Caderneta de Saúde da Criança, do Ministério da Saúde, 
disponibiliza uma sistematização para a avaliação do 
desenvolvimento da criança até os 3 anos de idade, contendo os 
principais marcos do desenvolvimento, facilitando o 
acompanhamento dos ganhos no desenvolvimento neuropsicomotor 
conforme a criança vai crescendo. 
Já nas primeiras consultas, deve-se perguntar à mãe ou cuidador sobre 
fatores relacionados ao desenvolvimento do bebê, observar detalhes 
do exame físico e finalizar com a observação da criança quanto a 
presença dos marcos de desenvolvimento o Em todas as consultas 
deve-se realizar a avaliação do desenvolvimento infantil. Observar a 
forma que a mãe a segura, se existe contato visual e verbal de forma 
afetuosa entre ela e a criança, se a criança faz busca visual ou tem 
interesse pelo ambiente ao redor, se a criança está em bom estado de 
higiene e se a mãe ou cuidador presta atenção às orientações. 
É importante extrair informações a respeito de possíveis fatores de 
risco ou alterações físicas associados a distúrbios do 
desenvolvimento, sendo estes: 
 
 
Transtorno do espectro autista: 
O Transtorno do Espectro do Autismo é considerado um transtorno de 
neurodesenvolvimento. Nele, a criança tem dificuldade na 
comunicação social e mantém um interesse limitado e estereotipado. 
Isso significa que é uma alteração que ocorre dentro do cérebro no 
qual as conexões entre os neurônios se dão de uma forma diferente. 
Sendo assim, a pessoa tem dificuldade em interagir com as outras de 
uma maneira proveitosa. 
Principais Características: 
o Dificuldade em manter contato visual; 
o Pouco interesse por coisas que outras crianças/pessoas propõem: no 
geral, a criança autista só se atenta a algo de seu próprio interesse; 
o Sensibilidade a barulhos (principalmente os mais altos) e texturas 
diferentes; 
o Dificuldade em manter interações sociais: a criança possui muita 
dificuldade em fazer trocas durante brincadeira. 
o Dificuldade em compreender expressões faciais: tristeza, felicidade, 
raiva, braveza; 
o Comportamentos estereotipados: podem se fixar objetos específicos, 
desenvolver comportamentos repetitivos ou até mesmo a fala 
repetitiva, sendo que estas atitudes estereotipadas ocorrem sem um 
objetivo ou finalidade; 
o Repertório restrito por brincadeiras, brinquedos e objetos: os que não 
sejam do seu interesse não prendem a sua atenção. Por exemplo, se a 
criança gosta de carrinho, apenas brinquedos com essa características 
irão cativá-la, e ela brincará apenas com eles. 
Diagnóstico: 
O diagnóstico do autismo é essencialmente clínico, realizado por meio 
de observação direta do comportamento do paciente e de uma 
entrevista com os pais ou cuidadores. Os sintomas característicos dos 
transtornos do espectro do autismo (TEA) estão sempre presentes 
antes dos 3 anos de idade, com um diagnóstico possível por volta dos 
18 meses. Normalmente os pais começam a se preocupar entre os 12 
e os 18 meses, na medida em que a linguagem não se desenvolve. 
Um diagnóstico de TEA envolve prejuízos na interação social e na 
comunicação, além da presença de padrões restritos de 
comportamento e interesses. 
Há a aplicação de uma escala de triagem para o autismo, denominada 
M-CHAT. Essa escala, aplicada pelo pediatra, é respondida pelos pais 
ou responsáveis entre 1 ano e 6 meses e 2 anos de vida (18 a 24 meses). 
Pode sugerir ou não o autismo, mas precisa da avaliação de um 
especialista. 
Transtorno do déficit de atenção com 
hiperatividade (tdah): 
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é 
um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na 
infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. 
Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e 
impulsividade. Ele é chamado às vezes de DDA (Distúrbiodo Déficit 
de Atenção). Em inglês, também é chamado de ADD, ADHD ou de 
AD/HD. 
Principais Características: 
o Desatenção 
o Hiperatividade-impulsividade 
o O TDAH na infância em geral se associa a dificuldades na escola e no 
relacionamento com demais crianças, pais e professores. As crianças 
são tidas como “avoadas”, “vivendo no mundo da lua” e geralmente 
“estabanadas” e com “bicho carpinteiro” ou “ligados por um motor” 
(isto é, não param quietas por muito tempo). Os meninos tendem a ter 
mais sintomas de hiperatividade e impulsividade que as meninas, mas 
todos são desatentos. 
o Crianças e adolescentes com TDAH podem apresentar mais 
problemas de comportamento, como por exemplo, dificuldades com 
regras e limites. 
o Em adultos, ocorrem problemas de desatenção para coisas do 
cotidiano e do trabalho, bem como com a memória (são muito 
esquecidos). São inquietos (parece que só relaxam dormindo), vivem 
mudando de uma coisa para outra e também são impulsivos (“colocam 
os carros na frente dos bois”). 
Eles têm dificuldade em avaliar seu próprio comportamento e quanto 
isto afeta os demais à sua volta. São frequentemente considerados 
“egoístas”. Eles têm uma grande frequência de outros problemas 
associados, tais como o uso de drogas e álcool, ansiedade e depressão. 
Diagnóstico: 
Idade pré-escolar, com melhor acuidade na idade escolar. 
O diagnóstico é feito por meio do exame físico clínico, verificar se há 
alterações na coordenação fina e por meio de RM. 
Paralisia cerebral (pc): 
Paralisia Cerebral (PC), a deficiência mais comum na infância, é 
caracterizada por alterações neurológicas permanentes que afetam o 
desenvolvimento motor e cognitivo, envolvendo o movimento e a 
postura do corpo. 
Essas alterações são secundárias a uma lesão do cérebro em 
desenvolvimento e podem ocorrer durante a gestação, no nascimento 
ou no período neonatal, causando limitações nas atividades 
cotidianas. Apesar de ser complexa e irreversível, crianças com PC 
podem ter uma vida rica e produtiva, desde que recebam o tratamento 
clínico e cirúrgico adequados às suas necessidades. 
Uma das principais causas de PC é a hipóxia, situação em que, por 
algum motivo relacionado ao parto, tanto referentes à mãe quanto ao 
feto, ocorre falta de oxigenação no cérebro, resultando em uma lesão 
cerebral. 
Além da falta de oxigenação, existem outras complicações, menos 
recorrentes, que podem provocar a PC. Entre elas estão: 
anormalidades da placenta ou do cordão umbilical, infecções, 
diabetes, hipertensão (eclampsia), desnutrição, uso de drogas e álcool 
durante a gestação, traumas no momento do parto, hemorragia, 
hipoglicemia do feto, problemas genéticos, prematuridade. 
Principais Características: 
Há uma grande variação nas formas como a PC se apresenta, estando 
diretamente relacionadas à extensão do dano neurológico: lesões mais 
extensas do cérebro tendem a causar quadros mais graves. Os 
diferentes graus de comprometimento motor e cognitivo podem levar 
a um leve acometimento com pequenos déficits neurológicos até a 
casos graves, com grandes restrições à mobilização e dificuldade de 
posicionamento e comprometimento cognitivo associado. As 
alterações da parte motora incluem, problemas na marcha (como 
paralisia das pernas), hemiplegia (fraqueza em um dos lados do 
corpo), alterações do tônus muscular (espasticidade caracterizada por 
rigidez dos músculos) e distonia (contração involuntária dos 
membros). 
 Diagnóstico: 
Por meio de EEG, TC, RM, avaliação do especialista. 
Diagnosticar precocemente a lesão neurológica e sua progressão para 
um quadro clínico de paralisia cerebral é um dos determinantes para 
um melhor prognóstico. Entende-se que o início de uma intervenção 
sistematizada durante o período de intensa neuroplasticidade 
compreendido nos primeiros 2 anos de vida aumente as perspectivas 
de recuperação funcional. 
A idade média de diagnóstico é entre 18 e 24 meses de vida. Este é, 
sem dúvida, um dos nossos maiores limitantes na eficácia de 
intervenções, uma vez que nestes dois primeiros anos de vida ocorre 
o período mais adequado do ponto de vista da neuroplasticidade e 
muitas crianças perdem justamente esta janela preciosa de 
intervenção. Assim, os sinais precoces devem ser ativamente 
procurados nas avaliações pediátricas e de seguimento e a 
incapacidade de alcançar adequadamente um marco do 
desenvolvimento deve ser encarada com preocupação e jamais 
negligenciada ou minimizada. 
Tipos: 
A PC pode ser classificada por dois critérios: pelo tipo de disfunção 
motora presente, ou seja, o quadro clínico resultante, que inclui os 
tipos extrapiramidal ou discinético (atetóide, coréico e distônico), 
atáxico, misto e espástico; e pelatopografia dos prejuízos, ou seja, 
localização do corpo afetado, que inclui tetraplegia ou quadriplegia, 
monoplegia, paraplegia ou diplegia e hemiplegia. Na PC, a forma 
espástica é a mais encontrada e frequente em 88% dos casos. 
Referências Bibliográficas: 
o Faculdade de Ciências Médicas [Internet]. [place unknown]; 2021 Oct 
29. Reflexos primitivos; [cited 2021 Oct 29]; Available from: 
https://www.fcm.unicamp.br/fcm/neuropediatria-conteudo-
didatico/exame-neurologico/reflexos-primitivos 
o Portal de Boas Práticas em Saúde da Mulher, da Criança e do 
Adolescente [Internet]. [place unknown]; 2020. Caderneta da Criança: 
Passaporte para Cidadania – Menino; [cited 2021 Oct 29]; Available 
from: https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/biblioteca/caderneta-
da-crianca/. 
o Nieto Gislayne Souza, et al. Marco do Desenvolvimento 
[Apresentação on the Internet]. [place unknown]: [S.I.]; 2016. 
Neurodesenvolvimento de 0 a 2 anos; [cited 2021 Oct 29]. Available 
from: 
https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/doc
umento/2020-04/neurodesenvolvimentoaulasesa.pdf 
o Zampieri Livia Marcello, et al. Desenvolvimento Motor e Reflexos 
Primitivos [Apresentação on the Internet]. [place unknown]: [S.I.]; 
2015. Desenvolvimento Motor e Reflexos Primitivos; [cited 2021 Oct 
29]. Available from: 
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/355900/mod_resource/cont
ent/1/Aula%20DNM%202015.pdf 
o Super Material: Desenvolvimento Neuropsicomotor [Internet]. [place 
unknown]; [S.I.]. Super Material: Desenvolvimento 
Neuropsicomotor; [cited 2021 Oct 29]; Available from: 
https://aluno.sanarflix.com.br/#/portal/sala-
aula/5daa86414340d20011fb25a5/5daa7e204340d20011fb2592/doc
umento/5e5d57f00fc4c3001ce20505 
o Instituito Singular [Internet]. [place unknown]; 2021. Explicando o 
Transtorno do Espectro do Autismo; [cited 2021 Oct 29]; Available 
from: https://institutosingular.org/transtorno-do-espectro-do-
autismo/. 
o Associação de Amigos do Autista [Internet]. [place unknown]; [S.I.]. 
DIAGNÓSTICO: Diagnóstico e características clínicas; [cited 2021 
https://www.fcm.unicamp.br/fcm/neuropediatria-conteudo-didatico/exame-neurologico/reflexos-primitivos
https://www.fcm.unicamp.br/fcm/neuropediatria-conteudo-didatico/exame-neurologico/reflexos-primitivos
https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/biblioteca/caderneta-da-crianca/
https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/biblioteca/caderneta-da-crianca/
https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/2020-04/neurodesenvolvimentoaulasesa.pdf
https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/2020-04/neurodesenvolvimentoaulasesa.pdf
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/355900/mod_resource/content/1/Aula%20DNM%202015.pdf
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/355900/mod_resource/content/1/Aula%20DNM%202015.pdf
https://aluno.sanarflix.com.br/#/portal/sala-aula/5daa86414340d20011fb25a5/5daa7e204340d20011fb2592/documento/5e5d57f00fc4c3001ce20505
https://aluno.sanarflix.com.br/#/portal/sala-aula/5daa86414340d20011fb25a5/5daa7e204340d20011fb2592/documento/5e5d57f00fc4c3001ce20505
https://aluno.sanarflix.com.br/#/portal/sala-aula/5daa86414340d20011fb25a5/5daa7e204340d20011fb2592/documento/5e5d57f00fc4c3001ce20505https://institutosingular.org/transtorno-do-espectro-do-autismo/
https://institutosingular.org/transtorno-do-espectro-do-autismo/
Oct 29]; Available from: 
https://www.ama.org.br/site/autismo/diagnostico/. 
o Associação Brasileira do Déficit de Atenção [Internet]. [place 
unknown]; [S.I.]. O QUE É TDAH: O que é o TDAH?; [cited 2021 
Oct 29]; Available from: https://tdah.org.br/sobre-tdah/o-que-e-tdah/. 
o Biblioteca Virtual em Saúde: Ministério da Saúde [Internet]. [place 
unknown]; 2019. Paralisia cerebral; [cited 2021 Oct 29]; Available 
from: https://bvsms.saude.gov.br/paralisia-cerebral-2/. 
o Residência Pediátrica: a Revista do Pediatra [Internet]. [place 
unknown]; 2018. PARALISIA CEREBRAL; [cited 2021 Oct 29]; 
Available from: 
https://residenciapediatrica.com.br/detalhes/342/paralisia%20cerebra
l 
o Leite Jaqueline Maria Resende Silveira, et al. Paralisia cerebral: 
Aspectos Fisioterapêuticos e Clínicos. Revista Neurociências 
[Internet]. 2004 [cited 2021 Oct 29]; DOI 10.4181/RNC.2004.12.41. 
Available from: 
https://periodicos.unifesp.br/index.php/neurociencias/article/view/88
86/6419 
https://www.ama.org.br/site/autismo/diagnostico/
https://tdah.org.br/sobre-tdah/o-que-e-tdah/
https://bvsms.saude.gov.br/paralisia-cerebral-2/
https://residenciapediatrica.com.br/detalhes/342/paralisia%20cerebral
https://residenciapediatrica.com.br/detalhes/342/paralisia%20cerebral
https://periodicos.unifesp.br/index.php/neurociencias/article/view/8886/6419
https://periodicos.unifesp.br/index.php/neurociencias/article/view/8886/6419

Continue navegando