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Eletrocardiograma introdução

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Eletrocardiograma
• Registro gráfico dos fenômenos elétricos que resultam na contração mecânica do musculo
cardíaco.
• Não representa os batimentos cardíacos, mas sim a função de condução elétrica.
Energia química → energia elétrica → energia mecânica → contração muscular
• Energia química através de mudança iônica (translocação através das membranas,entra
sódio sai potassio) gera um potencial elétrico, energia elétrica; essa translocação se dá
devido a estímulos de neuromediadores do sistema nervoso autônomo, simpático e
parassimpático, que estimula os receptores iônicos.
• A variação do potencial elétrico gera impulsos elétricos e uma cascata de despolarização
no coração; essa energia elétrica é conduzida/propagada por todo o corpo, inclusive
extremidades, é registrado pelo ECG.
• O ECG registra a energia elétrica, a qual resulta em energia mecânica, ativação das
fibras contráteis, união da cabeça da miosina com actina, levando à contração e
relaxamento muscular, sístole e diástole. Entretanto, a energia mecânica não é registrada
pelo ECG.
Eletrofisiologia da célula cardíaca
• Os íons movem-se por meio das membranas celulares em resposta a gradientes elétricos
e de concentração. Eles não cruzam a dupla camada lipídica, mas passam através de
canais ou transportadores iônicos específicos.
• Célula cardíaca normal em repouso (Polarizada):
- Mantém um potencial transmebrânico, negativo com relação ao exterior (Parte externa
positiva/ Na+ e Ca++ fora; Parte interna negativa/ K+ dentro) de aproximadamente -90mV;
esse gradiente é estabelecido por bombas, especialmente a Na+-K+ATPase, e por cargas
aniônicas fixas no interior das células.
Transporte dos íons através da membrana
• Pode ser ativo ou passivo.
→ Passivo (Sem gasto energético):
- Força difusional: força impulsora que movimenta os íons do meio de maior concentração
para o de menor concentração (gradiente químico). Finalidade de reestabelecer o equilibrio
iônico.
- Força elétrica: força impulsora que movimenta os íons – mesma carga elétrica se repelem,
cargas opostas se atraem (gradiente elétrico). Finalidade de reestabelecer o equilíbrio
elétrico.
→ Transporte ativo (Gasto energético):
- Ex: Bomba de Sódio / Potássio (K+ vai p/ dentro onde tem mais e Na+ vai p/ fora = contra
o gradiente)
• Galvanômetro e osciloscópico catódico: medem a intensidade da corrente elétrica pela
voltagem gerada pela movimentação iônica através da membrana celular.
- Registram as diferenças de cargas elétricas ou diferenças de potenciais da célula. - O
ECG é um galvanômetro
• Celula em repouso = Potencial de repouso
• Membrana estimulada = Potencial de ação
- Quem estimula essa membrana é o sist. nervoso simpático/parassimpático ou pode ser
estimulada porque uma célula vizinha a ela já foi estimulada (estimulação por continuidade).
- Vai mudar a carga elétrica
Potencial de repouso -> estimulo -> Potencial de ação
• Fase 0 do potencial de ação:
- Abre canal de sódio , Na+ entra na célula (De -90 vai para +30)
• Fase1:
- Abre os canais lentos de Potássio; Sai pouco K+
• Fase 2:
- Platô
- Abertura dos canais de Calcio, Ca++ entra na célula (não muda muito a carga elétrica por
isso é platô)
- O cálcio entra aqui para participar da contração da célula; Ca++ se liga ao Reticulo
sarcoplasmatico pelos receptores rianodinicos -> O reticulo libera ainda mais cálcio para o
meio intracelular -> Esse cálcio vai na tropomiosina e libera a fibra contrátil para permitir a
ligação de actina e miosina = Contração
- Quanto mais cálcio libera maior a força de contração
OBS: A digoxina é um medicamento que aumenta a força de contração (Atua impedindo
que o cálcio que entrou saia para o meio extracelular, + cálcio dentro da célula , + força de
contração) = Usado na insuficiência cardíaca.
• Fase 3:
- Abertura dos canais rápidos de K+ (Mais saída de potássio sem gastar energia) - De +10
vai p/ -90 novamente
• Fase4:
- Bomba de sódio/potássio (Gasto energético) - K+ para dentro da célula e Na+ fora da
célula - Potencial de repouso
Formação da atividade elétrica cardíaca
• Existem 03 grupos de células marcapasso no coração que podem comandar naturalmente
o ritmo cardíaco:
1. Nó sinusal (NSA): geralmente é o grupo de células marcapasso que comanda o ritmo
cardíaco pois impõe a maior freqüência (60 a 100 bpm).
- Dele saem feixes que leva a atividade elétrica para os átrios 2. Nó Atrio-ventricular (NAV):
é capaz de formar impulsos com freqüência em torno de 50 bpm.
- Feixe de Hiss se divide entre ramo esquerdo e direito, levando a atividade elétrica para os
ventrículos
3. His-Purkinje: é capaz de formar impulsos com freqüência em torno de 35 bpm.
• Todas essas células tem capacidade de gerar estimulo elétrico (automatismo) no entanto o
nó sinusal que comanda pois ele gera estimulo com frequencia maior.
• Se o nó sinusal não funciona quem está abaixo dele que vai liberar estimulo (no
atrioventricular) = Isso é uma arritmia. - Se o nó AV não funciona o estimulo não chega nos
ventrículos porem os ramos direito e esquerdo liberam seu automatismo.
• Retardo fisiológico ocorrido no nó AV é representado por uma linha isoelétrica (na linha
de base) entre onda P e complexo QRS
OBS: O marcapasso é indicado quando se tem uma bradicardia , o sistema de condução
passa a obedecer o marcapasso.
Condução da atividade elétrica
→ Ritmo sinusal : Tem onda P
• Os impulsos gerados pelo marcapasso dominante, em geral o Nó Sinoatrial, caminham
pelo coração por vias de
condução preferencial, permitindo uma rápida ativação elétrica de todo o miocárdio.
• A seqüência de ativação do coração pode ser didaticamente dividida em duas partes:
1. Ativação Atrial: Corresponde à onda P do ECG
2. Ativação Ventricular: Corresponde ao complexo QRS do ECG. Nem sempre esse
complexo vai ter as 3 ondas
- Pausa que ocorre no NAV = ajuda a dar tempo do átrio dilatar e ventrículo contrair =
intervalo PR
• Ondas Q e S são sempre negativas e R é sempre positiva
• Onda U – ativação dos músculos papilares, na maioria das vezes o eletro não capta, é
fisiológica
• A repolarização atrial é mascarada pelo complexo QRS
• Em uma sobrecarga atrial a onda P se “dividiria” formando uma espécie de letra M.
• A Ativaçao ventricular pode ser composta pelas 3 ondas (Q,R,S).
- R é sempre positiva; Q e S é negativa.
- Nem sempre tem as 3 ondas (depende do coração, da derivação, da caixa torácica do
pct).
• Depois do complexo QRS tem a repolarizaçao (Cargas em potencial de repouso) = Onda
T
• Conjunto de ondas P, QRS, T – corresponde a um ciclo cardíaco, uma sístole e uma
diástole, TUM-TÁ.
• As válvulas (tricúspide e mitral) não são inervadas, elas abrem e fecham devido ao fluxo
sanguíneo. Eu

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