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ALTERAÇÕES SISTÊMICAS E SEQUELAS NO PACIENTE ACOMETIDO PELO COVID-19 E SUA RELAÇÃO COM A ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DA ÁREA DA SAÚDE

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CURSO SUPERIOR BACHAREL EM ENFERMAGEM 
 
 
NOME COMPLETO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALTERAÇÕES SISTÊMICAS E SEQUELAS NO PACIENTE 
ACOMETIDO PELO COVID-19 E SUA RELAÇÃO COM A 
ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DA ÁREA DA SAÚDE. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALTERAÇÕES SISTÊMICAS E SEQUELAS NO PACIENTE 
ACOMETIDO PELO COVID-19 E SUA RELAÇÃO COM A 
ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DA ÁREA DA SAÚDE. 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 3 
2 DESENVOLVIMENTO ...................................................................................... 4 
2.1 BIOLOGIA CELULAR ....................................................................................... 5 
2.2 CIÊNCIAS MORFOFUNCIONAIS DOS SISTEMAS TEGUMENTAR, 
LOCOMOTOR E REPRODUTOR ............................................................................... 9 
2.3 CIÊNCIAS MORFOFUNCIONAIS DOS SISTEMAS DIGESTÓRIO, 
ENDÓCRINO E RENAL ............................................................................................ 11 
2.4 CIÊNCIAS MORFOFUNCIONAIS DOS SISTEMAS IMUNE E 
HEMATOLÓGICO ..................................................................................................... 13 
2.5 SAÚDE PÚBLICA ........................................................................................... 14 
3 CONCLUSÃO ................................................................................................. 16 
 
1 INTRODUÇÃO 
 As pesquisas sobre o covid-19 não param e sempre estão sendo 
reveladas novas descobertas. Sabe-se que o vírus é extremamente agressivo e 
que os sintomas podem ser múltiplos ou nem se manifestar. Sabe-se também 
que pessoas com comorbidades são mais suscetíveis a morte. 
Para conter o vírus, a OMS recomendou o isolamento social e diversos 
cuidados básicos. O vírus de espalhou tão rapidamente que, infelizmente, tirou 
milhares de vidas em muito pouco tempo. 
A vigilância epidemiológica teve um papel fundamental na pandemia. 
Coletou, organizou e divulgou dados importantes para controle do vírus. Graças 
a esses dados, milhares de vidas foram salvos e foi possível identificar possíveis 
focos, controlar melhor a propagação do vírus e ter um melhor controle sanitário. 
A seguir, será possível observar como o vírus entra no corpo humano, 
como se comporta e entender melhor todo o funcionamento do corpo frente a 
ação do vírus. 
 
2 DESENVOLVIMENTO 
 A situação problema aponta o principal cenário mundial e um relato em 
comum diante dos grandes casos de infectados sintomáticos. O proposto no 
trabalho é explicar não somente os sintomas, mas a relação entre tais, 
apontando como o vírus age antes, durante e depois da infecção. O coronavírus 
ainda merece a devida atenção, visto que, apesar da queda do números de 
mortos, milhares de pessoas ainda convivem com sequelas e todos, 
independente de já ter sido infectado, precisam tomar os cuidados necessários 
para evitar novos casos. 
Os sintomas relatados por pacientes contagiados por covid-19 resultaram 
em uma conclusão através de pesquisas: O covid-19 está causando doenças 
neurológicas e, consequentemente, afetando o sistema motor. As doenças 
neuromusculares como o próprio nome diz são aquelas que afetam o sistema 
nervoso e o muscular. Como o sistema respiratório normalmente é afetado num 
indivíduo acometido pela COVID-19 tanto o músculo diafragma como os 
intercostais também podem sofrer afecção, apresentando, assim, sequelas nos 
principais músculos envolvidos no mecanismo de expiração e inspiração. 
 As manifestações neurológicas já foram relacionadas a 
COVID-19 por causa dessas pesquisas realizadas. Decorrente dos primeiros 
sintomas iniciais, outras complicações vieram surgindo como doenças 
neuromusculares, em que acarretavam uma série de fatores em pessoas 
assintomáticas e sintomáticas sem saber que eram provenientes do SARS-
CoV19. Atualmente, sabe-se mais sobre a potencialidade do vírus e sobre seus 
sintomas baseados em consequência, já que, ao atingir diretamente uma parte 
do corpo, acaba causando consequências indiretas em outras partes, já que os 
sistemas se interligam. 
 A longo prazo, os pacientes, no período mais agudo da doença, podem 
apresentar síndromes que desencadeiem disfunção muscular, fadiga, dor e 
dispneia. Diante disso, há risco de desenvolvimento de sequelas 
musculoesqueléticas, respectivas de inflamação e perda de massa muscular, 
adquirida pela imobilidade, que ocasiona incapacidade motora ainda não 
avaliável, com quanto, é preciso melhores planejamentos de intervenção e 
reabilitação para esses pacientes. 
Assim sendo, é esperado que os pacientes acometidos pela COVID-19 
possam vir a sofrer sequelas musculoesqueléticas em decorrência do processo 
inflamatório e perda de massa muscular causada pela imobilidade, que geram 
incapacidades motoras ainda não quantificáveis. 
 
 
2.1 BIOLOGIA CELULAR 
FIBRA MUSCULAR 
 
As células musculares são conhecidas como fibras musculares ou 
também como miócitos. São células alongadas, podendo ter um ou mais 
núcleos. Elas irão formar os tecidos musculares, que poderão ser de três tipos: 
muscular estriado cardíaco, muscular estriado esquelético ou muscular liso, cada 
um possuindo características funcionais e morfológicas próprias. No entanto, 
estes tipos de fibras musculares possuem em comum a característica a 
capacidade de gerar movimento pela contração. Isso se deve à presença de 
proteínas contráteis, principalmente actina e miosina. Estas proteínas estão 
organizadas de diferentes formas em cada tipo de tecido muscular. A cor 
avermelhada das fibras musculares é devido à mioglobina, uma proteína 
semelhante à hemoglobina presente nos glóbulos vermelhos, que cumpre o 
papel de conservar O2 que vem da circulação para o metabolismo. 
Os tecidos musculares estriado cardíaco e estriado esquelético 
apresentam as proteínas organizadas em estriações, também conhecidas como 
bandas transversais. Já o tecido muscular liso não apresenta este tipo de 
organização com estriações, sendo essencialmente liso. 
Característica das fibras: 
 
- Fibras Musculares Estriadas Esqueléticas: suas células possuem o formato de 
longos cilindros, com seu comprimento podendo variar de acordo com o músculo 
a que pertencem. Possuem mais de um núcleo e eles se situam próximo à 
membrana da célula. Possuem bandas ou estriações transversais; 
- Fibras Musculares Estriadas cardíacas: as células têm o formato de curtos 
cilindros, com um ou dois núcleos no centro da célula. Assim como as fibras 
musculares estriadas esqueléticas, as cardíacas também possuem estriações. 
Devido ao seu comprimento curto, as fibras se aderem umas às outras pelas 
suas extremidades, através de comunicações chamadas de junções 
intercelulares; 
- Fibras Musculares Lisas: as células têm o formato fusiforme, o que significa 
que são alongadas e com as extremidades mais estreitas que o centro. Ao 
contrário das fibras estriadas, as lisas não possuem estriações. 
As células musculares estriadas apresentam pacotes muito finos de fibras 
contráteis em seu citoplasma, conhecidas como miofibrilas. O conjunto das duas 
principais proteínas, miosina (espessura grossa) e actina (espessura fina), 
corresponde à miofibrila. As estriações transversais são originárias das duas 
principais proteínas. As estriações das fibras só podem ser observadas em 
células com corte longitudinal, entretanto, os núcleos podem ser melhor 
observados em cortes transversais. 
Os filamentos de miosina irão formar as bandas escuras (banda A), 
enquanto os filamentos de actina, irão formar as bandas claras (banda l). A 
banda A possui uma faixa mais clara - conhecida como banda H - que pode ser 
observada com mais facilidade quando os músculos estão relaxados e vai se 
tornado cada vez menos perceptível à medida que o músculose contrai. Na 
banda l é vista uma linha mais escura, conhecida como linha Z, e cada unidade 
de repetição desta linha é chamada de sarcômero (ou miômero), sendo esta a 
unidade contrátil da célula muscular. Quando ocorre o encurtamento dos 
sarcômeros, toda célula muscular irá se contrair. 
 
MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO: ACOPLAMENTO EXCITAÇÃO-
CONTRAÇÃO (AEC) 
 
O termo Acoplamento Excitação-Contração designa o processo que 
ocorre desde a despolarização da membrana excitável da célula muscular, até a 
liberação de íons cálcio dos estoques intracelulares. Fisiologicamente, a 
despolarização da membrana citoplasmática atinge o cerne da célula muscular, 
através dos túbulos-T. Tal evento induz, por mecanismos ainda não 
completamente esclarecidos, a liberação de íons cálcio do retículo. 
A transdução do sinal elétrico a partir dos receptores DHP é realizada, 
https://www.infoescola.com/citologia/citoplasma/
provavelmente, graças à projeção de parte da molécula do RyR na membrana 
do retículo sarcoplamático (FRANZINI-ARMSTRONG & PROTASI, 1997, 
FELDER et al., 2002, PROTASI, 2002). Além de um possível acoplamento 
elétrico entre os receptores DHP e RyR, outros mecanismos também têm sido 
propostos para se explicar a liberação de íons cálcio do retículo sarcoplasmático 
(VERGARA et al., 1985). 
Alguns trabalhos demonstram que a partir da despolarização do 
sarcolema, a liberação de íons cálcio do retículo sarcoplasmático poderia ser 
ocasionada pela presença de mediadores intracelulares, como o trifosfato de 
inositol (IP3) (VALDIVIA et al., 1992; VERGARA et al., 1985; MISSIAEN et al., 
1992; TALON et al., 2000; VOLPE et al., 1985). Vários estudos demonstram que 
este composto pode estar envolvido na liberação de íons cálcio de estoques 
intracelulares de músculo liso e de outros tipos celulares (PERES et al., 1991; 
FINCH et al., 1991; ROJAS et al., 1992). Um trabalho desenvolvido por LÓPEZ 
& TEZIC (1996), mostra que o IP3, mas não outros fosfatos de inositol, induz um 
aumento da liberação de cálcio em músculo esquelético intacto, sendo este 
efeito bloqueado pela heparina. 
Algumas pesquisas têm demonstrado que, em músculo estriado, o IP3 
provavelmente promove contratura por induzir a mobilização de uma quantidade 
de íons cálcio, a qual não é mobilizada pela cafeína (ROJAS et al., 1992). Seu 
papel na liberação de íons cálcio do retículo sarcoplasmático de células de 
músculo esquelético e cardíaco permanece contudo, controvertido (ASHLEY et 
al., 1991). Menos controvertido tem sido o mecanismo de liberação de íons cálcio 
do retículo sarcoplasmático induzido pela cafeína ( ROUSSEAU & MEISSNER, 
1989; MEISSNER et al., 1991; ASHLEY et al., 1991; SU & CHANG, 1993). 
Acredita-se que esta droga promove a abertura dos canais de cálcio do retículo 
sarcoplasmático por um mecanismo similar ao da “liberação de cálcio induzida 
por cálcio”, provocando a contração, sem mudar o potencial de membrana 
(DELAY ET AL., 1986; KONISHI & KURIHARA, 1987; RIOS & PIZZARRO, 1991; 
QUINN et al., 1998; SEKIGUCHI & SHIMIZU, 1987). 
Em músculo cardíaco de vertebrados e músculos estriados de crustáceos, 
acredita-se que a liberação de íons cálcio do RS seja ocasionada em 
consequência do influxo de íons cálcio, que ocorre durante a despolarização do 
sarcolema. Este mecanismo tem sido descrito como “liberação de cálcio induzida 
por cálcio” (FABIATO & FABIATO, 1978; FABIATO, 1981; FABIATO, 1992). O 
influxo de cálcio ocorre através dos canais de cálcio sensíveis às drogas do 
grupo das dihidropiridinas (POSTERINO & LAMB, 1998). Em músculo estriado 
de invertebrados este mecanismo parece desempenhar um importante papel na 
liberação de íons cálcio do RS (SUAREZ-KURTZ & SORENSON, 1977a; 
GYÖRKE & PALADE, 1992). 
A teoria mais aceita atualmente sobre o AEC, seria a de um possível 
acoplamento mecânico entre os receptores DHP e RyR e foi originalmente 
proposta por CHANDLER et al., 1976. De acordo com este princípio, haveria 
uma interação física entre esses dois receptores, onde domínios do receptor 
DHP se acoplam, ou interagem com o RyR na membrana do retículo 
sarcoplasmático (SCHNEIDER & CHANDLER, 1973). Tal interação alteraria a 
atividade deste canal, influenciando o processo de liberação de cálcio para o 
citoplasma. De lá para cá, muito tem se discutido acerca desta teoria. Alças 
citoplasmáticas que participam desta interação funcional já foram identificadas 
em cada proteína, porém o completo mecanismo e a natureza molecular da 
interação proteína-proteína permanecem desconhecidos (DULHUNTY, et al., 
2002). Estudos mais recentes sugerem ainda a participação de outras proteínas, 
como a FKBP12, mediando o acoplamento entre os receptores DHP e RyR 
(HAMILTON, 2000; ÁVILA, et al., 2003). 
Uma vez liberado o íon cálcio para o citoplasma, o íon Ca2+ irá se ligar a 
sítios de baixa afinidade existentes na molécula da troponina C, induzindo 
modificações conformacionais do complexo troponina-tropomiosina. Tais 
modificações permitem a interação cíclica de pontes transversas, entre os 
filamentos de miosina e os de actina, resultando no encurtamento e/ou produção 
de força pelo sistema contrátil (Figura 5) (GUTH & POTTER, 1987; BRENNER, 
1986). 
Para que ocorra o relaxamento da fibra muscular é necessário que a 
concentração intracelular de íons cálcio diminua para os valores de repouso (10-
7 M). Isto é obtido graças a mecanismos de transporte ativo do íon cálcio do 
citoplasma para as organelas citoplasmáticas, principalmente para o retículo 
sarcoplasmático. Merecem destaque neste processo uma Ca2+ ATPase 
presente na membrana desta organela, denominada SERCA (“Sarcoplasmic 
Endoplasmic Reticulum Calcium ATPase”) e ainda mecanismos de transporte 
iônico acoplado, principalmente o sistema de troca Na+ /Ca2+ existente na 
membrana citoplasmática (BERS et al., 1990; WOLSKA & LEWARTOWSKI, 
1993). 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.2 CIÊNCIAS MORFOFUNCIONAIS DOS SISTEMAS TEGUMENTAR, 
LOCOMOTOR E REPRODUTOR 
As doenças neuromusculares afetam o sistema nervoso periférico que 
abrange os músculos e nervos periféricos. Esse tipo de doença não altera as 
funções cerebrais, como consciência, memória, raciocínio e linguagem, mas 
podem trazer dificuldades para locomoção e uma série de outras atividades que 
antes eram consideradas rotineiras. 
Os principais sintomas das doenças neuromusculares são fraqueza e 
alteração de sensibilidade. A fraqueza muscular pode ser constante ou variar ao 
longo do dia e pode, ou não, ser acompanhada de atrofia – que é a perda de 
massa muscular. As alterações de sensibilidade podem acontecer com a 
diminuição da percepção até uma percepção anormal, como dormência, 
formigamento, queimação e dor. 
O tratamento depende da doença neuromuscular que o paciente apresenta e 
qual sua causa, podendo envolver medicamentos que alteram diretamente o 
curso da doença e que agem sobre os sintomas; além de técnicas de 
reabilitação, tais como fisioterapia, terapia ocupacional e fonoaudiologia. 
 
PROCESSO DE MOVIMENTO DO MÚSCULO 
 
Mover um músculo implica habitualmente uma comunicação entre o músculo 
e o cérebro, através dos nervos. O impulso para mover um músculo pode ser 
originado nos órgãos dos sentidos. Por exemplo, as terminações nervosas 
especiais da pele (receptores sensitivos) permitem que as pessoas determinem 
como algo é sentido, como quando sentem a textura de uma roupa ou procuram 
uma moeda no bolso dentre várias outras. Essa informação é enviada ao cérebro 
e este envia uma mensagem ao músculo sobre como responder. Esse tipo de 
troca envolve duas vias de nervo complexas: via do nervo sensitivo ao cérebro 
e via do nervo motor ao músculo. 
1) Quando receptores sensitivos da pele detectarem uma textura ou forma, 
transmitem um impulso (sinal) em direção ao cérebro. 
2) O impulso viaja, ao longo de um nervo sensitivo, até a medula espinhal. 
3) O impulso cruza uma sinapse(a junção entre duas células nervosas) entre o 
nervo sensitivo e a célula nervosa, localizado na medula espinhal. 
4) O impulso cruza desde a célula nervosa na medula espinhal até o lado 
oposto. 
5) O impulso é enviado à medula espinhal e pelo tronco cerebral até o tálamo, 
que é um centro de processamento para informações sensoriais localizadas 
profundamente no cérebro. 
6) O impulso cruza uma sinapse no tálamo até as fibras nervosas que 
transportam o impulso até o córtex sensitivo do telencéfalo (a área que 
recebe e interpreta as informações dos receptores sensitivos). 
7) O córtex sensitivo percebe o impulso. Uma pessoa pode então decidir iniciar 
o movimento, que aciona o córtex motor (a área que planeja, controla e 
executa os movimentos voluntários) até gerar um impulso. 
8) O nervo que conduz o impulso cruza para o lado oposto, na base do cérebro. 
9) O impulso é enviado para baixo até a medula espinhal. 
10) O impulso cruza uma sinapse entre as fibras nervosas na medula espinhal e 
um nervo motor, localizado na medula espinhal. 
11) O impulso se desloca para fora da medula espinhal pelo comprimento do 
nervo motor. 
12) Na junção neuromuscular (onde nervos se conectam em músculos), o 
impulso passa do nervo para a placa motora terminal do músculo, onde se 
estimula o movimento do músculo. 
A fraqueza verdadeira ocorre somente quando uma ou mais partes dessa via 
– cérebro, medula espinhal, nervos, músculos ou as conexões entre eles – são 
danificadas ou estão doentes. A fraqueza pode surgir de forma gradual ou 
repentina. Ela pode afetar todos os músculos no corpo (chamada fraqueza 
generalizada) ou somente uma parte do corpo. Por exemplo, dependendo de 
onde a medula espinhal é lesionada, doenças da medula espinhal podem causar 
fraqueza somente nas pernas. 
Os sintomas dependem de quais músculos são afetados. Por exemplo, 
quando a fraqueza afeta os músculos do peito, a pessoa pode ter dificuldade 
para respirar. Quando a fraqueza afeta os músculos que controlam os olhos, a 
pessoa pode ter visão dupla. A fraqueza muscular completa causa a paralisia. A 
pessoa pode apresentar outros sintomas dependendo do que está causando a 
fraqueza. A fraqueza muitas vezes é acompanhada por anormalidades como 
zumbido, uma sensação de picadas e dormência. 
2.3 CIÊNCIAS MORFOFUNCIONAIS DOS SISTEMAS DIGESTÓRIO, 
ENDÓCRINO E RENAL 
 
O processo de invasão do coronavírus ocorre de maneira gradual. O 
SARS-CoV-2, após alcançar o interior do corpo do ser humano, irá interagir com 
tecidos que expressam receptores de ECA2 por meio do domínio S1 da proteína 
S, em uma região denominada domínio de ligação ao receptor; Ao efetuar esse 
mecanismo, o domínio S2 irá promover a fusão celular; durante esse processo, 
há a ativação de proteínas transmembranas, como a serina protease 
transmembrana II (TMPRSS2), que irá auxiliar no processo de invasão celular; 
nesse contexto, considerando o conhecimento que se tem até hoje, para a 
infecção de uma célula, o tecido alvo do Sars-CoV-2 deve expressar o receptor 
da ECA2 e TMPRSS2 para que seja promovido todo processo de invasão. 
Diante disso, cabe ressaltar que todos os tecidos que apresentem 
mecanismos de invasão que possam ser usados pelo SARS-CoV-2 podem ser 
pontos de acesso do vírus ao interior de células humanas. Células alveolares de 
tipo II são ricas em ECA2, mas já estão sendo relatadas inúmeras manifestações 
extrapulmonares. Tecidos cardíacos, renais, gastrointestinais, hepáticos, 
endocrinológicos, neurológicos e oftálmicos vêm sendo relatados pela literatura 
como potenciais pontos de invasão do SARS-CoV-2. 
O novo coronavírus (SARS-CoV-2) entra nas células humanas ligando-se 
a um receptor que fica na sua superfície chamado enzima conversora de 
angiotensina 2 (ACE2, que vem das letras iniciais do nome em inglês). A entrada 
do vírus nas células é facilitada por uma enzima denominada serino protease 
transmembrana tipo II (TMPRSS2). Sabe-se agora que uma outra proteína, o 
receptor de neuropilina-1 (NRP1) é uma porta de entrada alternativa para a 
entrada do SARS-CoV-2 nas células. 
O vírus é constituído por material genético (RNA) encapsulado por uma 
membrana, na superfície externa da qual existe grande quantidade de uma 
proteína S (de spike, espícula) que dá ao vírus sua aparência característica de 
uma coroa. Essa proteína desempenha um papel primordial para a entrada do 
vírus nas células, pois é ela que reconhece o receptor ACE2 e interage com ele. 
A novidade descrita nos estudos publicados na Science é que a NRP1 é um 
receptor secundário também contactado pela proteína S, que auxilia o 
coronavírus a se ligar às células, e facilita a sua entrada nas mesmas, onde ele 
se replica. 
 
INFECÇÃO DE CÉLULAS RENAIS 
 
As células renais têm receptores para o coronavírus semelhantes àqueles 
que existem nas células do pulmão, possibilitando a infecção. O órgão também 
pode ser afetado indiretamente pelo SARS-CoV-2 de diversas maneiras. Uma 
delas é que os pacientes com Covid-19 têm excesso de substâncias que células 
inflamatórias do sangue utilizam para se comunicar, que terminam causando 
lesões às células renais. Outra forma de dano pode ser causada pelo próprio 
tratamento da doença: o rim é muito sensível à tempos prolongados de 
ventilação mecânica e ao uso de muitos medicamentos. 
Além disso, o vírus da Covid-19 lesiona órgãos como pele e músculo. 
Quando isso acontece é liberada uma substância denominada mioglobina, que 
tem função de acumular oxigênio nas células musculares para a produção de 
energia necessária à contração muscular. Segundo especialistas, essa 
substância termina sendo filtrada no rim e lesionando células tubulares renais, 
levando à insuficiência renal. Outro problema que tem sido relatado na infecção 
pelo SARS-CoV-2 é a coagulação intravascular disseminada, que é quando 
microcoágulos se formam nos pequenos vasos sanguíneos. Os tecidos ficam 
menos oxigenados e o rim é ainda mais sensível a essa alteração por lidar com 
a filtração sanguínea. 
A principal alteração que os pacientes com Covid-19 manifestam 
clinicamente é a insuficiência renal aguda, que decorre de uma lesão das células 
do túbulo renal. Felizmente, essa lesão é reversível em uma quantidade grande 
de casos e espera-se que boa parte desses pacientes tenham recuperação 
completa dos rins. Existem algumas outras lesões que são mais preocupantes, 
como a obstrução vascular que retarda a circulação geral do órgão, podendo 
levar a um estado de hipóxia permanente ou prolongado, que é a ausência de 
oxigênio suficiente nos tecidos para manter as funções corporais. Já nesse 
quadro o rim pode ser lesado permanentemente. 
2.4 CIÊNCIAS MORFOFUNCIONAIS DOS SISTEMAS IMUNE E 
HEMATOLÓGICO 
 
A inflamação é uma resposta do organismo a uma agressão, como cortes 
e batidas. A inflamação pode partir, também, do sistema imunológico. Nesse 
caso, são as nossas células de defesa que agridem o corpo. No processo 
inflamatório, ocorre dilatação dos vasos, aumento do fluxo sanguíneo e de outros 
fluidos corporais para o local lesionado. Por isso, esse processo causa sintomas 
como: 
• Vermelhidão; 
• Inchaço; 
• Dor; 
• Aquecimento da área. 
O processo inflamatório é um mecanismo de reação do organismo para 
que haja uma eliminação, neutralização e destruição da causa de uma agressão. 
Essa agressão pode se dar por uma bactéria, por um acidente (fratura, 
contusão), por queimadura, por doenças autoimunes, entre outras várias causas. 
Esse processo se caracteriza pela saída de líquidos e células (exsudação) e 
induz o processo de recomposição celular. Os sinais e sintomas característicos 
da reação inflamatória são rubor(vermelhidão), calor, edema (inchaço), dor e 
perda de função da região afetada. 
Com a hiperemia (aumento do fluxo sanguíneo), ocorre o primeiro sinal 
flogístico, o rubor, que é caracterizado pela vermelhidão. Como o fluxosanguíneo aumentou e o sangue contém uma certa temperatura, acontece o 
segundo sinal: o calor, ocasionando o aumento da temperatura do local. O 
aumento da permeabilidade e do fluxo de sangue, deixa os vasos sanguíneos 
mais porosos e permite saída de conteúdo para fora deles, causando o edema, 
caracterizado pelo inchaço. Esse edema vai comprimir as terminações 
responsáveis pela sensibilidade dolorosa, juntamente com a substância 
prostaglandina que vai irritar essas terminações, ocasionando outro sinal 
flogístico que é a DOR. Todos esses sinais da inflamação levam à perda de 
função, que pode ser total ou parcial, em decorrência dos outros sinais. 
Para tratar uma inflamação, geralmente opta-se por remédios anti-
inflamatórios receitados pelo seu médico para reduzir o desconforto e os efeitos 
do processo inflamatório. 
2.5 SAÚDE PÚBLICA 
Os sistemas de saúde viram-se na obrigação e necessidade de 
estabelecer sistemas de vigilância com o objetivo de conhecer o processo de 
saúde-doença na população. 
As evoluções do conceito de saúde passaram de um enfoque de doença 
para um enfoque mais amplo de determinantes de saúde e as mudanças nas 
condições de saúde e doença ao longo do tempo levaram os sistemas de saúde 
a ampliar a aplicação da vigilância às doenças não transmissíveis, crônicas, 
fatores de risco e de condições de saúde positivas, tais como nutrição, 
crescimento e desenvolvimento, amamentação materna, saúde ocupacional e 
outros. 
A vigilância, que durante muito tempo foi considerada um ramo da 
epidemiologia, se desenvolveu nas últimas décadas como uma disciplina 
completa dentro da saúde pública, com seu próprio corpo de conhecimentos, 
objetivos, metodologia, fontes de dados e avaliação de procedimentos. 
A vigilância epidemiológica é a principal fonte de dados para à saúde 
pública. Em meio a pandemia o trabalho dos epidemiologistas ficou ainda mais 
evidente no monitoramento da Covid-19. A vigilância é essencial para as 
atividades de prevenção e controle de doenças e é uma ferramenta na alocação 
de recursos do sistema de saúde, assim como na avaliação do impacto de 
programas e serviços de saúde. O enfoque da vigilância requer equilíbrio entre 
as necessidades de informação e as limitações para a coleta de dados. O caráter 
pragmático e dinâmico da vigilância depende da cooperação contínua do 
pessoal de saúde nos diferentes níveis dos serviços de saúde. A expectativa 
desmedida sobre as atividades de vigilância e a dificuldade para demonstrar sua 
utilidade podem tornar inoperantes os sistemas de vigilância e levar ao uso 
ineficiente dos recursos. A análise e interpretação dos dados da vigilância deve 
ser submetida aos limites de oportunidade, tempo, cobertura geográfica e 
número de indivíduos requeridos para que esses sejam úteis. 
Embora com responsabilidades, funções e atribuições claramente 
diferenciadas, os sistemas de vigilância em saúde pública e os programas de 
prevenção e controle ou unidades administrativas com responsabilidade na 
tomada de medidas de controle devem manter um alto grau de coordenação. 
Em alguns países as atividades de vigilância e controle estão mescladas 
e até mesmo integradas nas mesmas unidades, apesar da tendência atual estar 
voltada para uma diferenciação clara de ambas as atividades. Pois bem: essa 
diferenciação, que tem entre suas vantagens a especialização de funções, deve 
garantir os fluxos de informação bidirecional e evitar a duplicação de esforços de 
coleta e análise de informação. 
 A própria atividade dos programas de prevenção e controle gera 
informação útil para a vigilância. A comunicação dessa informação para as 
unidades de vigilância deve ser protocolizada de modo a garantir um fluxo ágil e 
oportuno. No outro sentido, as unidades de vigilância, como resultado da 
notificação e análise dos dados, fornecerão a informação pertinente aos 
programas para que iniciem, assim que possível, a aplicação de medidas de 
prevenção ou controle adequadas à situação. 
 
3 CONCLUSÃO 
 
 A pandemia mostrou a fragilidade do ser humano e fez com que todos 
compreendessem melhor alguns processos do corpo humano frente a 
necessidade de compreensão dos sintomas do coronavírus. Diante disso, a 
situação problema proposta visou esclarecer sintomas do vírus, o processo de 
invasão no corpo e a importância da vigilância frente a necessidade de evitar 
novos contágios e diminuir o número de mortes. 
 O esclarecimento sobre a parte neurológica foi essencial para entender 
sintomas e sequelas decorrentes do vírus. Vale ressaltar que a pandemia ainda 
não acabou e, portanto, é preciso continuar tomando os cuidados necessários. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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