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CCJ0003-WL-PP-04-Exercício IED - Gabarito

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Caso 1- Tema: Classificação das Normas Jurídicas. 
 
Estabelece o art. 9º da Consolidação das Leis do Trabalho: “serão nulos de pleno direito os atos 
praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação de preceitos contidos na 
presente consolidação.” 
A referida norma jurídica, de acordo com a espécie de sanção que a acompanha, há que ser 
classificada como? Como pode ser classificada a norma quanto à sua sanção? 
 
Sugestão de Gabarito: 
A sanção apresentada na norma em análise corresponde à nulidade, que, conforme ensinamentos de Sílvio 
Rodrigues,i mplica no “reconhecimento da existência de um vício que impede um ato de ter existência legal, ou 
produzir efeito.” Neste caso, a norma se classifica como perfeita, tendo em vista que prevê uma conseqüência, 
qual seja, a de nulidade do ato produzido. Maria Helena Diniz ressalta que normas perfeitas ”são aquelas cuja 
violação as leva a autorizar a declaração da nulidade do ato ou a possibilidade de anulação do praticado contra 
sua disposição, porém, sem a previsão de pena.” 
 
 
Caso 2- Tema: Classificação das Normas Jurídicas. 
 
O chefe do poder executivo de certo estado da federação promove licitação para construir 
hospital público visando atender a uma comunidade onde tal serviço de saúde não existe. 
a) A que ramo do Direito pertencem as normas que regulam a conduta desta autoridade? Direito 
público (direito administrativo – com natureza jurídica de direito público) 
b) Que espécie de relação há entre o particular e o Estado neste caso? Sugestão de Gabarito: As 
normas que regulam o fato, acima disposto, estão presentes no ramo do Direito Administrativo, cujo ponto central 
está voltado para normatização do serviço publico. Conforme afirma Paulo Nader, “é o Direito Administrativo que 
estabelece a fórmula jurídica para a realização do serviço público, cujo conceito foi definido por Jèze como “toda 
organização de caráter permanente destinada a satisfazer as necessidades públicas de um modo regular e 
contínuo”. 
Questões objetivas 
(Respostas Justificadas) 
1. A classificação das normas em implícitas e explícitas decorre do critério quanto: 
a) à destinação; 
b) à natureza; 
c) à existência: 
d) à hierarquia; 
e) à extensão territorial. 
Sugestão de Gabarito: 
Letra C. Quanto à existência, classifica-se a norma como explícita e implícita. A norma explícita é aquela que se 
reconhece no próprio texto legal, podendo-se encontrá-la, em muitos casos, através da mera interpretação 
gramatical e, ainda, interpretação restritiva. Já a norma implícita está subentendida, e não exposta claramente no 
texto legal, reconhecendo-se sua existência, em regra, a partir da interpretação extensiva. 
 
Caso 3- Tema: Validade das Normas – Técnico-Formal ou Vigência, Social e Ética. 
 
LEI ANULA CARTEIRA DE IDENTIDADE 
... Sancionada pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, em 1997, a Lei 9.454 instituiu 
um só registro de identidade civil para os brasileiros e limitou a validade dos atuais documentos 
civis por cinco anos. O prazo venceu em abril de 2002 sem que a lei fosse regulamentada. O 
governo não tirou a lei do papel nem para definir o órgão que centralizaria a criação do cadastro 
nacional único, mas a lei está em vigor... . (Folha de São Paulo – 15.6.03 - C-7) 
Assim, a referida lei foi assinada em 8 de abril de 1997 e publicada no dia seguinte no D.O. da 
União, mas não foram fornecidas à população condições para a substituição dos documentos. 
a) Os requisitos formais da vigência da lei foram atendidos? Neste caso, quais os requisitos? 
Justifique sua resposta. 
GABARITO: A princípio pode-se afirmar que os requisitos formais foram atendidos, são eles: (a) elaboração por 
um órgão competente, legítimo para tal fim; (b) competência em razão da matéria do órgão; (c) observância do 
processo legislativo. O texto acima exposto não demonstra ter havido qualquer fato contrário aos requisitos 
acima expostos, tendo sido a lei elaborada pelo legislador e sancionada pelo chefe do executivo, como dispõem 
os artigos 61 e seguintes da Constituição Federal. 
b) Afinal, a lei entrou em vigor? Justifique. 
GABARITO: A lei está em vigor, tendo em vista que, obedecidas as formalidades para sua elaboração, foi 
publicada, passando a ser obrigatória, fazendo parte do Direito Positivo. 
c) A referida lei tem eficácia jurídica e/ou social? Justifique. 
GABARITO: A lei não tem eficácia, estando comprometida sua validade social, uma vez que impede por si só 
sua observância. “A eficácia é, na lição de Tércio Sampaio Ferraz Jr., uma qualidade da norma que se refere à 
sua adequação em vista da produção concreta de efeitos. A norma será eficaz se tiver condições fáticas de 
atuar, por ser adequada à realidade (eficácia semântica); e condições técnicas de atuação (eficácia sintática), 
por estarem presentes os elementos normativos para adequá-la à produção de efeitos concretos.” Neste caso, 
falta à lei condições técnicas de atuação. 
 
Questões objetivas 
(Respostas Justificadas) 
1. É publicada no Diário Oficial Lei Federal dispondo sobre a proteção ambiental. Quanto à 
vigência, validade e eficácia social desta lei, pode-se afirmar que sua: 
a) Vigência não se inicia no dia da publicação, salvo se ela assim o determinar, sendo ela válida e 
eficaz se efetivamente obedecida e aplicada; 
b) Vigência se inicia necessariamente quarenta e cinco dias após a publicação, sendo ela válida 
se compatível com a Constituição, observado o procedimento legislativo estabelecido para a sua 
produção, e eficaz se efetivamente obedecida e aplicada; 
c) Vigência não se inicia no dia da publicação, salvo se ela assim o determinar, sendo ela válida 
se compatível com a Constituição, observado o procedimento legislativo estabelecido para a sua 
produção, e eficaz se efetivamente obedecida e aplicada; 
d) Vigência não se inicia no dia da publicação, salvo se ela assim o determinar, sendo ela válida e 
eficaz se produzida por órgão competente, observado o procedimento legislativo estabelecido 
para a sua produção; 
e) Vigência se inicia necessariamente no dia da publicação, sendo ela válida se efetivamente 
obedecida e aplicada e eficaz se produzida por órgão competente, observado o procedimento 
legislativo estabelecido para a sua produção. 
GABARITO: Letra C. 
 Erradas: 
a) Para ser válida não basta a lei ser obedecida no âmbito social, este efeito corresponde, apenas, à eficácia. A 
validade pressupõe a observância de exigências formais para a elaboração da lei; 
b) A vigência, em regra, se inicia 45 dias após a publicação, salvo disposição em contrário, conforme art. 1º da 
LICC; 
c) A afirmativa não se coaduna com o disposto no art. 1º da LICC e a eficácia pressupõe produção de efeitos no 
âmbito social (vide gabarito da questão acima); 
d) Quanto à vigência, a frase está em desacordo com o art. 1º da LICC, pois salvo disposição em contrário, a 
vigência da lei se inicia 45 dias após sua publicação, e, ainda, validade e eficácia estão com as características 
invertidas, pois, em verdade, a lei é eficaz se efetivamente obedecida e aplicada, e válida se produzida por órgão 
competente, observando o procedimento legislativo estabelecido para sua produção. 
 
A letra correta, C, encontra fundamento no art. 1º da LINDB, quando este afirma que, salvo disposição em 
contrário, a lei entrará em vigor 45 dias após sua publicação, e, ainda, traz a obediência à norma Constitucional 
como requisito de validade, uma vez que todas as leis produzidas devem se coadunar à norma Constitucional, 
acentuando, também, a necessária observância do processo legislativo. As características da eficácia estão 
corretas. 
Obs.: a linguagem utilizada no enunciado não é a exibida no plano de aula. Contudo, o exercício acima se faz 
necessário, justamente, para demonstrar ao aluno a diversidade de teorias sobre o tema. Note-se que o plano de 
aula fala em validade formal (vigência), validade fática(eficácia) e validade ética (fundamento), e não em 
vigência, validade e eficácia. O exercício acima acrescenta à matéria a oportunidade do debate acerca do tema, 
desenvolvendo habilidades no aluno, de modo que ele possa perceber a complexidade da realidade jurídica, 
reconhecendo a flexibilidade dos termos utilizados. 
 
Caso 4- Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro 
 
A Lei 9.307, de 23 de setembro de 1996, que dispõe sobre arbitragem, em seu artigo 44 
estabeleceu: “ficam revogados os artigos 1037 a 1048 da Lei 3071, de 1º de janeiro de 1916, 
Código Civil Brasileiro; os artigos 101 e 1072 a 1102 da Lei 5.869, de 11 de janeiro de 1973, 
Código de Processo Civil”. 
Neste caso, é possível dizer então que ocorreu: 
a) Revogação tácita; 
b) Ab-rogação expressa; 
c) Derrogação expressa; 
d) Repristinação. 
 
SUGESTÃO DE GABARITO: Letra C. Ocorre derrogação da lei, quando apenas uma parte desta é revogada, e, 
ainda, expressa quando, na referida lei, a revogação é declarada no próprio texto, conforme art.2º, §1º da LINDB. 
No caso em tela ocorreu derrogação expressa, uma vez que o legislador afirma que está revogando parte da Lei 
3071, de 1º de janeiro de 1916. A revogação tácita ocorreria caso a nova lei trouxesse conteúdo incompatível 
com a lei antiga (art. 2º, §1º da LINDB). Ab-rogação expressa ocorreria se o legislador declarasse revogar 
totalmente a lei anterior. Já a repristinação está prevista no art. 2º, §3º da LINDB, como fenômeno jurídico 
vedado, salvo disposição em contrário. Esta, por sua vez, corresponde ao retorno de vigência de uma lei que já 
tinha sido revogada, por conta da revogação de sua lei revogadora. 
 
Caso 5 – Tema: Coisa Julgada. 
Margareth Nogueira teve uma discussão com sua vizinha, Manoela Santos, na reunião de 
condomínio. Margareth narra que, de forma impensada, falou que Manoela, síndica, estava 
desviando verbas da arrecadação mensal do prédio em favorecimento próprio. Deste fato, 
originou-se queixa-crime de calúnia de Manoela em face de Margareth. Neste processo, que 
correu junto ao Juizado Criminal, as partes envolvidas celebraram acordo nos seguintes termos: 
Margareth se comprometeu a mandar carta para todos os condôminos retratando-se do que 
falara e, ainda, teria que colocar no quadro de avisos do prédio esta mesma carta. O acordo foi 
cumprido integralmente por Margareth. No entanto, esta recebeu uma convocação para 
comparecer ao Juizado Especial Cível para responder a outro processo ajuizado por Manoela em 
razão do mesmo fato acima narrado. Neste último feito, Manoela requer a condenação de 
Margareth ao pagamento de R$ 10.000,00 pelos supostos danos morais sofridos. 
Você, advogado de Margareth, sustentaria a tese da coisa julgada? Justifique. 
Sugestão de Gabarito: 
Sim, a forma do art. 74, lei 9099/95 JEC’S, a composição dos danos civis será reduzida a escrito e, homologada 
pelo juiz mediante sentença irrecorrível... 
Ora, trata-se de arguir a preliminar do art. 301, VI, CPC, ou seja, o que trata da coisa julgada. 
A coisa julgada é, sem dúvida, uma das principais marcas de atividade jurisdicional, emprestando à decisão 
judicial o caráter de indiscutibilidade – necessário à segurança das relações jurídicas e à paz social. 
Deve ser ressaltado que a alegação de coisa julgada só é possível por tratar-se de composição dos danos civis, 
em sede de Juizado Especial Criminal. Em caso de ação criminal fora dos JEC’S, não haveria obstáculo à ação 
cível. 
 
Caso 6 – Tema: Coisa Julgada. 
Paulina da Silva, menor impúbere, representada por sua mãe, ajuíza ação em face de Paulo, seu 
pai, visando ao reajuste de sua pensão alimentícia, tendo em vista que este obteve melhora 
substancial em seu padrão de vida há cerca de seis meses, fruto da herança de uma bem 
sucedida empresa de transporte coletivo. Paulo, em contestação, afirma que os alimentos 
relativos à sua filha Paula foram decididos na ação de divórcio consensual, julgada 
definitivamente um ano e meio antes da propositura da ação de alimentos. Assim, como há coisa 
julgada, Paulo alega não ser mais cabível a revisão pelo poder judiciário. 
a) Incidem os efeitos da coisa julgada nas ações de alimentos? Justifique. 
b) Quais os pré-requisitos para que alguém possa pleitear a revisão dos alimentos já decididos 
em processo anterior? 
 
Sugestão de Gabarito: 
a) Não. Segundo a melhor doutrina, havendo modificação da situação fática quanto aos pressupostos da 
relação jurídica continuativa, a parte poderá pedir a revisão da equação estabelecida no decisum anterior, 
através de nova ação. 
Base Legal – Art. 471, I CPC. 
Decisão do STJ – Resp – 30.216-3 – SP. 
 ...” É permitida a revisão em ação autônoma, mesmo após o trânsito em julgado da sentença concessiva....” 
 
b) Mudança na situação fática relativa à relação jurídica existente ao tempo da sentença; em especial aquelas 
relativas ao binômio possibilidade de quem presta e necessidade de quem pede. 
 
Questões objetivas 
(Respostas Justificadas) 
1. Assinale a alternativa correta. Justifique sua escolha: 
Em 1957, Pedro comprou um imóvel de João, cumprindo todas as formalidades legais que previa 
a lei vigente à época para a aquisição do imóvel. Ocorre que, em janeiro de 2000, esta lei foi 
derrogada pela Lei nº 4.200/00, prevendo alguns requisitos a mais para a aquisição do imóvel. 
Na hipótese acima mencionada, podemos afirmar que, com relação ao tema “conflitos de leis no 
tempo”, estamos diante de: 
a) Expectativa de direito; 
b) Coisa julgada; 
c) Direito adquirido; 
d) Ato jurídico perfeito; 
e) Direito natural. 
 
Sugestão de Gabarito: 
Letra D: Ato jurídico perfeito. 
Justificativa: Segundo a doutrina, ato jurídico perfeito é o ato já consumado segundo a lei vigente ao tempo em 
que se efetuou. A questão trata, exatamente, de um ato (compra de imóvel) consumado, de acordo com os 
requisitos da lei vigente à época da compra. 
Base legal: CRFB/88, art. 5º, XXXVI 
LINDB art. 6º, § 1º. 
 
2. Assinale a alternativa correta. Justifique sua escolha: 
Antes de 1977, o regime legal de bens no casamento, no Brasil, era o da comunhão universal. 
Quem casou até então, sem qualquer ressalva expressa em pacto antenupcial, o fez no regime 
legal de comunhão universal. Após 1977, com a mudança da lei, o regime legal passou a ser o da 
comunhão parcial. Quem casou antes de 1977 não foi atingido pela nova lei que cuidou desta 
matéria. Assim sendo, é possível afirmar que a situação jurídica em questão corresponde à 
hipótese de: 
a) Coisa julgada; 
b) Direito adquirido; 
c) Ato jurídico perfeito; 
d) Expectativa de direito; 
e) Direito natural. 
 
Sugestão de Gabarito: 
Letra C: Ato jurídico perfeito 
Justificativa: A questão aborda a situação do regime de bens instituído em lei. Ora, quando da realização efetiva 
do matrimônio, o ato (casamento, incluindo todos os direitos e deveres instituídos pela lei em vigor) já se 
consuma imediatamente por ocasião da celebração do matrimônio. No matrimônio realizado antes da lei 
6515/77, os nubentes já haviam passado pelo processo de habilitação ao casamento, cumprindo as exigências 
legais para a consumação do ato. Sendo assim, visando à segurança das relações jurídicas, a lei nova não 
retroage para atingir o matrimônio celebrado antes de 1977. 
 Base legal: CRFB/88, art. 5º XXXVI. 
LICC art. 6º, § 1º. 
Lei 6015/73 – (Lei de Registros Públicos) - art. 67 – Processo de Habilitação ao casamento e arts. 1525 a 1532, 
NCC que disciplinam a mesma matéria. 
Art. 1639 a art.1688 , NCC que disciplinam o Regime de Bens entre os cônjuges

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