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Sistema ABO e fator Rh Grupos Sanguíneos O Sistema ABO foi o primeiro sistema de grupos sanguíneos, descrito em 1900 por Landsteiner, que descreveu os antígenos A, B e C (depois renomeado como O). O genes ABO se localizam no braço longo do cromossoma 9 (posição 9q34.1-q34.2) Sistema ABO • Os antígenos do Sistema ABO não são restritos à membrana eritrocitária, mas também estão presentes na saliva, linfócitos, plaquetas, endotélio capilar venular e arterial, células do baço, medula óssea, mucosa gástrica, além de secreções e outros fluidos como saliva, urina e leite e outros líquidos biológicos, exceto fluido espinhal. • Dependendo da tipagem sangüínea de um indivíduo, a IgM anti-A e/ou o anti-B presentes no soro podem constituir uma barreira para as transfusões de sangue e para o transplante de órgãos ABO incompatíveis Sistema Rh • Os antígenos do sistema Rh são encontrados exclusivamente nas hemácias • O gene RHD codifica o antígeno D em indivíduos Rh positivo, e na sua ausência, não haverá a codificação do antígeno, fenômeno observado em pessoas Rh negativas. • O termo Rh positivo refere-se à presença o antígeno D ou Rho. • Pessoas Rh negativas apresentam ausência de D. Anticorpos Rh • Os anticorpos contra o sistema Rh ocorrem por transfusões ou por gestações (imunes) e raramente são descritos anticorpos naturais Hemocomponentes e hemoderivados Conceitos • Hemocomponentes: derivados sanguíneos obtidos por meio de processos físicos (centrifugação, congelamento) • Ex: concentrado de hemácias, plasma fresco congelado, concentrado de plaquetas e crioprecipitado. • Existem duas formas para obtenção dos hemocomponentes (coleta do sangue total e coleta por meio de aférese) • Hemoderivados: produtos obtidos a partir do fracionamento do plasma por processos físico-químicos. • Ex: albumina, imunoglobulinas e fatores da coagulação Processo de centrifugação Plasma que contém plaquetas dispersas. Buffy coat (camada leucoplaquetária), ou seja, uma camada de leucócitos e plaquetas. Hemácias Concentrado de hemácias É obtido por meio da centrifugação de uma bolsa de sangue total (ST) e da remoção da maior parte do plasma. 220 a 280 ml (65% e 80% Ht) Deve ser mantido entre 2°C e 6°C e sua validade varia entre 35 e 42 dias, dependendo da solução conservadora Os CH podem ser desleucocitados com a utilização de filtros para leucócitos ou desplamatizados Por apresentar menor volume de plasma na sua composição, não ocasionam aumento excessivo da volemia do receptor, sendo o produto de escolha para o controle de anemias, particularmente em cardiopatas ou renais crônicos. Concentrado de hemácias Cada unidade de concentrado de hemácias eleva a hemoglobina em 1g/dl e o hematócrito em 3% Tempo de infusão de cada unidade de CH: Adulto: deve ser de 60min a 120 minutos (min). Crianças: de 20-30mL/kg/hora. A avaliação da resposta terapêutica à transfusão de CH: Dosagem de Hb ou Ht 1-2 horas (h) após a transfusão, considerando também a resposta clínica. Concentrado de hemácias Concentrado de plaquetas Obtido a partir de unidade individual de sangue total ou por aférese, coletadas de doador único. Cada unidade de CP unitários contém aproximadamente 5,5 x 1010 plaquetas em 50-60mL de plasma Embora o antígeno D (Rho) não esteja presente nas plaquetas, a presença de hemácias no componente poderá induzir a formação de aloanticorpos. Tempo de infusão da dose de CP deve ser de aproximadamente 30min em pacientes adultos ou pediátricos, não excedendo a velocidade de infusão de 20-30mL/kg/hora. A avaliação da resposta terapêutica a transfusão de CP: contagem das plaquetas 1 hora após a transfusão, e considerar resposta clínica Concentrado de granulócitos • Obtido por aférese • Além dos granulócitos, usualmente estes concentrados contêm outros leucócitos e plaquetas e cerca de 20-50mL de hemácias • O início da infusão deverá ser feita logo após a coleta, se for necessário o seu armazenamento (22-24ºC) por até 24h • CG apresentam importante quantidade de hemácias que devem ser ABO compatíveis com o plasma dos receptores Plasma • O plasma fresco congelado (PFC) consiste na porção acelular do sangue obtida por centrifugação a partir de uma unidade de sangue total • É constituído basicamente de água, proteínas (albumina, globulinas, fatores de coagulação e outras), carboidratos e lipídios • A utilização de 10-20mL de PFC por quilo de peso aumenta de 20% a 30% os níveis dos fatores de coagulação • A administração do plasma fresco deve respeitar a compatibilidade ABO • O tempo máximo de infusão deve ser de 1 hora Crioprecipitado • Obtido a partir do plasma fresco congelado em que, após o descongelamento a baixas temperaturas, separa- se um material insolúvel (crioprecipitado) que é posteriormente recongelado no período de 1 hora e tem validade de 1 ano. • O crioprecipitado contém glicoproteínas de alto peso molecular como de Fator VIII, vWF (Fator von Willebrand), fibrinogênio, Fator XIII • Cada unidade aumentará o fibrinogênio em 5-10mg/dL em um adulto médio, na ausência de grandes sangramentos ou de consumo excessivo de fibrinogênio. • O crioprecipitado contém anticorpos ABO, portanto utilizar componente ABO compatível. Assistência Considerações antes da decisão de transfusão • Indicação de transfusão deve ser feita exclusivamente por médico e baseada principalmente em critérios clínicos; • Indicação de transfusão poderá ser objeto de análise por médico do serviço de hemoterapia; • Toda a transfusão traz em si riscos, sejam imediatos ou tardios. • Os benefícios da transfusão devem superar os riscos Considerações gerais sobre a transfusão • A requisição do produto hemoterápico deve ser preenchida da forma mais completa possível, prescrita e assinada por médico e estar registrada no prontuário médico do paciente. • Não existe contraindicação absoluta à transfusão em pacientes com febre. É importante diminuir a febre antes da transfusão, porque o surgimento de febre pode ser um sinal de hemólise ou de outro tipo de reação transfusional. • É rara a necessidade de aquecer um produto hemoterápico antes da transfusão. Quando indicada, deve ser feita de forma controlada, com aquecedores dotados de termômetro e alarme sonoro, sob orientação e monitoramento de profissional responsável. • Nenhuma transfusão deve exceder o período de infusão de 4 horas. Quando este período for ultrapassado a transfusão deve ser interrompida e a unidade descartada Considerações gerais sobre a transfusão • Não deve ser adicionado nenhum fluido ou droga ao produto hemoterápico a ser transfundido. • Os Concentrados de Hemácias (CH) podem ser transfundidos em acesso venoso compartilhado, apenas, com cloreto de sódio 0,9% (SF). É desnecessário diluir o CH antes da infusão. • Requisição do produto hemoterápico deverá ser corretamente preenchida, contendo o produto desejado, a identificação do receptor e a causa que originou a transfusão Considerações gerais sobre a transfusão Deverão ser coletadas as amostras do receptor e corretamente identificadas, contendo nome completo do paciente, registro, localização e data. Encaminhar o pedido de sangue ao banco de sangue. Após a tipagem e a realização de provas de compatibilidade, o produto deverá ser corretamente identificado, contendo nome, registro e localização do receptor, assim como as especificações do componente Antes do início da transfusão, é obrigatória a confirmação da identificação do receptor, do rótulo da bolsa, dos dados da etiqueta de liberação, validade do produto, realização de inspeção visual da bolsa e a verificação dos sinais vitais Considerações gerais sobre a transfusão • Atentar para que esteja prescrita a hemotransfusão, bem como as medicações pré infusão do hemocomponente, para evitar reações. • Administrar medicações pré infusão, se necessário. • Conferir nome, leito, RG e tipo sangüíneo do receptor e da bolsa de hemocomponente. • Atentar para incompatibilidade ABO.(dupla checagem) Considerações gerais sobre a transfusão Se não houver nenhuma intercorrência que impossibilite a transfusão, conectar o equipo à bolsa do hemocomponente e atentar para o preenchimento correto do filtro. Os filtros são obrigatórios em transfusões (filtro de 170µ capaz de reter coágulos e agregados) Considerações gerais sobre a transfusão Tempo de infusão Caso a administração não possa ocorrer prontamente, o produto deve retornar ao banco de sangue até o momento da infusão Nenhuma infusão deve ocorrer num período superior a 4 horas (crescimento bacteriano) A transfusão deve ser acompanhada pelo profissional que a instalou durante os 10 (dez) primeiros minutos à beira do leito Considerações gerais sobre a transfusão • Computar o volume das bolsas na folha de balanço hídrico e adicionar o valor à soma total do balanço hídrico. • Guardar a etiqueta da bolsa do hemocomponente na pasta do paciente. • Realizar a infusão de 20ml de soro fisiológico em bolus para proceder a lavagem do cateter. • Certificar-se de que não há sintoma reacional para o paciente. • Em vigência de reação, interromper a infusão, colher 10ml de sangue e colocar em um tubo seco e encaminhar ao banco de sangue. RESOLUÇÃO COFEN Nº 0511/2016 Aprova a Norma Técnica que dispõe sobre a atuação de Enfermeiros e Técnicos de Enfermagem em Hemoterapia. • Art. 4º Os Enfermeiros Coordenadores de Serviços de Hemoterapia, preferencialmente deverão ser Especialistas na área. • Art. 5º Os Enfermeiros e Técnicos de Enfermagem somente poderão atuar nos Serviços de Hemoterapia, desde que devidamente capacitados. RESOLUÇÃO COFEN Nº 629/2020 • Aprova e Atualiza a Norma Técnica que dispõe sobre a Atuação de Enfermeiro e de Técnico de Enfermagem em Hemoterapia • A presença do Enfermeiro é essencial a fim de contribuir com a construção de manuais, normativas, protocolos e Procedimentos Operacionais Padrão (POPs) do serviço, participando da elaboração e implantação e implementar os protocolos da instituição para uso racional do sangue, manuseio da transfusão segura e Hemovigilância Competências do Enfermeiro e Técnico de Enfermagem em Hemoterapia Por ser considerada uma terapia de alta complexidade, é vedada aos Auxiliares de Enfermagem a execução de ações relacionadas à Hemoterapia podendo, no entanto, executar cuidados de higiene e conforto ao paciente. Competências do Enfermeiro 1. Planejar, executar, coordenar, supervisionar e avaliar os procedimentos hemoterápicos e de Enfermagem nas Unidades, visando assegurar a qualidade do sangue, hemocomponentes e hemoderivados, coletados e infundidos; 2. Desenvolver e atualizar os protocolos relativos à atenção de enfermagem ao paciente em Hemoterapia, pautados nesta norma, adequadas às particularidades do serviço; 3. Estabelecer ações de treinamento operacional e de educação permanente, de modo a garantir a capacitação e atualização dos Enfermeiros e Técnicos de Enfermagem que atuam em Hemoterapia; 4. Prescrever os cuidados de enfermagem; 5. Participar, como membro da equipe multiprofissional em Hemoterapia, do processo de seleção, padronização, parecer técnico para licitação e aquisição de equipamentos e materiais utilizados em Hemoterapia. Competências do Enfermeiro 6. Desenvolver ações a fim de garantir a obtenção de parâmetro de qualidade que visam minimizar riscos e que permitam a formação de estoques de Hemocomponentes capazes de atender à demanda transfusional. 7. Atentar para que o manuseio de resíduos dos serviços e a higienização da área de coleta obedeçam às normas específicas e legislação vigente. 8. Participar de comissões de pesquisa, qualidade, biossegurança e ética, como membro da equipe multiprofissional. 9. Garantir que todas as atividades desenvolvidas pelo serviço de hemoterapia sejam registradas e documentadas de forma a garantir a rastreabilidade dos processos e produtos, desde a obtenção até o destino final, incluindo a identificação do profissional que realizou o procedimento. 10. Elaborar previsão quantiqualitativa do quadro de profissionais de enfermagem, necessários para a prestação da assistência de enfermagem de qualidade e livre de riscos e danos NORMAS GERAIS PARA ENFERMEIROS E TÉCNICOS DE ENFERMAGEM NA CAPTAÇÃO DO SANGUE Compete ao Enfermeiro: 1. Proceder a triagem clínica, através de entrevista com o provável doador para avaliar os antecedentes clínicos e o estado de saúde atual, em ambiente que garanta a privacidade e o sigilo das informações prestadas; 2. Implementar ações visando preparar e orientar o doador/receptor e familiares quanto à Hemoterapia, seus riscos e benefícios, tanto em nível hospitalar como ambulatorial e residencial; 3. Solicitar assinatura do doador no termo de consentimento livre e esclarecido, no qual declara consentir em doar o seu sangue e na realização de testes laboratoriais; 4. Comunicar à equipe Multiprofissional, as intercorrências relacionadas à coleta de sangue de doadores; NORMA TÉCNICA PARA ATUAÇÃO DOS ENFERMEIROS E TÉCNICOS DE ENFERMAGEM EM HEMOTERAPIA 5. Garantir o pronto atendimento ao doador que apresentar alguma reação adversa; 6. Notificar ao doador a causa motivante da rejeição, garantindo total sigilo das informações e quando necessário, proceder encaminhamento ao serviço de saúde de referência; 7. Manter medicamentos e equipamentos necessários para a assistência ao doador que apresente eventos adversos, assim como ambiente privativo para o seu atendimento. 8. Proceder as anotações de enfermagem. Atentar para os tempos de início da transfusão, após o recebimento na unidade NORMA TÉCNICA PARA ATUAÇÃO DOS ENFERMEIROS E TÉCNICOS DE ENFERMAGEM EM HEMOTERAPIA Pré-procedimento 1. Garantir, sempre que possível, a assinatura do Termo de Consentimento informado, pelo paciente ou familiar/responsável; 2. Verificar a permeabilidade da punção, o calibre do cateter, presença de infiltração e sinais de infecção, para garantir a disponibilidade do acesso; 3. Confirmar obrigatoriamente a identificação do receptor, do rótulo da bolsa, dos dados da etiqueta de liberação, validade do produto, realização de inspeção visual da bolsa (cor e integridade) e temperatura, através de dupla checagem (Enfermeiro e Técnico de Enfermagem) para segurança do receptor; 4. Garantir que os sinais vitais sejam aferidos e registrados para analisá-los; 5. Garantir acesso venoso adequado, exclusivo e equipo com filtro sanguíneo; 6. Prescrever os cuidados de enfermagem relacionados ao procedimento; NORMA TÉCNICA PARA ATUAÇÃO DOS ENFERMEIROS E TÉCNICOS DE ENFERMAGEM EM HEMOTERAPIA Intra-procedimento 1. Confirmar, novamente a identificação do receptor, confrontando com a identificação na pulseira, e rótulo do insumo a ser infundido; a. Verificar duas vezes o rótulo da bolsa do sangue ou hemoderivado para assegurar-se de que o grupo e tipo Rh concordam com o registro de compatibilidade; b. Verificar se o número e tipo no rótulo do sangue ou hemoderivado no prontuário do paciente estão corretos confirmando mais uma vez em voz alta, o nome completo do paciente; c. Verificar o conteúdo da bolsa, quanto a bolhas de ar e qualquer alteração no aspecto e cor do sangue ou hemoderivado (as bolhas de ar podem indicar crescimento bacteriano; a coloração anormal ou turvação podem ser sinais de hemólise); d. Assegurar que a transfusão seja iniciada nos 30 (trinta) minutos após a remoção da bolsa do refrigerador do banco de sangue; NORMA TÉCNICA PARA ATUAÇÃO DOS ENFERMEIROS E TÉCNICOS DE ENFERMAGEM EM HEMOTERAPIA 2. A transfusão deve ser monitorada durante todo seu transcurso e o tempo máximo de infusão não deve ultrapassar 4 (quatro) horas. 3. A transfusão deve ser acompanhada pelo profissional que a instalou durante os 10 (dez) primeiros minutos à beira do leito; a. Nos primeiros 15 (quinze) minutos, infundir lentamente, não devendo ultrapassar a 5 ml/min; b. Observar rigorosamente o paciente quanto aos efeitos adversos, e na negativa, aumentar a velocidade do fluxo;c. Garantir o monitoramento dos sinais vitais a intervalos regulares, comparando-os; d. Interromper a transfusão imediatamente e comunicar ao médico, na presença de qualquer sinal de reação adversa, tais como: inquietação, urticária, náuseas, vômitos, dor nas costas ou no tronco, falta de ar, hematúria, febre ou calafrios; e. Nos casos de intercorrência com interrupção da infusão, encaminhar a bolsa para análise; f. Recomenda-se a prescrição da troca do equipo de sangue a fim de minimizar riscos de contaminação bacteriana NORMA TÉCNICA PARA ATUAÇÃO DOS ENFERMEIROS E TÉCNICOS DE ENFERMAGEM EM HEMOTERAPIA Pós-procedimento: 1. Garantir que os sinais vitais sejam aferidos e compará-lo com as medições de referência; 2. Descartar adequadamente o material utilizado e assegurar que todos os procedimentos técnicos, administrativos, de limpeza, desinfecção e do gerenciamento de resíduos, sejam executados em conformidade com os preceitos legais e critérios técnicos cientificamente comprovados, os quais devem estar descritos em procedimentos operacionais padrão (POP) e documentados nos registros dos respectivos setores de atividades. 3. Todas as atividades desenvolvidas pelo serviço de hemoterapia devem ser registradas e documentadas de forma a garantir a rastreabilidade dos processos e produtos, desde a obtenção até o destino final, incluindo a identificação do profissional que realizou o procedimento. Devendo constar obrigatoriamente: • a. Data; • b. Horário de início e término; • c. Sinais vitais no início e no término; • d. Origem e identificação das bolsas dos hemocomponentes transfundidos; • e. Identificação do profissional que a realizou; e • f. Registro de reações adversas, quando for o caso. 4. Monitorar o paciente quanto a resposta e a eficácia do procedimento; Reações transfusionais • A reação transfusional é toda e qualquer intercorrência que ocorra como consequência da transfusão sanguínea, durante ou após a sua administração. • As reações transfusionais podem ser classificadas em imediatas (até 24 horas da transfusão) ou tardias (após 24 horas da transfusão), imunológicas e não-imunológicas Divide-se em : • Reações agudas não imunológicas • Reações agudas imunológicas • Reações tardias não imunológicas • Reações tardias imunológicas Sinais e sintomas A ocorrência destas reações pode associar-se a um ou mais dos seguintes sinais e sintomas como: a) Febre com ou sem calafrios (definida como elevação de 1°C na temperatura corpórea), associada à transfusão; b) Calafrios com ou sem febre; c) Dor no local da infusão, torácica ou abdominal; d) Alterações agudas na pressão arterial, tanto hipertensão como hipotensão; e) Alterações respiratórias como: dispnéia, taquipnéia, hipóxia, sibilos; f) Alterações cutâneas como: prurido, urticária, edema localizado ou generalizado; g) Náusea, com ou sem vômitos. Conduta Clínica • Interromper imediatamente a transfusão e comunicar o médico responsável pela transfusão; • Manter acesso venoso com solução salina a 0,9%; • Verificar sinais vitais e observar o estado cardiorrespiratório; • Verificar todos os registros, formulários e identificação do receptor. Verificar à beira do leito, se o hemocomponente foi corretamente administrado ao paciente desejado; • Avaliar se ocorreu a reação e classificá-la, a fim de adequar a conduta específica; • Manter o equipo e a bolsa intactos e encaminhar este material ao serviço de hemoterapia; • Se reações, coletar e enviar uma amostra pós-transfusional junto com a bolsa e os equipos (garantir a não contaminação dos equipos) ao serviço de hemoterapia, assim como amostra de sangue e/ou urina para o laboratório clinico quando indicado pelo médico; • Registrar as ações no prontuário do paciente. Prevenção • Treinamento dos profissionais da saúde quanto às normas de coleta e identificação de amostras e do paciente; • Avaliação criteriosa da indicação transfusional; • Avaliação das transfusões “de urgência”; • Realizar uma história pré-transfusional detalhada, incluindo história gestacional, transfusional, diagnóstico, e tratamentos anteriores; • Atenção em todas as etapas relacionadas à transfusão; • Atenção redobrada na conferência da bolsa e do paciente à beira do leito; • Infusão lenta inicialmente; Obrigada Referencia • Ministério da Saúde. Guia para o uso de hemocomponentes. 2ª edição. 2015 • Ministério da saúde. Anvisa. Resolução da diretoria colegiada. RDC nª 34, de 11 de junho de 2014. • Batissoco AC et al. Aspectos moleculares do sistema sanguíneo ABO. Rev. Bras. Hematol. hemoter. 2003;25(1):47-58
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