Buscar

sistema ABO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Sistema ABO e fator Rh
Grupos Sanguíneos
O Sistema ABO foi o primeiro sistema de grupos 
sanguíneos, descrito em 1900 por Landsteiner, que 
descreveu os antígenos A, B e C (depois renomeado 
como O).
O genes ABO se localizam no braço longo do 
cromossoma 9 (posição 9q34.1-q34.2)
Sistema ABO
• Os antígenos do Sistema ABO não são restritos à
membrana eritrocitária, mas também estão
presentes na saliva, linfócitos, plaquetas, endotélio
capilar venular e arterial, células do baço, medula
óssea, mucosa gástrica, além de secreções e outros
fluidos como saliva, urina e leite e outros líquidos
biológicos, exceto fluido espinhal.
• Dependendo da tipagem sangüínea de um indivíduo, a
IgM anti-A e/ou o anti-B presentes no soro podem
constituir uma barreira para as transfusões de sangue
e para o transplante de órgãos ABO incompatíveis
Sistema Rh
• Os antígenos do sistema Rh são encontrados exclusivamente nas hemácias
• O gene RHD codifica o antígeno D em indivíduos Rh positivo, e na sua ausência,
não haverá a codificação do antígeno, fenômeno observado em pessoas Rh
negativas.
• O termo Rh positivo refere-se à presença o antígeno D ou Rho.
• Pessoas Rh negativas apresentam ausência de D.
Anticorpos Rh
• Os anticorpos contra o sistema Rh ocorrem por transfusões ou por gestações (imunes) e
raramente são descritos anticorpos naturais
Hemocomponentes
e hemoderivados
Conceitos
• Hemocomponentes: derivados sanguíneos
obtidos por meio de processos físicos
(centrifugação, congelamento)
• Ex: concentrado de hemácias, plasma fresco
congelado, concentrado de plaquetas e
crioprecipitado.
• Existem duas formas para obtenção dos
hemocomponentes (coleta do sangue total e
coleta por meio de aférese)
• Hemoderivados: produtos obtidos a partir
do fracionamento do plasma por processos
físico-químicos.
• Ex: albumina, imunoglobulinas e fatores da
coagulação
Processo de centrifugação
Plasma que contém plaquetas dispersas.
Buffy coat (camada leucoplaquetária), ou seja, uma camada de leucócitos e plaquetas.
Hemácias
Concentrado de hemácias
É obtido por meio da centrifugação de uma bolsa de sangue total (ST) e da remoção da maior parte do
plasma.
220 a 280 ml (65% e 80% Ht)
Deve ser mantido entre 2°C e 6°C e sua validade varia entre 35 e 42 dias, dependendo da solução
conservadora
Os CH podem ser desleucocitados com a utilização de filtros para leucócitos ou desplamatizados
Por apresentar menor volume de plasma na sua composição, não ocasionam aumento excessivo da volemia
do receptor, sendo o produto de escolha para o controle de anemias, particularmente em cardiopatas ou
renais crônicos.
Concentrado de hemácias
Cada unidade de concentrado de hemácias eleva a hemoglobina em 1g/dl e o hematócrito em 3%
Tempo de infusão de cada unidade de CH:
Adulto: deve ser de 60min a 120 minutos (min).
Crianças: de 20-30mL/kg/hora.
A avaliação da resposta terapêutica à transfusão de CH:
Dosagem de Hb ou Ht 1-2 horas (h) após a transfusão, considerando também a resposta
clínica.
Concentrado de hemácias
Concentrado de plaquetas
Obtido a partir de unidade individual de sangue total ou por aférese, coletadas de doador único.
Cada unidade de CP unitários contém aproximadamente 5,5 x 1010 plaquetas em 50-60mL de
plasma
Embora o antígeno D (Rho) não esteja presente nas plaquetas, a presença de hemácias no
componente poderá induzir a formação de aloanticorpos.
Tempo de infusão da dose de CP deve ser de aproximadamente 30min em pacientes adultos ou
pediátricos, não excedendo a velocidade de infusão de 20-30mL/kg/hora.
A avaliação da resposta terapêutica a transfusão de CP: contagem das plaquetas 1 hora após a
transfusão, e considerar resposta clínica
Concentrado de granulócitos
• Obtido por aférese
• Além dos granulócitos, usualmente estes concentrados contêm outros leucócitos e plaquetas e
cerca de 20-50mL de hemácias
• O início da infusão deverá ser feita logo após a coleta, se for necessário o seu armazenamento
(22-24ºC) por até 24h
• CG apresentam importante quantidade de hemácias que devem ser ABO compatíveis com o
plasma dos receptores
Plasma
• O plasma fresco congelado (PFC) consiste na porção acelular do sangue obtida por centrifugação
a partir de uma unidade de sangue total
• É constituído basicamente de água, proteínas (albumina, globulinas, fatores de coagulação e 
outras), carboidratos e lipídios
• A utilização de 10-20mL de PFC por quilo de peso aumenta de 20% a 30% os níveis dos fatores de 
coagulação
• A administração do plasma fresco deve respeitar a compatibilidade ABO
• O tempo máximo de infusão deve ser de 1 hora
Crioprecipitado
• Obtido a partir do plasma fresco congelado em que, após o descongelamento a baixas temperaturas, separa-
se um material insolúvel (crioprecipitado) que é posteriormente recongelado no período de 1 hora e tem
validade de 1 ano.
• O crioprecipitado contém glicoproteínas de alto peso molecular como de Fator VIII, vWF (Fator von
Willebrand), fibrinogênio, Fator XIII
• Cada unidade aumentará o fibrinogênio em 5-10mg/dL em um adulto médio, na ausência de grandes
sangramentos ou de consumo excessivo de fibrinogênio.
• O crioprecipitado contém anticorpos ABO, portanto utilizar componente ABO compatível.
Assistência
Considerações antes da decisão de transfusão
• Indicação de transfusão deve ser feita exclusivamente por médico e baseada 
principalmente em critérios clínicos; 
• Indicação de transfusão poderá ser objeto de análise por médico do serviço de 
hemoterapia; 
• Toda a transfusão traz em si riscos, sejam imediatos ou tardios. 
• Os benefícios da transfusão devem superar os riscos
Considerações gerais sobre a transfusão
• A requisição do produto hemoterápico deve ser preenchida da forma mais completa possível,
prescrita e assinada por médico e estar registrada no prontuário médico do paciente.
• Não existe contraindicação absoluta à transfusão em pacientes com febre. É importante diminuir
a febre antes da transfusão, porque o surgimento de febre pode ser um sinal de hemólise ou de
outro tipo de reação transfusional.
• É rara a necessidade de aquecer um produto hemoterápico antes da transfusão. Quando
indicada, deve ser feita de forma controlada, com aquecedores dotados de termômetro e alarme
sonoro, sob orientação e monitoramento de profissional responsável.
• Nenhuma transfusão deve exceder o período de infusão de 4 horas. Quando este período for
ultrapassado a transfusão deve ser interrompida e a unidade descartada
Considerações gerais sobre a transfusão
• Não deve ser adicionado nenhum fluido ou droga ao produto hemoterápico a ser
transfundido.
• Os Concentrados de Hemácias (CH) podem ser transfundidos em acesso venoso
compartilhado, apenas, com cloreto de sódio 0,9% (SF). É desnecessário diluir o
CH antes da infusão.
• Requisição do produto hemoterápico deverá ser corretamente preenchida,
contendo o produto desejado, a identificação do receptor e a causa que originou
a transfusão
Considerações gerais sobre a transfusão
Deverão ser coletadas as amostras do receptor e corretamente identificadas,
contendo nome completo do paciente, registro, localização e data.
Encaminhar o pedido de sangue ao banco de sangue.
Após a tipagem e a realização de provas de compatibilidade, o produto deverá
ser corretamente identificado, contendo nome, registro e localização do
receptor, assim como as especificações do componente
Antes do início da transfusão, é obrigatória a confirmação da identificação do
receptor, do rótulo da bolsa, dos dados da etiqueta de liberação, validade do
produto, realização de inspeção visual da bolsa e a verificação dos sinais vitais
Considerações gerais sobre a transfusão
• Atentar para que esteja prescrita a hemotransfusão, bem como as medicações
pré infusão do hemocomponente, para evitar reações.
• Administrar medicações pré infusão, se necessário.
• Conferir nome, leito, RG e tipo sangüíneo do receptor e da bolsa de
hemocomponente.
• Atentar para incompatibilidade ABO.(dupla checagem)
Considerações gerais sobre a transfusão
Se não houver nenhuma intercorrência que
impossibilite a transfusão, conectar o equipo à
bolsa do hemocomponente e atentar para o
preenchimento correto do filtro.
Os filtros são obrigatórios em transfusões (filtro
de 170µ capaz de reter coágulos e agregados)
Considerações gerais sobre a transfusão
Tempo de infusão
Caso a administração não possa ocorrer prontamente, o produto deve
retornar ao banco de sangue até o momento da infusão
Nenhuma infusão deve ocorrer num período superior a 4 horas
(crescimento bacteriano)
A transfusão deve ser acompanhada pelo profissional que a instalou
durante os 10 (dez) primeiros minutos à beira do leito
Considerações gerais sobre a transfusão
• Computar o volume das bolsas na folha de balanço hídrico e adicionar o valor à soma
total do balanço hídrico.
• Guardar a etiqueta da bolsa do hemocomponente na pasta do paciente.
• Realizar a infusão de 20ml de soro fisiológico em bolus para proceder a lavagem do
cateter.
• Certificar-se de que não há sintoma reacional para o paciente.
• Em vigência de reação, interromper a infusão, colher 10ml de sangue e colocar em um 
tubo seco e encaminhar ao banco de sangue.
RESOLUÇÃO COFEN Nº 0511/2016
Aprova a Norma Técnica que dispõe sobre a atuação de Enfermeiros e Técnicos de
Enfermagem em Hemoterapia.
• Art. 4º Os Enfermeiros Coordenadores de Serviços de Hemoterapia,
preferencialmente deverão ser Especialistas na área.
• Art. 5º Os Enfermeiros e Técnicos de Enfermagem somente poderão atuar nos
Serviços de Hemoterapia, desde que devidamente capacitados.
RESOLUÇÃO COFEN Nº 629/2020
• Aprova e Atualiza a Norma Técnica que dispõe sobre a Atuação de 
Enfermeiro e de Técnico de Enfermagem em Hemoterapia
• A presença do Enfermeiro é essencial a fim de contribuir com a 
construção de manuais, normativas, protocolos e Procedimentos 
Operacionais Padrão (POPs) do serviço, participando da elaboração 
e implantação e implementar os protocolos da instituição para uso 
racional do sangue, manuseio da transfusão segura e 
Hemovigilância
Competências do Enfermeiro e Técnico de Enfermagem em 
Hemoterapia
Por ser considerada uma terapia de alta 
complexidade, é vedada aos Auxiliares de 
Enfermagem a execução de ações relacionadas à 
Hemoterapia podendo, no entanto, executar 
cuidados de higiene e conforto ao paciente.
Competências do Enfermeiro
1. Planejar, executar, coordenar, supervisionar e avaliar os procedimentos
hemoterápicos e de Enfermagem nas Unidades, visando assegurar a qualidade do
sangue, hemocomponentes e hemoderivados, coletados e infundidos;
2. Desenvolver e atualizar os protocolos relativos à atenção de enfermagem ao paciente
em Hemoterapia, pautados nesta norma, adequadas às particularidades do serviço;
3. Estabelecer ações de treinamento operacional e de educação permanente, de modo a
garantir a capacitação e atualização dos Enfermeiros e Técnicos de Enfermagem que
atuam em Hemoterapia;
4. Prescrever os cuidados de enfermagem;
5. Participar, como membro da equipe multiprofissional em Hemoterapia, do processo de
seleção, padronização, parecer técnico para licitação e aquisição de equipamentos e
materiais utilizados em Hemoterapia.
Competências do Enfermeiro
6. Desenvolver ações a fim de garantir a obtenção de parâmetro de qualidade que
visam minimizar riscos e que permitam a formação de estoques de
Hemocomponentes capazes de atender à demanda transfusional.
7. Atentar para que o manuseio de resíduos dos serviços e a higienização da área
de coleta obedeçam às normas específicas e legislação vigente.
8. Participar de comissões de pesquisa, qualidade, biossegurança e ética, como
membro da equipe multiprofissional.
9. Garantir que todas as atividades desenvolvidas pelo serviço de hemoterapia
sejam registradas e documentadas de forma a garantir a rastreabilidade dos
processos e produtos, desde a obtenção até o destino final, incluindo a
identificação do profissional que realizou o procedimento.
10. Elaborar previsão quantiqualitativa do quadro de profissionais de
enfermagem, necessários para a prestação da assistência de enfermagem de
qualidade e livre de riscos e danos
NORMAS GERAIS PARA ENFERMEIROS E TÉCNICOS DE ENFERMAGEM 
NA CAPTAÇÃO DO SANGUE 
Compete ao Enfermeiro:
1. Proceder a triagem clínica, através de entrevista com o provável doador para
avaliar os antecedentes clínicos e o estado de saúde atual, em ambiente que
garanta a privacidade e o sigilo das informações prestadas;
2. Implementar ações visando preparar e orientar o doador/receptor e
familiares quanto à Hemoterapia, seus riscos e benefícios, tanto em nível
hospitalar como ambulatorial e residencial;
3. Solicitar assinatura do doador no termo de consentimento livre e esclarecido,
no qual declara consentir em doar o seu sangue e na realização de testes
laboratoriais;
4. Comunicar à equipe Multiprofissional, as intercorrências relacionadas à
coleta de sangue de doadores;
NORMA TÉCNICA PARA ATUAÇÃO DOS ENFERMEIROS E TÉCNICOS DE 
ENFERMAGEM EM HEMOTERAPIA
5. Garantir o pronto atendimento ao doador que apresentar alguma reação adversa;
6. Notificar ao doador a causa motivante da rejeição, garantindo total sigilo das
informações e quando necessário, proceder encaminhamento ao serviço de saúde de
referência;
7. Manter medicamentos e equipamentos necessários para a assistência ao doador que
apresente eventos adversos, assim como ambiente privativo para o seu atendimento.
8. Proceder as anotações de enfermagem.
Atentar para os tempos de início da transfusão, após o recebimento na unidade
NORMA TÉCNICA PARA ATUAÇÃO DOS ENFERMEIROS E TÉCNICOS DE 
ENFERMAGEM EM HEMOTERAPIA
Pré-procedimento
1. Garantir, sempre que possível, a assinatura do Termo de Consentimento
informado, pelo paciente ou familiar/responsável;
2. Verificar a permeabilidade da punção, o calibre do cateter, presença de
infiltração e sinais de infecção, para garantir a disponibilidade do acesso;
3. Confirmar obrigatoriamente a identificação do receptor, do rótulo da bolsa, dos
dados da etiqueta de liberação, validade do produto, realização de inspeção
visual da bolsa (cor e integridade) e temperatura, através de dupla checagem
(Enfermeiro e Técnico de Enfermagem) para segurança do receptor;
4. Garantir que os sinais vitais sejam aferidos e registrados para analisá-los;
5. Garantir acesso venoso adequado, exclusivo e equipo com filtro sanguíneo;
6. Prescrever os cuidados de enfermagem relacionados ao procedimento;
NORMA TÉCNICA PARA ATUAÇÃO DOS ENFERMEIROS E TÉCNICOS DE 
ENFERMAGEM EM HEMOTERAPIA
Intra-procedimento
1. Confirmar, novamente a identificação do receptor, confrontando com a identificação
na pulseira, e rótulo do insumo a ser infundido;
a. Verificar duas vezes o rótulo da bolsa do sangue ou hemoderivado para assegurar-se
de que o grupo e tipo Rh concordam com o registro de compatibilidade;
b. Verificar se o número e tipo no rótulo do sangue ou hemoderivado no prontuário do
paciente estão corretos confirmando mais uma vez em voz alta, o nome completo do
paciente;
c. Verificar o conteúdo da bolsa, quanto a bolhas de ar e qualquer alteração no aspecto e
cor do sangue ou hemoderivado (as bolhas de ar podem indicar crescimento
bacteriano; a coloração anormal ou turvação podem ser sinais de hemólise);
d. Assegurar que a transfusão seja iniciada nos 30 (trinta) minutos após a remoção da
bolsa do refrigerador do banco de sangue;
NORMA TÉCNICA PARA ATUAÇÃO DOS ENFERMEIROS E TÉCNICOS DE 
ENFERMAGEM EM HEMOTERAPIA
2. A transfusão deve ser monitorada durante todo seu transcurso e o tempo máximo de infusão não deve ultrapassar
4 (quatro) horas.
3. A transfusão deve ser acompanhada pelo profissional que a instalou durante os 10 (dez) primeiros minutos à beira
do leito;
a. Nos primeiros 15 (quinze) minutos, infundir lentamente, não devendo ultrapassar a 5 ml/min;
b. Observar rigorosamente o paciente quanto aos efeitos adversos, e na negativa, aumentar a velocidade
do fluxo;c. Garantir o monitoramento dos sinais vitais a intervalos regulares, comparando-os;
d. Interromper a transfusão imediatamente e comunicar ao médico, na presença de qualquer sinal de
reação adversa, tais como: inquietação, urticária, náuseas, vômitos, dor nas costas ou no tronco, falta de ar,
hematúria, febre ou calafrios;
e. Nos casos de intercorrência com interrupção da infusão, encaminhar a bolsa para análise;
f. Recomenda-se a prescrição da troca do equipo de sangue a fim de minimizar riscos de contaminação
bacteriana
NORMA TÉCNICA PARA ATUAÇÃO DOS ENFERMEIROS E TÉCNICOS DE 
ENFERMAGEM EM HEMOTERAPIA
Pós-procedimento:
1. Garantir que os sinais vitais sejam aferidos e compará-lo com as medições de referência;
2. Descartar adequadamente o material utilizado e assegurar que todos os procedimentos técnicos, administrativos, de limpeza,
desinfecção e do gerenciamento de resíduos, sejam executados em conformidade com os preceitos legais e critérios técnicos
cientificamente comprovados, os quais devem estar descritos em procedimentos operacionais padrão (POP) e documentados nos
registros dos respectivos setores de atividades.
3. Todas as atividades desenvolvidas pelo serviço de hemoterapia devem ser registradas e documentadas de forma a garantir a rastreabilidade
dos processos e produtos, desde a obtenção até o destino final, incluindo a identificação do profissional que realizou o procedimento. Devendo
constar obrigatoriamente:
• a. Data;
• b. Horário de início e término;
• c. Sinais vitais no início e no término;
• d. Origem e identificação das bolsas dos hemocomponentes transfundidos;
• e. Identificação do profissional que a realizou; e
• f. Registro de reações adversas, quando for o caso.
4. Monitorar o paciente quanto a resposta e a eficácia do procedimento;
Reações transfusionais
• A reação transfusional é toda e qualquer intercorrência que ocorra como consequência da
transfusão sanguínea, durante ou após a sua administração.
• As reações transfusionais podem ser classificadas em imediatas (até 24 horas da transfusão) ou
tardias (após 24 horas da transfusão), imunológicas e não-imunológicas
Divide-se em :
• Reações agudas não imunológicas
• Reações agudas imunológicas
• Reações tardias não imunológicas
• Reações tardias imunológicas
Sinais e sintomas
A ocorrência destas reações pode associar-se a um ou mais dos seguintes sinais e 
sintomas como: 
a) Febre com ou sem calafrios (definida como elevação de 1°C na temperatura 
corpórea), associada à transfusão; 
b) Calafrios com ou sem febre; 
c) Dor no local da infusão, torácica ou abdominal; 
d) Alterações agudas na pressão arterial, tanto hipertensão como hipotensão; 
e) Alterações respiratórias como: dispnéia, taquipnéia, hipóxia, sibilos; 
f) Alterações cutâneas como: prurido, urticária, edema localizado ou 
generalizado; 
g) Náusea, com ou sem vômitos.
Conduta Clínica
• Interromper imediatamente a transfusão e comunicar o médico responsável pela
transfusão;
• Manter acesso venoso com solução salina a 0,9%;
• Verificar sinais vitais e observar o estado cardiorrespiratório;
• Verificar todos os registros, formulários e identificação do receptor. Verificar à beira do
leito, se o hemocomponente foi corretamente administrado ao paciente desejado;
• Avaliar se ocorreu a reação e classificá-la, a fim de adequar a conduta específica;
• Manter o equipo e a bolsa intactos e encaminhar este material ao serviço de
hemoterapia;
• Se reações, coletar e enviar uma amostra pós-transfusional junto com a bolsa e os
equipos (garantir a não contaminação dos equipos) ao serviço de hemoterapia, assim
como amostra de sangue e/ou urina para o laboratório clinico quando indicado pelo
médico;
• Registrar as ações no prontuário do paciente.
Prevenção
• Treinamento dos profissionais da saúde quanto às normas de coleta e
identificação de amostras e do paciente;
• Avaliação criteriosa da indicação transfusional;
• Avaliação das transfusões “de urgência”;
• Realizar uma história pré-transfusional detalhada, incluindo história gestacional,
transfusional, diagnóstico, e tratamentos anteriores;
• Atenção em todas as etapas relacionadas à transfusão;
• Atenção redobrada na conferência da bolsa e do paciente à beira do leito;
• Infusão lenta inicialmente;
Obrigada
Referencia 
• Ministério da Saúde. Guia para o uso de hemocomponentes. 2ª 
edição. 2015
• Ministério da saúde. Anvisa. Resolução da diretoria colegiada. RDC nª 
34, de 11 de junho de 2014.
• Batissoco AC et al. Aspectos moleculares do sistema sanguíneo ABO. 
Rev. Bras. Hematol. hemoter. 2003;25(1):47-58

Outros materiais