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ESPONDILITE ANQUILOSANTE

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ESPONDILITE ANQUILOSANTE 
INTRODUÇÃO 
 É uma doença com início insidioso de lombalgia inflamatória durante o final da adolescência/início da 
vida adulta. Tem uma maior prevalência em homens e tem uma base genética com ligação ao antígeno 
HLAB27. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
• Coluna axial: 
o Lombalgia inflamatória insidiosa, dor lombar inferior, podendo ser alternante em nádegas, piora com 
o repouso, apresenta rigidez matinal e provoca despertar noturno. 
o Comprometimento das sacroilíacas: manobras que tensionem essas articulações. Limitação da 
mobilidade da coluna. 
AVALIAÇÃO DA MOBILIDADE AXIAL 
• Expansibilidade torácica: 
o Mãos repousam sobre ou atrás da cabeça. Medida no 4° espaço intercostal anteriormente. 
o Diferença entre a inspiração máxima (1) e a expiração (2) em cm é anotada. Registrar o melhor valor 
de duas tentativas. 
 
• Schober modificado: 
o Paciente em posição ereta, marca-se uma linha imaginária que liga ambas as espinhas ilíacas 
posterossuperiores (próximo às covinhas de Vênus). 
o Uma outra é marca é colocada 10 cm acima (2). 
o O paciente se curva ao máximo para frente, mede-se a diferença entre as duas marcas (3). 
o Anotar a diferença em cm, a melhor de duas tentativas deve ser registrada. 
 
• Flexão axial lateral: 
o Calcanhar e dorso apoiados à parede. Sem flexão dos joelhos, sem curvar-se para frente. 
o Posicionar uma marca na coxa (1), curvar-se lateralmente sem fletir os joelhos ou elevar os calcanhares 
(2), e sem mover os ombros ou os quadris, fazer mais uma marca e registrar a diferença (3). 
o A melhor de duas tentativas é anotada para a esquerda e para a direita separadamente. 
o Finalmente, a média da esquerda e da direita é registrada em cm. 
 
o A medida alternativa é feita com a medição da distância entre o dedo médio do paciente e o chão antes 
(1). E após o paciente curvar-se lateralmente (2) e anotar a diferença. E repete os outros itens. 
 
• Occipício-parede (seta preta) e trago-parede (seta branca): 
o Calcanhar e dorso apoiados à parede, com queixo em posição habitual. 
o Máximo esforço para posicionar a cabeça (occipício) contra a parede. 
o Registrar a melhor de duas tentativas em cm para a distância occipício-parede e a média das distâncias 
trago-parede direita e esquerda. 
 
• Rotação cervical: 
o O paciente senta-se ereto em uma cadeira, queixo em posição neutra, mãos sobre joelhos. 
o O avaliador posiciona um goniômetro no topo da cabeça alinhando com a ponta do nariz (1). 
o O avaliador pede para o paciente virar a cabeça ao máximo para à esquerda, seguindo com o 
goniômetro, e registra o ângulo entre o plano sagital e o novo plano após rotação (2). 
o Uma segunda leitura é realizada e a melhor de duas é anotada para o lado esquerdo. 
o O procedimento é repetido para o lado direito. 
o A média do lado esquerdo e do lado direito é registrada em graus (0 – 90°). 
 
EVOLUÇÃO 
Desaparecimento da lordose lombar e aumento da cifose torácica, perda da mobilidade da coluna 
lombar em flexão, e com o passar do tempo, no estágio final, paciente apresenta cifose grave da coluna torácica 
e cervical e fica incapaz de olhar para frente enquanto anda (paciente não consegue ver o sol). 
 
 No teste de Patrick Fabere o paciente pode sentir dor na articulação sacroilíaca contralateral ou no 
quadril homolateral. Se ele apresentar dor na sacroilíaca, devemos investigar. 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
• Articulações periféricas: 
o Artrite periférica tipicamente oligo ou monoarticular. 
o Mais frequente em grandes articulações dos MMII. 
o Aproximadamente 30% dos pacientes. 
• Entesite: locais de inserção do tendão no osso. 
o Acometimento de locais de inserção ao redor da pelve (tuberosidade isquiáticas, cristas ilíacas, 
trocanteres maiores), tendinite do tendão calcâneo e entesite de fáscia plantar. 
o Atualmente a entesite tem sido considerada o sítio primário de inflamação nas EpA. 
• Oftalmológicas: 
o Manifestação extra-articular mais comum. 
o Uveíte anterior aguda. 
o 30% dos pacientes. 
o Início agudo ou subagudo, dor ocular, unilateral, fotofobia e turvação visual. 
o Pode preceder o surgimento da EA por vários anos. 
o Fortemente associada ao HLAB27. 
• Cardíaco: 
o Aortite ascendente. 
o Regurgitação aórtica. 
o Anormalidades de condução. 
o Doença miocárdica. 
o Aproximadamente 10% dos pacientes.
• Pulmonar: 
o Doença fibrobolhosa apical. 
o Tosse e dispnéia progressiva. 
• Intestinais: 
o Até 60% dos pacientes com EA podem ter inflamações no cólon e íleo, geralmente assintomáticos. 
• Renais: 
o Amiloidose secundária (1 – 3%). 
ACHADOS LABORATORIAIS 
• Anemia branda (de doença crônica). 
• Aumento de marcadores inflamatórios (VHS e PCR). 
• HLAB27. 
EXAMES DE IMAGEM 
• Articulações sacroilíacas: 
o RX: posição de Ferguson, avalia se tem esclerose, erosões ou fusão na articulação e geralmente é 
simétrico. 
 
o Ressonância magnética: método mais sensível e específico, pode encontrar edema medular ósseo 
subcondral periarticular, e sacroileíte aguda é predominantemente no lado esquerdo. 
 
 
 
DIAGNÓSTICO 
 
 Os critérios modificados de New York (1984) para diagnóstico de espondilite anquilosante são: 
• Critério clínicos: 
o Lombalgia e rigidez articular por mais de 3 meses, que melhoram com exercício, mas não com 
repouso. 
o Limitação da mobilidade da coluna lombar nos planos sagital e frontal. 
o Limitação da expansibilidade torácica comparando ao normal, em relação à idade e ao sexo. 
• Critério radiológico: 
o Sacroileíte grau ≥ a 2 bilateral ou grau 3-4 unilateral. 
Nota: Espondilite Anquilosante definida se o critério radiológico estiver associado a no mínimo 1 critério 
clínico. 
 Já os critérios para diagnóstico de Espondiloartrite axial são: 
• Em pacientes com dor lombar ≥ a 3 meses e idade de início menor que 45 anos. 
• Sacroileíte na imagem mais ≥ 1 característica EpA ou HLA-B27 mais ≥ 2 características EpA. 
 
 Existe outro fator de critério de diagnóstico para pacientes com apenas sintomas periféricos: 
• Artrite ou entesite ou dactilite + ≥ 1 característica das EpA (uveíte, psoríase, Crohn, colite ulcerativa, 
infecção precedente, HLA-B27 ou sacroileíte pela imagem). Ou, ≥2 OUTRAS CARACTERÍSTICAS EPa 
(artrite, entesite, dactilite, LI alguma vez, história familiar de EpA). 
TRATAMENTO PARA ESPONDILITE ANQUILOSANTE 
 
• No postinho, temos o AINH: diclofenaco de sódio 50mg de 8 em 8 horas, acompanhando a função renal 
do paciente. 
Os AINHs, incluindo Coxibs, são recomendados como tratamento de primeira linha para pacientes 
com Espondilite Anquilosante com dor e rigidez. O tratamento contínuo com AINHs é preferido para pacientes 
com doença sintomática, persistentemente ativa. O risco cardiovascular, gastrointestinal e renal deve ser 
levado em conta quando realizar a prescrição de AINHs. 
As drogas modificadores da doença não possuem evidências para a eficácia das drogas de base, 
incluindo Sulfassalazina e Metotrexate, para o tratamento da doença axial. Porém a Sulfassalazina pode ser 
considerada em pacientes com artrite periférica. 
 A recomendação ASAS para o uso de agentes Anti-TNF em pacientes com espondiloartrite axial são: 
 
 O uso de glicocorticoides através de injeções de corticosteroides dirigidas para o sítio local de 
inflamação musculoesquelética deve ser considerado. Já o uso de glicocorticoides sistêmicos para doença axial 
não tem suporte de evidência. Ressalta-se que não usa para controle de sintomas. 
ALERTA PARA ENCAMINHAMENTO PRECOCE DE PACIENTES SUSPEITOS DE 
ESPONDILOARTRITE AXIAL 
Pacientes com dor nas costas crônica (com duração ≥ 3 meses e início da dor antes dos 45 anos de 
idade devem ser referidos para um reumatologista se no mínimo um dos seguintes parâmetros estiver presente: 
• Dor nas costas de ritmo inflamatório. 
• HLA-B27 positivo. 
• Imagem de sacroileíte se disponível (radiografia ou ressonância magnética). 
• Manifestaçõesperiféricas (artrite, entesite, dactilite). 
• Manifestações extra-articulares (psoríase, doença inflamatória intestinal, uveíte). 
• História familiar positiva para EpA. 
• Boa resposta aos anti-inflamatórios não hormonais. 
• Reagentes de fase aguda elevados.

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