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FARMÁCIA PRINCÍPIOS ANALÍTICOS FARMACÊUTICOS POSTAGEM 2 ATIVIDADE 2 – RELATÓRIO FINAL ÁCIDO ACETILSALICÍLICO Aline da Silva Medeiros – RA:2008426 Haroldo César Bacaro – RA:2090574 Priscila Mendes Yamada – RA:2008431 Rodrigo Rosa de Oliveira – RA:0544901 Sabrina Nobre Variano – RA:2086487 UNIP EAD – SANTOS II – BOQUEIRÃO/PERUÍBE 2021 1. Resumo O presente trabalho teve como objetivo exercer a validação analítica, no caso um doseamento, que é determinar o teor de um princípio ativo, para a execução desse trabalho foi escolhido o ácido acetilsalicílico, que foi validado seguindo alguns parâmetros e normas de órgãos responsáveis. Para a realização do relatório buscamos na farmacopeia brasileira as informações da validação do ácido acetilsalicílico, a farmacopeia brasileira é um livro que ensina o preparo e a composição de medicamentos, nele contém informações técnicas que retratam a nomenclatura das substâncias, dos medicamentos básicos, requisitos de qualidade, insumos, compostos e também de equipamentos farmacêuticos. Sendo assim podemos perceber a importância da validação na área farmacêutica. A metodologia utilizada para compor esse relatório foi pesquisas na internet e bibliográficas. Palavras-chave: Farmacopeia brasileira e ácido acetilsalicílico. 2. Introdução A regulamentação para validação de métodos analíticos é realizada no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO), (PAGAN, et all). A resolução da diretoria colegiada RDC no166 de 24 de julho de 2017 regulamentada pela ANVISA tem como objetivo estabelecer os critérios para validação, com abrangência de métodos analíticos utilizados em insumos farmacêuticos, medicamentos e produtos biológicos. Deve ser utilizada uma Substância Química de Referência Farmacopéica (SQF) para validação do método analítico escolhido, utilizando como referência preferencialmente a farmacopéia brasileira, ou outros compêndios oficiais reconhecidos pela anvisa (BRASIL, 2017). São muitos os parâmetros que devem ser avaliados para a validação analítica, porém os parâmetros que devem ser observados em métodos analíticos compêndiais devem apresentar um estudo de validação parcial avaliando pelo menos os parâmetros de seletividade, precisão e exatidão. (BRASIL, 2017). A seletividade permite que o método quantifique e qualifique com precisão o analito de interesse na presença de interferências como impurezas, diluentes e componentes da matriz. A precisão deve-se avaliar a proximidade entre os resultados obtidos por meio de ensaios com amostras preparadas conforme descrito no método analítico a ser validado, observando conforme a norma a repetibilidade/precisão intermediária ou repetibilidade/reprodutibilidade, por último a exatidão de um método analítico é obtida através do grau de concordância entre os resultados individuais do método em estudo em relação a um valor aceito como verdadeiro (BRASIL, 2017). A regulamentação pelo INMETRO se faz através do documento orientativo DOQ-CGCRE-008 de Abril de 2020, onde o objetivo é demonstrar que um método analítico tem as características necessárias para a obtenção de resultados com a qualidade exigida. Os parâmetros de validação que devem ser avaliados são: Seletividade; Linearidade / Faixa de trabalho / Faixa linear de trabalho/ Sensibilidade; Limite de Detecção (LD); Limite de Quantificação (LQ); Tendência/Recuperação; Precisão (repetibilidade, precisão intermediária e reprodutibilidade (INMETRO, 2020). O processo de validação de um método deve estar descrito em um relatório de validação, e os estudos para determinar os parâmetros de validação devem ser realizados com equipamentos e instrumentos dentro das especificações, funcionando corretamente e calibrados (INMETRO, 2020, p.7). A aspirina é um dos medicamentos mais utilizados no mundo, que tem como princípio ativo o ácido acetilsalicílico e faz parte do grupo dos anti-inflamatórios não esteroides, sua propriedade é analgésica, antipirética e anti-inflamatória (ANVISA, 2011). Esse trabalho tem como objetivo a validação do ácido acetilsalicílico. 3. Desenvolvimento A farmacopeia brasileira está na 6°edição é um documento de referência aprovado pela Anvisa, através da resolução da diretoria colegiada RDC No298/2019 publicada no diário oficial da união (DOU) de 14/08/2019 (ANVISA, 2019). O ácido acetilsalicílico é proveniente da salicina (antitérmico e analgésico), extráda da planta salixalba, mais conhecida como salgueiro branco. Este fármaco foi descrito inicialmente por Rafaele Piria em 1897, com a descoberta do AAS, Felix Hoffman sintetizou a aspirina, primeiro medicamento produzido e comercializado com esse pricípio ativo (CALIXTO; SIQUEIRA JUNIOR, 2008). Pertencentes a classe dos salicilatos, o ácido acetilsalicílico é utilizado como antipirético e analgésico, amplamente prescrito e dispensado devido ser de baixo custo e fácil produção (SILVEIRA; GINDRI; 2016). O uso contínuo é indicado nos casos de prevenção de infartos, acidente vascular cerebral (AVC) e doença vascular periférica, devido ao fato de diminuir a produção de tromboxano, que é um tipo de lipídio que favorece a agregação plaquetária consequentemente diminuindo à probabilidade de formação de coágulos que podem ocasionar uma obstrução do fluxo sanguíneo (CRUZ, 2016). PARÂMETROS QUE DEVEM SER CONSIDERADOS NA VALIDAÇÃO ANALÍTICA A validação deve ser suficientemente abrangente para atender às necessidades de uma determinada aplicação ou área de aplicação. O laboratório deve registrar os resultados obtidos, o procedimento utilizado para a validação e uma declaração de que o método é ou não adequado para o uso pretendido. SELETIVIDADE: A seletividade do método analítico deve ser demonstrada por meio da sua capacidade de identificar ou quantificar o analito de interesse na presença de componentes que podem estar presentes na amostra, como impurezas, diluentes e componentes da matriz para demonstrar a seletividade dos métodos de identificação, os ensaios devem ser aplicados a substâncias estruturalmente semelhantes ao analito, sendo o critério de aceitação a obtenção de resultado negativo (ANVISA, 2017). LINEARIDADE: A linearidade de um método deve ser demonstrada por meio da sua capacidade de obter respostas analíticas diretamente proporcionais à concentração de um analito em uma amostra. Todos os cálculos para a avaliação da linearidade devem ser realizados a partir dos dados de concentrações reais e respostas analíticas individuais. Para avaliação da linearidade, devem ser apresentados os seguintes dados: representação gráfica das respostas em função da concentração do analito;gráfico de dispersão dos resíduos, acompanhado de sua avaliação estatística;equação da reta de regressão de y em x, estimada pelo método dos mínimos quadrados (ANVISA, 2017). PRECISÃO: A precisão deve avaliar a proximidade entre os resultados obtidos por meio de ensaios com amostras preparadas conforme descrito no método analítico a ser validado. A precisão deve ser demonstrada pela dispersão dos resultados, calculando- se o desvio padrão relativo (DPR) da série de medições conforme a fórmula "DPR=(DP/CMD)X100", em que DP é o desvio padrão e CMD, a concentração média determinada. Os critérios de aceitação devem ser definidos e justificados de acordo com os seguintes aspectos: objetivodo método variabilidade intrínseca do método concentração de trabalho; e concentração do analito na amostra (ANVISA, 2017). EXATIDÃO: A exatidão de um método analítico deve ser obtida por meio do grau de concordância entre os resultados individuais do método em estudo em relação a um valor aceito como verdadeiro. As amostras para avaliação da exatidão devem ser preparadas de maneira independente, podendo ser utilizadas soluções diluídas de uma mesma solução mãe da SQR. A exatidão deve ser expressa pela relação percentual de recuperação do analito de concentração conhecida adicionado à amostra ou pela relação entre a concentração média, determinada experimentalmente, e a concentração teórica correspondente. Quando a exatidão é determinada a partir de um método anteriormente validado, deve-se considerar, em substituição ao termo “concentração teórica”, a concentração do analito determinada por meio desse (ANVISA, 2017). ACIDO ACETILSALICÍLICO C9H8O4; 180,16 ácido acetilsalicílico; 00089 Ácido 2-(acetiloxi) benzoico [50-78-2] Contém, no mínimo, 99,5% e, no máximo, 101,0% de C9H8O4, em relação à substância dessecada. CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICA Pó cristalino branco ou cristais incolores, geralmente inodoro. Ponto de fusão: funde em torno de 143 oc. DOSEAMENTO Pesar, exatamente, cerca de 1 g de amostra, transferir para erlenmeyer de 250 mL com tampa e dissolver em 10 ml de etanol. Adicionar 50 mL de hidróxido de sódio 0,5 M SV. Deixar em repouso por 1 hora. Adicionar 0,2 mL de fenolftaleína SI como indicador e titular com ácido clorídrico 0,5 M SV. Realizar ensaio em branco e efetuar as correções necessárias. Cada mL de hidróxido de sódio 0,5 M SV equivale a 45,040 mg de C9H8O4 5. Conclusão Podemos observar que a validação é essencial para poder definir se o método desenvolvido está totalmente adequado para os objetivos destinado, a fim de obter resultados precisos e confiáveis e que possam ser interpretados. A qualidade de qualquer medicamento não é só de responsabilidade comercial, mas também moral e legal. Na saúde o não cumprimento das exigências e qualidades que são imprescindíveis podem acabar acarretando sérias e perigosas implicações, como, um tratamento ineficaz por uma subdosagem e também efeitos tóxicos em decorrência de uma superdosagem terapêutica. A Farmacopeia brasileira nos mostra técnicas simples, de baixo custo e fácil execução, podendo ser muito útil para se avaliar a qualidade de um fármaco, técnicas essas realizadas a partir de análises físico-químicas. Assim chegamos à conclusão da importância de um medicamento que tenha sido validado e que atendam aos padrões de qualidade estabelecidos pela agência nacional de vigilância sanitária (Anvisa) no quesito princípio ativo, não comprometendo seu resultado final. 6. Referências: BRASIL. Agencia Nacional de Vigilancia Sanitaria- ANVISA. Resolucao da Diretoria Colegiada n•166,de 24 de Julho de 2017. Disponível em: <http://antigo.anvisa.gov.br/documents/10181/2721567/RDC_166_2017_COMP.pdf/ d5fb92b3-6c6b-4130-8670-4e3263763401>. Acesso em: 1 de maio de 2021. INMETRO. Coordenação Geral de Acreditação. Orientação sobre validação de métodos analíticos: documento de caráter orientativo: DOQ-CGCRE-008: revisão 09 – junho 2020. Brasília, DF, 2020. Disponível em: < file:///C:/Users/User/AppData/Local/Temp/DOQ-Cgcre 8 09.pdf>. Acesso em: 01 de Maio de 2021. PAGAN, Fausto de Souza et al. Validação de método analítico para quantificação do Fipronil por cromatografia líquida de alta eficiência. Enciclopédia Biosfera. Centro Científico Conhecer, Goiânia, v.16, n.29, 2019. BRASIL.AGENCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Farmacopeia Brasileira , volume 2. 6•Ed. Brasilia,2019 pg.19,20 e 21. Instituto Nacional De Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial. DOQ CGCRE 008: orientações sobre validação de métodos de ensaios químicos. INMETRO. Disponível em: <http://www.inmetro.gov.br>. Acesso em: 2 de maio de 2021. Cruz, Elaine Patricia.Tomar aspirina a cada três dias reduz risco de infarto, aponta pesquisa.Agência Brasil,2016. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2016-08/tomar-aspirina-cada-tres-dias- reduz-ris co-de-infarto-aponta-pesquisa> Acesso em: 05 de maio de 2021. SILVEIRA, M. S.; GINDRI, A. L. Avaliação da qualidade de comprimidos de ácido acetilsalicílico.Multiciências online, Alto Uruguai. Acesso: 29 de abril de 2021. ANVISA. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Farmacopeia Brasileira, volume 1. 6ª Ed. Brasília,2019. CALIXTO, J. B.; SIQUEIRA JUNIOR, J. M. Desenvolvimento de medicamentos no Brasil: desafios. Gazeta médica da Bahia, v. 78, n. 1, 2008. Disponível em: <http://www.gmbahia.ufba.br/index.php/gmbahia/article/viewFile/269/260>. Acesso em: 3 de maio de 2021. KOHLER, L. F. et al. Avaliação biofarmacotécnica e perfil de dissolução de comprimidos de dipirona: equivalências farmacêutica entre medicamentos de referência, genéricos e similares. Revista Brasileira de Farmácia, v. 90, n. 4, p. 309- 315, 2009. Disponível em: <http://rbfarma.org.br/files/pag_309a315_avaliacao_biofarmacotecnica_227_90- 4.pdf>. Acesso em: 02 de Maio de 2021.
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