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Maria Clara Crispim Dandara Leal Conceitos básicos sobre terapêutica medicamentosa Droga - matéria prima de origem animal, mineral ou vegetal, que possui um princípio ativo. Para se transformar em fármaco é necessário estudos clínicos e testes. Fármaco - Um fármaco é qualquer substância de estrutura química conhecida que quando administrado a um organismo vivo produz um efeito biológico que pode ser benéfico ou não. Remédio – qualquer dispositivo usado na tentativa de se curar uma doença ou aliviar um sintoma. Este dispositivo pode ser um medicamento, uma massagem, uma conversa ou mesmo um placebo qualquer. Medicamento – é definido como uma substância química capaz de promover no organismo ação profilática, terapêutica, ou diagnóstica. É a associação de um ou mais fármacos. Formas dos medicamentos Líquida – solução, xarope, suspensão, elixir, emulsão e loção. Sólida – comprimida, drágea, cápsula e supositório. Semi-sólida – géis, pastas, pomadas e cremes. Mecanismo de ação dos medicamentos Farmacocinética – envolve todos os mecanismos utilizados pelo organismo para absorção do fármaco através das vias de administração até a excreção. Farmacodinâmica - representa todos os mecanismos utilizados pelos fármacos para promover um efeito terapêutico. “O que o organismo faz com o medicamento – absorção, distribuição, metabolismo e excreção – é a farmacocinética. O que o fármaco faz com organismo – a atividade dele no organismo - é a farmacodinâmica.” Trata-se da administração de medicamentos no organismo por meio de vias tendo como objetivo uma proposta terapêutica. Farmacocinética Maria Clara Crispim Dandara Leal Ação dos medicamentos Profilática – evita o aparecimento de doenças ou diminui sua gravidade Terapêutica Curativa Paliativa – curar sintomas; ex.: dor de cabeça Substitutiva – substituir a função de um órgão; ex.: uso de insulina Auxiliar no diagnóstico – ex.: contraste para melhor visualização da imagem; luftal para excreção de gases no organismo Tipos de ação Ação local Pele: pomadas, cremes, loções Mucosas: supositórios, colírios, óvulos vaginais Sistêmica Corrente sanguínea Interações medicamentosas Trata-se de um evento clínico em que os efeitos de um fármaco são alterados pela presença de outro fármaco, de um alimento, uma bebida ou algum agente químico ambiental. Alteração dos efeitos do medicamento decorrente da combinação com outro medicamento podendo ser detectada por meio do aumento ou diminuição do efeito desejado. Pode bloquear a ação do outro medicamento. Dosagem É a quantidade em miligramas que uma pessoa vai necessitar para tratar uma doença ou aliviar os sintomas. Dose mínima Dose ideal Dose máxima Dose de manutenção Dose tóxica – maior quantidade de um fármaco que ocasiona efeitos adversos além do esperado. Pode ocasionar danos ao organismo. Dose letal - indicação da letalidade ocasionada por uma substância, dose capaz de matar. Vias de administração de medicamentos As vias de administração podem ser divididas, de maneira ampla, em ação local e ação sistêmica. A liberação tópica de um medicamento é sua aplicação em locais específicos, sem necessidade de ser absorvido pela circulação sanguínea para demonstrar seu efeito. Contudo, em medicamentos administrados para atingirem a ação sistêmica, necessariamente existe a necessidade de absorção pela circulação sanguínea, em que há um transporte efetivo para levar as moléculas do medicamento até as áreas-alvo no organismo. Maria Clara Crispim Dandara Leal Via Oral/Enteral – boca e sublingual (lipossolúveis). Via Respiratória Ou Inalatória – nebulização, bombas de ar. Via Tópica – pele ou mucosas Ocular Intra-nasal Otológica Retal Vaginal Pele Via Parentais/ Vias Sistêmicas (diretamente na corrente sanguínea): visa à administração do medicamento por injeção, não passando, portanto, pelo trato gastrointestinal (TGI) antes de chegar à circulação sistêmica. Intradérmica ID (15°) – derme Subcutânea SB (45°/90°) – hipoderme Intramuscular IM (90°) – diretamente no músculo Endovenosa/Intravenosa EV (25°) As principais vias para administração parenteral são a EV, a IM e a SB. Obs.: se na via subcutânea não for utilizada agulha própria (calibre entre 25 a 27) e sim uma comum, para atingir o tecido subcutâneo é necessário colocar o ângulo de 45°. Mas se tiver uma agulha própria, não é necessário fazer o ângulo de 45, faça de 90° graus pois é específica para isso. Ex: agulha de insulina. Intradérmica não é necessário fazer antissepsia da pele. (Ex: vacinas) Maria Clara Crispim Dandara Leal Princípios Gerais na administração segura de medicamentos: Verifique o prazo de validade do medicamento. Verifique a existência de sensibilidades (alergias) do paciente à drogas antes de preparar e administrar medicações. Não administre medicação preparada por outra pessoa. Evite distrações enquanto prepara a medicação. Mantenha do início ao fim do procedimento o material esterilizado. Ao preparar e ao administrar, seguir a regra dos CERTOS: Medicamento certo Dose certa Paciente certo (nome e sobrenome) Horário certo Forma do medicamento certa Via certa Orientação certa – informar que vai administrar tal medicamento, que serve para tal ação Resposta certa – observar se o paciente identificar se o medicamento teve o efeito desejado Registro certo – data, nome do paciente, nome do medicamento, posologia/dosagem, via de administração, frequência e assinatura Maria Clara Crispim Dandara Leal Sistemas de medida: 1 litro (L) = 1000 mililitros (ml) 1 mililitro (ml) = 1 centímetro cúbico (cc) 1 mililitro (ml) = 20 gotas 1 quilograma (kg) = 1 000 gramas (g) 1 grama (g) = 1 000 miligramas (mg) 1 miligrama (mg) = 1 000 microgramas (mcg) 1g = 1 000 mg = 10 ml Sistemas Domiciliar: 1 colher de café = 03 ml 1 colher de chá= 05 ml 1 colher de sobremesa= 10 ml 1 colher de sopa= 10 ml 1 xícara de chá= 180 ml 20 gotas= 1 ml
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