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Brailsford – A League of Nations Obs: Como vocês verão, o texto do Brailsford é cheio de paixão e por isso fiz o resumo na primeira pessoa igual ao texto. Não percebemos o presságio da aproximação da guerra, superestimamos a nossa relação com a Alemanha. Quase não percebemos a declaração de guerra entre a Alemanha e Rússia(oriente próximo) mesmo antes do fato que ocasionou a guerra. Depois do assassinato do arquiduque e de uma breve discussão, entramos em guerra sem raiva, sem ódio e sem desejo. Estávamos conscientemente fazendo aquela coisa repugnante com a razão e o instinto e nos dizendo que era pela última vez. Um estudo entre os artigos “mais badalados” geralmente nos mostrava que surgiria uma ênfase recorrente que dizia que fora da guerra ocorreria algo para resolver e reorganizar a Europa, para a prevenção de guerras futuras. Impregnávamos na mente que a Alemanha sozinha resistia à evolução da Europa pacífica. Num esforço conjunto, era necessário criar uma sociedade pacífica e amigável que eliminaria as guerras. A juventude sofreu e era notório, mas a causa maior era boa, sabíamos que a Europa perderia aos milhões antes de alcançar a paz duradoura. Nós não nos perguntamos se se poderia mudar uma propensão demoníaca pela força, converter o inimigo a melhores propósitos e construir a cidade de Deus. Conhecíamos nosso grande poder e elevados propósitos, mas não paramos muito para indagar se os meios eram apropriados para atingir o fim. No início estávamos longe da idéia megalomaníaca crescem com sangue, tanto que as nacionalidades incentivadas e com propósito multiplicador. Pensamos que os grandes impérios militares seriam abolidos em um tempo em que uma grande potência e um pequeno estado negociariam em igualdade, ou seja, eliminaríamos a idéia de poder e força como fator positivo nas RI. Mas no calor tudo parecia muito simples, tudo se resolveria sozinho simplesmente acabando com a força militar. O que condenávamos e nos sentíamos ofendidos com a Alemanha não era apenas o abuso do poder militar, mas o habito de pensar em termos de poder. As condições dos britânicos os deixavam receosos de usar a força, mesmo a grande marinha era vista como ferramenta de defesa e não de conquista, e mais importante que condições políticas(império vasto) e geográficas(não-continental) e de uma potência satisfeita sem passar por provas de força como os outros estados, logo, é mais fácil para nós (britânicos) condenarmos a força. Mas sabemos que problemas como a Alsácia e os eslavos do sul só poderiam se resolver com a guerra. Percebemos que a disciplina germânica, seu senso de trabalho cooperativo, de submissão individual à comunidade e sua alta escolaridade colaboram para o seu poder. Esta guerra nos ensinou a descartar o conceito do século XVIII de que a guerra é travada entre pequenos exércitos profissionais e que as nações conviviam normalmente com isso. A nova idéia é que mesmo que a guerra acabe no campo de batalha ela continua nas fabricas e portos. E a consideração de subordinar a economia externa à subordinações militares, implica que o inimigo de hoje é também o inimigo de amanhã. Nós já estivemos na escola da força e já nos graduamos. Não queremos mais guerras, uma Liga de Paz como um sistema de arbitragem e mediação será bem-vindo, ainda que com reservas. E quando se diz conferência, se quer dizer sentar com os inimigos e negociar com equidade e tolerância os “afazeres” em comum. Consideração mútua é incompatível com tentativas de ferir ou prejudicar economicamente o outro. Se por um lado não renunciamos a esperança da paz futura, por outro também adotamos a idéia de poder. Não rejeitamos a idéia de conferência, porém, adotamos a idéia do boycott. Estas contradições são resultados da experiência emocionais terríveis que passamos. O motivo real que leva a uma política militar e econômica anti-germânica permanente são mais que interesses ou considerações emocionais, mas a determinação de segurar-se contra uma possível repetição desta guerra. Suponhamos que a Alemanha consinta numa limitação geral européia de armamentos. O temperamento de seu povo não é naturalmente agressivo. Eles também não têm consciência completa do que está acontecendo hoje, muitos realmente pensavam que a Alemanha lutava uma guerra defensiva. Os mais moderados, assim como o chanceler já começam a concordar que a Alemanha pode participar de uma Liga de paz, mesmo pela sua condição que não permite sustentar muito armamento. Alguns ingleses e franceses dizem que a Liga não é tão prática, que o desgaste já era capaz de evitar a guerra pelo menos por uma década, que a liga deveria ser feita entre os aliados e a tensão já iria sendo dissipada. Além do que um tratado com a Alemanha é volúvel, ela pode rasgá-lo a qualquer momento. Mas aceitar isso é como dizer é como dizer que os tratados depois desta guerra não são mais seguros que os de 1914, que a força deve estar sempre preparada e unida. Se consideramos o mundo pós-guerra governado pelo velho princípio da balança de poder, consideramos que a balança foi realmente estável e que não existiam alianças permanentes. Nenhum vitorioso teve o que queria na guerra, mesmo porque alguns queriam as mesmas coisas. Desconsideraram também que a Alemanha sozinha já era uma grande potência. Talvez, após a paz, esta guerra seja um demônio necessário para a humanidade evoluir mais rápido. Resumo feito por Matheus Ramalho IRiscool 2011.2
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