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Fisiologia do Envelhecimento Envelhecimento do SNC Capacidade reparadora do SNC · Neurônios: células altamente diferenciadas e especializadas, estáveis estruturalmente. · SNC não dispõe de capacidade reparadora: · Neurônios não podem se reproduzir. · Células oligodendrogliais não podem remielinizar-se. · Vasos sangüíneos cerebrais: capacidade limitada para reparação estrutural. Mecanismos compensadores do SNC · Redundância: Existem muito mais células nervosas do que o necessário para cada função. · Mecanismos compensadores: Na lesão do SNC- adaptações são mais eficientes quanto mais altos forem os centros atingidos. · Plasticidade: reparação do SNC com formação de novas sinapses dos neurônios maduros. A formação de novos circuitos sinápticos permite adaptações e desenvolvimento de habilidades. Alterações anatômicas do SNC · Atrofia cerebral, com redução de 5-10% do peso do cérebro, quando comparado a jovens. · A redução do peso se verifica a partir da terceira década de vida. · Sexo feminino: declínio do peso cerebral é mais precoce. · Redução do volume cerebral após 60 anos: Até 60 anos proporção cérebro-calota cerca de 93%, entre 70 e 90 anos: relação de 80%. · Aumento dos sulcos em detrimentos dos giros. · Aumento do tamanho dos ventrículos cerebrais. Aspectos clínicos · Atrofia cerebral e redução do volume encefálico · Tracionamento dos vasos das meninges. · Maior risco de hemorragias subdurais em traumas encefálicos diretos ou indiretos (mecanismo de aceleração/desaceleração). Alterações estruturais do SNC · Depósitos de lipofucsina (lipocromo ou pigmento de desgaste). · Depósitos amilóides nos vasos e células. · Placas senis. · Emaranhados neurofibrilares. Alterações Morfofuncionais · Acúmulo de lipofucsina. · Redução de neurônios sobretudo em córtex de: Giros pré-centrais; Giros temporais; Cerebelo. · Parece haver maior perda de neurônios que não possuem prolongamentos na substância branca (neurônios de associações intracorticais). · Atrofia neuronal: redução do RNA citoplasmático, acúmulo de lipofucsina. · Retração do corpo celular dos grandes neurônios. · Aumento relativo da população dos pequenos neurônios. · Adelgaçamento da espessura cortical. Sensibilidade · Alteram sensibilidade tátil e dolorosa. · Limiar para a dor aumenta e a sensibilidade dolorosa cutânea e visceral diminui. · Perda da sensação vibratória, discriminação dois pontos. Alterações bioquímicas · Redução em níveis de : Acetilcolina; Receptores colinérgicos; Ácido Gama-aminobutírico; Serotonina; Catecolaminas; Dopamina · Declínio da função sináptica. · Aumenta efeito da monoaminoxidade (enzima que degrada a norepinefrina). Memória · Campo de controvérsias · Aquisição e retenção de novas informações em indivíduos > 60a, tornam-se mais difíceis? · O fluxo de informações é dificultado, principalmente a transferência de novas informações para a memória secundária. · Alterações das conexões do hipocampo com as áreas de aprendizagem · Esquecimento senescente benigno x fase inicial de Alzheimer. Alteração patológica ou fisiológica? Diagnóstico diferencial das queixas de memória · Quadros demenciais · Delirium · Quadros depressivos · Distúrbios metabólicos (tireoidianos, diabetes, hidroeletrolíticos...) · Doenças agudas · Deficiência vitamínica (B12, ácido fólico e tiamina) · Desatenção · Esquecimento senil benigno ou fisiológico Alterações fisiológicas do sono · Alteração da qualidade e quantidade · Maior fragmentação · Latência prolongada · Redução do sono REM · Redução do estágio 4 · Sono mais superficial Aspectos clínicos: · Queixas freqüêntes de insônia. · Necessidade de avaliar a interferência da redução do sono nas atividades diárias: Sono suficiente? Sonolência diurna? Distração para atividades? Dificuldades de concentração? · É a principal causa do uso abusivo de benzodiazepínicos, com riscos de iatrogenia. Causas freqüentes de insônia no idoso · · Ambientais · Depressão · Dellirium · Demências · Apnéia do sono · Dor crônica · DPOC · ICC · Noctúria · Mioclonias · Drogas · · Dç. Parkinson · Dist. Dispépticos · Fecaloma · Distúrbios do ritmo circadiano · Envelhecimento Endócrino, Metabólico e Nutricional Climatério · Falência da função ovariana. · Menopausa: 1 ano de amenorréia. · Idade média da menopausa: 47,8 anos. · Relação com osteoporose, doença cardiovascular, redução da qualidade da vida sexual. · Em estudo interferências no metabolismo da glicose. · Resulta em deficiência estrogênica e progestágena. · Manutenção de pequena produção de testosterona, convertida a estradiol no tecido adiposo. · Aumento da expectativa de vida: conseqüências a longo prazo da deficiência hormonal. Sintomas do Climatério Precoces: · Ondas de calor · Atrofia gênito-urinária · Incontinência urinária · Dispareunia · Alterações de libido Tardios: · Alterações de humor/depressão · Doença cardiovascular · Osteoporose · Doença de Alzhiemer? Andropausa · Incapacidade testicular para produção de testosterona, espermatozóides ou ambos. · Dosagem de testosterona (reduzida), LH e FSH (aumentados). Sinais e sintomas de hipogonadismo · Redução de libido · Impotência · Redução de pêlos · Fraqueza muscular, redução da massa muscular. · Ginecomastia (descartar patologias associadas) Alterações glicêmicas Alterações fisiológicas da glicemia · A partir de 40 anos: Elevação da glicemia de jejum 1-2 mg/dl e glicemia pós-prandial 8-20 mg/dl a cada década. Fatores associados à elevação glicêmica · Aumento do tecido adiposo · Redução da massa magra · Aumento da resistência à insulina · Redução da secreção de insulina ou hiperinsulinemia (compensatória à resistência da insulina). · Redução da atividade física · Doenças coexistentes · Maior ingestão de carboidratos · Polifarmácia, uso de drogas hiperglicemiantes ou antagônicas à insulina · Fator genético Quadro clínico · Freqüentemente a diabetes no idoso é um achado ocasional. · Glicosúria se verifica com níveis mais elevados de glicemia (em torno de 220), reduzindo a ocorrência de poliúria. · Polidipsia atenuada pela redução dos reflexos de sede. Alterações tireoidianas Senescência Alterações histológicas · Aumenta fibrose interfolicular. · Redução do tamanho dos folículos. · Degeneração de células epiteliais. · Infiltrados linfocíticos. · Aumento no número de células parafoliculares. · Aumenta hiperplasia micronodular. Alterações funcionais · Redução da captação de iodo. · Redução da distribuição de tiroxina e de sua degradação periférica. · Redução da produção de T3 e T4. · Redução da conversão periférica de T4 a T3 (que pode reduzir o T3 total). · Redução de hormônio tireotrófico hipofisário - TSH (alteração no eixo hipotálamo – hipofisário). Hipotireoidismo · Aumenta incidência com envelhecimento · 0,5 a 5% de hipotireoidismo franco e 15-20% de hipotireoidismo subclínico. · Causa mais freqüente: tireoidite auto-imune. · Iatrogênicas: iodo radioativo, tioaminas, amiodarona, iodo, xaropes antitussígenos contendo iodo. · Fadiga, cansaço, intolerância ao frio, pele seca, queda de cabelos, constipação, anorexia, depressão. · Sinais: aumento inexplicado do nível de colesterol, ICC, anemia crônica, déficit cognitivo. Hipertireoidismo · Incidência 0,5-3% em idosos. · Hipertireoidismo no idoso- Raramente sintomas típicos: tremores, sinais oculares, nervosismo, intolerância ao calor. · Freqüente: taquiarritmias: fibrilação atrial 25% casos; perda de peso, anorexia, diarreia; sintomas neuropsiquiátricos: depressão, mania, alterações cognitivas, delirium, quedas, incontinência urinária; osteoporose. · Drogas: amiodarona, iodo Alterações nutricionais Aspectos fisiológicos · Aumento do tecido adiposo. · Redução da massa muscular. · Redução da água corporal total. · Perda do paladar e olfato. · Redução na produção de pepsina e ácido clorídrico · Redução na ingestão de alimentos, medicamentos, ferro e folato · Redução de fator intrínseco: Deficiênciade vitamina B12. · Presbiesôfago (disfagia e risco de aspiração) · Redução da secreção pancreática
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