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Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 1 Sistem� Urinári� S. Urinário -> Regulação ácido base junto com o sistema respiratório (são integrados). Dois rins na situação retroperitoneal (atrás do peritônio). Rim é dotado de estruturas como néfrons (globulares), altamente vascularizada (artéria renal forma 2 redes capilares através de arteríolas que vão interagir para com os néfrons). Tudo que os rins fazem é decorrente de uma íntima interação entre os néfrons e o sistema cardiocirculatório. Cápsula de Bowman, túbulo contorcido, duto coletor (estrutura comum a 7 ou 8 néfrons). Capilares glomerulares são fenestrados, apresentam poros -> passagem de substâncias para a cápsula de Bowman formando o filtrado (composição parecida com plasma, mas não têm proteínas nem células sanguíneas porque elas são grandes e não passa pelos poros) - formação decorrente. Entra na arteríola aferente. O que não foi filtrado passa adiante e pode ser devolvida pelo filtrado num processo denominado de secreção. E vice-versa. O que foi passado nos filtrados pode ser devolvida aos capilares num processo de reabsorção. Capilares peritubulares - vasos que interagem com néfrons em outras partes do néfron. Paratormônio efeito no rins: reabsorve Ca e ativa vitamina D. Íon cálcio foi filtrado seja reabsorvido pelos capilares. Duto coletor ainda não urina, o que têm é o filtrado. A urina, excreção é formada quando o filtrado - o que foi reabsorvida + secreção deixa o duto coletor. Reabsorção e secreção -> acontece por conta dos transportadores que encontramos nas membranas das células epiteliais dos néfrons. Sangue com extravasamento de plasma -> filtrado. Equilíbrio ácido-base: organismo manter estado de homeostase das concentrações de prótons. Alterar as concentrações de H você afeta a propriedade, estrutura e função das proteínas que está presente em tudo. E o organismo não tolera muito essas variações. pH = - log H+. Ordem de 10 elevado a -7 mol/L. pH compatível com a vida = 6,8 a 8,0. pH ótimo do plasma = 7,38 a 7,42. pH é neutro = 7. Nossa tendência é sempre produzir ácido. Corrigir o pH, nosso organismo têm 3 linhas de frente para regular o pH que são os sistemas tampão (não resolve o problema, ação temporária. Quem resolve o problema é quem interage com o meio ambiente, com sistema bicarbonato hco3- e joga no plasma, ação provisória que evita, minimiza o extremo. Ácido carbônico proveniente do co2 é tirado de circulação formando o íon bicarbonato. O outro tampão é a hemoglobina, proteína onde temos mais h+ ligados a ela), sistema respiratório (solução definitiva, quanto maior o pH e maior tendência de alcalose menor vai ser a ventilação -> hipoventilação em alcalose. Mais metabolismo tendência de desenvolver acidose, transportar co2 na forma de íon bicarbonato até o respiratório e eliminar fazendo a hiperventilação. Se indivíduo têm doença obstrutiva, ele ta com às vias aéreas impedidas de ventilar adequadamente -> tendência de gerar acidose. Quando é por eliminação demasiada ou falta de eliminação do CO2 por doença -> acidose e alcalose respiratória. Crise de pânico hiperventila - acidose e aí vai ter outra via de frente que é o sistema renal quando temos problema no s.resp) e o sistema urinário (não entra em vigência muito rápido, entra Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 2 entre 24-48 horas para resolver o problema, capilares glomerulares na porção inicial dos néfrons com o processo de filtração do plasma para às cápsulas de bowman. Passagem dá filtração para capilares peritubulares - reabsorção. E dos peritubulares para o interior dos néfrons - secreção. Situação de acidose com o plasma ácido -> filtrar mais prótons. O papel dos rins nessa situação é reabsorver mais íon bicarbonato na célula do tubo proximal e no néfron distal que é o tubo coletor e duto contorcido distal, menor excreção de base e secreta prótons no néfron distal. Já no caso da alcalose que só acontece na porção distal -> a resposta renal vai ser secreção de íon bicarbonato e absorção de prótons. Ele minimiza, más quando o resp está com problema, ele o resolve). Ao secretar prótons, troca por um potássio. Então no caso de uma acidose prolongada -> pode desenvolver uma hipercalemia ou hiperpotasemia. Na alcalose quando reabsorve H+ elimina o potássio -> em prolongada gerar hipocalemia ou hipotasemia. Acidose metabólica (na produção de CO2 ou queda de íon bicarbonato) doença comum quando ela está descompensada -> diabetes. Alcalose metabólica quando cai H+ ou excesso de íon bicarbonato -> diminuir a ventilação e aumentar a reabsorção de ácido e excreção de bicarbonato -> indivíduos com bulimia ou acusam antiácidos. Nosso principal ácido virtualmente é o CO2 e a ação definitiva para essa acidose é hiperventilar, colocar o CO2 para fora. Falta de Ca solução definitiva é a ingestão. Rim coloca o cálcio para fora. Ação no osso. Secreta hidrogênio -> trocar por potássio. SISTEMA URINÁRIO PROPRIAMENTE DITO rins são 2 com estruturas retroperitoneais. Artéria renal é ramo da aorta abdominal que entra nos rins e se ramifica se dividindo para às estruturas tubulares que são os néfrons. Há milhares de néfrons em cada rim que se interage de forma íntima e ampla. 25% do débito cardíaco é destinada aos rins. Estreita interação entre os néfrons e os capilares. Rins são estratégicos e representa a via de excreção de uma certa substância (evitar a perda excessiva ou promover a eliminação do excesso dessa substância. Artéria renal entra, se ramifica -> arteríolas aferentes -> redes de capilares glomerulares na porção anterior que produz troca com a cápsula de bowman -> corpúsculo renal. Arteríola eferente -> outra rede capilar peritubulares (ao redor dos túbulos). Sistema porta -> 2 redes capilares distribuídas em série, em sequência. Substância passam dos capilares glomerulares para cápsulas de bowman -> filtração. Adiciona substância e retira respectivamente -> secreção e reabsorção. Líquido deixa o ducto coletor -> o filtrado vira urina. Néfron distal -> túbulo contorcido distal + ducto coletor. Revestimento dos néfrons é epitélio tubular, transportador. Células epiteliais são poliédricas, com arranjo geométrica, unidas por junções oclusivas apoiadas em uma lâmina basal. Saindo do ducto coletor, temos a excreção -> ureterio depois bexiga, temos a urina que é o filtrado - o reabsorvido + secretado. Rins têm muito filtrado e Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 3 excreta pouco -> há muita reabsorção. Osmolaridade nos níveis extracelulares. Manter osmolaridade -> passivo. No túbulo proximal temos passivo e ativo. Na alça henle, túbulo contorcido distal -> osmolaridade baixa -> líquido diluído -> reabsorção de soluto. Quando vai para o ducto coletor, pode sair mais diluído do que ele está ou mais concentrado -> o que define isso é a necessidade do organismo, regulação hormonal -> ADH, aldosterona, necessidade ou não de absorção de líquido. Se não tiver epitélio, nem sofrendo ação hormonal -> impermeável a água entre o túbulo contorcido distal e ducto coletor Túbulo contorcido distal -> filtrado -> líquido diluído, com baixa osmolaridade FILTRAÇÃO passagem de filtrado do plasma -> glomerulares -> interior das cápsulas de bowman. Entram pelas arteríolas aferentes, têm poros que quando há o choque, os plasmas extravasam e saem com os seus componentes. Lâmina basal com às células endoteliais apoiadas. A célula endotelial serve como barreira de filtração. A membrana de filtração -> lâmina basal, células epiteliais e pedicelo (pés dos podócitos - que emitem projeções, pés e acabam formando barreira com fendas). Substâncias que não atenderem certas propriedades, não atravessam ex: células sanguíneas e proteínas plasmáticas. Se diminuir os poros -> contribui para aumentar a pressão do organismo, conservar mais líquido. Permeabilidade e gradiente de pressão. Diabete afeta muitas vezes a membrana de filtração. Diabete tipo I - não produção de insulina, condição de urgência, pois se ele não administrar a insulina,muito provavelmente ele não vai sobreviver ao longo do tempo. . Diabete tipo II - produz insulina, ela funciona, mas não adequadamente -> algum efeito ela tem. De modo geral, o indivíduo consegue sobreviver e levar a sua vida. Mas ao longo do tempo -> toxicidade por armazenar muito açúcar que afeta pequenas inervações e capilares. Capilares glomerulares também são acometidos pelo diabete tipo II. Ela aumenta a permeabilidade do capilar, o processo de filtração, aumento dos poros que consequentemente, vai causar insuficiência renal, necessidade de hemodiálise quando há o fechamento dos poros por questões inflamatórias, como resposta. A diabete tipo I é mais difícil de acontecer isso, pois se ele se tratar de forma correta, ele não têm contato com às situações crônicas que são mais comuns na diabetes tipo II. Condições de diabete que vai evoluindo de forma lenta e silenciosa -> crônica Entre os capilares glomerulares temos às células mesangiais que têm proteínas contráteis e sobre ação do sistema nervoso autônomo principalmente simpático -> consegue alterar o comprimento dela e alterar consequentemente o tamanho dos poros, favorecendo ou dificultando a passagem do filtrado. Simpático em vigência -> contribuir para diminuir a filtração, normalmente precisamos aumentar a pressão para conservar o organismo. Filtração afeta pela permeabilidade (tamanho dos poros) e determinante das bolsas que atuam no meio com a pressão hidrostática dos capilares. A pressão imposta pelo coração é menor, pois está mais longe do coração -> pressão hidrostática capilar ~55mmHg jogar líquido para fora, extravasar, filtrar vai ficando solutos, proteínas plasmáticas e células sanguíneas -> aumentando a concentração e faz uma força no sentido contrário -> pressão osmótica, oncótica, coloidosmótica (pi). A pressão para o fluído voltar -> pressão hidrostática na cápsula de bowman (Pcaps). 2 forças contrárias que Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 4 mesmo somadas, não alcançam a pressão hidrostática de 55 mmHg -> pressão de filtração resultante positiva. Se alterar a pressão resultante, pode alterar o processo de filtração. Papel das arteríolas, elemento mais importante da parede das arteríolas é o músculo liso -> regular pressão, levar o sangue controlado aos capilares. Constrição da artéria aferente chega menos sangue -> Baixa filtração glomerular. A pressão fica menor, taxa glomerular diminui. Regular pressão hidrostática regulando o diâmetro da arteríola aferente. Vasoconstrição diminui e relaxar aumenta a pressão. O que pode fazer vasoconstrição na arteríola aferente -> contração da musculatura lisa -> sistema simpático através da adrenalina que agiria pelo receptor alfa adrenérgico tipo I. Situação de medo -> filtrar menos para o sangue ir para outras regiões. Além do autônomo, participa do processo de regulação da vasoconstrição o sistema neuroendócrino (hormônio). Temos os sistêmico (autônomo e endócrino) e locais. Contrair a arteríola eferente somente -> filtrar mais porque acumula sangue nos glomerulares -> aumentando a pressão. Estrutura formada pelas células do epitélio (mácula densa), com células granulares, adjacentes a arteríola aferente -> aparelho justaglomerular. Ramo ascendente da alça de Henle ela passa justamente pela arteríola aferente e eferente. Nessa região temos a área em azul que representa células especiais da mácula densa que são epiteliais presentes na porção mais ascendente e adjacentemente as arteríolas aferentes e eferentes. Além da mácula densa que detectam volume e concentração do filtrado, há às células granulares oriundas de proteínas que acmulam renina. Esse conjunto -> aparelho justaglomerular (mácula densa e células granulares). Alto volume -> filtrando mais é detectado pela mácula densa que informa através de substâncias parácrinas à arteríola aferente que vai limitar -> vasoconstricção. Mecanismo local -> próprio sistema se regula. Regulado pela permeabilidade ou pressão hidrostática (regulando o diâmetro da arteríola aferente por mecanismos sistêmicos - simpático com adrenalina e alfa 1 e neuroendócrino e locais - aparelho justaglomerular) REABSORÇÃO presença de células epiteliais com formas geométricas, cubóides nesse caso, unidas por junções oclusivas e apoiadas nas lâminas basais. Líquido extracelular e lúmen do túbulo -> polo apical fica em 2 no lúmen do túbulo. O sódio é reabsorvido, ânions são tracionados pelas cargas dos sócios passam pelas vias transcelular. Na membrana apical, ele é permeável ao sódio, há um canal de vazamento -> gerar gradiente na bomba de sódio e potássio na membrana basal que joga o sódio para fora. O interior fica com pouco sódio. O mecanismo da glicose -> o GLUT-2 deixa a membrana basal permeável a glicose, más para a glicose passar para o líquido extracelular -> concentrar a glicose. Bomba de sódio e potássio coloca ele para fora -> energia para o sódio entra -> cotransporte ativo secundário onde a glicose pega carona para entrar na celular através da via basolateral. Transportador é o SGLT. A glicose entra livremente e é reabsorvida. Limiar renal -> saturação, todos os transportadores para a reabsorção da glicose estão atuando -> não dão conta, fica mais glicose do que receptor. Excreção da glicose -> diurese, glicosúria. Excretar a glicose pela urina não é normal, precisa ser investigado. Ureia, parte filtrada, parte reabsorvida e parte depurada, excretada. Penicilina, parte filtrada e parte não filtrada e no final ela é secretada. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 5 A MICÇÃO urina cai na bexiga que nas paredes tem músculos lisos. Relaxada, fecha por si só. Se ela se estira, o esfíncter também acaba se abrindo. Esfíncter externo -> motoneurônio somático é um músculo estriado esquelético, libera acetilcolina quando o motoneurônio dispara mantendo o esfíncter fechado. Estiramento da bexiga -> receptor local conduzido pelos aferentes primário no corno dorsal, inibe o motoneurônio somático e ativa os neurônios parassimpático -> contração da parede da bexiga -> abertura do esfíncter. Reflexo fala para ele abrir. Por meio do giro-pré central pode inibí-lo. Bexiga estira - contração da parede da musculatura lisa e relaxamento do esfíncter externo que é controlado pelo motoneurônio somático que também recebe a inervação do motoneurônio superior. 2 controles: um involuntário e outro sensitiva do estiramento da parede da bexiga. Criança que não aprendeu a controlar o esfíncter -> reflexo da micção íntegro -> contração da bexiga e relaxamento do esfíncter externo -> liberando a urina. REGULAÇÃO DA PA baroreceptor - encaminha informação do tronco encefálico beba muita água -> aumento do volume plasmático contribui para aumentar a pressão. É preciso manter a pressão constante mesmo estando elevado -> dilatar vaso, inibir o simpático diminuindo o débito cardíaco. Solução definitiva quando liberar esse volume. Acidose sistema que resolve é o respiratório, más enquanto o excesso de CO2 vai dos tecidos para capilares precisa de ação temporária -> tampão que só minimiza. Paratormônio em baixa de cálcio definitivo é a alimentação, mas pode tirar o cálcio do osso (tampão como temporária). A solução definitiva nesse caso é o sistema urinário. Reflexo do barorreceptor. Rins excretam mais sais e água na urina -> diminui os volumes -> sistema circulatório retorna para o estágio inicial. A queda é muito pior de lidar. Desidratou ativa simpático com baroreceptor -> vasoconstrição -> aumento do débito -> conservar água no organismo para minimizar perdas adicionais de volume (mas isso não é suficiente). Quem resolve é a indução da sede (comportamento a procura da ingestão de água). A estrutura relacionada com comportamentos motivados como a sede é o hipotálamo (regulação do meio externo, homeostasia) Equilíbrio da água Se osmolaridade aumentada -> concentração do líquido extracelular por 2 meios adiciona soluto ou perde água. Causa desidratação. Só que no hipotálamo, temosneurônios curtos que são especiais e são chamados de osmorreceptores. Quando eles perdem água para o meio, ele altera o volume, diminuindo-o, abrindo canis e despolarizam quando o indivíduo aumenta a osmolaridade. Axônio se direcionam para a neuro hipófise. Corpo celular no hipotálamo. Eles são hipotalâmicos. Libera ADH ou vasopressina -> principal estímulo para esses hormônios é o aumento da osmolaridade. No néfron distal ele vai diluído. A linha em lilás ao redor é impermeável. Líquido biologico concentrado no intersticio. Aumentar a permeabilidade através do ADH que vai livre no plasma com receptor na superfície dá membrana se ligar a células alvos na membrana basolateral (epitélio dos néfrons - tudo contorcido distal e ducto coletor). Aquaporina tipo II é um canal de água, vesículas se movimentem e se fundam na membrana luminal. Papel do ADH é tornar o epitélio distal, membrana Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 6 luminal, permeável a água. Na porção distal é diluído e interstício concentrado. Água migra de onde está diluído para onde está concentrado. Principal estimula a secreção de ADH é aumento dá osmolaridade por perda de água ou aumentação de soluto e age na porção distal dos néfrons -> aquaporina tipo II vai para membrana apical -> permeável a água e há o equilíbrio. Liberada ADH -> diurese diminuída. Álcool inibe a liberação de ADH. E no dia seguinte o indivíduo acorda com sede, desidratação. ADH em alta, estímulo primário é a osmolaridade e aumento da PA porque garante volume. Quem secreta é a neuro hipófise. Sistema renina-angiotensina-aldosterona -> regulação pressão. Aparelho justaglomerular é formado pelas células granulares (renina) e da mácula densa. Principal estimula para a produção da renina é a queda de pressão detectado pelo receptor barorreceptor que faz com que o tronco vá ativar a atividade simpática liberando a noradrenalina nas células granulares com receptor beta 1 que aumenta a secreção da renina. Queda acentuada do volume do filtrado e fluxo de NaCl detectado pela mácula densa -> células granulares produz renina. Diminuição das arteríolas aferentes -> indicativo da pressão baixa -> aumento da renina. A renina é uma enzima que converte o angiotensinogênio que é proteína plasmática produzida pela fígado em angiotensina I no plasma e ao chegar nos capilares pulmonares, encontra a enzima ECA (enzima conversora de angiotensina) -> angiotensina II no plasma que deve fazer vasoconstrição das arteríolas, no centro de controle cardiovascular no bulbo aumentando a resposta cardiovascular, no hipotálamo aumenta adh, vasopressina e a sede aumentando o volume e mantendo a osmolaridade, no córtex suprarrenal aumenta a aldosterona aumentando a reabsorção do Na+ aumentando também o volume e mantém a osmolaridade. Ela atua sempre no sentido de aumentar a pressão. Uma medicação que bloqueie a ECA não vai converter em angiotensina II -> a pressão não vai aumentar -> medicamentos anti-hipertensivos. Assim como beta-bloqueadores, inibindo a atividade da renina. Aldosterona estimulada pela baixa pressão, estimula células do néfrons distal -> vai na proteína plasmática com meia vida longa com receptor intracelular e entra no núcleo que vai estimular a síntese de várias proteínas. Induz síntese de bomba de sódio e potássio na membrana basolateral e canais de sódio e potássio na membrana luminal. A bomba pega o sódio dentro da célula e coloca para fora, só que agora a membrana é permeável ao sódio -> sódio do filtrado atravessar e ir para dentro dá sódio e aí a bomba tira e contínua esse processo. Com o potássio é o contrário, a bomba coloca e pelo filtrado sai. Reabsorção de sódio (vai junto uma quantidade de água) e secreção de potássio é o que a aldosterona faz. ADH aumenta volume e é secretado com osmolaridade alta. Dois elevadores pressóricos -> depressor da pressão são os peptídeos natriuréticos. Quando aumentamos o volume, vasos tendem a estirar junto com às células do miocárdio, pré carga e retorno venoso maior dessas células o que faz com que liberem peptídeos natriuréticos que no hipotálamo diminui a vasopressina, no rim aumenta TFG, diminui renina, no córtex suprarrenal diminui a aldosterona e no bulbo diminui a pressão sanguínea. Sempre indo para aumentar a excreção de Nacl e H2O. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 7 LIVRO O primeiro passo no exame de uma amostra de urina é determinar a sua cor. A cor é amarelo-escuro (concentrada), clara (diluída), vermelha (indicando a presença de sangue) ou preta (indicando a presença de metabólitos da hemoglobina). FUNÇÕES DOS RINS A função mais importante dos rins é a regulação homeostática do conteúdo de água e íons no sangue, também chamada de balanço do sal e da água, ou equilíbrio hidroeletrolítico. A remoção de resíduos é importante, mas alterações no volume sanguíneo ou nas concentrações iônicas causam sérios problemas clínicos antes que o acúmulo de resíduos metabólicos atinja níveis tóxicos. Os rins mantêm concentrações normais de íons e água no sangue através do balanço da ingestão dessas substâncias com a sua excreção na urina, obedecendo ao princípio do balanço de massas. Podemos dividir as funções dos rins em seis áreas gerais: 1. Regulação do volume do líquido extracelular e da pressão arterial. Quando o volume do líquido extracelular diminui, a pressão arterial também diminui. Se o volume do líquido extracelular e a pressão arterial caem até níveis muito baixos, o corpo não pode manter um fluxo adequado de sangue para o encéfalo e outros órgãos essenciais. Os rins trabalham de uma maneira integrada com o sistema circulatório para assegurar que tanto a pressão arterial quanto a perfusão tecidual permaneçam em uma faixa aceitável. 2. Regulação dá osmolalidade. O corpo integra a função renal com o comportamento, como a sede, para manter a osmolalidade do corpo em um valor próximo de 290 mOsM. Analisaremos as vias reflexas para a regulação do volume do LEC e da osmorlaridade posteriormente. 3. Manutenção do equilíbrio iônico. Os rins mantêm a concentração de íons-chave dentro de uma faixa normal pelo balanço entre a sua ingestão e a sua perda urinária. O sódio (Na ) é o principal íon envolvido na regulação do volume do líquido extracelular e da osmolalidade. As concentrações dos íons potássio (K ) e cálcio (Ca2 ) também são estritamente reguladas. 4. Regulação homeostática do pH. O pH plasmático é normalmente mantido dentro de uma faixa muito estreita de variação. Se o líquido extracelular se torna muito ácido, os rins excretam H e conservam íons bicarbonato (HCO3), que atuam como tampão. Inversamente, quando o líquido extracelular se torna muito alcalino, os rins excretam HCO3 e conservam H . Os rins exercem um papel importante na regulação do pH, mas não são capazes de corrigir desequilíbrios no pH tão rapidamente quanto os pulmões. 5. Excreção de resíduos. Os rins removem produtos do metabolismo e xenobióticos, ou substâncias estranhas, como fármacos e toxinas ambientais. Os produtos do metabolismo incluem a creatinina do metabolismo muscular e resíduos nitrogenados, como a ureia e o ácido úrico. Um metabólito da hemoglobina, chamado de urobiolinogênio, dá a ela sua cor amarela característica. Os hormônios são outras substâncias endógenas retiradas do sangue pelos rins. Exemplos de substâncias estranhas excretadas pelos rins incluem o adoçante artificial sacarina e o ânion benzoato, parte do conservante benzoato de potássio, que você ingere toda vez que bebe um refrigerante diet. 6. Produção de hormônios. Embora os rins não sejam glândulas endócrinas, eles desempenham um importante papel em três vias endócrinas. As células renais sintetizam eritropoetina, a citocina/hormônio que regula a produção dos eritrócitos. Os rins também liberam renina, uma enzima que regula a produção de hormônios envolvidos no equilíbrio do sódio e na homeostasiada pressão sanguínea. Por fim, as enzimas renais auxiliam na conversão da vitamina D3 em um hormônio ativo que regula o equilíbrio do Ca2 . Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 8 ANATOMIA DO SISTEMA URINÁRIO O sistema urinário é composto pelos rins e por outras estruturas acessórias. O estudo da função renal é chamado de fisiologia renal, da palavra em latim renes, que significa “rins”. O sistema urinário consiste em rins, ureteres, bexiga urinária e uretra. Iniciaremos seguindo o trajeto que uma gota de água segue desde o plasma até a sua excreção na urina. A produção da urina inicia quando a água e os solutos se deslocam do plasma para o interior de tubos ocos (néfrons), que compõem a maior parte dos dois rins. Esses túbulos modificam a composição do líquido à medida que ele passa ao longo dessas estruturas. O fluido já alterado, agora chamado de urina, deixa os rins e passa por um tubo, chamado de ureter. Existem dois ureteres, cada um partindo de um rim e se dirigindo para a bexiga urinária. A bexiga se expande e é preenchida com a urina até que, em um reflexo, chamado de micção, ela se contrai e elimina a urina através de um único tubo, a uretra. A uretra, nos homens, sai do corpo através do corpo do pênis. Nas mulheres, a abertura uretral é encontrada anterior às aberturas da vagina e do ânus. Devido à extensão mais curta da uretra nas mulheres e sua proximidade com bactérias originárias do intestino grosso, as mulheres são mais propensas que os homens a desenvolverem infecções bacterianas na bexiga urinária e nos rins, ou infecções do trato urinário (ITUs). A causa mais comum de ITUs é a bactéria Escherichia coli, uma habitante natural do intestino grosso humano. A E. coli não é prejudicial enquanto presente apenas no lúmen do intestino grosso, mas é patogênica quando alcança a uretra. O sintoma mais comum de uma ITU é dor ou ardência durante a micção e aumento na frequência de micção. Uma amostra de urina de um paciente com uma ITU muitas vezes contém muitos eritrócitos e leucócitos, nenhum dos quais é encontrado normalmente na urina. As ITUs são tratadas com antibióticos. Os rins Os rins são o local de produção da urina. Cada rim situa-se em um lado da coluna vertebral ao nível da décima primeira e décima segunda costelas, logo acima da cintura. Embora eles estejam abaixo do diafragma, eles estão tecnicamente fora da cavidade abdominal, entre o peritônio membranoso, que reveste o abdome, e os ossos e os músculos do dorso. Devido à sua localização atrás da cavidade peritoneal, os rins são algumas vezes descritos como órgãos retroperitoneais. A superfície côncava de cada rim está voltada para a coluna vertebral. Os vasos sanguíneos renais, os nervos, os vasos linfáticos e os ureteres emergem a partir dessa superfície. As artérias renais, as quais são ramos da parte abdominal da aorta, fornecem sangue para os rins. As veias renais levam Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 9 sangue dos rins para a veia cava inferior. Os rins recebem 20 a 25% do débito cardíaco, embora constituam apenas 0,4% do peso total do corpo (120-170 gramas cada). Essa alta taxa de fluxo sanguíneo através dos rins é crítica para a função renal. O néfron é a unidade funcional do rim Uma secção transversal através de um rim mostra que o seu interior é dividido em duas camadas: um córtex externo e uma medula interna. As camadas são formadas pelo arranjo organizado de túbulos microscópicos, chamados de néfrons. Cerca de 80% dos néfrons de um rim estão presentes quase que completamente no interior do cortex (néfrons corticais), ao passo que os outros 20% – chamados de néfrons justamedulares – penetram no interior da medula. O néfron é a unidade funcional do rim. (Uma unidade funcional é a menor estrutura que pode efetuar todas as funções de um órgão.) Cada um dos cerca de 1 milhão de néfrons de cada rim é dividido em segmentos, e cada segmento é intimamente associado com vasos sanguíneos especializados. Elementos vasculares do rim O sangue entra no rim pela artéria renal, antes de seguir para as artérias menores, e, depois, para as arteríolas no córtex. Nesse ponto, o arranjo dos vasos sanguíneos forma um sistema porta, um dos três presentes no corpo. Lembre-se que um sistema porta é formado pela presença de duas redes de capilares em série (uma após a outra). No sistema porta renal, o sangue flui das artérias renais para uma arteríola aferente. Das arteríolas aferentes, o sangue passa para uma primeira rede de capilares, uma rede em forma de novelo, chamada de glomérulo. O sangue que deixa os glomérulos passa para uma arteríola eferente, e, então, para uma segunda rede de capilares, os capilares peritubulares, que cercam o túbulo renal. Nos néfrons justamedu- lares, os longos capilares peritubulares que penetram na medula são chamados de vasos retos. Por fim, os capilares peritubulares convergem para a formação de vênulas e pequenas veias, enviando o sangue para fora dos rins através da veia renal. A função do sistema porta renal é filtrar o fluido sanguíneo para o interior do lúmen do néfron, nos capilares glomerulares, e, então, reabsorver o fluido do lúmen tubular de volta para o sangue, nos capilares peritubulares. As forças que regem o movimento de fluido no sistema porta renal são Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 10 semelhantes àquelas que regem a filtração de água e moléculas para fora dos capilares sistêmicos em outros tecidos, como descreveremos em seguida. Elementos tubulares do rim O túbulo renal é formado por uma camada única de células epiteliais conectadas entre si, próximas à sua superfície apical. As superfícies apicais apresentam microvilosidades ou outras dobras para o aumento da superfície, ao passo que a superfície basal do epitélio polarizado repousa sobre uma membrana basal, ou lâmina basal. As junções célula a célula são em sua maior parte apertadas, mas algumas apresentam permeabilidade seletiva para íons. O néfron inicia em uma estrutura oca globular, chamada de cápsula de Bowman, a qual envolve o glomérulo. O endotélio do glomérulo é unido ao epitélio da cápsula de Bowman, de modo que o líquido filtrado dos capilares passa diretamente para dentro do lúmen tubular. O conjunto formado pelo glomérulo e pela cápsula de Bowman é chamado de corpúsculo renal. A partir da cápsula de Bowman, o filtrado flui para o interior do túbulo proximal e, após, para a alça de Henle, um segmento em forma de grampo que desce até a medula e, posteriormente, retorna para o córtex. A alça de Henle é dividida em dois ramos, um ramo descendente fino e um ramo ascendente com segmentos fino e grosso. O fluido, então, chega até o túbulo distal. Os túbulos distais de até oito néfrons drenam para um único tubo maior, chamado de ducto coletor. (O túbulo distal e seu ducto coletor formam o néfron distal.) Os ductos coletores passam do córtex para a medula e drenam na pelve renal. Da pelve renal, o líquido filtrado e modificado, agora chamado de urina, flui para o ureter no seu trajeto rumo à excreção. O néfron se torce e se dobra para trás sobre si mesmo, de modo que a parte final do ramo ascendente da alça de Henle passa entre as arteríolas aferente e eferente. Essa região é denominada aparelho justaglomerular. A proximidade do ramo ascendente e das arteríolas permite a comunicação parácrina entre essas duas estruturas, uma característica fundamental na autorregulação do rim. Como a configuração torcida do néfron torna difícil acompanhar o fluxo do líquido, desdobramos o néfron nas muitas figuras restantes neste capítulo, de forma que os líquidos fluam da esquerda para a direita. VISÃO GERAL DA FUNÇÃO RENAL Os rins filtram, reabsorvem e secretam Três processos básicos ocorrem nosnéfrons: filtração, reabsorção e secreção. Filtração é o movimento de líquido do sangue para o lúmen do néfron. A filtração ocorre apenas no corpúsculo renal, onde as paredes dos capilares glomerulares e da cápsula de Bowman são modificadas para permitir o fluxo do líquido. Uma vez que o fluido filtrado, chamado de filtrado, chega ao lúmen do néfron, ele se torna parte do meio externo ao corpo, da mesma forma que as substâncias no lúmen intestinal fazem parte do meio externo. Devido a essa razão, tudo que é filtrado nos néfrons é destinado à excreção na urina, a não ser que seja reabsorvido para o corpo. Após o filtrado deixar a cápsula de Bowman, ele é modificado pelos processos de reabsorção e secreção. A reabsorção é um processo de transporte de substâncias presentes no filtrado, do lúmen tubular de volta para o sangue através dos capilares peritubulares. A secreção remove seletivamente moléculas do sangue e as adiciona ao filtrado no lúmen tubular. Embora a secreção e a filtração glomerular movam substâncias do sangue para dentro do túbulo, a secreção é um processo mais seletivo que, em geral, usa proteínas de membrana para transportar as moléculas através do epitélio tubular. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 11 O néfron modifica o volume e a osmolalidade do líquido A reabsorção ocorre quando as células do túbulo proximal transportam solutos para fora do lúmen, determinando a reabsorção de água por osmose. O filtrado que deixa o túbulo proximal tem a mesma osmolalidade do que o filtrado que entrou. Por essa razão, dizemos que a função primária do túbulo proximal é a reabsorção isosmótica de solutos e água. O filtrado que deixa o túbulo proximal passa para a alça de Henle, o local principal para a produção de urina diluída. À medida que o filtrado passa pela alça de Henle, proporcionalmente é reabsorvido mais soluto do que água, e o filtrado torna-se hiposmótico com relação ao plasma. A maior parte do volume originalmente filtrado na cápsula de Bowman já foi reabsorvida para os capilares. A partir da alça de Henle, o filtrado passa para o túbulo distal e para o ducto coletor. Nesses dois segmentos, ocorre uma regulação fina do balanço de sal e de água sob o controle de vários hormônios. A reabsorção e a secreção (em um menor grau) determinam a composição final do filtrado. No final do ducto coletor, o filtrado tem um volume de 1,5 L/dia e uma osmolalidade que pode variar de 50 a 1.200 mOsM. O volume e a os- molalidade finais da urina dependem das necessidades do corpo de conservar ou excretar água e soluto. O controle hormonal do balanço de sal e de água é discutido no próximo capítulo. Um alerta: é muito fácil confundir secreção com excreção. Tente lembrar a origem dos dois prefixos. Se- significa à parte, indicando a separação de algo de sua fonte. No néfron, os solutos secretados se movem do plasma para o lúmen tubular. Ex- significa fora, indicando algo fora do ou externo ao corpo. Excreção refere-se à remoção de uma substância do corpo. Além dos rins, outros órgãos realizam processos de excreção, incluin- do os pulmões (CO2) e os intestinos (alimentos não digeridos, bilirrubina). A filtração ocorre no corpúsculo renal à medida que o líquido passa dos capilares do glomérulo para dentro da cápsula de Bowman. A reabsorção e a secreção ocorrem ao longo do restante do túbulo, transferindo material entre o lúmen e os capilares peritubulares. A quantidade e a composição das substâncias que são reabsorvidas e secretadas variam nos diferentes segmentos do néfron. O filtrado que permanece no lúmen no final do néfron é excretado como urina. A quantidade de qualquer substância excretada na urina reflete o resultado do seu manejo durante a sua passagem através do néfron. A quantidade excretada é igual à quantidade filtrada para o túbulo, menos a quantidade reabsorvida para o sangue, mais a quantidade secretada no lúmen tubular. A excreção urinária de uma substância depende da sua filtração, reabsorção e secreção. Essa equação é uma maneira útil de se pensar sobra o manejo renal de solutos. Observe, entretanto, que Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 12 nem toda substância no plasma é filtrada. E que algumas substâncias que são filtradas podem ou não ser reabsorvidas ou secretadas. Nas seções seguintes, veremos em mais detalhes os importantes processos de filtração, reabsorção, secreção e excreção. FILTRAÇÃO A filtração do plasma para dentro dos túbulos renais é o primeiro passo na formação da urina. Esse processo relativamente inespecífico gera um filtrado, cuja composição é igual à do plasma menos a maioria das proteínas plasmáticas. Sob condições normais, as células sanguíneas permanecem no capilar, de modo que o filtrado é composto apenas de água e de solutos dissolvidos. Quando você visualiza o plasma sendo filtrado para fora dos capilares glomerulares, é fácil imaginar que todo o plasma do capilar se move para dentro da cápsula de Bowman. Contudo, a filtração de todo o plasma deixaria para trás uma massa de células sanguíneas e proteínas que não podem fluir para fora do glomérulo. Em vez disso, apenas cerca de um quinto do plasma que flui ao longo dos rins é filtrado para dentro dos néfrons. Os quatro-quintos restantes do plasma, juntamente com a maior parte das proteínas plasmáticas e das células sanguíneas, passa para os capilares peritubulares. A porcentagem do volume total do plasma que é filtrada para dentro do túbulo é denominada fração de filtração. O corpúsculo renal contém três barreiras de filtração A filtração ocorre no corpúsculo renal, que consiste na rede de capilares glomerulares envolta pela cápsula de Bowman. As substâncias que deixam o plasma precisam passar através de três barreiras de filtração antes de entrarem no lúmen tubular: o endotélio do capilar glomerular, uma lâmina basal (membrana basal) e o epitélio da cápsula de Bowman. A primeira barreira é o endotélio capilar. Os capilares glomerulares são capilares fenestrados com grandes poros, que permitem que a maioria dos components plasmáticos sejam filtrados através do endotélio. Os poros são pequenos o bastante, contudo, para impedir que as células do sangue deixem o capilar. Proteínas carregadas negativamente, presentes na superfície dos poros, também ajudam a repelir as proteínas plasmáticas carregadas negativamente. A segunda barreira de filtração é a lâmina basal, uma camada acelular de matriz extracelular que separa o endotélio do capilar do epitélio da cápsula de Bowman. A lâmina basal é constituída por glicoproteínas carregadas negativamente, colágeno e outras proteínas. Ela atua como uma peneira grossa, excluindo a maioria das proteínas plasmáticas do líquido que é filtrado através dela. A terceira barreira de filtração é o epitélio da cápsula de Bowman. A porção epitelial da cápsula que envolve cada capilar glomerular é formada por células especializadas, chamadas de podócitos. Os podócitos possuem longas extensões citoplasmáticas, denominadas pés, ou pedicelos, que se estendem a partir do corpo principal da célula. Esses pedicelos envolvem os capilares glomerulares e se entrelaçam uns com os outros, deixando estreitas fendas de filtração fechadas por uma membrana semiporosa. A membrana da fenda de filtração contém diversas proteínas exclusivas, incluindo a nefrina e a podocina. As células mesangiais glomerulares ficam entre e ao redor dos capilares glomerulares . As células mesangiais possuem feixes citoplasmáticos de filamentos semelhantes à actina, que fazem essas células serem Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 13 capazes de contrair e alterar o fluxo sanguíneo pelos capilares. Além disso, as células mesangiais secretam citocinas associadasa processos inflamatórios e imunes. A alteração da função das células mesangiais tem sido associada a muitas doenças renais. A pressão nos capilares causa a filtração As três pressões que determinam a filtração gloumerular – pressão do capilar sanguíneo, pressão coloidosmótica do capilar e a pressão do fluido capsular. 1. A pressão hidrostática (PH) do sangue que flui através dos capilares glomerulares força a passagem de fluido através do seu endotélio fenestrado. A pressão sanguínea nos capilares é de 55 mmHg, em média, e favorece a filtração para dentro da cápsula de Bowman. Apesar de a pressão cair à medida que o sangue flui através dos capilares, ela ainda permanence maior do que as pressões que se opõem a ela. Como resultado, a filtração ocorre ao longo de quase todo o comprimento dos capilares glomerulares. 2. A pressão coloidosmótica no interior dos capilares glomerulares é mais alta do que a no fluido da cápsula de Bowman. Esse gradiente de pressão é devido à presença de proteínas no plasma. O gradiente de pressão osmótica é, em média, de 30 mmHg e favorece o movimento de líquido de volta para os capilares. 3. A cápsula de Bowman é um espaço fechado (diferentemente do líquido intersticial), de forma que a presença de fluido no interior dessa cápsula cria uma pressão hidrostática do fluido (Pfluido), que se opõe ao fluxo de fluido para o interior da cápsula. O líquido filtrado para fora dos capilares deve deslocar o líquido já presente no lúmen da cápsula. A pressão hidrostática capsular é, em média, de 15 mmHg, opondo-se à filtração. A TFG é influenciada por dois fatores: a pressão de filtração resultante, já descrita, e o coeficiente de filtração. A pressão de filtração é determinada primeiro pelo fluxo sanguíneo renal e pela pressão arterial. O coeficiente de filtração possui dois componentes: a área de superfície dos capilares glomerulares, disponível para a filtração e a permeabilidade da interface entre capilar e cápsula de Bowman. Nesse aspecto, a filtração glomerular é semelhante às trocas de gases nos alvéolos, em que a taxa da troca gasosa depende da diferença entre as pressões parciais dos gases, da área de superfície dos alvéolos e da permeabilidade da barreira de difusão alvéolo-capilar. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 14 A TFG é relativamente constante A pressão arterial fornece a pressão hidrostática, que impulsiona a filtração glomerular. Logo, parece razoável assumir que se a pressão arterial aumentasse, a TFG aumentaria, e se a pressão arterial diminuísse, a TFG diminuiria. Entretanto, esse geralmente não é o caso. Em vez disso, a TFG é notavelmente constante em uma ampla faixa de pressões arteriais. Contanto que a pressão arterial média do sangue fique entre 80 e 180 mmHg, a TFG é, em média, de 180 L/dia. A TFG é controlada primariamente pela regulação do fluxo sanguíneo através das arteríolas renais. Se a resistência global das arteríolas renais aumenta, o fluxo sanguíneo renal diminui, e o sangue é desviado para outros órgãos. O efeito do aumento da resistência sobre a TFG, entretanto, depende de onde a mudança na resistência ocorre. Se a resistência aumenta na arteríola aferente, a pressão hidrostática diminui no lado glomerular da constrição. Isso se traduz em uma diminuição na TFG. Se a resistência aumenta na arteríola eferente, o sangue acumula antes da constrição, e a pressão hidrostática nos capilares glomerulares aumenta. O aumento da pressão glomerular aumenta a TFG. Modificações opostas ocorrem com a diminuição da resistência nas arteríolas aferente ou eferente. A maior parte da regulação ocorre na arteríola aferente. A TFG está sujeita a autorregulação - A autorregulação da TFG é um processo de controle local, no qual o rim mantém uma TFG relativamente constante frente às flutuações normais da pressão arterial. Uma função importante da autorregulação da TFG é proteger as barreiras de filtração da pressão arterial alta que pode danificá-las. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 15 As paredes tubulares e arteorilares são modificadas nessa região em que elas entram em contato umas com as outras, e, juntas, formam o aparelho justaglomerular. A porção modificada do epitélio tubular é formada por uma placa de células, chamada de mácula densa. A parede da arteríola aferente adjacente a ela possui células musculares lisas especializadas, chamadas de células granulares (também conhecidas como células justaglomerulares ou células JG). As células granulares secretam renina, uma enzima envolvida no balanço do sal e da água. Quando o NaCl que passa pela mácula densa aumenta, como resultado da TFG aumentada, as células da mácula densa enviam sinais parácrinos à arteríola aferente vizinha. A arteríola aferente se contrai,aumentando a resistência e diminuindo a TFG. Evidências experimentais indicam que as células da mácula densa transportam NaCl, e que o aumento no transporte de sal inicia a retroalimentação tubuloglomerular. O fluxo também pode ser detectado nas células tubulares renais pelos cílios primários, que estão localizados na superfície apical voltada para o lúmen. Os cílios primários são conhecidos por atuar como sensores do fluxo, assim como transdutores de sinais para o desenvolvimento normal. A comunicação parácrina entre a mácula densa e a arteríola aferente é complexa, e os detalhes ainda estão sendo estudados. Experimentos mostram que muitos sinalizadores parácrinos, incluindo ATP, adenosina e óxido nítrico, passam da mácula densa para a arteríola como parte da retroalimentação tubuloglomerular. Hormônios e neurônios autonômicos também influenciam a TFG Embora mecanismos locais dentro do rim tentem manter constante a TFG, a importância dos rins na homeostasia da pressão arterial sistêmica significa que centros integradores externos ao rim podem superar os controles locais. Os hormônios e o sistema nervoso autônomo alteram a TFG de duas maneiras: mudando a resistência das arteríolas e alterando o coeficiente de filtração. O controle neural da TFG é mediado pelos neurônios simpáticos que inervam as arteríolas aferente e eferente. A inervação simpática via receptores no músculo liso vascular causa vasoconstrição. Se a atividade simpática é moderada, há um pequeno efeito na TFG. Entretanto, se a pressão arterial sistêmica cai abruptamente, como ocorre em uma hemorragia ou em uma desidratação grave, a vasoconstrição das arteríolas induzida pelo sistema nervoso simpático diminui a TFG e o fluxo sanguíneo renal. Essa é uma resposta adaptativa que visa conservar o volume de líquido corporal. Vários hormônios também influenciam a resistência arteriolar. Entre os mais importantes estão a angiotensina II, um potente vasoconstritor, e as prostaglandinas, que atuam como vasodilatadoras. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 16 Esses mesmos hormônios podem afetar o coeficiente de filtração devido à sua atuação sobre os podócitos ou sobre as células mesangiais. Os podócitos alteram o tamanho das fendas de filtração glomerular. Se as fendas se alargam, ocorre um aumento na área de superfície disponível para a filtração, e a TFG aumenta. A contração das células mesangiais evidentemente altera a área de superfície do capilar glomerular disponível para a filtração. Temos ainda muito que aprender sobre esses processos, os quais estão sendo ativamente investigados por fisiologistas. REABSORÇÃO A maior parte dessa reabsorção ocorre no túbulo proximal, com uma quantidade menor de reabsorção nos segmentos distais do néfron. A reabsorção no néfron distal é finamente regulada, possibilitando aos rins reabsorverem seletivamente íons e água de acordo com as necessidades do organis- mo paraa manutenção da homeostasia. O lúmen do néfron faz parte do ambiente externo, e todas as substâncias presentes no filtrado estão destinadas a deixarem o corpo através da urina, a não ser que exista algum mecanismo de reabsorção tubular para impedir que isso ocorra. Muitos nutrientes pequenos, como a glicose e intermediários do ciclo do ácido cítrico, são filtrados, porém são reabsorvidos de maneira muito eficiente no túbulo proximal. Segundo, a filtração de íons e água para dentro dos túbulos simplifica a sua regulação. Se uma porção do filtrado que alcança o néfron distal não é necessária para manter a homeostasia, ela passa para a urina. Com uma alta TFG, essa excreção pode ocor- rer de forma bastante rápida. Contudo, se os íons e a água são necessários, eles são reabsorvidos. A reabsorção pode ser ativa ou passiva A reabsorção de água e solutos do lúmen tubular para o líquido extracelular depende de transporte ativo. O filtrado que flui da cápsula de Bowman para o túbulo proximal tem a mesma concentração de solutos do líquido extracelular. Portanto, para transportar soluto para fora do lúmen, as células tubulares precisam usar transporte ativo para criar gradientes de concentração ou eletroquímicos. A água segue osmoticamente os solutos, à medida que eles são reabsorvidos. A redução do volume do lúmen tubular aumenta a concentração de solutos (incluindo K , Ca2 e ureia) que permaneceram no filtrado: a mesma quantidade de soluto em um volume menor equivale a uma concentração mais alta de soluto. Uma vez que as concentrações de soluto no lúmen são mais altas do que as concentrações de soluto no líquido extracelular, os solutos difundem-se para fora do lúmen se o epitélio do túbulo for permeável a eles. A reabsorção envolve tanto o transporte transepitelial quanto o transporte paracelular. No transporte transepitelial (também chamado de transporte transcelular), as substâncias atravessam as membranas apical e basolateral das células tubulares epiteliais para chegar ao líquido intersticial. Na via paracelular, as substâncias passam através de junções celulares entre células vizi- nhas. O caminho seguido pelo soluto depende da permeabilidade das junções epiteliais e do seu gradiente eletroquímico. Transporte ativo secundário: simporte com sódio O transporte ativo secundário acoplado ao sódio é responsável pela reabsorção de muitas substâncias, incluindo a glicose, aminoácidos, íons e vários metabólitos orgânicos. Reabsorção passiva: ureia. A ureia, um resíduo nitrogenado, não possui mecanismos de transporte ativo no túbulo proximal, mas pode se deslocar através das junções celulares epiteliais por difusão, se houver um gradiente de concentração da ureia. Inicialmente, as concentrações de ureia no filtrado e no líquido extracelular são iguais. Entretanto, o transporte ativo de Na e de outros solutos para fora do lúmen tubular proximal gera um gradiente de concentração. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 17 O transporte renal pode atingir saturação A maior parte dos transportes no néfron usa proteínas de membrana e exibe as três características do transporte mediado: saturação, especificidade e competição. A saturação refere-se à taxa de transporte máximo, que ocorre quando todos os transportadores disponíveis estão ocupados (saturados com) pelo substrato. Em concentrações abaixo do ponto de saturação, a taxa de transporte é diretamente relacionada à concentração do substrato. Em concentrações de substrato iguais ou acima do ponto de saturação, o transporte ocorre a uma taxa máxima. A taxa de transporte no ponto de saturação é o transporte máximo (Tm). A reabsorção da glicose no néfron é um excelente exemplo das consequências da saturação. Em concentrações normais de glicose no plasma, toda a glicose que entra no néfron é reab- sorvida antes de alcançar o final do túbulo proximal. O epitélio tubular é bem suprido de transportadores para capturar a glicose à medida que o filtrado flui através dele. Todavia, o que acontece se a concentração de glicose no sangue se torna excessiva, como ocorre no diabetes melito? Nesse caso, a glicose é filtrada mais rapidamente do que os transportadores podem a reabsorver. Esses transportadores se tornam saturados e são incapazes de reabsorver toda a glicose que flui ao longo do túbulo. Como resultado, parte da glicose não é reabsorvida e é excretada na urina. BIOTECNOLOGIA Rins artificiais Muitas pessoas com doença renal grave dependem de diálise, um procedimento médico que suplementa ou substitui completamente a função renal. Imagine tentar construir uma máquina ou desenvolver um procedimento que realize as funções renais. O que ela teria de fazer? A diálise baseia-se na difusão através de uma membrana semipermeável. Solutos e água passam do líquido extracelular do paciente através da membrana para um líquido de diálise. A hemodiálise direciona o sangue do braço para uma membrana em uma máquina de diálise externa. Essa técnica re- quer que o paciente fique conectado à máquina durante 3 a 5 horas, três vezes por semana, sendo utilizada para os ca- sos mais graves de insuficiência renal. A diálise peritoneal também é denominada diálise peritoneal ambulatorial contínua (DPAC), uma vez que ocorre enquanto os pacientes se movem durante a atividade diária. Na DPAC, o líquido da diálise é injetado dentro da Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 18 cavidade peritoneal, onde acumula os produtos residuais do sangue por 4 a 6 horas, antes de ser drenado para fora. A excreção de glicose na urina é chamada de glicosúria e, em geral, indica a presença de uma concentração de glicose elevada no sangue. Raramente, a glicose aparece na urina mesmo que a concentração de glicose no sangue seja normal. Essa situação é ocasionada por uma alteração genética, na qual o néfron não pode produzir transportadores suficientes. As pressões nos capilares peritubulares favorecem a reabsorção A reabsorção refere-se ao movimento de solutos e água do lú- men tubular para o líquido intersticial. De que maneira, então, o líquido reabsorvido entra no capilar? A resposta é que a pressão hidrostática que existe ao longo de toda a extensão dos capilares peritubulares é menor do que a pressão coloidosmótica, de modo que a pressão resultante favorece a reabsorção. SECREÇÃO Secreção é a transferência de moléculas do líquido extracelular para o lúmen do néfron. A secreção, assim como a reabsorção, depende principalmente de sistemas de transporte de membrana. A secreção de K e H pelo néfron distal é importante na regulação da homeostasia desses íons. Além disso, muitos compostos orgânicos são secretados. Esses compostos incluem tanto metabólitos produzidos no corpo quanto substâncias provenientes do meio externo, conhecidas como xenobióticos. A secreção torna o néfron capaz de aumentar a excreção de uma substância. Se uma substância filtrada não é reabsorvida, ela é excretada com muita eficácia. Se, no entanto, a substância filtrada para dentro do túbulo não é reabsorvida, e ainda é secretada para dentro do túbulo a partir dos capilares peritubulares, a excreção é ainda mais eficaz. A secreção é um processo ativo, uma vez que requer transporte de substratos contra seus gradientes de concentração. A maioria dos compostos orgânicos é secretada através do epitélio do túbulo proximal para o interior do lúmen tubular por transporte ativo secundário. Na primeira etapa desse processo, que é um transporte ativo direto, o túbulo proximal usa ATP para manter a baixa concentração intracelular de Na. Na segunda etapa, o gradiente de Na é, então, usado para concentrar o dicarboxilato dentro da célula tubular, utilizando um cotransportador Na -dicarboxilato, chamado de NaDC. ONaDC é encontrado tanto na membrana apical quanto na membrana basolateral das células do túbulo proximal. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 19 EXCREÇÃO Embora a excreção nos diga o que o corpo está eliminando, a excreção por si só não pode nos dar detalhes da função renal. Apenas a taxa de excreção de uma substância não nos diz nada sobre como o rim maneja essa substância. A taxa de excreção de uma substância depende (1) da taxa de filtração da substância e (2) de se a substância é reabsorvida, secretada ou ambas, enquanto ela passa ao longo do túbulo renal. MICÇÃO - Uma vez que o filtrado deixa os ductos coletores, ele já não pode mais ser modificado, e a sua composição não se altera. O filtrado, agora chamado de urina, flui para a pelve renal e, então, desce pelo ureter, em direção à bexiga urinária, com a ajuda de contrações rítmicas do músculo liso. A bexiga urinária é um órgão oco cujas paredes contêm músculo liso. Na bexiga, a urina é armazenada até que seja excretada no processo conhecido como micção. O colo da bexiga é contínuo com a uretra, um tubo único pelo qual a urina passa até alcançar o meio externo. A abertura entre a bexiga e a uretra é fechada por dois anéis musculares, chamados de esfincteres. O esfincter interno da uretra é uma continuação da parede da bexiga e é formado por músculo liso. Seu tônus normal o mantém contraído. O esfincter externo da uretra é um anel de músculo esquelético, controlado por neurônios motores somáticos. A estimulação tônica proveniente Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 20 do sistema nervoso central mantém a contração do esfíncter externo, exceto durante a micção. A micção é um reflexo espinal simples que está sujeito aos controles consciente e inconsciente pelos centros superiores do encéfalo. À medida que a bexiga urinária se enche com urina e as suas paredes se expandem, receptores de estiramento enviam sinais através de neurônios sensoriais para a medula espinal. O estímulo da bexiga urinária cheia estimula os neurônios parassimpáticos, que inervam o músculo liso da parede da bexiga urinária. O músculo liso contrai, aumentando a pressão no conteúdo da bexiga urinária. Simultaneamente, os neurônios motores somáticos que inervam o esfincter externo da uretra são inibidos. A contração da bexiga urinária ocorre em uma onda, a qual empurra a urina para baixo, em direção à uretra. A pressão exercida pela urina força o esfincter interno da uretra* a abrir enquanto o esfincter externo relaxa. A urina passa para a uretra e para fora do corpo, auxiliada pela gravidade. Este reflexo de micção simples ocorre principalmente em crianças que ainda não foram treinadas para o controle dos esfíncteres. RESUMO DO CAPÍTULO A filtração ocorre no primeiro leito capilar, e a reabsorção, no segundo. A reabsorção e a secreção de solutos dependem das interações moleculares e do movimento de moléculas através das membranas nas células tubulares. Funções dos rins Os rins regulam o volume do líquido extracelular, a pressão do sangue e a osmolalidade; mantêm o balanço iônico; regulam o pH; excretam resíduos e substâncias estranhas; e participam de vias endócrinas. Anatomia do sistema urinário O sitema urinário é formado por dois rins, dois ureters, a bexiga urinária e a uretra. Na secção transversal, o rim é dividido em um córtex externo e em uma medula interna. O fluxo sanguíneo renal vai da arteríola aferente para o glomérulo, depois para a arteríola eferente e, então, para os capilares peritubulares. Os vasos retos são capilares que mergulham no interior da medula. Os líquidos são filtrados do glomérulo para dentro da cápsula de Bowman. A partir da cápsula, o filtrado passa pelo túbulo proximal, alça de Henle, túbulo distal e ducto coletor, e, então, vai para a pelve renal. A urina flui através do ureter para a bexiga urinária. Visão geral da função renal Filtração é o movimento de líquido do plasma para a cápsula de Bowman. Reabsorção é o movimento de materiais filtrados, do túbulo para o sangue. Secreção é o movimento de moléculas do sangue para o túbulo. A quantidade excretada de um soluto é igual à quantidade filtrada menos a quantidade reabsorvida mais a quantidade secretada. Filtração Um quinto do fluxo de plasma renal é filtrado para o lúmen tubular. O epitélio da cápsula de Bowman possui células especializadas, chamadas de podócitos, que envolvem os capilares glomerulares e criam fendas de filtração. As células mesangiais são associadas com os capilares glomerulares. Os solutos filtrados precisam passar primeiro através do endotélio dos capilares glomerulares, depois através de uma lâmina basal e, por fim, através do epitélio da cápsula de Bowman, antes de alcan- çarem o lúmen da cápsula de Bowman. A filtração impede a passagem das células do sangue e da maioria das proteínas plasmáticas. A autorregulação da filtração glomerular é realizada por uma resposta miogênica do músculo liso vascular, em resposta às mu- danças de pressão, e pela retroalimentação tubuloglomerular. Quando o fluxo de líquido através do Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 21 túbulo distal aumenta, as células da mácula densa enviam sinais parácrinos para a arteríola aferente, que contrai. O controle reflexo da TFG é mediado por sinais sistêmicos, como os hormônios, e pelo sistema nervoso autônomo. Reabsorção A maior parte da reabsorção ocorre no túbulo proximal. A reabsorção regulada ocorre nos segmentos mais distais do néfron. O transporte ativo do Na e de outros solutos cria gradientes de concentração para a reabsorção passiva de ureia e de outros solutos. A glicose, os aminoácidos, os íons e vários metabólitos orgânicos são reabsorvidos por transporte ativo secundário associados à reabsorção do Na .A maior parte do transporte renal é mediada por proteínas de membrana e exibe saturação, especificidade e competição. O transporte máximo Tm é a taxa de transporte na saturação. Os capilares peritubulares reabsorvem líquidos ao longo de todo o seu comprimento. Secreção A secreção aumenta a excreção, removendo solutos dos capilares peritubulares. K , H e uma grande variedade de compostos orgânicos são secretados. Excreção A taxa de excreção de um soluto depende de (1) sua carga filtrada e (2) de se ele é reabsorvido ou secretado à medida que passa pelo néfron. Micção O esfincter externo da uretra é formado por músculo esquelético que é tonicamente contraído, exceto durante o ato de urinar. A micção é um reflexo espinal simples sujeito ao controle consciente e inconsciente. Os neurônios parassimpáticos causam contração do músculo liso da parede da bexiga urinária. Simultaneamente, os neurônios motores somáticos que inervam o esfincter externo são inibidos. LT Anatomia do rim Os rins são órgãos de cor vermelho escuro, em forma de feijão. Em humanos adultos, cada rim tem 10-15 cm de comprimento, cerca de 6 cm de largura e pesa cerca de 150 g. Juntos, os rins representam cerca de 0,5% do peso corporal, mas recebem cerca de 20% do débito cardíaco em repouso. Cada rim é confinado em uma cápsula renal. Córtex renal: uma área externa mais clara. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 22 Medula renal: área interna mais escura. As medulas alta concentração de sal, importante na função do rim. Pirâmides renais: oito subdivisões da medula, separadas entre si pelas colunas renais. Posição dos rins Os rins estão localizados na parte posterior da cavidade abdominal, atrás do peritônio, de cada lado da coluna. Eles ficam logo abaixo do diafragma, com o rim direito localizado atrás do fígado e o rim esquerdo, atrás do baço. Acima de cada rim há uma glândula adrenal. Os rins são enterrados em camadas de gordura chamadas de cápsula adiposa perirrenal.A camada de gordura ajuda a amortecer os rins contra lesões. O rim esquerdo situa-se no nível vertebral T12 a L3, com o rim direito ligeiramente mais baixo. As porções superiores são, em parte, protegidas pela 11a e 12a vértebras Suprimento de sangue ao rim Os rins têm um suprimento de sangue muito rico; cerca de 20% do débito cardíaco em repouso (cerca de 1200 mL/min) flui pelos rins a cada minuto. Mais de 90% do sangue que entra no rim perfunde o córtex, que contém a maior parte dos néfrons. À medida que cada artéria renal se aproxima de um rim, ela se ramifica em cinco artérias segmentares que entram no hilo. Depois, as artérias segmentares se ramificam para formar as artérias Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 23 interlobares, que passam entre as pirâmides medulares em direção ao córtex. Na junção medular-córtex, as artérias interlobares se ramificam para formar artérias arqueadas, que se arqueiam sobre as bases das pirâmides medulares. Pequenas artérias interlobulares irradiam das artérias arqueadas para abastecer o tecido cortical.As artérias interlobulares se tornam arteríola aferentes, que entregam sangue aos glomérulos. Cada arteríola eferente fornece sangue aos capilares peritubulares associados àquele néfron. Os capilares peritubulares correm ao longo dos túbulos. Eles são muito importantes na função renal, pois transportam todos os solutos, água e íons reabsorvidos. Na medula renal, os vasos são organizados em alças longas chamadas de vasa recta. Quando um glomérulo é lesado, seu fluxo sanguíneo é reduzido. Em doenças renais, a destruição progressiva de glomérulos resulta em uma perda contínua de néfrons funcionais. Eventualmente, existe um número reduzido demais de néfrons para manter a homeostase fluida. Chamamos isso de insuficiência renal crônica ou doença renal crônica. Néfrons Néfrons são as unidades funcionais do rim. Cada rim humano contém aproximadamente um milhão de néfrons. O plasma sanguíneo é filtrado no glomérulo, e o filtrado resultante é modificado à medida que passa pelo néfron (via processos conhecidos como reabsorção e secreção) para produzir urina. O fluido percorre o néfron nas seguintes etapas: Alta pressão nos capilares glomerulares filtra o plasma sanguíneo no espaço capsular. O filtrado drena para o túbulo proximal, onde cerca de ⅔ são reabsorvidos pelos capilares peritubulares. O filtrado se move do túbulo proximal pelo ramo descendente da alça de Henle, onde ocorre alguma reabsorção de água. O filtrado então sobe pelo ramo ascendente da alça, onde o soluto (mas não a água) é reabsorvido nos capilares. O filtrado passa para o túbulo distal e, finalmente, para o sistema de duto coletor. A reabsorção regulada de água e sódio ocorre na porção final túbulo distal e no ducto coletor. O fluido que não é reabsorvido move-se pelo duto coletor para os ureteres e, em seguida, sai do rim como urina. A urina é armazenada na bexiga, onde permanece até a micção (urinação). Néfrons corticais e justamedulares 80% são néfrons corticais. Seus corpúsculos renais estão localizados em direção à superfície do rim e suas alças de Henle percorrem apenas uma distância relativamente curta na medula. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 24 20% são néfrons justamedulares. Seus corpúsculos renais situados mais profundamente no córtex, e suas alças de Henle entram profundamente na medula. É essa população de néfrons que nos permite produzir urina. Corpúsculo renal - é o componente inicial de filtragem de sangue de um néfron. Ele consiste no seguinte: O glomérulo: um pequeno tufo de capilares. Cápsula de Bowman: parte do túbulo que envolve o glomérulo. Células endoteliais formam as paredes dos capilares glomerulares. Ao contrário de outros capilares, as células endoteliais têm pequenas aberturas nas paredes (fenestrações) que permitem que todos os componentes do plasma (exceto os glóbulos vermelhos e proteinas) passem. As células endoteliais ficam na membrana basal glomerular (MBG). Os processos podais (pedicelos) de células epiteliais modificadas (podócitos) envolvem os capilares glomerulares. Células mesangiais preenchem os espaços entre as células do glomérulo. Estas células de músculo liso modificadas oferecem suporte e também afetam a taxa de filtração; elas se contraem para diminuir a área de superfície disponível para filtração. Também fagocitam materiais que podem ficar presos na membrana basal. Para serem filtradas, as substâncias devem primeiro atravessar o endotélio fenestrado dos capilares glomerulares, cruzar a MBG compartilhada e, depois, passar entre os pedicelos dos podócitos. Depois de passar os pedicelos, o filtrado está no espaço capsular que drena no túbulo proximal. Isso significa que a MBG (que é carregada negativamente) constitui a principal barreira à passagem de substâncias carregadas negativamente, solutos grandes e proteínas. Solutos de pequeno peso molecular (por exemplo, Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 25 glicose), íons e água passam prontamente, mas as proteínas não passam porque são muito grandes e muitas vezes carregadas negativamente. O fluido e os pequenos solutos que passam pelo espaço capsular são chamados de ultrafiltrado. Pressão glomerular A arteríola aferente começa em uma artéria relativamente grande e conduz diretamente aos capilares glomerulares. Este arranjo significa que há pouca queda de pressão no sistema antes dos capilares glomerulares, então eles são expostos a pressões muito maiores que os capilares normais. Esta pressão fornece a força motriz para a filtração glomerular. Túbulo proximal: consiste em células epiteliais cubóides com microvilosidades na superfície luminal. As microvilosidades aumentam a área superficial e a capacidade de reabsorver a água e solutos do filtrado. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 26 Alça de Henle (fina): consiste em epitélio escamoso simples que é permeável à água (descendente), mas torna-se impermeável (ascendente). Alça de Henle (espessa): consiste em epitélio impermeável à água, que se torna cubóide ou mesmo colunar baixo. Túbulo distal: consiste em células cubóides que não possuem microvilosidades. Estes túbulos desempenham um papel maior na secreção de solutos no filtrado. Duto coletor: consiste principalmente em células principais e células intercaladas que reabsorvem sódio e água, e são influenciadas pela aldosterona e pelo ADH. As células interlocadas também estão presentes e estão envolvidas na regulação ácido-base. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 27 A filtração glomerular é um exemplo de ultrafiltração. Taxa de filtração glomerular (TFG) A TFG é a quantidade de sangue filtrada pelos glomérulos a cada minuto. Os fatores envolvidos na taxa de filtração pelos capilares glomerulares são os mesmos para a filtração em qualquer leito capilar: Permeabilidade capilar; Área de superfície; Pressão hidrostática que Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 28 expulsa o fluido dos capilares; Forças osmóticas dentro dos capilares, que se opõem à saída do fluído. A quantidade de substância filtrada aumentaria proporcionalmente à medida que a concentração plasmática aumentasse. Qual das seguintes fornece a energia para a ultrafiltração glomerular? Coração Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 29 Ativação de nervos simpáticos Uma queda na pressão arterial resulta na ativação do sistema nervoso simpático. No rim, as fibras simpáticas estimulam a liberação de renina das células justaglomerulares. A renina liberada resulta na produção local de angiotensina II (Ang II), causando vasoconstricção arteriolar aferente. Na circulação sistêmica, a renina converte o angiotensinogênio em angiotensina I (Ang I). Ela é então convertida nos pulmões e em outros lugares para Ang II, que é um vasoconstritor potente. A Ang II também estimula a liberação de aldosterona do córtex adrenal. No rim, os efeitos da AngII incluem o seguinte: Vasoconstricção arteriolar aferente, pressão de filtração reduzida e, portanto, redução da TFG. Estimulação da reabsorção de Na+ do túbulo proximal (através de aumento de aldosterona). Esta combinação de diminuição da filtração e aumento da reabsorção de Na+ expande o volume circulante efetivo (VCE) e deve restaurar a pressão arterial e a TFG. Peptídeo natriurético atrial (PNA) O PNA é feito por miócitos cardíacos. Ele é secretado quando a parede atrial está estirada, como quando o VCE aumenta. A liberação de PNA leva à natriurese, devido a uma combinação dos seguintes: Aumento da TFG devido à vasoconstrição da arteríola eferente, combinado com vasodilatação da arteríola aferente. Aumento do fluxo sanguíneo pelos vasa recta, lavando solutos e, assim, diminuindo o gradiente medular para reabsorção de água. Diminuição da reabsorção de Na+ pelo néfron distal. Inibição da liberação de renina. Todos esses efeitos eliminam o excesso de NaCl e água, diminuindo o VCE e a pressão sanguínea. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 30 Ureteres Os ureteres são tubos delgados que transportam a urina dos rins para a bexiga. Cada ureter começa como uma continuação da pelve renal. Em seguida, ele desce por trás do peritônio para a base da bexiga e pela parede posterior da bexiga. Os ureteres são semelhantes em homens e mulheres. Bexiga saco musculoso liso e flexível, que armazena a urina até que seja excretada. Fica no assoalho pélvico logo abaixo da sínfise púbica. Em homens, fica imediatamente na frente do reto. A glândula próstata envolve o pescoço da bexiga, onde se esvazia na uretra. A bexiga é tipicamente maior em um homem que em uma mulher. Nas mulheres, a bexiga fica na frente da vagina e do útero. A bexiga tem três aberturas para os dois ureteres e a uretra. O triângulo formado por essas aberturas é chamado de trígono. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 31 A parede da bexiga tem três camadas: Uma mucosa revestida por epitélio de transição. Uma camada muscular espessa conhecida como músculo detrusor. Uma adventícia externa grossa e fibrosa. Quando vazia, as paredes se dobram. À medida que a bexiga se enche, a parede se estica afina. Isso permite que mais urina seja armazenada sem aumento significativo na pressão. A uretra é um tubo muscular de paredes finas que drena a urina da bexiga. Existem dois esfíncteres que mantêm a uretra fechada e evitam vazamentos: O esfíncter interno da uretra: um espessamento do músculo liso detrusor na junção bexiga-uretra. Este esfíncter é involuntário. O esfíncter externo da uretra: ele envolve a uretra à medida que passa através do diafragma urogenital. Este esfíncter é formado de músculo esquelético e está sob controle voluntário. O músculo levantador do ânus do assoalho pélvico também serve como um constritor voluntário da uretra. Uretras masculina e feminina Em mulheres, a uretra tem 3-4 cm de comprimento e está fortemente ligada à parede vaginal anterior. Em homens, a uretra tem cerca de 20 cm de comprimento e tem três regiões: Uretra prostática: corre pela glândula próstata. Uretra membranosa: corre pelo diafragma urogenital. Uretra esponjosa (peniana): passa pelo pênis. A uretra masculina funciona de forma dupla, pois também carrega sêmen do corpo. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 32 Fase de enchimento À medida que a bexiga se enche, o músculo liso na parede da bexiga relaxa. Mesmo que o volume na bexiga esteja aumentando, a pressão dentro da bexiga permanece baixa. A capacidade semelhante à do balão, de mudar o volume, é possibilitada pelo epitélio de transição que reveste a parede da bexiga. Em uma bexiga relativamente vazia, estas células epiteliais são empilhadas umas sobre as outras. À medida que a bexiga aumenta, essas células se espalham. Uma bexiga cheia pode ter apenas 1-2 camadas de células epiteliais. O “reflexo de micção” Alguns aspectos da micção são involuntários, enquanto outros estão sob controle voluntário. Os dois ramos do (SNA) regulam o enchimento e esvaziamento da bexiga, assim como as fibras do sistema nervoso somático, que são transportadas pelo nervo pudendo. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 33 O sistema parassimpático controla as contrações da bexiga durante a micção: As fibras liberam acetilcolina, que atua nos receptores muscarínicos M3 do músculo liso da bexiga para produzir contração da bexiga e relaxamento do esfíncter interno da bexiga. A contração da bexiga força a urina na parte superior da uretra. Essa informação sensorial é levada ao cérebro. O sistema simpático controla o comportamento da bexiga enquanto ela se enche de urina: As fibras começam em T11-L2 medula espinhal. As fibras liberam norepinefrina, que atua sobre os receptores adrenérgicos beta 3 (β3) no músculo liso da bexiga para relaxar a bexiga durante o enchimento. A norepinefrina também age em receptores adrenérgicos alfa 1 (α1) no esfíncter interno para mediar sua contração tônica durante o enchimento. Se necessário, a micção pode ser adiada, pois o esfíncter externo está sob controle voluntário: Visão geral A sequência de eventos durante a fase de esvaziamento pode ser mostrada como um arco reflexo visceral: Os sinais aferentes dos receptores de estiramento na parede da bexiga são transportados para a região sacral da medula espinhal. Os sinais eferentes para a bexiga são transportados por nervos parassimpáticos (nervos esplâncnicos pélvicos). Efetores são ativados: o músculo detrusor se contrai e o esfíncter interno relaxa. Observação: Sinais aferentes para o cérebro também são gerados, o que cria consciência da necessidade de urinar (não mostrado na imagem abaixo). Quando conveniente, o cérebro gera sinais eferentes para relaxar o esfíncter voluntário. Sua osmolaridade urinária é determinada principalmente pela sua osmolaridade plasmática; isso determina o nível de hormônio antidiurético (ADH) na corrente sanguínea. Um estado bem hidratado Neste estado, há níveis baixos de ADH circulante. Portanto, a permeabilidade à água das células epiteliais do ducto coletor é muito baixa e a maior parte do excesso de água é excretada. Esta excreção também é conhecida como diurese hídrica. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 34 Como o ADH funciona? O ADH (também conhecido como vasopressina) liga-se a receptores V2 que ativam a adenilato ciclase, e atuam via monofosfato cíclico de adenosina (AMPc) e proteína quinase A (PKA). As vesículas citoplasmáticas contendo canais de água se fundem com a membrana celular apical, aumentando sua permeabilidade à água. A água está, então, livre para se mover do lúmen para fluido intersticial, descendo o gradiente osmótico. O ADH aumenta a permeabilidade à água das porções corticais e medulares do duto coletor, assim como da última parte do túbulo distal (às vezes referido como “duto conector”). As regiões do néfron sensíveis ao ADH são mostradas em amarelo. A maior parte da água é reabsorvida do túbulo distal à medida que ele faz a curva antes de se esvaziar no duto coletor. Isso evita diluir o gradiente osmótico medular (a região do túbulo distal sensível ao ADH fica no córtex). Observação: Muita ureia é perdida na urina durante uma diurese hídrica. Essa perda de uréia contribui substancialmente para a redução do gradiente osmótico medular sob estas condições. Diurese taxa aumentada de produção de urina: Diurese hídrica: onde mais água do que o corpo requer é ingerida. Diurese osmótica: quando mais solutos que o normal são excretados. Diuréticos Diuréticos são fármacos que aumentam a excreção de água e NaCl devido a uma ação no rim. Eles podem ser divididos em dois tipos: Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 35 Aqueles que atuam indiretamente, modificando a composição do fluido filtrado (ou seja, diuréticos osmóticos). Aqueles que atuam diretamente em células do néfron, em particular as células
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