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Peritonite: Características e Funções do Peritônio

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Peritonite 1
❗
Peritonite
PERITÔNIO
Características gerais
→ reveste internamente a cavidade abdominal (parietal) e os (muitos) órgãos abdominais 
(visceral)
→ formado por células mesoteliais composta de epitélio escamoso simples (importante 
saber por conta das neoplasias)
→ estas células estão frouxamente ligadas, isto permite que sejam facilmente 
separadas durante um procedimento cirúrgico que mobilize o peritônio
→ sustentado pela membrana basal
→ abaixo da membrana basal:
→ vasos sanguíneos 
→ vasos linfáticos
→ tecido conjuntivo frouxo de apoio rico em adipócitos
→ macrófagos
→ mastócitos
observações:
→ em casos de neoplasias os vasos tem papel na disseminação de micrometástases
→ é importante a presença de células de defesa, pois o peritônio serve como barreira
→ secreta líquido na cavidade:
→ facilita a movimentação das alças intestinais durante a peristalse
→ permite que as camadas do peritônio deslizem uma sobre a outra com pequeno atrito
→ secretado entre 100 mL
→ cor amarelo citrino (pH em torno de 7,5)
→ D = 1016 (densidade, vai indicar se o paciente possui exsudato ou transudato)
→ + - 300 cels/mm³ 
→ menos de 3 gramas/dL de proteínas (transudato) (hepatopatas crônico possuem 
mais proteínas do que o normal, o que aumenta pressão osmótico, o que explica a 
ascite)
Peritonite 2
Tipos de peritônio
→ Possuem a mesma formação histológica, são contínuos, mas possuem inervação 
diferentes!
→ através da anamnese será possível obter pistas da origem da dor, no caso de dúvida 
se é referente ao peritônio visceral ou parietal
→ relembrando órgãos retroperitoniais: rim, pâncreas e duodeno
→ Parietal
→ cobre a cavidade abdominal e pélvica e a superfície abdominal do diafragma
→ saco aberto, principalmente a região do diafragma
→ aberturas intercelulares: estomas, via primária de absorção de partículas e 
bactérias da cavidade peritoneal
→ Visceral
→ cobre todas as vísceras intra-abdominais e o mesentério (se confunde com as 
serosas)
→ saco aberto (nas tubas uterinas/trompas de Falópio)
→ se o peritônio recobrisse as fímbrias isso afetaria negativamente a fecundação!
Cavidade peritoneal 
→ espaço encontrado entre as camadas parietal e visceral do peritônio.
→ quando o peritônio se dobra para recobrir os órgãos, ele forma bolsas/recessos que 
podem se encher de fluidos, caso haja uma inflamação dos órgãos adjacentes. 
→ recesso inferior do saco menor (formado pela dobra do omento maior) e o saco 
retouterino/de Douglas encontrado sobre o útero e o reto.
Divisão da cavidade peritoneal
Grande saco peritoneal
→ possui um compartimento supramesocólico e um inframesocólico
Pequeno saco peritoneal 
→ supramesocólico à direita
→ isolado do grande saco, comunicando-se pelo hiato de Wislow
Manobra Pringle → é realizada para o clampeamento da tríade portal através do forame 
de Winslow, promovendo um controle do sangramento proveniente da artéria hepática e/ou 
veia portal
Forame de Winslow ou forame omental → estabelece a comunicação entre a cavidade 
peritoneal maior e a retrocavidade dos epíplons (ou bolsa omental)
Peritonite 3
Inervação peritoneal
Peritônio Parietal:
→ parede tóraco-abdominal: 6-7 últimos nn. intercostais (nn. espinais). mesma 
inervação dos músculos da parede (dor parietal (somática))
→ superfície diafragmática:
→ centro: frênico (C3-C5)
→ periferia: nn. intercostais
Peritônio Visceral: 
→ simpático; mesma inervação da víscera que reveste (dor visceral)
Funções do peritônio
Minimiza a fricção: redução de atrito, líquido peritoneal lubrifica e facilita os movimentos 
das vísceras intraperitoneais entre si e na parede abdominal.
Proteção mecânica e biológica: promove a resistência e localiza a infecção.
Absorção e eliminação de substâncias
Armazena gordura: principalmente no grande omento.
Mecanismos de defesa
→ Linfáticos diafragmáticos, parietais e viscerais
→ Células
porcentagem das células presentes:
→ macrófagos 36 - 40%
→ células mesoteliais: 36%
→ na peritonite ocorre lesão do mesotélio: 
→ formação de fibrina → aprisionamento de bactérias
→ tromboplastina pelas células lesadas → coágulos e aderência 
→aprisionamento de bactérias
→ linfócitos T: 18- 40%
→ polimorfonucleares: 7%
→ Resposta da cavidade peritoneal à infecção
Drenagem linfática do peritônio
Peritônio parietal
Peritonite 4
→ comunicam-se com os da parede
→ drenam para os linfonodos parietais
Peritônio visceral
→ comunicam-se com os das vísceras correspondentes
→ drenam para as cadeias regionais 
Diafragma
→ remoção de partícula de 10 a 20 mícrons da cavidade, por aberturas da membrana 
basal, com auxílio de linfáticos peritoneais
estomas → fendas intercelulares entre as células mesoteliais
→ não há membrana subendotelial nos estomas: comunicação com os espaços 
intercelulares entre as células endoteliais subjacentes das lacunas
lacunas
Captação de líquidos e partículas pelo diafragma
→ filamento de actina dos processos celulares das bordas do estoma:
→ quando polarizados se contraem e aumentam o diâmetro dos estomas
→ contração diafragmática
expiração→ diafragma relaxa e sobre → estomas se abrem
→ pressão negativa induzida pelo movimento induz a aspiração de líquidos e 
partículas
inspiração → diafragma contrai e desce → fecha os estomas
→ contrações do diafragma "bobeiam" a linfa e conteúdos para cima, para os 
linfáticos localizados na região retroesternal, depois para o ducto torácico e 
circulação sistêmica
→ ação de agentes anestésico deprime a respiração espontânea que reduz a 
depuração de partículas da cavidade peritoneal
→ bactérias aparece no ducto torácico 6 minutos após a injeção intraperitoneal
→ injeção de plasma rico em plaquetas no peritônio pode obstruir os estomas e 
impedir a captação de partículas de carbono e contraste radiopaco da cavidade 
peritoneal para o ducto torácico
→ infecção: retração das células mesoteliais → aumentam a permeabilidade dos estomas
Resposta da cavidade peritoneal à infecção 
→ Nas primeiras 4 a 6 horas há influxo de neutrófilos
→ Mastócitos e fagócitos liberam PGD, citocinas e histamina, isto resulta em vasodilatação 
e aumento da permeabilidade → exsudato rico em C, IG, fatores de coagulação e fibrina
Peritonite 5
→ Depuração de bactérias:
→ linfáticos diafragmáticos
→ macrófagos peritoneais 
→ neutrófilos
→ sistema portal
Bactérias da peritonite
Estômago/duodeno: Estrepto. Estafilo. Cândida, Peptococos, Peptoestrepto.
→ menor número de bactérias
Íleo distal: enterobactérias, bacteróides
Cólon: bacteróides, E. coli, Klebsiella, Proteus, Enterococcus, Clostridium, Peptococcos, 
Peptoestrepto.
→ maior número de bactérias 
Peritonite
→ processo inflamatório intra-abdominal se estende para o peritônio (origem extra ou 
intraperitoneal)
→ resposta peritoneal à:
→ agressão por bactérias (endotoxinas)
→ secreções digestivas por perfuração de vísceras ocas
→ processos inflamatórios/infecciosos abdominais e/ou pélvicos
→ isquemia visceral
→ características variam de acordo com a origem, razão e gravidade, com ou sem 
repercussão
Classificação peritonite
Primária
Descrição: infecção peritoneal difusa de fonte extraperitoneal (hematogênica, linfática 
ou transmural-vísceras íntegras)
exemplo: insuficiência renal crônica, síndrome nefrótica e cirrose hepática
Agente etiológico: monomicrobiana
exemplo: e. coli, Klebsiella pneumonia, streptococcus ou staphylococcus
Secundária
Descrição: afecção intra-abdominal, do tipo infeccioso ou não, devido à necrose ou 
perfuração de órgão intra-abdominal
exemplo: apendicite, úlcera perfurada, diverticulite, etc
Peritonite 6
Agente etiológico: polimicrobiana
Terciária
Descrição: forma difusa e persistente de peritonite secundária, infecciosa ou não
Agente etiológico: mono ou polimicrobiana
Fisiopatologia da Peritonite
Fases
Peritonítica: inicial; resposta local
Sistêmica: começa com a peritonítica
Abcesso: tardia 
Peritonite aguda 
→ hiperemia e exsudação (pela vasodilatação e aumento da permeabilidade)→ aumento do volume de líquido na cavidade; afluxo de neutrófilos e macrófagos, além de 
células mesoteliais
→ exsudação: migração para a cavidade peritoneal de grande quantidade de líquido rico 
em eletrólitos e proteínas 
→ desidratação
→ hipoproteinemia
→ hipovolemia
→ absorção de toxinas: 
→ endotoxina aérobicos gram negativas, exemplo e. coli
→ dano vascular
→ hipovolemia
→ endotoxina aeróbicos gram positivas, exemplo clostridium
→ hemólise
→ alterações metabólicas
💡 Peritonite aguda difusa → paralisia intestinal (ílio adinâmico) → sequestro de 
líquido para o 3º espaço → hipovolemia
Peritonite 7
Nathália Farias
@medicinathy

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