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Os vírus contém um único tipo de ácido nucleico, seja ele DNA ou RNA. O material nucleico é protegido por um capsídeo proteico, e o capsídeo ainda pode ser recoberto por um envelope de lipídeos, proteínas e carboidratos. São parasitos intracelulares obrigatórios, ou seja, multiplicam-se exclusivamente dentro das células vivas, utilizando a maquinaria sintética da célula. Os vírus podem infectar invertebrados, vertebrados, plantas, protistas, fungos e bactérias. A maioria dos vírus infecta tipos específicos de células de uma espécie de hospedeiro, pois dependem da compatibilidade de receptores e maquinaria para replicação. Os vírus utilizam grande parte da maquinaria celular para replicação. A maioria dos fármacos que interferem na replicação viral podem interferir também com a fisiologia da célula hospedeira, gerando toxicidade. Vírion: forma extracelular do vírus, a partícula infecciosa completa Capsídeo: envoltório proteico que contém o genoma viral, geralmente compreende a transmissão fecal-oral Envelope: camada externa de proteínas, lipídios e carboidratos. Por sua composição lipídica, o envelope é facilmente danificado com álcool 70° e sabão. Dentro da capsula existem componentes essenciais para o funcionamento do vírus, e ao destruir essa estrutura, esses componentes são perdidos e o vírus perde sua capacidade infecciosa. Vírus encapsulados são transmitidos via secreção-contato Tropismo significa afinidade. Os vírus têm tropismos diferentes, e por isso, os vírus quando infectam um organismo, se localizam em determinados órgãos e tecidos. O que determina o tropismo é a afinidade dos ligantes presentes dos vírus pelos receptores das membranas celulares. Por mais que todas as membranas celulares sejam lipoproteicas, a constituição e distribuição dos receptores são diferentes para cada tecido. Os vírus oncogênicos podem alterar o processo de replicação celular e/ou causar lesões que favorecem o surgimento do câncer. O vírus precisa encontrar a célula pela qual ele tem tropismo, ou seja, onde existe compatibilidade entre o receptor presente nas células e o ligante presente no vírus Consiste no reconhecimento e na ligação à célula hospedeira O vírus adere-se à célula O vírus penetra na célula hospedeira e injeta seu DNA na fita hospedeira O vírus pode entrar na célula com toda a sua estrutura, ou pode entrar de uma forma que não se faz necessário colocar o capsídeo e os demais componentes dentro da célula, podendo apenas injetar o material genético. De qualquer forma, ambos os métodos de entrada na célula fazem parte da penetração. No caso do vírus que entra com todos os seus componentes, o vírus passa por um processo chamado desnudamento, possibilitando a exposição do genoma viral O DNA viral vai conduzir a síntese de componentes virais pela célula hospedeira Nesse momento, todos os componentes necessários para a montagem de um novo vírus são produzidos, incluindo material genético e os componentes do capsídeo e da capsula Essa fase consiste na montagem do novo vírus, que agora tem todas as peças necessárias produzidas pela etapa anterior Os componentes virais são organizados, formando o vírion O vírus pronto é liberado para infectar novas células A liberação depende de vírus para vírus, podendo ser liberados lentamente ou mais agressivamente, lesando a célula O vírus entra na célula e insere seu material genético nela. Esse material genético viral fica acoplado ao material genético hospedeiro. Quando a célula hospedeira se replica, ela replica, também, o material genético do vírus, e todas as células filhas dessa célula inicialmente infectada contém o DNA viral. Esse fragmento do DNA pode sofrer algumas influências e interferências (gatilhos). Esses gatilhos podem iniciar o processo de síntese e construção das partículas virais. Nesse momento, a célula passou do ciclo lisogênico para o ciclo lítico. O ciclo lítico é mais agressivo, pois envolve a lise da membrana celular e, consequentemente, sua morte. A célula hospedeira usa a sua maquinaria celular para montar várias partículas virais, gerando instabilidades na célula tanto espacial quanto hidroeletrolítico (na formação dos poros para a saída dos vírus). Causa um aumento da carga viral e também causa rastro de lesão celular, causando um maior recrutamento de resposta inflamatória, piorando o quadro clínico do paciente. A infecção viral latente consiste no ciclo lisogênico, onde o material genético está acoplado ao DNA e a replicação viral cessa, e não há sintomas. Após o gatilho, como alterações imunológicas, estresse ou luz UV por exemplo, ela pode ser ativada. A infecção viral persistente (ou crônica) se desenvolve gradualmente durante um longo período, e normalmente são fatais. O material genético precisa ser inserido ao material da célula para que o vírus possa se replicar O RNA mensageiro nesse caso, já pode servir de molde para produzir proteínas virais. O RNA já está pronto, então a velocidade de replicação nesse caso é maior Isso pode agravar o quadro infeccioso A fita negativa não consegue servir de molde para produzir proteínas A partir da fita negativa, deve-se criar uma fita positiva para que haja replicação viral O RNA sendo dupla fita, existe uma fita positiva, capaz de já iniciar a replicação viral , , São vírus de RNA, mas precisam inserir seu genoma no DNA hospedeiro Ele precisa montar um DNA a partir do RNA viral, então esse vírus contém a transcriptase reversa para montar o DNA viral e inserir no material genético hospedeiro Os vírus de RNA possuem sua própria RNA polimerase. Ela é considerada uma RNA polimerase dependente de RNA, pois uma o RNA do vírus como molde para fazer mais RNA viral. Os retrovírus são vírus de RNA que possuem uma enzima chamada transcriptase reversa. Nesse caso, a enzima do vírus usa o RNA viral como molde para sintetizar um DNA viral, que então é integrado ao DNA hospedeiro. Assim, o vírus passa a usar a RNA polimerase das células hospedeiras para fazer a transcrição. Alguns vírus de DNA tem sua própria enzima DNA polimerase, e outros usam a DNA polimerase da célula hospedeira. A maioria dos vírus de DNA usam a RNA polimerase da célula hospedeira para fazer a transcrição. Todos os vírus usam os ribossomos hospedeiros para fazer a tradução. Bactérias resistentes podem ser infectadas por vírus que façam o ciclo lítico, fazendo com que elas morram. Os vírus podem ser modificados geneticamente e podem induzir a bactéria a produzir moléculas que sejam benéficas para o hospedeiro combatendo a infecção, como um inibidor para auxiliar no efeito do antibiótico ou enzimas letais para a bactéria As bactérias podem ser infectadas e, estando em biofilme, eles podem ser desestruturados, possibilitando a entrada de antibióticos e do sistema imune. Uso do zika vírus modificado para parar a replicação de células tumorais O zika vírus tem como característica o tropismo por células que se replicam rápido
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