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Fundação Universitária Iberoamericana
FP78 – Interculturalidade e Educação
Trabalho convocatória ordinária
Politização do quilombola no contexto escolar
Nomes e sobrenomes:
Carolina Maciel Miranda
 Hildegarda Alexandra de Sousa
Valmir Soares dos Santos 
Yara Kirya Brum
Código: FP078 – Interculturalidade e Educação
Grupo: fp_mme_2021-02_pt_1
Data: 31 de outubro de 2021
Introdução
Este trabalho tem como objetivo apresentar uma atividade intercultural a ser desenvolvida na Escola Municipal Reinaldo Alves Costa do ensino fundamental anos finais com objetivo de ofertar ao aluno mestrando em educação oportunidades para viver as experiências estruturando as atividades promovendo situações de ensino-aprendizagem que possibilite uma formação, organização, regulação, otimização de estratégias didáticas, base para reflexão, formação, perfilação, adequação e ajuste de experiência e prática docente que permita uma experiência de aprendizagem e de atividades de ensino-aprendizagem significativo, flexível, democrático, intercultural e pacífico (Bordenave & Pereira, 2012).
A atividade visa propiciar a interação entre os sujeitos sociais de diversas culturas, favorecendo o respeita, à integração e a socialização entre eles numa convivência pacífica, privilegiando a formação participativa, cooperativa, valorante, equitativa, inclusiva do outro em sua alteridade, que compartilha-saberes, numa prática educativa libertária, flexível, democrática e fomentadora da pesquisa da educação a partir do encontro de diferentes. 
Pelo exposto, a interculturalidade poderá ser um instrumento de transformação da realidade trabalhado pela educação para criar um clima que propicie relações educativas interculturais que possibilite a desconstrução de elos de poder hegemônico e histórico que subalterna os demais, principalmente as minorias, “neste sentido constrói-se diversas propostas de educação intercultural as que emergem na maioria dos casos como propostas políticas para transformação da realidade” (FUNIBER,2021, p.2). 
A referida atividade é voltada para discentes entre 12 a 14 anos, provenientes de diferentes contextos sociais, religiosos, culturais e étnicos, implementando e promovendo o encontro e o relacionamento entre eles, buscando o atendimento à diversidade cultural, mesmo entendendo a sua complexidade, uma vez que, para além do contexto escolar, se-á “de admitir a complexidade sociocultural das relações interculturais”. (FUNIBER,2021, p54). Optando por “uma dimensão emancipatória que perpassa para uma das outras dimensões das relações que se estabelecem entre interlocutores interculturais (etnia, cultura, diversidade, etc). Diante disso, é assumida uma posição complexa que favorece a construção de soluções com a participação de interlocutores. (FUNIBER,2021, p54).
A escola em referência localiza-se na cidade de Ponte Nova, situada no estado de Minas Gerais, zona da mata. Por agregar alunos da periferia onde convivem em meio a trajetória conflitiva, drogas, discriminação, resultando em péssimas condições de vida; a escola recebe esses discentes do quilombola com culturas diferentes dos demais sendo um desafio educacional.
Uma realidade que exige uma abordagem de ensino adequada que sirva de impulsionamento para a promoção do ensino, exercendo a função de tornar a aprendizagem mais significativa, oportunizando a compreensão e o espírito crítico do aluno (Libâneo, 1994). Por outro, apreciação avaliativa permanente, que acompanha todos os passos do processo de ensino e aprendizagem auxiliando na tomada de decisões de todos os implicados no referido processo.
Descrição do problema
Na interação dos discentes no ambiente escolar percebe-se várias formas de manifestações preconceituosas entre eles. Do exposto, surge um problema identificado pelo corpo docente, a saber: A existência de preconceitos dos alunos não oriundos do quilombo em relação aos alunos quilombolas, principalmente quanto à sua religião, ao vestuário e os acessórios que estão ligados à mesma. Sendo, a falta de conhecimento e informação em relação à cultura dos quilombolas o gerador do problema. 
As principais particularidades identificadas do problema em questão tendo como referência o modelo crítico de educação intercultural foram:
· A falta de conhecimento e informação em relação à cultura dos quilombolas é um fator gerador do problema. 
· Os valores familiares são conflitantes com valores éticos promovidos pela escola.
· A falta de diálogo faz com que haja discriminação religiosa e social.
· O entendimento dos alunos não quilombola é de que sua religião é superior( verdadeira/hegemônica/absoluta) em relação com a do outro.
Desenho de intervenção 
Para o desenvolvimento da intervenção que será proposta para a efetivação da implantação da interculturalidade no ambiente escolar, propomos inicialmente aos estudantes que realizem uma pesquisa em grupo, pois para atender ao princípio da diversificação os grupos devem ser compostos de forma heterogênea buscando integrar os mais “diversos tipos de relações: trabalho prático; de pesquisa; de observação; de análise; de exposição; de debate; de interpretação, etc.” (FUNIBER,2021, p.73).
Versando sobre a comunidade quilombola existente na cidade de Ponte Nova. A pesquisa deve focar a religião, a forma de organização social, o vestuário e sua culinária. 
Vale ressaltar que como proposta pedagógica esta ação busca estabelecer um enfoque cooperativo, por isso, determinamos que a composição dos grupos supracitados deverá ser heterogênea, ou seja, deve ser composto por alunos oriundos e não oriundos do quilombo, uma vez que, “favorece que os estudantes estabeleçam mecanismos de colaboração e ajuda. Por outro lado, estimula a coesão grupal ao conectar as suas tarefas individuais para alcançar um objetivo comum”. (FUNIBER,2021, p.22).
Seguindo no desenvolvimento da intervenção, será proposto aos alunos num segundo momento, um debate a respeito do que foi coletado sobre os aspectos já mencionados da comunidade quilombola em questão.
Findado o debate, os alunos irão expor os pontos que mais chamaram a sua atenção. Além disso, devem apresentar pratos típicos da culinária quilombola, danças, artesanatos, teatros, poesia, contos populares da comunidade, rituais e/ou outras manifestações culturais, além de convidar líderes/representantes da comunidade quilombola para apresentar alguns dos seus conhecimentos tradicionais.
Ao longo da atividade, cada grupo deve apresentar um aspecto da cultura quilombola para todos com o objetivo de socialização dos estudantes quilombolas da comunidade escolar, sendo um critério para a promoção da cultura em estudo. Além disso, o grupo que estiver se apresentando será assistido por um intérprete em língua de sinais para assistir aos alunos com necessidades especiais, promovendo a equidade. “Este critério serve para favorecer a autoestima do aluno/a que pertence a grupos culturais historicamente subordinados, de modo que se promova a valorização pública de sua identidade cultural. Igualmente, é possível mostrar a pluralidade das identidades”. (FUNIBER,2021, p.66).
Os professores no final de cada apresentação fazem adequação com as devidas explanações e pontos de vista abordados no projeto em que os participantes manifestam situações similares que os aproximam e passem a enxergar o outro numa perspectiva que não a do preconceito. Desse modo, o professor usará a didática como ferramenta para construir a aceitação e o respeito pelo “diferente”, pelo desconhecido. Ligando os conhecimentos acadêmicos que os alunos estão construindo com a experiência vinda do cotidiano dos quilombolas. E nesse sentido, “uma didática intercultural vai ter ferramentas que permitam estabelecer vínculos duradouros entre a cultura acadêmica e a cultura experiencial”. (FUNIBER,2021, p.73).
No passo seguinte, o coordenador da atividade indica os grupos para a próxima parte do projeto cultural, que é a exposição. Passando a explicar a intenção e importância das atividades e o que se espera delas. Com o intuitode que os alunos trabalhem e desenvolvam os critérios de: reconhecimento próprio, saberes e as práticas locais, a identificação e o reconhecimento das diferenças e da “alteridade” e a problemática de conflitos culturais, racismo e relações culturais negativas. Além de fomentar questionamentos para despertar o interesse dos alunos quanto a importância e o valor histórico dessa cultura na construção e fortalecimento de uma sociedade igualitária. Ainda nesse contexto de fortalecimento da cultura quilombola, e por consequência da cultura Afro-brasileira, em 2003, a Lei 10.639 entrou em vigor e alterou a Lei de Diretriz da Educação, tornando obrigatória a inclusão da história e cultura afro-brasileira na grade curricular do ensino fundamental e médio. Desde então, escolas de todo o Brasil têm compartilhado novas práticas que vêm transformando gradativamente o ensino tradicional, tornando-o mais inclusivo e diversificado, refletindo, assim, a real face da população brasileira.
Avaliação geral
A atividade será avaliada com base :
· Nas atitudes entre alunos sobre aceitação, empatia, tolerância, respeito e valorização diante da descoberta da diversidade cultural existente no âmbito escolar;
· No aprendizado dos alunos em relação ao contexto sociocultural e histórico dos alunos quilombolas em Ponte Nova e no Brasil;
· Na capacidade dos alunos de expressar os aspectos que identificam a própria cultura; 
· Na criatividade dos alunos para o desenvolvimento do projeto como um todo. 
Referências bibliográficas
Unesco. (2009). Investir na diversidade cultural e no diálogo intercultural. Unesco .
Arendt, H. (1993). Entre o passado e o futuro. São Paulo: Perspectiva.
Bordenave, J. D., & Pereira, A. M. (2012). Estratégias de ensino-aprendizagem. Rio de
Janeiro: Vozes.
Candau, V. M. (2003). Educação Intercultural e Cotidiano escolar. Rio de Janeiro: 7
Letras.
Cámara, A. M., & Pantoja, A. (2018). Interculturalidade e Educação. Espanha:
FUNIBER.
Fleuri, R. (Maio/Junho/Agosto de 2003). Interculturalidade e educação. Revista
brasileira de educação , 23.
Levinas, E. (1988). Totalidade e Infinito: ensaio sobre a exterioridade. Lisboa: Edições
70.
Libâneo, J. C. (1994). Didática. São Paulo: Cortez.
FUNIBER (2021). Didática, currículo e materiais didáticos na educação intercultural. In: Interculturalidade e Educação. (p. 2). Barcelona. Espanha.
FUNIBER (2021). Didática, currículo e materiais didáticos na educação intercultural. In: Interculturalidade e Educação. (p. 66). Barcelona. Espanha.
FUNIBER (2021). Didática, currículo e materiais didáticos na educação intercultural. In: Interculturalidade e Educação. (p. 71). Barcelona. Espanha.
FUNIBER (2021). Didática, currículo e materiais didáticos na educação intercultural. In: Interculturalidade e Educação. (p. 73). Barcelona. Espanha.
FUNIBER (2021). Didática, currículo e materiais didáticos na educação intercultural. In: Interculturalidade e Educação. (p. 73). Barcelona. Espanha.
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