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Trab Administrativo II Adriane

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Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON PAIVA 
CURSO DE DIREITO 
DIREITO ADMINISTRATIVO II - MANHÃ 
TRABALHO 
Adriane 
 Instruções: 
1. O presente trabalho poderá ser feito individualmente ou em grupo de até 5 (cinco) membros, devendo ser entregue no dia 15/06/2021. Ele valerá 15,0 pontos. 
2. As respostas às questões abaixo deverão ser digitadas. O trabalho deverá ser entregue através da plataforma digital em campo a ser aberto para este fim. 
3. O nome dos integrantes do grupo deverá ser informado de maneira completa. 
4. No caso de trabalho feito em grupo, apenas um membro fará a sua entrega, informando no sistema que faz a entrega em nome de todos os membros do grupo. Os demais membros, por sua vez, informarão, em campo próprio no sistema, quais são os integrantes de seu grupo e quem realizou a entrega. 
5. Para a realização deste trabalho, admite-se ampla consulta às fontes disponíveis, as quais deverão ser todas indicadas nas referências bibliográficas utilizadas. Com isso, admite-se sejam feitas citações nas respostas elaboradas, desde que as fontes sejam indicadas. Em caso de plágio, será atribuída nota zero ao trabalho apresentado, nota que alcançará a todos os integrantes do grupo. 
6. Em caso de respostas total ou parcialmente idênticas para as mesmas questões em trabalhos de grupos distintos será atribuída nota zero para ambos os trabalhos (e não para a questão), pouco importando quem emprestou e quem copiou a resposta.
 
1.Faça um paralelo entre sentido amplíssimo, amplo e restrito de serviço público, assim como dos critérios orgânico, formal e material utilizados para a sua definição. 
É certo que diversas são as razões que determinaram a assunção por parte da Administração Pública dos chamados serviços assistenciais e sociais e que tal assunção pode revestir vários graus de intensidade. 
Isto não quer dizer que tais atividades, quando promovidas pela iniciativa privada paralela, sejam regidas única e exclusivamente pelo princípio da liberdade individual, pois, a partir desse momento, ficarão sujeitas a uma progressiva regulamentação, através da técnica de polícia, justificada por sua conexão com o interesse público.11 A propósito, observa Meilán Gil que “o mecanismo ideológico (separação Estado-sociedade) reclama que se há uma separação entre tarefas do Estado e tarefas da sociedade, para intervir em um certo campo o Estado necessita previamente declará-lo de sua competência, quer dizer, declará-lo público.
 Exemplo; Atividade de polícia não é serviço público, Banco central não presta serviços públicos;
Não podemos deixar de destacar Leon Dugut –Século XX, Como uma resposta ás tendências liberais do Estado no século XIX, (Escola de Bordeaux).
 Estado, somente não pode atuar, se o particular não puder ou não quiser.
O conceito de Administração Pública em seu sentido orgânico, isto é, no sentido de conjunto de órgãos e pessoas destinados ao exercício da totalidade da ação executiva do Estado, a nossa Constituição Federal positivou os princípios gerais norteadores da totalidade de suas funções, considerando todos os entes que integram a Federação brasileira (União, Estados, Distrito Federal e Municípios).
 Serviços públicos, sofreu consideráveis transformações no decorrer do tempo, diz respeito aos elementos constitutivos e sua abrangência, além disso, o serviço público é conceituado de forma ampla e restrita, essas duas hipóteses estão associadas a três elementos que o definem: Subjetivo, Forma, Material, sentido amplo, sentido restrito.
No Direito brasileiro, a prestação de serviços públicos compete ao Estado, diretamente ou sob o regime de concessão ou permissão, conforme dispõe o art. 175 da Constituição Federal de 1988. Extrai-se que o Texto Constitucional conferiu ao Poder Público a titularidade para o exercício dessa atividade, estabelecendo, também, que a prestação será de forma direta ou mediante concessão ou permissão, sempre por meio de licitação:
 Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
 Parágrafo único. A lei disporá sobre:
 I – o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão;
 II – os direitos dos usuários;
 III – política tarifária;
 IV – a obrigação de manter serviço adequado;
OBS: não pose confundir serviços públicos com atividade Estatal.
2. Conceitue serviço público.
 
Tem-se vários entendimentos de conceito de Serviço público, nesse sentido vejamos;
Subjetivo: órgãos do Estado voltados a coletividade;
Objetivo: E a atividade prestada pelo Estado e seus delegados.
Serviços públicos-Ampliativa, prestação, favorece o destinatário.
Poder de policia-a uma restrição a propriedade, limitativa(interesse público ,mas não é serviço público). 
Sendo toda atividade matéria que a lei atribui ao Estado para que exerça diretamente ou por meio de seus delegados, com objetivo de satisfazer concretamente ás necessidades coletivas, sob o regime jurídico total ou parcialmente de direito público.- MARIA SYLVIA ZANELLA DIPIETRO.
Sendo portanto toda atividade de uma coletividade pública visando a satisfazer um objetivo de interesse geral.- LAUBADÉRE
Toda atividade prestada pelo Estado ou por seus delegados, basicamente sob regime de direito público, com vistas á satisfação de necessidades essenciais e secundárias da coletividade. JOSÉ DOS SANTOS CARVALHO FILHO.
Nesse sentido, a corrente essencialista dos serviços públicos entra em declínio para o surgimento de uma nova corrente definidora dessas atividades.
 Serviço público é portanto, aquela atividade que o Estado deve prestar, especialmente como garante da liberdade da autonomia dos entes privados. Emerge, então, uma concepção legalista de serviço público (DI PIETRO). Esta doutrina é também denominada de convencionalista (BANDEIRA DE MELLO), uma vez que define essa atividade ás flutuações do mercado, determinando circunstancialmente quais as atividades incumbidas ao Estado prestar e aquelas compartilhadas ou atribuídas ao particular. 
Portanto significa dizer que, serviço público é toda atividade que a lei atribui ao Estado para que a exerça diretamente, ou por meio de seus delegatórios, para atender às necessidades da sociedade.
Substrato Subjetivo, que considera a pessoa jurídica prestadora da atividade: O serviço público seria aquele prestado pelo Estado.
Crítica: No sentido de que essa noção clássica está hoje alterada pelos novos mecanismos criados para a execução das atividades públicas, não restritas apenas ao Estado, mas, ao contrário, delegadas frequentemente a particulares.
Substrato Formal, que considera o regi jurídico: O serviço público seria aquele exercido sobre o regime de direito público derrogatório e exorbitante de direito comum.
Crítica: Sendo o critério insuficiente, porque em alguns casos incidem regras de direito privado para certos seguimentos da prestação de serviços públicos, principalmente quando executado por pessoas privados da Administração, como as sociedades de economia mista e as empresas públicas.
Substrato Material, sendo que considera a atividade exercida: O serviço público seria a atividade que tem por objeto a satisfação de necessidade coletiva.
Crítica: Algumas atividades, embora não atendendo diretamente aos indivíduos, voltam-se em favor destes de forma indireta e imediata. Além disso, nem sempre as atividades executadas pelo Estado representam demandas essenciais da coletividade. Interesse público primário e interesse público secundário.
 Serviço Público em sentido amplo
Os primeiros passos dados pelo serviço público foram na França, na Escola de Serviço Público, eram tão amplas que foram abrangidas algumas delas a todas as atividades do Estado.
Significa dizer que o serviço público é uma atuação ampliativa da esfera de interesse do particular, constituindo no interesse de vantagem e comodidade aosusuários, o serviço público, como regra, é prestado diretamente pelo Estado.
Serviço público em sentido restrito
O serviço público estar entre as atividades exercidas pela administração pública, tem exclusão das funções legislativa e jurisdicional, essa atividade administrativa é perfeitamente distinta do poder político do Estado.
 CAIO TÁCITO, atende-se a preservação do direito objetivo, à ordem pública, à paz e à segurança coletivas, a administração cuida de assuntos de interesse coletivo, visando ao bem-estar e ao progresso social, mediante o fornecimento de serviços aos particulares.
O conceito restringe demais a expressão utilidade ou comodidade fruível diretamente pelos administradores, seriam serviços públicos, exemplo, água, transporte, telecomunicação, energia elétrica, porém existem outras espécies de serviços que são considerados públicos e nem por isso são usufruíveis diretamente pela coletividade. 
3. Cite e explique os princípios regentes da prestação do serviço público. 
Além dos princípios gerais do Direito Administrativo, há os princípios específicos previstos no artigo 6º da Lei 8.987 /95 (dispositivo legal que define a prestação de serviço adequado).
Art. 6o Toda concessão ou permissão pressupõe a prestação de serviço adequado ao pleno atendimento dos usuários, conforme estabelecido nesta Lei, nas normas pertinentes e no respectivo contrato.
 
 Antes de procedermos à análise de cada um dos princípios que regem o Direito Administrativo, cabe novamente acentuar, que estes princípios se constituem mutuamente e não se excluem, não são jamais eliminados do ordenamento jurídico. Destaca-se ainda a sua função programática, fornecendo as diretrizes situadas no ápice do sistema, a serem seguidas por todos os aplicadores do direito. Desta forma, é necessário apresentar neste trabalho os princípios reguladores da prestação dos serviços públicos, que são:(Adequação) guarda-chuva de outros princípios: generalidade, a continuidade, a eficiência e a modicidade.
 Princípio da Generalidade
  É também conhecido como princípio impessoalidade ou universalidade, da igualdade dos usuários. De acordo com este princípio todos os usuários que satisfação as condições legais fazem jus à prestação do serviço, sem qualquer discriminação, privilégio abusos de qualquer ordem. O serviço público deve ser estendido ao maior número possível de interessados, sendo que todos devem ser tratados isonomicamente. 
Princípio da Eficiência
De acordo com este princípio a prestação do serviço público deve se dar de modo que atenda efetivamente as necessidades da coletividade, do usuário e do Estado, com o maior aproveitamento possível e com baixo custo. Assim sendo, deve o Estado prestar seus serviços com maior eficiência possível, A eficiência reclama que o poder público se atualize com os novos processos tecnológico, de modo que a execução seja mais proveitosa com o mesmo dispêndio. 
 Princípio da Modicidade
Este princípio visa impedir que o fator econômico, ou seja, que o custo se torne um fato impeditivo para a fruição do serviço público pela coletividade. Assim, a modicidade está associada à acessibilidade, exigindo que a política tarifária (CRFB art. 175, parágrafo único, inciso III) obedeça aos recursos econômicos dos usuários dos serviços públicos. Os serviços públicos devem ser prestados a preço módicos e razoáveis. Sua fixação deverá considerar a capacidade econômica do usuário e as exigências do mercado, de maneira a evitar que o usuário deixe de utilizá-lo em razão de ausência de condições financeiras, sendo, por esta razão, excluído do universo de beneficiário do serviço público. Nesse sentido, capacidade econômica do usuário, finalidade e objetivo não é o lucro. Possibilitar a prestação do serviço público.
Princípios da Mutabilidade do Regime Jurídico ou da Flexibilidade dos meios aos Fins
Autoriza mudanças no regime de execução dos serviços para adaptá-lo ao interesse púbico que é sempre variável no tempo. No entanto, nem os servidores públicos, nem os usuários dos serviços, nem os contratados pela Administração pública têm direito adquirido à manutenção de determinado regime jurídico, o estatuto dos funcionários públicos pode ser alterado, contratos também podem ser alterados ou mesmo reincididos unilateralmente para atender ao interesse público.
Cortesia
O destinatário do serviço público deve ser tratado com cortesia e urbanidade. Destaca-se que o serviço prestado é decorrente de um dever de poder público, ou de quem lhe faça as vezes, devidamente pago, de forma direta pelo usuário/contribuinte, que tem direito ao serviço.
 Os princípios explicitados no caput do art. 37 são, portanto, os da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade e da eficiência. Outros se extraem dos incisos e parágrafos do mesmo artigo, como o da licitação, o da prescritibilidade dos ilícitos administrativos e o da responsabilidade das pessoas jurídicas (inc. XXI e §§ 1.º a 6.º). Todavia, há ainda outros princípios que estão no mesmo artigo só que de maneira implícita, como é o caso do princípio da supremacia do interesse público sobre o privado, o da finalidade, o da razoabilidade e proporcionalidade.
4. Discorra sobre o princípio da continuidade do serviço público, abordando polêmicas envolvendo à sua aplicação diante de situações de interrupção da prestação do serviço público discutidas pela doutrina e jurisprudência. 
 Princípio da Continuidade
O serviço público deve ser acessível e prestado de forma contínua. Este princípio exige a prestação de forma ininterrupta do serviço, para que a coletividade possa satisfazer suas necessidades.
O princípio não impede a interrupção justificada da prestação do serviço que pode ocorrer por motivos de ordem geral, como força maior como também por situações que derivem de uma situação emergencial ou ainda após um prévio aviso em decorrência de razões de ordem técnica e segurança das instalações (conforme disposto pelo art 6, parágrafo 3º, inciso I, da Lei 8.987 de 1995).
Todos os princípios têm como escopo a prestação adequada dos serviços públicos, tendo neste aspecto, destaque especial o determinado pelo princípio da continuidade. Cabe transcrever abaixo, o art. 6º da Lei 8.987/95:
Art. 6º - Toda concessão ou permissão pressupõe a prestação de serviço adequado ao pleno atendimento dos usuários, conforme estabelecido nesta Lei, nas normas pertinentes e no respectivo contrato.
§1º Serviço adequado é o que satisfaz as condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas.
§2º A atualidade compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço.
§3º Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação de emergência ou após prévio aviso, quando:
I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e,
II - por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade.
É importante lembrar que há grande controvérsia em relação à interrupção na prestação do serviço em decorrência do não pagamento pelo usuário. José dos Santos Carvalho Filho, ao se referir à relação Estado-usuário, afirma que:
Se o serviço for facultativo, o Poder Público pode suspender-lhe a prestação no caso de não pagamento, o que guarda coerência com a facultatividade em sua obtenção. É o que se sucede, por exemplo, com os serviços prestados por concessionários, cuja suspensão é expressamente autorizada pela Lei nº 8.987/95, que dispõe sobre concessões de serviços públicos. Tratando-se, no entanto de serviço compulsório, não será permitida a suspensão, e isso não somente porque o Estado o impôs coercitivamente, como também porque, sendo remunerado por taxa, tem a Fazenda mecanismos privilegiados para a cobrança da dívida. 
Em regra, a suspensão do serviço será admissível se este for remunerado por preço público (tarifa), mesmo que possua natureza compulsória. Por outro lado,existem decisões que entendem ser inadmissível a suspensão do serviço quando o usuário é o Poder Público, sob o argumento da supremacia do interesse público sobre o interesse privado.
No Resp. 628.833-RS do STJ [5], este procurou conciliar a situação de inadimplência e a natureza do devedor. O Município, em caso de inadimplência no pagamento de tarifa, poderá ter seu fornecimento de energia elétrica suspenso para determinados órgãos, como bibliotecas, ginásios esportivos e depósitos, mas não poderia ter suspenso o fornecimento de energia para hospitais, escolas e usinas, por exemplo. Ainda neste sentido, o STJ no Resp. 460.271 SP, fixou a impossibilidade de suspensão em razão da natureza da atividade exercida pelo órgão ou entidade pública, excluindo a possibilidade de corte para os serviços essenciais.
Vale afirmar, que muitas vezes, por deficiências estruturais geradas em decorrência da falta de recursos ou da má administração do Estado para manter os serviços, estes acabam não sendo prestados de forma contínua. As parcerias público-privadas caso empregadas corretamente, podem garantir melhores condições técnicas e de manutenção para os serviços públicos de maneira geral, possibilitando assim a consolidação na prática do princípio da continuidade dos serviços públicos.
Significa que de acordo com este princípio a prestação do serviço público deve se dar de modo que atenda efetivamente as necessidades da coletividade, do usuário e do Estado, com o maior aproveitamento possível e com baixo custo. Em regra não podem ser interrompidos, nesse sentido podendo ter consequências. Portanto este não pode parar em razão da importância do mesmo a coletividade.
Traz consequências, no que concerne aos contratos administrativos.
. Imposição de prazos rigorosos ao contratante;
. Aplicação da teoria da imprevisão, para recompor o equilíbrio econômico financeiro do contrato e permitir a continuação do serviço;
. Inaplicabilidade da exceptio nom adimplente contractus contra a Administração pública9há exceções);
. Reconhecimento de privilégios para a Administração, como o de encampação, uso compulsório de recursos materiais e humanos do contratante, quando necessário para dar continuidade a execução do serviço;
. Restrição do direito a greve;
 
5. Explique as classificações do serviço público.
Serviços públicos propriamente ditos são os que a Administração presta diretamente à comunidade, por reconhecer sua essencialidade e necessidade para sobrevivência do grupo social e do próprio Estado.
 Exemplo: defesa nacional, fiscalização de atividades, água, saneamento básico. 
Serviços de utilidade pública são os que a Administração, reconhecendo sua conveniência (não essencialidade, nem necessidade) para os membros da coletividade, presta-os diretamente ou consente que sejam prestados por terceiros (concessionários, permissionários ou autorizatários), nas condições regulamentadas e sob seu controle, mas por conta e risco dos prestadores, mediante remuneração dos usuários. Assim, são convenientes, mas não essenciais.
 Exemplos: telefonia, transporte etc. 
No entanto as classificações de serviços públicos propriamente ditos e de utilidade pública; 
Serviços públicos indelegáveis e delegáveis, serviços públicos próprios e impróprios; serviços públicos administrativos e industriais; serviços uti universi ou gerais e uti singuli ou individuais; serviços públicos exclusivos e não exclusivos.
Os serviços públicos indelegáveis são também conhecidos como serviços públicos próprios. São aqueles que só podem ser prestados diretamente pelo Estado, isto é, por seus órgãos ou agentes ou por autarquias ou fundações públicas.
 Exemplo: defesa nacional, segurança interna, não podem ser delegados a terceiros.
 Os serviços públicos delegáveis ou impróprios são aqueles que comportam ser executados pelo estado ou por particulares colaboradores.
 Exemplo: transporte coletivo, energia elétrica, telefonia.
Quanto à essencialidade
Serviços públicos propriamente ditos
Os serviços públicos propriamente ditos são aqueles cuja prestação deve ser feita de forma privativa pelo Poder Público e, portanto, não podem ser delegados, em razão de sua essencialidade. 
Serviços públicos de utilidade pública
Os serviços públicos de utilidade pública são aqueles não essenciais, podendo ser prestados diretamente ou não pelo Poder Público
Quanto aos destinatários
Serviços uti universi
Serviços uti universi ou gerais (ou ainda coletivos) são aqueles em que não é possível determinar a quantidade utilizada por cada um individualmente. 
 A iluminação pública, por exemplo, é serviço indivisível e não pode ser cobrada a sua prestação por meio de taxa, uma vez que não é possível mensurar individualmente o seu valor.
Nesse sentido, o STF editou a seguinte Súmula 670: O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa.
Serviços públicos uti singuli
Serviços públicos uti singuli ou individuais são aqueles em que é possível mensurar quanto cada usuário usufruiu na sua prestação, ou seja, são serviços divisíveis.
Serviços públicos próprios
Serviços públicos próprios são aqueles que só podem ser prestados pelo Poder Público, ou seja, não delegáveis.
 Exemplo: Polícia, saúde públicas.
Serviços públicos impróprios
Serviços públicos impróprios são aqueles que satisfazem os interesses da comunidade, porém não são atividades típicas do Estado, ou seja, são de utilidade pública. 
Exemplo: conservação de estradas.
Quanto à finalidade dos serviços públicos
Serviços administrativos
Serviços administrativos são aqueles que atendem as necessidades internas da Administração Pública. Ex.: imprensa oficial, processamento de dados.
Serviços industriais
Serviços industriais são aqueles prestados diretamente ou mediante delegação, com a finalidade de satisfazer algumas necessidades do particular de natureza econômica, como serviços de transportes ou telecomunicações.
Obs: Aqui resta salientar, existir várias divergências doutrinarias:
Ressalta-se ainda sobre, Responsabilidade das Concessionárias de Serviço Público A Constituição Federal, art. 37, § 6º, consagra a responsabilidade objetiva do Estado e das demais pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos. O STF fixou o entendimento de que as prestadoras de serviços públicos respondem objetivamente pelos danos decorrentes da prestação do serviço, inclusive em relação a terceiros não usuários (RE n. 591.874, decidido pelo Pleno do STF).
6. Após conceituar o que é titularidade e prestação do serviço público, explique o que se deve entender por prestação direta e indireta de serviços, citando um exemplo de cada.
É uma atividade pessoal que que um sujeito deve efetuar em benefício de outro sujeito a quem se proporciona uma utilidade concreta e em virtude de uma relação jurídica de natureza obrigatória entre duas partes. DIEZ
Quando os indivíduos têm obrigação pecuniária como contraprestação do serviço, diz-se que o serviço é remunerado. O ordenamento jurídico brasileiro prevê basicamente três formas de remuneração para a prestação de serviços públicos.
Exemplo: tarifa, taxa, imposto. Prestação direta: É aquela realizado pelo próprio Estado (no sentido de pessoa federativa) -Administração pública.
 Acumula as Situações de titular e prestador.
As competências para essa função são distribuídas entre os diversos órgãos que compõem a estrutura administrativa da pessoa prestadora (desconcentração administrativa=desmembramento orgânico).
Administrativa Centralizada (art.4°, Decreto-lei n°200/1967).
É possível, para prestação direta, do auxílio de particulares-Selecionados por procedimento licitatório-celebrado contrato de prestação de serviços.
EXEMPLO: Coleta de lixo por empresa terceirizada.
OBS: A prestação direta com auxílio de particulares é feita sempre em nome do Estado, e não em nome próprio pelo prestador, razão pela qual, havendo prejuízo decorrente da prestação, a responsabilidade pela reparação é exclusiva do Estado.
Prestação Indireta: São prestados por entidades diversas das pessoasfederativas (descentralização); Execução Indireta o Estado, por sua conveniência, transfere os encargos da prestação a outras pessoas, nunca abdicando, porém, do dever de controle sobre elas (variável de conformidade com a forma especifica de transferência). 
Exemplo: ocorre a execução indireta quando o responsável pela prestação dos serviços públicos interpõe terceiro para a respectiva execução.
Art.37.XIX.
Descentralização é o fato administrativo que traduz a transferência da execução de atividade estatal a determinada pessoa, integralmente ou não da Administração.
Outorga criada por lei.
Delegação criada por lei, contrato Administrativo unilateral.
Nos termos do art. 175 da CF, o Estado poderá prestar o serviço diretamente ou mediante concessão e permissão. Estes dois institutos são contratos administrativos para a delegação de serviço público a particular. A Lei n. 8.987/1995 regulamenta os dois institutos.
O art. 175 da CF prevê a prestação de serviços públicos como dever estatal, podendo a sua execução ser feita diretamente pelo Estado ou mediante concessão ou permissão. A norma Constitucional exige a edição de lei que disponha sobre:
 I – o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão;
 II – os direitos dos usuários;
 III – política tarifária;
 IV – a obrigação de manter serviço adequado. Apesar de a Lei n. 8.987/95, bem como o art.175, da CF não fazerem menção, há também a autorização de serviços públicos. Apesar de a Lei n. 8.987/95, bem como o art.175, da CF não fazerem menção, há também a autorização de serviços públicos.
Concessão
Contrato administrativo
Licitação – concorrência
Prazo certo
Pessoas jurídicas ou consórcio de empresas podem participar
Obra e serviço ou apenas o serviço público
Permissão
Contrato administrativo
Licitação – qualquer modalidade
Não há (precariedade) Pode ser REVOGADO a qualquer momento sem gerar direito à indenização
Pessoas físicas ou jurídicas
Somente o serviço público
Autorização
Ato administrativo
Regra: não há licitação
Ato discricionário (regra)
 Pessoas físicas ou jurídicas
Somente o serviço público
Exemplo: ocorre a execução indireta quando o responsável pela prestação dos serviços públicos interpõe terceiro para a respectiva execução.
Art.37.XIX.
Descentralização é o fato administrativo que traduz a transferência da execução de atividade estatal a determinada pessoa, integralmente ou não da Administração.
Outorga criada por lei.
Delegação criada por lei, contrato Administrativo unilateral
7. Conceitue concessão comum de serviço público.
A concessão comum de serviço público é um contrato plurilateral de natureza organizacional e associativa, por meio do qual a prestação de serviço público é temporariamente delegada pelo Estado a um sujeito privado que assume seu desempenho diretamente em face de seus usuários, mas sobre o controle estatal e da sociedade civil, mediante remuneração extraída do empreendimento. -MARÇAL JUSTEN FILHO
Concessão de serviço público é o instituto através do qual o Estado atribui o exercício de um serviço público a alguém que aceita prestá-lo em nome próprio, por sua conta e risco, nas condições fixadas e alteráveis unilateralmente pelo Poder Público, mas sob garantia contratual de um equilíbrio econômico-financeiro, remunerando-se pela própria exploração do serviço, em geral e basicamente mediante tarifas cobradas diretamente dos usuários do serviço- CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE MELLO 
8. Indique e explique as espécies de concessão comum de serviço público.
 No ordenamento jurídico brasileiro existem duas modalidades do instituto ora em estudo, quais sejam, concessão comum, regida pela Lei 8.987/95, e concessão especial, regulamentada pela Lei 10.079/04.
O art. 2º da Lei n. 8.987/1995 conceitua dois tipos de concessão: • concessão de serviço público; • concessão de serviço público precedida da execução de obra pública. A Lei n. 8.987/1995 determina que sejam aplicadas às permissões, no que couber, as disposições sobre as concessões. 
A concessão comum de serviço público é delegação de um serviço público a uma pessoa jurídica ou consórcio de empresa (concessionária), por meio da qual o poder concedente, pessoa jurídica de direito público interno que detém a competência, mediante licitação na modalidade concorrência, transfere somente a execução do mister para que os preste por sua conta e risco durante prazo determinado.
De forma que, ás características do seu regime jurídico a necessidade de licitação prévia, formação de um contrato administrativo, a responsabilidade civil objetiva e possibilidade de extinção.
A concessão comum se formaliza por meio de contrato administrativo, precedido de licitação na modalidade concorrência, com algumas peculiaridades, e exemplo do critério de seleção. Ressalte-se que, por se tratar de contrato administrativo, haverá necessidade de autorização legislativa prevendo o prazo, dentro do qual poderá haver prorrogação. Saliente-se que se se tratar de concessão de serviço pertencente ao programa nacional de desestatização a modalidade será leilão. – Assim discorrem, Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo:
No caso das licitações prévias à celebração de contratos de concessão e de permissão de serviços públicos, entretanto, existe regra específica, vazada no art. 175 da Carta Política. Segundo literalidade desse preceito constitucional, as concessões e permissões de serviço público devem sempre ser precedidas de licitação. Assim sendo, não têm aplicação às concessões e permissões de serviço público quaisquer normas legais que legitimem celebração de contratos administrativos sem licitação prévia, a exemplo dos artigos. 24 e 25 da Lei 8.666/1993. 
Vale a pena destacar, que a concessionária se remunera por tarifa do usuário, sendo facultativa a participação de recurso público. A lei poderá também permitir a cobrança de receitas alternativas, a exemplo das propagandas veiculadas atrás de ônibus.
No tocante a responsabilidade civil, observa-se que, consoante art. 37, §6º da CF, aplica-se a concessionária de serviços públicos a teoria da responsabilidade civil objetiva. Logo, responderá diretamente perante o usuário e o não usuário pelos danos que causarem, independentemente da existência de culpa. No entanto, em caso de sua impossibilidade, o Estado é chamado para responder subsidiariamente.
Nesse sentido, já atinente ao modo de extinção do contrato administrativo, destaque-se que essa poderá se dá pelo advento do seu termo final, por ato unilateral da Administração Pública, por rescisão consensual, por rescisão de pleno direito ou por ilegalidade. A rescisão por ato unilateral poderá ser por encampação, quando ocorre por razões de interesse público, sendo necessária autorização legislativa e indenização; ou por caducidade, ocorrendo descumprimento de cláusula contratual pela empresa. 
Dessa forma por outro lado, concessão especial de serviço público também é denominada de parceria público-privada cuja intenção estatal ao criá-la fora buscar financiamento do setor privado. O que a diferencia da comum é que haverá necessariamente financiamento do Estado.
            Esta modalidade de concessão tem duas espécies. A primeira é a concessão especial patrocinada, quando presentes as características da comum com a particularidade de ter-se tarifa do usuário e recurso público. Já a segunda é a concessão administrativa, quando a própria Administração Pública aparece como usuária do serviço de forma direta ou indireta.
9. Explique como se manifesta a supremacia do Poder Concedente em um contrato de concessão.
 Cláusulas Essenciais dos Contratos de Concessão O art. 23 da Lei n. 8.987/1995 estabelece as cláusulas essenciais nos contratos de concessão: 
Art. 23. São cláusulas essenciais do contrato de concessão as relativas:
 I – ao objeto, à área e ao prazo da concessão;
 II – ao modo, forma e condições de prestação do serviço;
 III –aos critérios, indicadores, fórmulas e parâmetros definidores da qualidade do serviço;
 IV – ao preço do serviço e aos critérios e procedimentos para o reajuste e a revisão das tarifas;
 V – aos direitos, garantias e obrigações do poder concedente e da concessionária, inclusive os relacionados às previsíveis necessidades de futura alteração e expansão do serviço e consequente modernização, aperfeiçoamento e ampliação dos equipamentos e das instalações;
 VI – aos direitos e deveres dos usuários para obtenção e utilização do serviço;
 VII – à forma de fiscalização das instalações, dos equipamentos, dos métodos e práticas de execução do serviço, bem como a indicação dos órgãos competentes para exercê-la;
 VIII – às penalidades contratuais e administrativas a que se sujeita a concessionária e sua forma de aplicação; 
IX – aos casos de extinção da concessão; 
X – aos bens reversíveis;
 XI – aos critérios para o cálculo e a forma de pagamento das indenizações devidas à concessionária, quando for o caso;
 XII – às condições para prorrogação do contrato; 
XIII – à obrigatoriedade, forma e periodicidade da prestação de contas da concessionária ao poder concedente; 
XIV –à exigência da publicação de demonstrações financeiras periódicas da concessionária; e
 XV – ao foro e ao modo amigável de solução das divergências contratuais.
 Dentre as cláusulas essenciais ao contrato, está a previsão dos bens reversíveis. A reversão é a incorporação dos bens do concessionário, indispensáveis para a continuidade da prestação do serviço, ao poder concedente.
 O art. 29 da Lei n. 8.987/1995 estabelece os deveres do poder concedente que incidirão sobre os concessionários.
 I – regulamentar o serviço concedido e fiscalizar permanentemente a sua prestação;
 II – aplicar as penalidades regulamentares e contratuais;
 III – intervir na prestação do serviço, nos casos e condições previstos em lei;
 IV – extinguir a concessão, nos casos previstos nesta Lei e na forma prevista no contrato;
 V – homologar reajustes e proceder à revisão das tarifas na forma desta Lei, das normas pertinentes e do contrato;
 VI – cumprir e fazer cumprir as disposições regulamentares do serviço e as cláusulas contratuais da concessão;
 VII – zelar pela boa qualidade do serviço, receber, apurar e solucionar queixas e reclamações dos usuários, que serão cientificados, em até trinta dias, das providências tomadas; 
VIII – declarar de utilidade pública os bens necessários à execução do serviço ou obra pública, promovendo as desapropriações, diretamente ou mediante outorga de poderes à concessionária, caso em que será desta a responsabilidade pelas indenizações cabíveis; 
IX – declarar de necessidade ou utilidade pública, para fins de instituição de servidão administrativa, os bens necessários à execução de serviço ou obra pública, promovendo-a diretamente ou mediante outorga de poderes à concessionária, caso em que será desta a responsabilidade pelas indenizações cabíveis;
 X – estimular o aumento da qualidade, produtividade, preservação do meio ambiente e conservação; 
XI – incentivar a competitividade; 
 XII – estimular a formação de associações de usuários para defesa de interesses relativos ao serviço.
Também são previstos na lei os deveres da concessionária.
 Art. 31. Incumbe à concessionária:
 I – prestar serviço adequado, na forma prevista nesta Lei, nas normas técnicas aplicáveis e no contrato;
 II – manter em dia o inventário e o registro dos bens vinculados à concessão;
 III – prestar contas da gestão do serviço ao poder concedente e aos usuários, nos termos definidos no contrato; 
IV – cumprir e fazer cumprir as normas do serviço e as cláusulas contratuais da concessão;
 V – permitir aos encarregados da fiscalização livre acesso, em qualquer época, às obras, aos equipamentos e às instalações integrantes do serviço, bem como a seus registros contábeis; 
VI – promover as desapropriações e constituir servidões autorizadas pelo poder concedente, conforme previsto no edital e no contrato;
 VII – zelar pela integridade dos bens vinculados à prestação do serviço, bem como segurá-los adequadamente; 
 VIII – captar, aplicar e gerir os recursos financeiros necessários à prestação do serviço
 A final o poder concedente pode intervir na concessão, com o fim de assegurar a adequação na prestação do serviço. Poderá ser declarada pelo poder concedente quando o serviço estiver sendo prestado de forma inadequada ou deficiente, a concessionária descumprir cláusulas contratuais ou regulamentares, paralisar o serviço.
 Por fim, o contrato de concessão é marcado pela presença da supremacia do poder concedente. A falta das cláusulas essenciais no contrato de concessão sujeita o pacto à invalidação, decretável pela própria Administração ou pelo Judiciário.
10. de serviço público Cite e explique duas diferenças existente na fase interna do processo de licitação relacionado à concessão.
A fase interna inicia-se na repartição interessada no objeto a ser licitado. A autoridade competente determina abertura do processo e estabelece, entre outras coisas, a descrição do objeto que será licitado (por exemplo, bens que pretende adquirir, obra que será realizada, serviço que será prestado); a indicação dos recursos orçamentários.
Dispõem o artigo 3º da Lei 8.666 de 21/06/93, que as licitações serão processadas e julgadas na conformidade dos seguintes princípios: da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhe são correlatos.
Lei nº 10.520 de 17 de Julho de 2002
Art. 3º A fase preparatória do pregão observará o seguinte:
I - a autoridade competente justificará a necessidade de contratação e definirá o objeto do certame, as exigências de habilitação, os critérios de aceitação das propostas, as sanções por inadimplemento e as cláusulas do contrato, inclusive com fixação dos prazos para fornecimento;
II - a definição do objeto deverá ser precisa, suficiente e clara, vedadas especificações que, por excessivas, irrelevantes ou desnecessárias, limitem a competição;
III - dos autos do procedimento constarão a justificativa das definições referidas no inciso I deste artigo e os indispensáveis elementos técnicos sobre os quais estiverem apoiados, bem como o orçamento, elaborado pelo órgão ou entidade promotora da licitação, dos bens ou serviços a serem licitados; e
IV - a autoridade competente designará, dentre os servidores do órgão ou entidade promotora da licitação, o pregoeiro e respectiva equipe de apoio, cuja atribuição inclui, dentre outras, o recebimento das propostas e lances, a análise de sua aceitabilidade e sua classificação, bem como a habilitação e a adjudicação do objeto do certame ao licitante vencedor.
§ 1º A equipe de 15 de julho de 2004, 11.094, de 13 de janeiro de 2005, 11.344, de 8 de setembro de 2006, e 11.356, de 19 de outubro de 2006; e dá outras providências.
§ 2o O plantão e a escala ou o regime de turnos alternados por revezamento serão regulados em ato conjunto dos Ministros de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão, da Fazenda e do Trabalho e Emprego, observada a legislação vigente.
11. Explique a fase externa do processo de licitação de concessão pública, abordando a possibilidade de inversão de fases. 
Fase externa do processo de licitação de concessão pública, denomina-se Edital o documento pelo qual a Administração determina todas as características de uma licitação, como os requisitos necessários à participação das empresas licitantes e acerca da futura contratação. Ou seja, o Edital é o meio de divulgação oficial da existência de uma licitação. 
É necessário que ele possua tudo que é determinado pela Lei de Licitações, como os detalhes do órgão que está promovendo a licitação, o número do processo administrativo, todas as características acerca do produto ou serviço a ser prestado, a data e o horário da disputa, os documentos exigidos para habilitação da empresa, entre outros.
O Edital deve sempre buscar aforma mais clara de redigir o seu texto, para que não sobrevenha nenhuma dúvida ou normas ilegais.
A Lei de Licitações, em seu artigo 41 §1º, assegura a todos que o Edital seja impugnado, caso possua alguma regularidade, vejamos: ‘’Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar edital de licitação por irregularidade’’.
Como mencionado na Lei, não é requisito para impugnar o Edital que a empresa esteja participando da licitação. A impugnação pode ser oferecida por uma pessoa física ou jurídica, mesmo que não tenha interesse em participar do procedimento licitatório, mas que verificou irregularidades no Edital. 
Além disso, caso uma empresa participante da licitação ofereça uma impugnação ao Edital, a mesma pode continuar participando da disputa normalmente.
Um dos princípios previstos na Constituição Federal e na Lei de Licitações é o da publicidade, que assegura que ocorra a divulgação oficial dos atos administrativos. 
É completamente proibido que os agentes administrativos possuam condutas sigilosas ou atos secretos, sendo caracterizado crime nestes casos. Apenas os casos previstos em lei podem justificar o sigilo de alguma informação, como, por exemplo, o valor de referência nas licitações regidas pelo Decreto 10.024/19.
A inversão de fases
A modalidade instituída pela Lei do Pregão pauta-se na observância daqueles princípios prescritos no art. 37, caput, CFRB, mas que traz ao processo licitatório outros de importância valiosa para a consecução do interesse público de forma plena e eficaz, senão os da celeridade, finalidade, razoabilidade, proporcionalidade, competitividade justo preço, seletividade e comparação objetiva da proposta. Ao analisar o Regulamento da Licitação na Modalidade Pregão, anexo I do Decreto n. 3.555/00, que a instituiu. O sopesamento de princípios é essencial à compreensão dos benefícios da inversão de fases no procedimento licitatório.
 A autora, Vera Scarpinella, mostra que, no âmbito prático, significa considerável ganho de agilidade, eficiência e rapidez, trazendo economia de tempo e ao processo também. Ainda, a autora levanta a discussão doutrinária acerca desse benefício, ganhando especial acolhida nas vozes de José Torres Pereira Jr. e Marçal Justen Filho, que inclusive propuseram a inversão como reforma da Lei Geral de Licitações.
Vale a pena ressaltar, por outro lado, cita que Celso Antônio Bandeira de Mello argumenta de forma contrária à inversão por compreender que desacatar o prescrito procedimento tornaria o processo viciado.
 Nesse sentido a inovação procedimental trazida pela Lei n. 10.520/02 abriu vez a que outras legislações previssem a inversão de fases, pois é lei de aplicação federal. Muito embora as normas das demais esferas pudessem prever seu próprio procedimento, antes da criação da nova modalidade licitatória era inimaginável um feito que autorizasse inverter as fases componentes.
 Assim sendo, transpor a inversão de fases, fenômeno que encontrou grande êxito em outras esferas administrativas, é primordial para que as licitações federais, ou aquelas realizadas em consonância à Lei Geral de Licitações, alcancem maior eficácia, traduzida na celeridade do procedimento e na desburocratização para os participantes. O que se percebe em impedir a aplicação do fenômeno nas modalidades da Lei n. 8.666/93 é que a modernidade buscada pela Administração Pública para garantir o serviço público de qualidade essencial à sociedade se retarda.
Enfim, por este motivo, a reforma da Legislação federal é premente para que o processo licitatório alcance sua finalidade sem qualquer desgaste desnecessário e o menos burocrático possível.
12. Explique o que é mutabilidade dos contratos de concessão de serviço público. 
Autoriza mudanças no regime de execução do serviço para adaptá-lo ao interesse público, que é sempre variável no tempo. Em decorrência disso, nem os servidores públicos, nem os usuários dos serviços, nem os contratados pela Administração pública tem direito adquirido à manutenção de determinado regime jurídico, o estatuto dos funcionários públicos pode ser alterado, os contratos também podem ser alterados ou mesmo rescindidos unilateralmente para ao interesse público. 
13. Discorra sobre a política tarifária nos contratos de concessão, abordando a sua importância para a universalização do serviço e para o equilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão. 
Política tarifaria, é a forma de renumeração, a tarifa é a principal fonte de arrecadação do concessionário ou permissionário.
A lei disporá sobre a política tarifaria (ART,175, PARAGRAFO ÚNICO, III DA CF).
A tarifa tem a natureza jurídica de preço público, é a remuneração paga pelo usuário quando o serviço Uti Singuli é prestação indiretamente, por delegação, nas hipóteses de concessão e permissão, não se submetendo ao regime jurídico tributário, mas de cunho privado contratual. Os serviços que possibilitam a obtenção dos lucros, pode ser delegados a particulares, e o próprio Estado, quando os executa, despe-se de sua potestade, atuando como particular (tarifa de transporte, de energia elétrica, de uso de linha telefônica ou, com algumas divergências, consumo de agua); Portanto, não sendo tributo, está dispensado do cumprimento dos princípios da legalidade e da anterioridade; Pode ser majorada por ato administrativo do poder concedente; A exigência será imediatamente, sem necessidade de observância do intervalo de não surpresa característico da anterioridade tributaria; O debito tarifário não pode ser transferido ao novo usuário do serviço essencial.
Valor da tarifa é o valor da proposta ganhadora da licitação.
A tarifa do serviço público concedido será fixada pelo preço da proposta vencedora da licitação e preservada pelas regras de revisão prevista nessa lei, no edital e no contrato (art.9°da Lei 8987/95). Nesse sentido o próprio contrato portanto vai oferecer ás formas de reajuste da tarifa.
Os contratos podem prever mecanismos de revisão das tarifas a fim de manter-se o equilíbrio econômico-financeiro (art.9°, parágrafo,2 da Lei 8987/95).
Podemos citar o (art.9°, parágrafo,4°a Lei8987/95), Tarifa que reflete a capacidade econômica do usuário (tarifa módicas). Terceiro Responde de forma objetiva, em havendo alteração unilateral do contrato afete seu inicial equilíbrio econômico-financeiro, poder concedente devera restabelece-lo concomitantemente a alteração. Trata-se da teoria da imprevisão.
Tarifa é o principal, mas poderá ter outras formas de remuneração. (Art.11 da Lei 8987/95).
Exemplo: Exploração de publicidade nos ônibus.
Responsabilidade pelos prejuízos causados a terceiros (art,25 da Lei 8987/95). Responde de forma objetiva.
Jurisprudência (Consoante dispõe o art.37da carta Federal). STF-RE 344.133, REL.MIN.MARCO AURELIO, JULGADO EM 9-9-20008, PRIMEIRA TURMA, DJE de 14-11-2008.
O poder público pode ser chamado a responder em caráter subsidiário (depôs de esgotados as forças das concessionárias ou permissionárias) e não solidário.
14. Discorra sobre as obrigações e direitos do Poder Concedente, do Concessionário e do Usuário na concessão comum, conforme ordem jurídica vigente.
 O artigo 29 da Lei nº. 8.987/95 dispõe sobre os encargos atribuídos ao poder concedente:
Art. 29. Incumbe ao poder concedente:
I - regulamentar o serviço concedido e fiscalizar permanentemente a sua prestação;
II - aplicar as penalidades regulamentares e contratuais;
III - intervir na prestação do serviço, nos casos e condições previstos em lei;
IV - extinguir a concessão, nos casos previstos nesta Lei e na forma prevista no contrato;
V - homologar reajustes e proceder à revisão das tarifas na forma desta Lei, das normas pertinentes e do contrato;
VI - cumprir e fazer cumprir as disposições regulamentares do serviço e as cláusulas contratuais da concessão;
VII - zelar pela boa qualidade do serviço, receber, apurar e solucionar queixas e reclamações dos usuários, que serão cientificados, em até trinta dias, das providências tomadas;
VIII - declarar de utilidade pública os bens necessários à execução do serviçoou obra pública, promovendo as desapropriações, diretamente ou mediante outorga de poderes à concessionária, caso em que será desta a responsabilidade pelas indenizações cabíveis;
IX - declarar de necessidade ou utilidade pública, para fins de instituição de servidão administrativa, os bens necessários à execução de serviço ou obra pública, promovendo-a diretamente ou mediante outorga de poderes à concessionária, caso em que será desta a responsabilidade pelas indenizações cabíveis;
X - estimular o aumento da qualidade, produtividade, preservação do meio-ambiente e conservação;
XI - incentivar a competitividade; e
XII - estimular a formação de associações de usuários para defesa de interesses relativos ao serviço.
Os encargos da concessionária estão inseridos no art. 31 da Lei nº. 8.987/95:
Art. 31. Incumbe à concessionária:
I - prestar serviço adequado, na forma prevista nesta Lei, nas normas técnicas aplicáveis e no contrato;
II - manter em dia o inventário e o registro dos bens vinculados à concessão;
III - prestar contas da gestão do serviço ao poder concedente e aos usuários, nos termos definidos no contrato;
IV - cumprir e fazer cumprir as normas do serviço e as cláusulas contratuais da concessão;
V - permitir aos encarregados da fiscalização livre acesso, em qualquer época, às obras, aos equipamentos e às instalações integrantes do serviço, bem como a seus registros contábeis;
VI - promover as desapropriações e constituir servidões autorizadas pelo poder concedente, conforme previsto no edital e no contrato;
VII - zelar pela integridade dos bens vinculados à prestação do serviço, bem como segurá-los adequadamente; e
VIII - captar, aplicar e gerir os recursos financeiros necessários à prestação do serviço.
  Art. 7º. Sem prejuízo do disposto na Lei no 8.078, de 11 de setembro de 1990, são direitos e obrigações dos usuários:
        I - receber serviço adequado;
        II - receber do poder concedente e da concessionária informações para a defesa de interesses individuais ou     coletivos;
        III - obter e utilizar o serviço, com liberdade de escolha entre vários prestadores de serviços, quando for o caso, observadas as normas do poder concedente. (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
        IV - levar ao conhecimento do poder público e da concessionária as irregularidades de que tenham conhecimento, referentes ao serviço prestado;
        V - comunicar às autoridades competentes os atos ilícitos praticados pela concessionária na prestação do serviço;
        VI - contribuir para a permanência das boas condições dos bens públicos através dos quais lhes são prestados os serviços.
        Art. 7º-A. As concessionárias de serviços públicos, de direito público e privado, nos Estados e no Distrito Federal, são obrigadas a oferecer ao consumidor e ao usuário, dentro do mês de vencimento, o mínimo de seis datas opcionais para escolherem os dias de vencimento de seus débitos.  
15. Discorra sobre a responsabilização do Concessionário no âmbito e em decorrência do contrato de concessão. 
A concessão de serviço público é um contrato administrativo bilateral em que se beneficia apenas pessoa jurídica. Não existe no Brasil pessoa física concessionária de serviço público. E mais, o direito brasileiro exige que a outorga, a delegação de um serviço público se dê por meio de licitação na modalidade concorrência. Em todo procedimento relativo à concessão, de bens ou de serviços, pode-se verificar a presença de dois atos distintos. Um ato unilateral e autoritativo da Administração Pública, que o libera, e outro bilateral, e que constitui a concreta atuação do ato deliberativo da Administração Pública. Neste segundo ato, a Administração Pública e o concessionário privado se vinculam reciprocamente, fixando os respectivos direitos e outras disposições relativas ao uso do bem comum ou aos fins do serviço, se a concessão visa a tal atividade. Os dois atos, não obstante serem dotados de função autônoma, são coordenados ao desenvolvimento da função fundamental do próprio instituto na sua complexidade, de forma que a sorte de um liga-se à do outro, e vice-versa (CAHALI, 2007, p. 120). Faz-se importante mencionar que há uma inversão de fases na licitação que antecede a concessão de serviço público, ou seja, a fase do julgamento das propostas antecede a fase de habilitação. Outra característica importante da concessão de serviços públicos é que possui prazo determinado e exige lei específica. Assim, caracterizado o instituto da concessão, e definida a atividade do concessionário, a questão da responsabilidade civil pela reparação dos danos causados a terceiros em razão dessa atividade configura-se de grande importância. Como o concessionário age em nome próprio, sendo-lhe delegados pela Administração poderes necessários indispensáveis ao exercício do serviço público, segue-se ser ele responsável pelo serviço, respondendo também por todos os riscos.
Assim, hodiernamente, prevalece o entendimento pacífico na maioria da doutrina, tribunais e, inclusive, no STF que a responsabilidade das concessionárias de serviço público é objetiva, sem necessidade de culpa e dolo, o risco do negócio é da concessionária, não importa se o prejuízo na concessão de serviço público for causado ao usuário ou a um terceiro não usuário, a responsabilidade será direta e objetiva do concessionário e não do poder concedente
16. Disserte sobre a utilização da arbitragem como meio de solução de conflitos decorrentes da execução do contrato de concessão.
A utilização da arbitragem no serviço público, é expressa na legislação, nesse contexto, hoje é permitida a arbitragem como forma de solução de conflito entre concessionária e o poder concedente.
 Art. 23-A. O contrato de concessão poderá prever o emprego de mecanismos privados para resolução de disputas decorrentes ou relacionadas ao contrato, inclusive a arbitragem, a ser realizada no Brasil e em língua portuguesa, nos termos da Lei no 9.307, de 23 de setembro de 1996.   
 
17. Conceitue e explique o processo de intervenção nas concessões de serviço público. 
Intervenção é o ato através do qual o poder público interfere na execução do contrato para assegurar a adequada prestação de serviço e o fiel cumprimento das normas contratuais, regulamentares a adequada regulamentares e legais pertinentes (ART.32 da Lei 8987/95).
Instrumento da Intervenção: Quando houver alguma irregularidade na prestação do serviço público o poder concedente intervira por meio de decreto.
A Intervenção fasear-se-á por decreto do poder concedente, que conterá a designação do interventor, o prazo da intervenção e os objetivos e limites da medida (art.32 parágrafos único da Lei8987/95). 
Procedimento Administrativo: Declara a Intervenção, o poder concedente deverá, no prazo de 30 dias, instaurar procedimento administrativo para comprovar as causas determinantes da medida e apurar responsabilidades, assegurando o direito à ampla defesa (art.33 da Lei 8987/95).
Procedido o procedimento deverá ser concluído no prazo de 180 dias, sob pena de considerar-se inválida a intervenção (ART.,33 parágrafos 2 da Lei 8987/95). 
Procedimento Administrativo (Se ficar comprovado que a intervenção não observou os pressupostos legais e regulamentares será declarada a sua nulidade, devendo o serviço se imediatamente devolvido á concessionaria, sem prejuízo ao seu direito a indenização (at,33. Parágrafo 1 da Lei 8987/95).
18. Quanto à extinção do contrato de concessão comum, conceitue caducidade e encampação, explicando o procedimento legal relativo a cada uma delas.
Formas de extinção do das concessões:
Advento do termo contratual (art,35, I da Lei 8987/95).
Caducidade: Caducidade é uma forma de extinção dos contratos de concessão durante sua vigência, por descumprimento de obrigações contratuais pelo concessionário.
   
“Art. 38. A inexecução total ou parcial do contrato acarretará, a critério do poder concedente, a declaração de caducidade da concessão ou a aplicação das sanções contratuais, respeitadas as disposições desteartigo, do art. 27, e as normas convencionadas entre as partes.
§ 1o A caducidade da concessão poderá ser declarada pelo poder concedente quando:
I – o serviço estiver sendo prestado de forma inadequada ou deficiente, tendo por base as normas, critérios, indicadores e parâmetros definidores da qualidade do serviço; II – a concessionária descumprir cláusulas contratuais ou disposições legais ou regulamentares concernentes à concessão;
III – a concessionária paralisar o serviço ou concorrer para tanto, ressalvadas as hipóteses decorrentes de caso fortuito ou força maior;
IV – a concessionária perder as condições econômicas, técnicas ou operacionais para manter a adequada prestação do serviço concedido;
V – a concessionária não cumprir as penalidades impostas por infrações, nos devidos prazos;
VI – a concessionária não atender a intimação do poder concedente no sentido de regularizar a prestação do serviço; e
VII – a concessionária for condenada em sentença transitada em julgado por sonegação de tributos, inclusive contribuições sociais
§ 2o A declaração da caducidade da concessão deverá ser precedida da verificação da inadimplência da concessionária em processo administrativo, assegurado o direito de ampla defesa. ”
 § 4o Instaurado o processo administrativo e comprovada a inadimplência, a caducidade será declarada por decreto do poder concedente, independentemente de indenização prévia, calculada no decurso do processo.
 § 6o Declarada a caducidade, não resultará para o poder concedente qualquer espécie de responsabilidade em relação aos encargos, ônus, obrigações ou compromissos com terceiros ou com empregados da concessionária.
Encampação: o poder concedente tem a titularidade para promovê-la e o fara de forma unilateral, pois um dos atributos do ato Administrativo é a auto-executoriedade. O concessionário terá direito a indenização.
Considera-se encampação a retomada do serviço pelo poder concedente durante o prazo da concessão, por motivo de interesse público, mediante específica e após prévio pagamento da indenização na forma do (art.37 da Lei 8987/9).     
    Art. 37. Considera-se encampação a retomada do serviço pelo poder concedente durante o prazo da concessão, por motivo de interesse público, mediante lei autorizativa específica e após prévio pagamento da indenização, na forma do artigo anterior.
19. Explique a rescisão do contrato de concessão por iniciativa do Concessionário.
É uma forma de extinção dos contratos de concessão, durante sua vigência por p descumprimento de obrigações pelo poder concedente.  
O concessionário tem a titularidade para promovê-la, mas precisa ir ao Poder Judiciário. – “O contrato de concessão poderá ser rescindido por iniciativa da concessionária, no caso de descumprimento das normas contratuais pelo poder concedente, mediante ação judicial especialmente intentada para esse fim” (art. 39 da Lei 8987/95).
 
Nesta hipótese, os serviços prestados pela concessionária não poderão ser interrompidos ou paralisados até decisão judicial transitada em julgado (art. 39, parágrafo único da Lei 8987/95).
 
O artigo 78 da Lei 866/93 traz motivos que levam à rescisão do contrato, tais como: XV- Atraso superior a 90 dias do pagamento devido pela Administração, decorrentes de obras, serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou executados, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, assegurado ao contratado o direito de optar pela suspensão do cumprimento de suas obrigações até que seja normalizada a situação; XIV- Suspensão da execução do serviço público pela Administração Pública por prazo superior a 120 dias, sem a concordância do concessionário, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra.
 
O artigo 79 da Lei 8666/93 prevê três formas de rescisão dos contratos administrativo, sendo elas:
 Rescisão por ato unilateral da Administração;
 Rescisão amigável,
 Rescisão judicial;
 Entretanto, na lei de concessão é diferente, existindo apenas uma forma de rescisão do contrato, ou seja, aquela promovida pelo concessionário no caso de descumprimento das obrigações pelo poder concedente.
20. O que é reversão e quais são as suas espécies? 
É a retorno de bens reversíveis (previstos no edital e no contrato) usados durante a concessão. 
Art.35. § 1o Extinta a concessão, retornam ao poder concedente todos os bens reversíveis, direitos e privilégios transferidos ao concessionário conforme previsto no edital e estabelecido no contrato
 Art. 18. O edital de licitação será elaborado pelo poder concedente, observados, no que couber, os critérios e as normas gerais da legislação própria sobre licitações e contratos e conterá, especialmente: 
X - a indicação dos bens reversíveis; 
Foram utilizadas vária citações doutrinárias, livros, informações de artigos em PDF, internet, referências Bibliografias:
BANDEIRA DE MELLO
BORTOLETO, Leandro
Di Pietro
CAIO TÁCITO
CARVALHO, Matheus
JOSÉ DOS SANTOS CARVALHO FILHO
LAUBADÉRE
MARIA SYLVIA ZANELLA DIPIETRO.
PAULO, Vicente; ALEXANDRINO, Marcelo
 Adriane

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