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Trabalho Ectoparasita Doencas parasitarias - pulgas

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FACULDADE KENNEDY
Roberta Reis
Ectoparasita – Pulga - Ctenocephalides sp
Belo Horizonte
Abril 2021
FACULDADE KENNEDY
Roberta Reis
Ectoparasita – Pulga - Ctenocephalides sp
Atividade apresentada ao curso de Medicina Veterinária da Faculdade Kennedy de Belo Horizonte, para a disciplina Doenças Parasitarias.
Prof (a). Nayara Belo
Belo Horizonte
Abril 2021.
Ectoparasita coletado - Pulga – Ctenocephalides sp
As pulgas são ectoparasitas que em sua fase adulta são hematófagos e têm um hospedeiro preferencial, podendo passar para outros animais. Dentre as pulgas do gênero Ctenocephalides (1), encontramos espécies próprias dos carnívoros, como C.canis e C.felis (do cão e gato, respectivamente). Esse gênero é hospedeiro intermediário da tênia Dipylidium caninum, sendo que C.canis também é hospedeiro intermediário de Hymenolepis nana e Hymenolepis diminuta. Salvo diferenças entre os ctenídeos, possuem as características comuns às pulgas, ou seja, pequenas (1-3mm), corpo achatado lateralmente, aparelho bucal picador-sugador, pernas adaptadas ao salto, podem saltar até 20 cm verticalmente e 40 cm na horizontal. As pulgas vivem parte do tempo sobre o corpo dos hospedeiros e parte em seus ninhos e lugares de permanência, onde se desenvolvem os ovos, as larvas e as pupas. Uma pulga pode depositar de 200 a 600 ovos ao longo da vida apenas com um acasalamento, e seus ovos, em baixas temperaturas, podem permanecer até um ano no ambiente. Vivem em geral 200 dias (C.canis). Em condições usuais, sugam 2 a 3 vezes ao dia, mas suportam jejum prolongado, podem sobreviver ate 2 meses sem se alimentar. A picada das pulgas do cão ou do gato no homem pode produzir dermatite em pessoas susceptíveis, desenvolvendo-se na pele lesão eritematosa e edemaciada, às vezes com formação de nódulo endurecido ou pústula. As picadas são mais abundantes nas extremidades inferiores. Pode-se usar repelente. O controle deve ser feito através da desinfestação de cães e gatos, aplicando-lhes periodicamente inseticidas, bem como em seus lugares de permanência.
Biologia e Comportamento
O ciclo de vida da pulga se divide em 4 estágios (ovo, larva, pupa, adulto). Este ciclo se completa por volta de 3 a 4 semanas. Dependendo das condições de temperatura e umidade, o ciclo pode ser concluído em apenas 12 a 14 dias ou se estender por 6 meses ou mais.
Somente o adulto é hematófago, isto é, alimenta-se de sangue que pode ser de aves ou mamíferos. Algumas espécies de pulgas dão preferência a uma única espécie de hospedeiro, porém a maioria pode sugar várias espécies de animais. Por este motivo, as pulgas transmitem doenças ao homem e a outros animais.
Os ovos das pulgas são depositados sobre a pelagem do hospedeiro, porém não aderem nem à pele nem aos pêlos, de forma que logo caem no ambiente. Portanto, podem ser encontrados em qualquer lugar por onde passe o animal infestado por pulgas. Os ovos geralmente eclodem de 1 a 6 dias, dependendo da temperatura e umidade. Durante a vida, a pulga fêmea pode depositar mais de 2000 ovos.
As larvas das pulgas não possuem pernas, são cegas e evitam a luz, por isso se afundam nos pêlos de tapetes ou abaixo de locais onde os animais ficam. Seu alimento consiste de fezes das pulgas adultas, pele, pêlo, penas e detritos. Elas não sugam sangue. O estágio de larvas dura de 5 a 11 dias.
As pupas possuem um casulo de seda fabricado pela larva de último estágio onde ficam aderidos pêlos de animais, poeira e outras sujeiras. Em aproximadamente 5 a 14 dias as pulgas adultas emergem ou permanecem em repouso dentro do casulo até a detecção de alguma vibração, que pode ser ocasionada pelo movimento de um animal ou homem e quando um animal deita-se sobre ela. A saída dos casulos pode ser ocasionada também pelo calor, barulho ou pela presença de dióxido de carbono que significa que uma fonte potencial de alimento está presente. A pulga totalmente desenvolvida pode ficar no casulo até 180 dias, esperando condições propícias para sair.
Assim que sai do casulo, a pulga adulta procura um hospedeiro para se alimentar de sangue. As pulgas adultas se movem e se orientam em direção à luz, portanto ficam na parte superior dos pelos, dos tapetes, da cama dos animais ou de outras superfícies até serem atraídas por estímulos produzidos por hospedeiros em potencial como calor do corpo, movimento e dióxido de carbono expelido. As fêmeas adultas não conseguem depositar ovos sem uma refeição, mas os adultos, tanto machos, quanto fêmeas, podem sobreviver vários dias sem se alimentar.
Às vezes, famílias que viajam por um período razoável de tempo, quando voltam, encontram a residência infestada por pulgas. Isto ocorre porque a casa fica fechada sem hospedeiros (cães e gatos). Assim que a família retorna, ela é atacada pelas pulgas que nasceram no período. As pulgas adultas passam a vida sobre o hospedeiro.
As pulgas adultas possuem facilidade de se movimentar entre os pêlos ou penas do hospedeiro. São excelentes saltadoras, podendo saltar verticalmente uma altura de aproximadamente 18 cm e horizontalmente 33 cm.
Pulgas atuando como parasitos
Causam espoliação sanguínea, por alimentarem-se do sangue do hospedeiro que, no caso, pode ser o homem. Existem várias espécies que continuam a exercer a hematofágia mesmo após repletas. Animais de pequeno porte ou crianças podem desenvolver anemia, no caso de parasitismo intenso.
Provocam irritação da pele devido à picada, podendo causar alergias e irritação da pele com prurido (coceira). Podem causar lesões na pele nos locais da picada, com possível veiculação de doenças oportunistas: tétano, gangrenas gasosas e micoses. Essas doenças serão melhores explicadas à diante.
Pulgas atuando como transmissoras ou vetores
Transmitem para o homem riquetsioses (infestações responsáveis pelo tifo murino) e doenças bacterianas, como peste bubônica, tularemia e salmoneloses.
Pulgas atuando como hospedeiros intermediários
Atuam nos ciclos evolutivos de protozoários, cestódeos e nematódeos, sendo que desses, o que pode desenvolver doenças no homem é o cestódeo Hymenolepis nana, que causa a himenolepíase, doença que provoca alterações intestinais.
Transmissão
A transmissão ocorre quando a pulga está infectada por algum micro-organismo parasita e pica a o hospedeiro para sugar seu sangue. As pulgas são responsáveis por doenças como a peste bubônica, tifo murinho, bicho de pé.
Sintomas
Geralmente o local da picada provoca coceiras, lesões cutâneas que podem cocar e sangrar ficando esbranquiçadas quando pressionadas. Pode haver inchaço ao redor da lesão ou ferida, urticária. O hospedeiro pode apresentar febre e anemia. É preciso estar atento a manchas de sangue que podem aparecer nos lençóis indicando a presença do inseto no local.
Diagnostico e exames 
É muito importante buscar ajuda medica para possíveis reações alérgicas a picada da pulga, ou mesmo, a reações para as medicações para o combate ao parasito. Por serem compostas por alguns tipos de veneno, podem ser nocivas para crianças e pessoas mais sensíveis. 
Prevenção
Algumas atitudes podem contribuir na prevenção da presença e eliminação do inseto como:
Lavar as roupas e roupas de cama com frequência;
Limpar a casa com aspirador de pó, inclusive os lugares mais difíceis de limpar como cantos;
Aplicar inseticidas na casa e ao visitar áreas rurais;
Dedetizar a casa anualmente;
Nos animais, aplicar remédios específicos que combatem as pulgas.
Tratamento
O tratamento depende das lesões pode ser feito lavando-se o local picado e aplicando uma pomada antisséptica. É recomendado procurar o médico pois as pulgas como agentes vetores podem estar contaminadas por algum micro-organismo e transmiti-lo ao homem ou animais domésticos.
Doenças que esta espécie pode causar 
Peste bubônica
Desde a antiguidade sabe-se que os ratos têm relação com a transmissão da peste. Durante os séculos VI e XIV ocorreu uma pandemia com milhões de mortes, sendo a doença conhecida como “peste negra”. Como essa doença teve uma altataxa.de mortalidade, foram desenvolvidos diversos métodos para acabar com os ratos. No entanto, hoje se sabe que é a principal doença transmitida por pulgas. Essas são parasitas de roedores e de várias outras espécies, podendo atingir o homem. Nesse caso transmitem a doença, que ocorre primariamente em ratos, para os humanos, sendo caracterizada como uma sinantropia.
É preciso estar atento quando há grande mortalidade de ratos, pois uma vez que seu hospedeiro natural está morto, as pulgas passam a procurar novos hospedeiros. O contato de ratos com animais domésticos facilita a entrada da moléstia para o ambiente domiciliar e desse modo, é necessário que se evite o contato de ratos urbanos com cães e gatos domésticos. Além de serem transmissores, os felinos também podem manifestar a doença.
A doença é causada por uma bactéria da espécie Yersinia pestis, que é veiculada quando o inseto realiza a hematófaga, dos seguintes modos: através do sangue contaminado presente no intestino da pulga, que é regurgitado durante a picada ou através das fezes contaminadas (menos freqüente).
O principal sintoma é a formação de bubões, que são inflamações dos linfonodos, pela presença dessas bactérias. A forma mais grave é a pulmonar, que ocorre quando essas bactérias alcançam o pulmão, e tem 100% de letalidade.
Uma estimativa da infectividade é a relação do número de pulgas encontradas por rato, chamada de Índice Pulicidiano. Toda vez que esse índice for superior a cinco, e a pulga prevalente for Xenopsylla cheopis, há grande exposição da população à infecção.
Profilaxia (Prevenção): deve-se fazer a desratização acompanhada de despulização, isto é: morte dos ratos acompanhada da morte das pulgas. Pode-se empregar a anti-ratização, que consiste no afastamento dos ratos das áreas urbanas e do domicilio, deixando estes locais inviáveis para o desenvolvimento dos mesmos. O controle deve ser feito através da desinfestação de cães e gatos, aplicando-lhes periodicamente inseticidas, bem como em seus lugares de permanência. 
No caso das pulgas, também é indicado realizar esse controle integrado visando atuar sobre o hospedeiro e o ambiente, pois, assim como os carrapatos, 95% da população de pulgas encontram-se no ambiente nos estágios de ovos, larvas e pupas, e apenas 5% no estágio adulto encontram-se parasitando o hospedeiro. As medidas realizadas no ambiente interno envolvem a rigorosa limpeza para retirada de matéria orgânica (pode-se usar aspirador de pó, lavar com água ou usar vapor superaquecido) e restringir o acesso dos animais a determinados cômodos. O controle do ambiente externo se dá por meio da limpeza de áreas sombreadas, úmidas e protegias do sol.10 Também é possível o uso de produtos químicos que atuam nos estágios evolutivos encontrados no ambiente (principalmente os ovos e as larvas), como os carbamatos, organofosforados, piretroides e os reguladores de crescimento de insetos (análogos do hormônio juvenil e os inibidores da síntese de quitina). Deve-se ressaltar que as pulgas podem sobreviver por 140 a 170 dias no interior do casulo pupal.
Outro fator importante é a grande dificuldade de atingir as pulgas que se encontram no interior desse casulo, mesmo após a aplicação ambiental de produtos inseticidas, devido aos locais de difícil acesso e às condições impermeabilizantes que dificultam a penetração dos produtos químicos no casulo. Para atuar no estágio adulto das pulgas encontradas sobre o animal, é recomendada a aplicação de produtos químicos que apresentam efeito adulticida.10 Existe uma ampla variedade de fármacos que desempenham esse efeito disponível no mercado nacional, como imidacloprid, fipronil, metaflumizona, nitenpiram, selamectina, piriprol e spinosad.
Tratamento: uso de estreptomicinas e sulfas (antibacterianos).
Tifo Murino
A palavra typhu é derivada do grego e expressa o estado confuso e nebuloso, mental, que ocorre durante a doença. É causada pela espécie Rickettsia typhi, que é eliminada pelas fezes das pulgas Xenopsylla cheopis, sendo transmitida quando estas exercem hematofagia. Quando a pulga alimenta-se há defecação e, quando o material contaminado entra em contato com o sítio da picada, desenvolve a infecção.
Doenças rickettsiais têm ampla distribuição mundial e já causaram a morte de pesquisadores que atuaram na área. Essas mortes podem ser explicadas pelo fato de a infecção poder ser transmitida através das mucosas conjuntivas e nasais quando em contato com aerossóis, em laboratório.
Rickettsias são bactérias pequenas, visíveis em microscopia comum, e que só desenvolvem-se em células vivas. São encontradas em diversas espécies, mas pulgas e carrapatos não apresentam os sintomas da doença, mesmo albergando a bactéria e, dessa forma, atuam como transmissores.
O reservatório da infecção é o rato e o ciclo normalmente é mantido (pulga – rato – pulga). A doença ocorre principalmente em indivíduos que trabalham em locais onde existem muitos ratos, como docas e armazéns de cereais, de modo que as pulgas que parasitam esses ratos são capazes de parasitar o homem, e são transmitidas por contato e proximidade.
O período de incubação (aquele em que o indivíduo possui a bactéria, mas ainda não desenvolve a doença), é de uma ou duas semanas. Os sintomas iniciam com dor de cabeça, mialgia, e tosse. Há rash cutâneo, que é centrípeto e localizado na área superior do tórax e abdome. Após alguns dias torna-se maculopapular, permanecendo assim por quatro a oito dias.
O tifo murino era endêmico em áreas infestadas de ratos, mas com a melhoria do controle de ratos, ele se tornou raro no Brasil.
Tratamento: uso de antibióticos como a doxiciclina; cloranfenicol para mulheres grávidas.
Prevenção: uso de pulicidas e a anti-ratização, e prevenção de humanos e animais domésticos do contato com ratos. Como proteção pessoal, deve-se incluir o uso de roupas que cubram a pele exposta, assim como o uso de calçados.
“Bicho de pé”:
É causado pelo parasitismo por Tunga penetrans, cuja fêmea penetra nos tecidos, e alimenta-se deste e do sangue, enchendo-se de ovos. Esta espécie é a menor encontrada dentre as pulgas, e causa lesões cutâneas numerosas com intenso prurido. Essas lesões costumam estar próximas entre si e localizar-se no calcanhar, sendo conhecidas como “favo de mel”. Em alguns dias todos os ovos são eliminados e a fêmea morre e sai ou é destruída pela reação do hospedeiro.
As feridas causadas pelo prurido e pela penetração de Tunga penetrans podem ser responsáveis pela veiculação mecânica de tétano, micoses e gangrena gasosa
Observação:
Tétano: doença infecciosa, mas não contagiosa, causada pela toxina produzida pela bactéria Clostridium tetani, que atua nas células do sistema nervoso central. A doença caracteriza-se por intensa contração muscular, podendo levar à parada respiratória e morte.
Gangrena Gasosa: surge em ferimentos contaminados por bactérias da espécie Clostridium perfringens. Ocorre em lesões que tenham contato de pele com terra suja e é favorecido pela diminuição da oxigenação do tecido, sendo presente tanto em ambientes rurais quanto urbanos. Consiste em necrose anaeróbia dos músculos esqueléticos.
Profilaxia: tratamento adequado para lesões teciduais, com limpeza constante do local e uso de antibactericidas.
Combate às pulgas
O combate é feito através de medicamentos usados nos hospedeiros, que normalmente são os cães, e de pulicidas usados no ambiente. O combate às pulgas que infestam os cães é feito através de xampus, microcápsulas, talcos, coleiras e gotas com pulicidas. No interior dos domicílios a aplicação de anti-pulgas deve ser realizada em locais comumente habitados por estas, como frestas, carpetes, tapetes, panos e animais.
É importante que antes da aplicação as crianças e animais de pequeno porte sejam afastados e que todos os produtos alimentícios sejam cobertos e protegidos da droga. A volta ao domicílio só pode ser feita após intervalo e com intensa ventilação. Os medicamentos mais usuais estão descritos a seguir:Xampus: atuam na remoção mecânica dos parasitas adultos e, os que atuam com o uso de óleo, dificultam e fixação do parasita aos pêlos e à pele.
Advantage Duo (Bayer): atua no sistema nervoso de pulgas adultas (do gênero Ctenocephalides) presentes nos cães; tem segurança para aplicação nos animais, e mata pulgas por contato, sem que estas tenham necessidade de estarem aderidas à pele do animal. O produto é à base de ivermectina e elimina pulgas reinfestantes devido à sua ação residual (continua agindo mesmo após algum tempo da aplicação).
Fleegard (Bayer): indicado para o controle ambiental de pulgas adultas do gênero Ctenocephalides, é um aerossol que não deve ser aplicado direto sobre os animais. Eficiente por até seis meses.
Frontline Plus (Merial): age contra adultos, larvas e ovos. As glândulas sebáceas atuam como reservatório do medicamento, sendo este de ação prolongada. O medicamento tem dois princípios ativos: um é o Fipronil que age contra adultos, e outro é o S – metopreno, que atua como inibidor do crescimento, impedindo o desenvolvimento de ovos e larvas.
Scalibor Protector Band: coleira que libera o princípio ativo Deltametrina, que se espalha pelo corpo do animal e é capaz de atuar sobre pulgas e flebótomos (insetos), tem ação duradoura de até seis meses.
Program (Novartis): Inibidor do desenvolvimento, tem como princípio ativo o Luferunon, que impede a formação de quitina nas larvas. Usualmente chamado como “anticoncepcional de pulgas”, pois deve ser administrado mensalmente aos animais.
DDT: organoclorado que atua no combate às pulgas e é usado preferencialmente sobre o ambiente (esconderijos e lugares de passagem de ratos). No entanto, seu uso tem sido evitado por sua toxicidade, efeito residual e outros efeitos adversos que dificultam o uso sobre o homem.
Malation/ Diazinon/ Cloripirifos (Organofosforados): atuam no combate às pulgas tanto no homem, quanto em animais e ambientes domésticos. Exigem tratamento cauteloso uma vez que são inibidores irreversíveis da acetilcolinesterase (enzima essencial presente no sistema nervoso e que regula o impulso nervoso).
Tratar seu cão ou gato com um medicamento preventivo tópico todos os meses costuma ser suficiente para manter estas pragas sob controle. Tenha em mente que pulgas e carrapatos podem afetar o seu cão em qualquer época do ano, mesmo durante o inverno. O segredo para proteger o seu animal de estimação contra doenças perigosas é se manter consistente em seus métodos de prevenção de pulgas e carrapatos. Mantenha-se atualizado quanto às opções de prevenção tópica. E nas consultas de rotina, sempre peça ao veterinário que verifique se há carrapatos ou pulgas em seu pet. Se suspeitar de algum problema com pulgas ou carrapatos, entre imediatamente em contato com seu veterinário.
Bibliografia 
ALMEIDA, A. B. P. F.; PAULA, D. A. J.; DAHROUG, M. A. A.; FREITAS, A. G.; SILVA, J. N.; DUTRA, V.; NAKAZATO, L.; SOUSA, V. R. F. Ehrlichia canis e Anaplasma platys em carrapatos de cães de Cuiabá, Mato Grosso. Semina: Ciências Agrárias, v. 33, n. 3, p. 1123-1126, 2012.
Linardi PM. Biologia e epidemiologia das pulgas. In: 13o Congresso Brasileiro de Parasitologia Veterinária, 1o Simpósio Latino-Americano de Ricketisioses; Ouro Preto; 2004. Rev Bras Parasitol Vet. 2004;13 Supl 1:S103-6.

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