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Anatomia, características e funções da coluna vertebral

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ANATOMIA, CARACTERÍSTICAS E FUNÇÕES DA COLUNA VERTEBRAL
Paulo Gabriel da Silva Mota
ASPECTOS GERAIS
A coluna vertebral forma o eixo ósseo do corpo e está constituída de modo a oferecer a resistência de
um pilar de sustentação, mas também a flexibilidade necessária à movimentação do tronco. Assim, ela protege
a medula espinhal, que está alojada no seu interior, serve de pivô para suporte e mobilidade da cabeça, permite
movimentos entre as diversas partes do tronco e dá fixação a numerosos músculos.
Sua função principal, entretanto, é suportar o peso da maior parte do corpo e transmiti-lo, através
das articulações sacroilíacas, para os ossos do quadril. Para cumprir essas funções, a coluna vertebral apresenta
certas características:
(1) É formada por 33 peças esqueléticas, as vértebras, colocadas umas sobre as outras no sentido longitudinal,
de modo a formar um conjunto que se estende pela nuca, tórax, abdome e pelve. São reconhecidas:
- 7 vértebras cervicais;
- 12 vértebras torácicas;
- 5 vértebras lombares;
- 5 vértebras sacrais;
- 4 vértebras coccígeas.
As vértebras sacrais são fundidas em uma peça única, o sacro, alicerce da pelve, que se articula com os
ossos do quadril. As vértebras coccígeas são rudimentares no homem e não têm a importância que lhes é
conferida nas espécies caudadas.
Por ser um suporte de peso, a parte anterior das vértebras, corpo vertebral, aumenta de volume da
porção cervical à lombar, uma vez que as vértebras inferiores têm sobrecarga de peso, quando comparadas com
as vértebras superiores.
(2) Apresenta, entre os corpos vertebrais, um disco intervertebral fibrocartilaginoso (articulação cartilaginosa
do tipo sínfise, sendo uma anfiartrose), depressível, capaz de absorver os aumentos de pressão numa súbita
sobrecarga da coluna e conferir mobilidade entre vértebras adjacentes.
(3) Apresenta curvaturas no sentido ântero-posterior, indispensáveis para a manutenção do equilíbrio e da
postura ereta.
Antes do nascimento, a coluna vertebral acompanha a forma da parede da cavidade uterina, como faz o
feto, de modo que está fletida em curva suave e contínua de concavidade anterior, denominada curvatura
primária da coluna vertebral (ou curvatura de acomodação).
Entretanto, a extremidade superior dessa curvatura retifica-se quando a criança se torna capaz de erguer
a cabeça e, depois, a manutenção ereta da cabeça e sua movimentação pela musculatura do pescoço invertem a
curvatura primária na região cervical, cuja concavidade passa a ser posterior. O mesmo ocorre na região lombar
da coluna, em adaptação à força de carga e à locomoção, desde que a criança começa a se levantar e andar.
Assim, também o segmento lombar da coluna do adulto é côncavo para trás. Deste modo, duas
curvaturas, a torácica e a sacral, mantêm a direção da curvatura primária do feto, e são ditas curvaturas
primárias da coluna vertebral, enquanto as curvaturas cervical e lombar apresentam sentido inverso e são
ditas curvaturas secundárias (ou curvaturas compensatórias) da coluna vertebral.
As convexidades cervical e lombar se continuam suavemente com a cavidade torácica, mas a passagem
da curvatura lombar para a sacral é abrupta. A sequência dessas curvaturas é essencial para que a coluna
possa suportar compressão no sentido longitudinal (axial) sem prejudicar a postura ereta. Entretanto, o
exagero nessas curvaturas traduz uma situação patológica. Assim, o aumento ou a irregularidade da
curvatura torácica é denominado cifose; e lordose é o exagero da curvatura lombar.
Por outro lado, não há curvaturas laterais na coluna, mas elas podem ser criadas pelo desvio lateral
de algumas vértebras (rotação), caracterizando a escoliose, causa de deformação e desequilíbrio motor.
ESTRUTURA GERAL DAS VÉRTEBRAS
Embora existam características particulares para as vértebras de cada uma das porções da coluna, todas
elas possuem uma estrutura básica, comum.
Uma vértebra típica consiste em:
- Um corpo espinhoso;
- Um arco vertebral;
- Sete processos
O corpo vertebral é a parte anterior mais maciça do osso, que dá resistência à coluna vertebral e
suporta o peso do corpo. Os corpos vertebrais, especialmente de T4 para baixo, tornam-se progressivamente
maiores para suportar o peso do corpo cada vez maior. Em vida, a cartilagem hialina cobre a maior parte das
extremidades superior e inferior do corpo, com exceção da periferia, na qual há um anel epifisário de osso liso.
O arco vertebral está posterior ao corpo vertebral e é a parte de uma vértebra que é formada pelos
pedículos direito e esquerdo e pelas lâminas. Os pedículos são processos sólidos que unem o arco vertebral ao
corpo vertebral. Os pedículos projetam-se posteriormente para encontrar duas placas achatadas e largas de osso:
as lâminas.
O arco vertebral e a face posterior do corpo vertebral formam as paredes do forame vertebral. A
sucessão dos forames vertebrais na coluna articulada forma o canal vertebral, que contém a medula espinal,
meninges, gordura, raízes dos nervos espinais e vasos. As incisuras vertebrais são indentações formadas pela
projeção do corpo e pelos processos articulares acima e abaixo do pedículo. As incisuras vertebrais superior e
inferior das vértebras adjacentes contribuem para a formação dos forames intervertebrais, que dão passagem
para as raízes dos nervos espinais e vasos acompanhantes, e contêm o os gânglios espinais (gânglios da raiz
posterior).
Sete processos originam-se do arco vertebral de uma vértebra típica:
● Um processo espinhoso se projeta posteriormente a partir do arco vertebral na junção das lâminas e
encobre a vértebra abaixo;
● Dois processos transversos projetam-se póstero-lateralmente a partir das junções dos pedículos das
lâminas;
● Quatro processos articulares - dois superiores e dois inferiores - também se originam das junções dos
pedículos e das lâminas.
Três desses processos (os dois transversos e o espinhoso) projetam-se do arco vertebral e fornecem
inserções para os músculos profundos do dorso e formam alavancas que ajudam os músculos a mover as
vértebras.
Os quatro processos articulares projetam-se acima e abaixo, respectivamente, do arco vertebral e estão
em aposição com os processos correspondentes das vértebras superior e inferior a eles. Sua função é restringir
os movimentos em determinadas direções ou, pelo menos, determinar os movimentos permitidos. Os processos
articulares também impedem as vértebras de deslizarem anteriormente. Quando se levanta de uma posição
fletida, os processos articulares suportam peso temporariamente.
CARACTERÍSTICAS REGIONAIS (PARTICULARES) DAS VÉRTEBRAS
As vértebras apresentam características próprias, regionais, que distinguem-nas uma das outras. A
direção das facetas articulares nos processos articulares das vértebras determina a direção do movimento do
tronco em qualquer região específica. Por exemplo, as facetas articulares das vértebras torácicas favorecem a
flexão e a rotação laterais da coluna.
Vértebras Cervicais
Das vértebras cervicais, as duas primeiras (C1 e C2) são consideradas atípicas e denominadas atlas e
áxis, respectivamente. As quatro seguintes e a 7ª (esta com algumas particularidades) são consideradas típicas.
A característica mais evidente de cada vértebra cervical é o forame do processo transverso, oval.
Os forames dos processos transversos são menores em C7. Por isso, com exceção de C7 (permite apenas
passagem de pequenas veias), as artérias vertebrais passam através dos forames transversários das vértebras
cervicais. Os processos transversos das vértebras cervicais terminam lateralmente em duas projeções: um
tubérculo anterior e um tubérculo posterior. Os grandes tubérculos anteriores de C6 são chamados
tubérculos caróticos porque as artérias carótidas comuns podem ser comprimidas contra eles.
As vértebras de C3 a C7 são caracterizadas por grandes forames vertebrais por causa do aumento
cervical da medula espinal que fornece a inervação dos membros superiores. Asmargens superiores dos corpos
dessas vértebras são elevadas posteriormente, mas abaixadas anteriormente. As margens elevadas são
denominadas uncos do corpo. Os processos espinhosos das vértebras C3 a C6 são, geralmente, bífidos nas
pessoas brancas, mas não em pessoas negras. A C7 é uma vértebra proeminente caracterizada por um longo
processo espinhoso.
C1 e C2 são vértebras cervicais atípicas.
- C1 - o atlas - tem esse nome porque suporta a cabeça, tal como o titã Atlas da mitologia grega suportava a
terra sobre os ombros. É um osso que não apresenta processo espinhoso ou corpo vertebral, sendo um osso
em forma de anel losângico que circunda um grande forame vertebral. Ele é composto por arco anterior e
arco posterior. O arco posterior possui um sulco para a artéria vertebral e também para o 1º nervo cervical.
Suas faces articulares superiores côncavas recebem duas grandes proeminências nos lados do forame magno, os
côndilos occipitais, que transmitem o peso da cabeça para a coluna.
- C2 - O áxis - é a mais resistente das vértebras cervicais. O áxis possui duas grandes faces articulares, as faces
articulares superiores, sobre as quais o atlas gira. A característica mais distinta do áxis é o dente rombo, que
se projeta superiormente a partir do corpo. O dente é mantido em posição pelo ligamento horizontal do atlas. O
deslocamento do dente fraturado pode lesar a medula espinal, causando quadriplegia (paralisia de todos os
quatro membros), ou lesar a medula do tronco encefálico, causando a morte.
Vértebras Torácicas
Os aspectos característicos das vértebras torácicas são as fóveas costais para a articulação com as
costelas. Há uma ou mais fóveas de cada lado para a articulação com a cabeça de uma costela; e uma fóvea em
cada processo transverso das 10 vértebras torácicas superiores (T1-T10) para o tubérculo de uma costela. Os
processos espinhosos são longos e finos. T1 é atípica porque possui um processo espinhoso longo, quase
horizontal.
Vértebras Lombares
As vértebras lombares são distinguidas por seus corpos maciços, pelas lâminas robustas e pela
ausência de fóveas costais. Vistos superiormente, os corpos vertebrais têm o formato de um rim. A maior
dessas vértebras, L5, sustenta o peso de toda a parte superior do corpo.
Sacro e Cóccix
O sacro é um grande osso cuneiforme triangular que, normalmente, no adulto, é composto por cinco
vértebras sacrais fundidas Ele está preso entre os ossos do quadril e forma o teto e a parede póstero-superior da
parte posterior da cavidade pélvica. Ele fornece resistência e estabilidade para a pelve e transmite o peso do
corpo para o cíngulo do membro inferior, os ossos do quadril.
O cóccix é um pequeno osso triangular formado, em geral, por quatro vértebras rudimentares. Ele é o
remanescente do esqueleto do esqueleto da causa, que os embriões humanos possuem até o início da 8ª semana.
OSSIFICAÇÃO DAS VÉRTEBRAS
A ossificação das vértebras ocorre normalmente a partir de três centros de ossificação primários em
um molde de cartilagem: uma região central que dá origem à maior parte do corpo e um centro em cada metade
do arco neural. Assim, ao nascimento, a maioria das vértebras é formada por três partes ósseas unidas por
cartilagem hialina. A fusão ocorre nos 6 primeiros anos de vida de dentro para fora (padrão centrífugo) a partir
da região lombar.
Na puberdade, surgem cinco centros de ossificação secundários: três relacionados aos processos
espinhosos e transversos mais duas epífises anulares ao redor das margens superior e inferior do corpo
vertebral.
ARTICULAÇÕES DA COLUNA VERTEBRAL (INTERVERTEBRAIS)
1) Articulações dos Corpos Vertebrais (Sincondroses)
Os discos intervertebrais situam-se entre os corpos das vértebras, promovendo união, alinhamento e
certa mobilidade de vértebras vizinhas. São coxins compressíveis de fibrocartilagem que absorvem as forças de
tração muscular, gravidade e carga que poderiam esmagar uma vértebra contra a outra. Cada disco apresenta
duas partes:
● Um anel fibroso - uma parte fibrosa externa - composto de lamelas concêntricas de fibrocartilagem;
● O núcleo pulposo - uma massa central gelatinosa - mais cartilaginoso do que fibroso, mas elástico o
suficiente para atuar como amortecedor.
Durante a vida, a rigidez do núcleo pulposo tende a aumentar em razão do aumento do colágeno. O
núcleo pulposo é mantido em posição pelo anel fibroso e pela pressão das vértebras. Por isso, nas lesões do anel
fibroso, o núcleo pulposo pode herniar, seja para o canal vertebral, seja para dentro do corpo vertebral. Essa
condição patológica é conhecida como hérnia de disco. Se essa hérnia se salientar no canal vertebral, pode
comprimir raízes nervosas ou mesmo a medula espinhal.
2) Articulações dos Processos Articulares (junturas sinoviais planas)
Os processos articulares inferiores de uma vértebra articulam-se com os superiores da vértebra
subjacente. São articulações sinoviais planas cuja direção do movimento é determinada pela direção das faces
articulares. A cápsula articular é frouxa, facilitando sua mobilidade.
3) Ligamentos das Articulações da Coluna Vertebral
Diversos ligamentos, relacionados aos corpos vertebrais ou aos arcos vertebrais, unem e mantêm as
vértebras em alinhamento.
3.1 Ligamentos dos corpos vertebrais. Os ligamentos acessórios comuns a todos os discos intervertebrais são
os longitudinais, anterior e posterior.
3.2 Ligamentos dos arcos vertebrais. São os ligamentos amarelos (unem as lâminas de vértebras adjacentes),
o interespinhal (fundem se com os ligamentos supraespinhais) e o supraespinhal.
4) Articulações Vertebrais Especiais
4.1 Articulação atlantooccipital. Nessa articulação, os côndilos do occipital articulam-se com as faces
articulares superiores do atlas numa articulação sinovial condilar biaxial, permitindo flexão e extensão da
cabeça, bem como as flexões laterais.
4.1 Articulações atlantoaxiais. Consistem em duas articulações laterais e uma mediana. São mantidas em
contato e alinhamento pelo ligamento transverso do atlas.
● Há, ainda, as articulações costovertebrais e as articulações sacroilíacas.
MOVIMENTOS DA COLUNA VERTEBRAL
A amplitude de movimento da coluna vertebral varia de acordo com o indivíduo e com a região. Há uma
redução de até 50% durante o envelhecimento. A mobilidade depende, principalmente, da compressibilidade e
elasticidade dos discos intervertebrais.
Os movimentos não são produzidos exclusivamente pelos músculos do dorso. Eles são auxiliados pela
gravidade e pela ação dos músculos anterolaterais do abdome. Os movimentos entre vértebras adjacentes
ocorrem nos núcleos pulposos dos discos intervertebrais (que atuam como eixo) e nas articulações dos
processos articulares. A coluna vertebral faz movimentos de flexão, extensão, flexão e extensão laterais, e
rotação (torção).
NERVOS DA COLUNA VERTEBRAL
As articulações dos processos articulares (zigapofisárias) são inervadas por ramos mediais dos ramos
posteriores adjacentes; os ramos meníngeos (recorrentes) dos nervos espinais suprem a maior parte do osso
(periósteo), discos intervertebrais e ligamentos, bem como as meninges (revestimentos) da medula espinal.
Esses dois grupos de nervos conduzem toda a dor localizada originada na coluna vertebral.

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