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1. Identificar os diferentes tipos de nutrientes, suas funções e onde são encontrados: Vitaminas: As vitaminas são compostos orgânicos não relacionados quimicamente, que não podem ser sintetizados por humanos em quantidades adequadas e, portanto, devem ser supridos pela dieta. Nove vitaminas são classificadas como hidrossolúveis, ao passo que quatro vitaminas são ditas lipossolúveis. Vitaminas lipossolúveis: A, D, E, K As vitaminas lipossolúveis se encontram associadas à gordura corporal e são frequentemente armazenadas nos tecidos, sendo suas concentrações circulantes mantidas relativamente constantes. Por exemplo, a vitamina A é armazenada no fígado e transportada no plasma por proteínas de ligação específicas. As vitaminas lipossolúveis não são absorvidas na dieta tão prontamente quanto as vitaminas hidrossolúveis, mas por outro lado quantidades consideráveis são armazenadas nos tecidos. Vitamina A Vitamina A é encontrada em ovos, leite integral, manteiga e óleos. Em vertebrados, o b-caroteno, o pigmento que dá às cenouras, à batata-doce e a outros vegetais laranja da sua cor característica, pode ser convertido enzimaticamente a vitamina A. A deficiência dessa vitamina ocasiona vários sintomas em humanos, incluindo secura da pele, dos olhos e das membranas mucosas; desenvolvimento e crescimento retardados; e cegueira noturna, frequente sintoma inicial no diagnóstico de deficiência de vitamina A. Todas as formas de vitamina A provenientes da dieta são convertidas em retinol. Por sua vez, o retinol pode ser convertido em retinal e ácido retinóico. Vitamina D A vitamina D (calcitriol) é um hormônio. É um grupo de esteróis muito relacionados produzidos pela ação da luz ultravioleta sobre provitaminas. O 7- deidrocolesterol é sintetizado no fígado e encontrado na pele. Os produtos da reação fotolítica são o ergocalciferol (vitamina D2) e o colecalciferol (vitamina D3). A vitamina D também influencia genes envolvidos na proliferação, diferenciação e apoptose celular. Ela modula o crescimento, participa na função imune e é anti-inflamatória. A ingestão de vitamina D é necessária apenas em condições em que a exposição à luz solar é inadequada. A maior parte da ingestão é feita através do leite e outros alimentos enriquecidos. O óleo de peixe, a carne bovina, a gema de ovo e o fígado também são ricos em vitamina D. Vitamina E A vitamina E da dieta é uma mistura de diversos compostos chamados tocoferóis. Noventa por cento da vitamina E presente nos tecidos humanos está na forma do isômero natural, α-tocoferol. Está envolvida na função imune, assim como na sinalização celular e expressão gênica. O α-tocoferol inibe a atividade da proteína cinase C (PKC) e afeta a adesão celular, bem como o metabolismo do ácido araquidônico. Ela é absorvida da dieta, no intestino delgado, junto com os lipídios, e não existe proteína transportadora específica. É empacotada nos quilomícrons e, na circulação, encontra-se associada a lipoproteínas. A vitamina E é um antioxidante membranar A vitamina E é o antioxidante natural mais abundante, e, devido à sua solubilidade em lipídios, está associada a todas as estruturas que os contêm: membranas, lipoproteínas e depósitos de gordura. Ela protege os lipídios da oxidação por espécies reativas de oxigênio. As fontes naturais mais ricas em vitamina E são os óleos vegetais, frutos secos e também os vegetais verde- escuros. Vitamina K A vitamina K é necessária à coagulação sanguínea e é necessária às modificações pós-traducionais dos fatores de coagulação. A vitamina K está amplamente distribuída na natureza: suas fontes dietéticas são vegetais de folhas verdes, frutas, laticínios, óleos vegetais e cereais. A vitamina K também é produzida pela microflora intestinal. A produção de vitamina K pela flora intestinal garante que a deficiência praticamente não ocorra no homem, exceto em recém-nascidos. Em casos raros, pode ocorrer em doentes hepáticos ou com má absorção de gorduras. A deficiência está associada a distúrbios na coagulação sanguínea. Vitaminas hidrossolúveis: B e C Com exceção da vitamina B12, o organismo não possui capacidade para armazenar as vitaminas hidrossolúveis. Em consequência disso, elas devem ser regularmente fornecidas pela dieta. Qualquer excesso é excretado na urina. Ao contrário das vitaminas lipossolúveis, não existe toxicidade associada às vitaminas do complexo B. Vitaminas do complexo B As vitaminas do complexo B são essenciais ao metabolismo normal e funcionam como coenzimas em várias reações do metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas. Quanto maior a ingestão calórica, maior a necessidade de vitaminas do complexo B. O fornecimento aumentado de energia, particularmente a partir de carboidratos, requer quantidades aumentadas de vitaminas do complexo B. As doenças associadas a maior demanda calórica implicam uma maior ingestão de tiamina e de outras vitaminas do complexo B. Assim, o beribéri pode se desenvolver em uma dieta rica em carboidratos. A vitamina B está presente em uma grande variedade de alimentos, como peixe, carne bovina, fígado, aves, bem como em batatas e frutas (mas não citrinos). Vitamina C A vitamina C atua como agente redutor. Sua forma ativa é o ácido ascórbico, que é oxidado durante a transferência de equivalentes redutores, produzindo ácido desidroascórbico. Participa da regeneração de outra vitamina antioxidante, o α-tocoferol. A vitamina C participa da síntese de colágeno e adrenalina, da esteroidogênese, da degradação da tirosina, da formação de ácidos biliares, bem como da síntese de l- carnitina e de neurotransmissores. Melhora a absorção de ferro não heme e participa do metabolismo mineral ósseo. Sua principal função é manter cofatores metálicos em seus menores estados de valência, como, por exemplo, Fe 2+ e Cu 2+. Na síntese de colágeno, é requisitada especificamente para a hidroxilação da prolina. Proteínas: Proteínas são sintetizadas por a partir de 20 polímeros de aminoácidos diferentes. Aminoácidos são compostos que apresentam um grupo amino (-NH²-), grupo carboxila (- COOH) e exceção da prolina que possui grupo imino (-NH-). Existe aminoácidos: • Não essenciais – 12 • Essenciais – 8 Atuam como catalisadores (enzimas), transportadores (de oxigênio, vitaminas, fármacos, lipídeos, ferro, cobre etc.), armazenamento (caseína do leite), proteção (anticorpos), reguladores (insulina, glucagon), movimento (actina e miosina), estruturais (colágeno), transmissão de impulsos nervosos (neurotransmissores), controle do crescimento e diferenciação celular (fatores de crescimento). Os alimentos mais ricos em proteínas são os de origem animal, como a carne, o peixe, ovo, leite, queijo e iogurte. Também existem alimentos de origem vegetal que contêm proteínas, como é o caso das leguminosas, onde se incluem ervilhas, soja e grãos • SOJA (34g a cada 100g) • CAMARÃO (24g a cada 100g) • FRANGO (23g a cada 100g) • SALMÃO (21,62g a cada 100g) • AMÊNDOA (21,1 a cada 100g) • CARNE VERMELHA (21g a cada 100g) • PEIXES (20g a cada 100g) • LEITE DE VACA (8g a cada 100g). Enzimas: Ajuda no processo de digestão, sem que muito calor seja perdido para isso. São catalisadores – diminui a energia de ativação. Desnaturação da proteína: Faz com que a enzima não trabalhe com tanta eficiência. Lipídios: Os lipídios desempenham algumas funções biológicas essenciais, de acordo com seu tipo: •armazenamento de energia, uma vez que cada grama de lipídios contém 9 quilocalorias de energia; •isolamento térmico, essencial para a manutenção da temperatura corporal, sendo essencial para suportar baixas temperaturas. Nos mamíferos, a gordura subcutânea é formada por lipídios; • disponibilização de ácidosgraxos, necessários para a síntese de moléculas orgânicas e formação das membranas celulares; •auxílio na absorção de vitaminas A, D, E e K, que são lipossolúveis, ou seja, se dissolvem na gordura; •produção de hormônios e sais biliares; •proteção e suporte para órgãos internos de aves e mamíferos. Quando ingeridos, os lipídios passam pelo processo de emulsificação, sendo digeridos por enzimas no trato gastrointestinal e depois absorvidos pelas células da mucosa intestinal. A emulsificação é necessária para que os lipídios sejam absorvidos. Esse processo ocorre no duodeno. Classificação: Glicerídeos: óleos e gorduras Cerídeos: Impermeabilizantes Fosfolipídios: Estruturais Esteroides: Colesterol Fontes de origem animal: •carnes vermelhas e brancas, especialmente a gordura da carne e pele de aves; •ovos; •leite e derivados, como manteiga, creme de leite, iogurte e nata. Fontes vegetais: •azeites e óleos vegetais, como oliva, canola, soja, milho, coco, dendê, entre outros; •margarinas; •sementes como castanhas, amêndoas, nozes, linhaça etc.; •frutas como coco e abacate. Carboidratos: São macronutrientes com função de energia, reserva e estrutura. Classificação: Monossacarideos: Não sofre hidrólise. Hexoses (C6H12O6) - Glicose - Frutose - Galactose. Ribose (C5H10O5) - Desoxirribose (C5H10O4)- perdendo oxigênio. Dissacarídeos: Maltose: Gli + Gli Sacarose: Gli + Fru Lactose: Gli + Gal Polissacarídeos: Amido – reservatória de energia em planta. Glicogênio – reservatório de energia em animal. Celulose – parede celular de animais. Quitina – parede celular de fungos e carapaças de inseto. Fontes: •Cereais e grãos: arroz, milho, aveia, trigo, centeio, cevada, quinoa, amaranto, etc. Os alimentos derivados desses também são considerados carboidratos, como o pão, macarrão, bolos, massas para tortas, biscoitos, bolachas. •Tubérculos: batata, mandioca, batata-doce, inhame, rabanete, cenoura, nabo e beterraba. Entre seus derivados, podemos destacar as féculas de batata e de milho, o polvilho e a goma para tapioca. •Mel: contém 70 g de carboidratos em cada porção de 100 g. •Frutas: embora algumas frutas contenham uma concentração menor de carboidratos, todas apresentam esse macronutriente em alguma proporção. •Cana-de-açúcar: essa planta é considerada uma gramínea, ou seja, não é uma fruta, nem verdura. No entanto, seu sabor doce é conhecido por quem a consome in natura ou na garapa. Ela também é a base para a fabricação do açúcar, que é um produto muito utilizado na culinária e que tem até 99,5 g de carboidratos na porção de 100 g. Sais minerais: Cálcio: é o mineral mais abundante no corpo, sendo encontrado principalmente nos ossos e nos dentes. Além da formação do esqueleto, ele também participa de processos como a contração muscular, a liberação de hormônios e a coagulação do sangue. Fonte: iogurte, leite, queijo, sardinha, manjericão, espinafre e feijão. Fósforo: Encontrado principalmente no ossos, juntamente com o cálcio, mas também participa de funções como fornecer anergia ao corpo através do ATP, fazer parte da membrana celular e do DNA. Ele pode ser encontrado em alimentos como sementes de girassol, frutas secas, sardinha, carnes e leite e derivados. Ferro: A principal função do ferro no organismo é participar do transporte de oxigênio no sangue e da respiração celular, sendo por isso que sua deficiência pode causar anemia. Fontes: carnes, fígado, gema de ovo, feijão e beterraba. Iodo: A principal função do iodo no organismo é participar da formação dos hormônios da tireoide, além de prevenir problemas como câncer, diabetes, infertilidade e aumento da pressão arterial. Ele está presente em alimentos como sal iodado, cavala, atum, ovo e salmão. Magnésio: O magnésio participa de processos como contração e relaxamento muscular, produção de vitamina D, produção de hormônios e manutenção da pressão arterial. Fontes: feijão, lentilha, aveia, trigo, abacate, kiwi, brócolis, leite e derivados, café, carnes e chocolate. Potássio: desempenha diversas funções no organismo, como participar da transmissão de impulsos nervosos, da contração muscular, controlar a pressão arterial, produzir proteínas e glicogênio e gerar energia. Ele está presente em alimentos como iogurte, abacate, banana, amendoim, leite, mamão e batata. Sódio: ajuda a controlar a pressão sanguínea, regular os níveis de líquidos no corpo e participa da transmissão de impulsos nervosos e da contração muscular. Sua principal fonte na alimentação é o sal, mas ele também está presente em alimentos como queijos, carnes processadas, vegetais enlatados e temperos prontos. Zinco: Estimula o crescimento e desenvolvimento das crianças, fortalece o sistema imunológico, mantém o bom funcionamento da tireoide, previne diabetes por melhorar a ação da insulina e tem ação antioxidante. Fonte: ostra, camarão, e as carnes de vaca, frango, peixe e fígado. Selênio: tem um grande poder antioxidante e previne doenças como câncer, Alzheimer e doenças cardiovasculares, melhora o funcionamento da tireoide e ajuda na perda de peso. Fonte: castanha-do- pará, farinha de trigo, pão e gema de ovo. Flúor: sua principal função é evitar a perda de minerais pelos dentes e impedir o desgaste causado por bactérias que formam a cárie. Ele é acrescentado na água encanada e nos cremes dentais, e a aplicação tópica de flúor concentrado pelo dentista, tem um efeito mais potente para fortalecer os dentes. 2. Conceituar o metabolismo celular: A energia é obtida pelos fototróficos por meio da luz solar e do gás carbônico, já nos quimiotróficos a energia é obtida por compostos orgânicos, essas substâncias passam por uma serem de reações químicas para serem convertidos em energia no organismo, esse processo ocorre por meio do metabolismo, ou seja, o metabolismo é um processo de obtenção, armazenamento e utilização de energia, como também é a transformação de precursores conseguidos no meio em compostos característicos de cada organismo, essa transformação é realizada através de uma série de reações químicas. Funções do metabolismo: Obter energia química; Converter moléculas de nutrientes em outras necessidades para a célula Polimerizar moléculas precursoras em macromoléculas Sintetizar e degradar biomoléculas. Regulação do metabolismo: 1) Compartimentalização celular: a síntese e a degradação de uma molécula não podem ocorrer, simultaneamente em uma mesma célula ou tecido. Por conta disso, ocorrem em diferentes compartimentos celulares, isto permite que os compostos intermediários, enzimas e reguladores sejam mantidos em diferentes concentrações. 2) Disponibilidade do substrato: é a regulação mais imediata; quando a concentração intracelular do substrato de uma enzima está próxima ou abaixo do Km, a velocidade da reação depende muito da concentração do substrato. Km é uma medida da afinidade da enzima pelo substrato, quanto menor o Km maior a afinidade 3) Regulação alostérica: um intermediário metabólico ou uma coenzima sinaliza o estado metabólico no interior da célula, quando a célula possui quantidades necessárias, os sinais emitidos inibem alostericamente a atividade de uma ou mais enzimas nas vias pertinentes. Os inibidores alostéricos provocam uma mudança conformacional na enzima que indiretamente reduz sua atividade. 4) Fatores de crescimento ou hormônios: atuam de fora da células por alteração no nível de mensageiros intracelulares que modificam a atividade de enzimas intracelulares por mecanismos alostéricos ou por modificações covalentes (ex. fosforilação) 5) Estado energético:para que as vias anabólicas e catabólicas sejam essencialmente irreversíveis, uma das reações específicas de cada sentido deve ser termodinamicamente muito favorável, por tanto, sua reação reversa deve ser muito desfavorável. 6) Enzimas marcapasso: controlam a velocidade das reações bioquímicas em uma determinada via metabólica, por terem sua atividade regulada por diferentes fatores (modificação covalente, efetores alostéricos, ativação/repressão gênica). Mecanismo de transdução de sinal: Sinalização celular: processos pelos quais um sinal extracelular altera eventos intracelulares que participam em respostas bioquímicas e fisiológicas. Moléculas sinalizadoras: fazem a comunicação celular para o controle do metabolismo; estes sinais que irão regular a atividade das enzimas marcapasso. Etapas da sinalização: 1) Síntese e liberação da molécula sinalizadora pela célula sinalizadora. 2) Transporte da molécula sinalizadora até a célula alvo. 3) Detecção dessa molécula pela célula alvo através de receptores específicos. 4) Mudança do metabolismo, da função ou do desenvolvimento celular acionada pelo complexo sinal - receptor. Tipos de sinalização Endócrina: molécula sinalizadora (hormônio) age na célula alvo distante do sitio de síntese; Sináptica: molécula sinalizadora (neurotransmissor) age em uma célula alvo próxima de onde ela foi formada; Parácrina: as moléculas sinalizadoras agem em múltiplas células alvo próxima de onde ela foi formada; Autócrina: célula responde a substâncias liberada por ela mesma, as moléculas sinalizadoras são mediadores locais. 3. Compreender o processo de síntese e degradação dos nutrientes. O processo de degradação e síntese é conhecido no metabolismo como Catabolismo e anabolismo. Catabolismo: degradação do metabolismo, com a liberação de energia, onde as vias catabólicas se convergem. Nessa via as moléculas de nutrientes orgânicos (carboidratos, gorduras e proteínas) são convertidas em produtos finais menores e mais simples (ácidos lático, CO2). A energia livre liberada pelos processos catalíticos é conservada por meio da síntese de ATP a partir de ADP+P ou por meio da redução da coenzima NADP+ a NADPH. Anabolismo: biossíntese, com o consumo de energia onde as vias catabólicas se divergem. Fase na qual moléculas pequenas e simples formam moléculas maiores e mais complexas (lipídeos, polissacarídeos, proteínas e ácidos nucleicos). ATP e NADPH são as principais fontes de energia livre para as vias anabólicas. Reações de anabolismo: Síntese de proteínas Na síntese proteica, a informação contida no DNA é transcrita para o RNAm e, em seguida, traduzida numa sequência de aminoácidos, formando a proteína. Esse processo é realizado por estruturas denominadas de ribossomos. Na síntese proteica, participam o DNA da célula; RNA transportador, mensageiro e ribossômico; além dos ribossomos, enzimas e aminoácidos. Síntese de glicogênio: Após uma refeição rica em carboidratos, há a elevação da glicose sanguínea, ocorrendo a liberação de insulina pelo pâncreas. No fígado e músculo, a insulina tem um efeito imediato, que é caracterizado pela ativação da enzima glicogênio sintetase, a qual converte o excesso de glicose livre em uma cadeia de glicose denominada glicogênio. Hipertrofia muscular: Processo de aumento no tamanho e no volume das células musculares, sem que ocorra o aumento do número delas. Esse processo é utilizado o glicogênio muscular advindo da síntese de glicogênio. Reações de catabolismo: Degradação do glicogênio: Quando os níveis de glicose sanguínea diminuem, ocorre um aumento na secreção do hormônio glucagon, que tem a função principal de sinalizar a liberação de glicose para a circulação, proveniente da degradação do glicogênio hepático. O glucagon liga-se ao seu receptor de membrana nos hepatócitos e acarreta na ativação de uma enzima denominada PKA (Proteína Quinase A) O glicogênio hepático tem como função a manutenção da glicemia entre as refeições. Funciona como uma reserva de glicose para ser usada por outros tecidos. Já o glicogênio muscular é usado pelo próprio músculo, como fonte de energia na contração muscular. Digestão dos lipídeos: A digestão dos lipídios da dieta e seus metabólitos se inicia na boca, com a salivação e a mastigação. A lipase lingual liberada pelas glândulas serosas da língua, junto com a saliva, inicia a hidrólise dos ácidos graxos (AGs) dos triacilgliceróis (TGs). O processo continua no estômago com a ação da lipase gástrica, principalmente, na digestão de ácidos graxos de cadeia curta. A etapa mais importante da digestão ocorre no intestino delgado. Uma vez no duodeno, o bolo alimentar com o pH ácido acaba por induzir a liberação do hormônio digestivo colecistocinina (CCK), também conhecido como pancreozimina. O CCK faz com que a vesícula biliar sofra contração e liberação da bile para o duodeno, também estimulando a secreção pancreática. Os lipídios são emulsificados pela ação dos sais biliares, formando micelas mistas de triacilgliceróis, que sofrem a digestão pela ação da lipase pancreática, liberando ácidos graxos. Digestão dos carboidratos: A digestão começa na boca, pela ação da amilase salivar e continua no intestino, com a principal enzima, amilase pancreática. Ambas as amilases, no entanto, sofrem interferências comuns mediante a alterações de pH. Por exemplo, as duas atuam na faixa de pH entre 4 e 11, sendo o pH de 6,9 o ótimo da ação hidrolítica. Além disso, ambas são inativadas quando os valores de pH encontram-se inferiores a 4,0. O que explica, o fato de o carboidrato não ser digerido no estomago, devido ao PH baixo do mesmo. Esses processos ocorrem obedecendo a lei da termodinâmica: A substância tende a se espalhar no meio. Catabolismo aumenta a entropia; Anabolismo diminui a entropia. No entanto, toda transformação química ocorre perda de calor, assim, mesmo na célula ocorrendo o anabolismo, síntese de substâncias, o meio externo com a perda de calor tende a desordem e, consequentemente, ao aumento da entropia externo. A célula é um sistema aberto. Reações exergônicas são espontâneas –libera energia, entalpia é negativa. Reações endergônicas são desfavoráveis - consome energia, entalpia é positiva.