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Sou a Jéssyca do instagram @eu.engenheira e desde a elaboração do meu primeiro mapa mental de engenharia civil em junho de 2018, venho aperfeiçoando novas técnicas para desenvolvimento de um material direcionado para provas de concursos. Estou muito feliz em saber que você confia no meu trabalho! E para assegurar que a nossa parceria continue firme e forte, preciso esclarecer alguns pontos. Vamos lá! O conteúdo deste material não esgota a disciplina de concreto; A leitura de normas e referências consagradas sobre o tema é indispensável; Use o mapa como um suporte para elaboração do seu material base, e isso inclui adicionar conteúdo conforme o seu nível de estudo e dificuldade Não use os mapas mentais como material exclusivo de estudos; Por fim, não menos importante, resolva muitas questões de concursos sobre o tema Atenção: qualquer equívoco no conteúdo deste material, favor enviar um e- mail para engenheira.eu@outlook.com REFERÊNCIAS USADAS 1. ABNT NBR 5738, Concreto – Procedimento para moldagem e cura de corpos de prova 2. ABNT NBR 5769, Concreto – Ensaio de compressão de corpos de prova cilíndricos 3. ABNT NBR 6118, Projeto de Estruturas de Concreto – Procedimento 4. ABNT 12655, Concreto de cimento Portland – Preparo, controle e recebimento – Procedimento 5. ABNT 14931, Execução de estruturas de concreto – Procedimento 6. BAUER, L. A. Falcão. Materiais de construção. Coordenação João Fernando Dias. 6ed. V. 1. Rio de Janeiro: LTC, 2019. 7. YAZIGI, Walid. A técnica de edificar. 16ed. São Paulo: Pini, 2017. 8. Notas de aula Estratégia Concursos. Professor Jonas Vale. Edificações para TCE-SC. 2020 Outras fontes mencionadas na legenda da foto ou imagem: notas de aula e questões de concursos. mailto:engenheira.eu@outlook.com @eu.engenheira O tempo de pega do Cimento Portland é medido em laboratório através da Agulha de Vicat (ABNT NM 65: 2002) que penetra a argamassa sob ação de um peso padrão. Estado fresco Pega Endurecimento Início de pega Fim de pega Os cimentos CP I, CP II e CP III possuem três classes de resistência: ▪ Classe 25: resistência à compressão de 25 MPa ▪ Classe 32: resistência à compressão de 32 MPa ▪ Classe 40: resistência à compressão de 40 MPa . Cimento Cimento ▪ Cimento Portland Comum CP I: Cimento Portland Comum CP I-S: Cimento Portland Comum com Adições não superior a 5% em massa ▪ Cimento Portland Composto: CP II CP II-E: com adição de escória granulada de alto-forno CP II-Z: com adição de material pozolânico CP II-F: com adição de material carbonático (fíler) ▪ Cimento Portland de Alto-Forno: CP III ▪ Cimento Portland Pozolânico: CP IV ▪ Cimento Portland de Alta Resistência Inicial.: CP V-ARI ▪ Cimento Portland Resistente aos Sulfatos: CP RS ▪ Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação: CP BC ▪ Cimento Portland Branco Estrutural: CP B - RR ▪ Cimento Portland Branco não Estrutural: CP B CP XXX RR Cimento Portland Resistência aos 28 dias em MPa Composição do cimento → O cimento pode ser entregue em sacos, contêiner ou a granel. → A reação química entre a água e o cimento é exotérmica. CP XXX RR A finura é um fator diferenciador do CP V - ARI @eu.engenheira PRINCIPAIS COMPOSTOS DO CLÍNQUER Nome do composto Abreviatura Quantidade (%) Silicato tricálcico C 20 - 65 Silicato dicálcico C2S 10 - 55 Aluminato tricálcico C3A 0 - 15 Ferroaluminato tetracálcico C4AF 5 - 15 BAUER, 2018: ▪ Silicato tricálcico (C3S) é o maior responsável pela resistência em todas as idades, especialmente até o fim do primeiro mês de cura. ▪ Silicato bicálcico (C2S) adquire maior importância no processo de endurecimento em idades mais avançadas, sendo largamente responsável pelo ganho de resistência a um ano ou mais. ▪ Aluminato tricálcilo (C3A) também contribui para a resistência, especialmente no primeiro dia. ▪ Ferro aluminato de cálcio (C4AF) em nada contribui para a resistência. Possui grandes vazios estruturais responsáveis pela reatividade elevada. CP - 25 CP - 25 Calor de hidratação, especialmente no início do período de cura. Rapidez na pega É o segundo que mais contribui para a rapidez na pega Fonte Notas de aula Jonas Vale - Estratégia Concursos. Cimento Cimento Cimento Portland ▪ Pó fino, acinzentado e com propriedades aglomerantes; ▪ Produzido da calcinação de rochas calcárias e argilas em temperaturas elevadas; ▪ Constituintes fundamentais: cal, sílica, alumina e óxido de ferro, certa proporção de magnésia e pequena porcentagem de anidrido sulfúrico “Aglomerante hidráulico artificial obtido pela moagem de clínquer Portland, ao qual se adiciona durante a operação, quantidade adequada de uma ou mais formas de sulfato de cálcio (YAZIGI, 2009).” → O Cimento Portland comum é classificado em função das adições durante a moagem; → A sua resistência à compressão obtida é referente aos 28 dias. Cimento Portland Resistência à compressão igual a 25 MPa @eu.engenheira ▪ AMOSTRAGEM 1 Exemplar = 2 corpos-de-prova da mesma amassada Limites superiores Solicitação principal dos elementos da estrutura Compressão ou compressão e flexão Flexão simples Volume de concreto 50 m³ 100 m³ Número de andares 1 1 Tempo de concretagem 3 dias de concretagem* *este período deve estar compreendido no prazo total máximo de 7 dias, que inclui eventuais interrupções para tratamento de juntas ▪ FORMAÇÃO DE LOTES Ver mapa sobre Slump Test – Tabela da NBR 5738 Concreto Concreto CORREÇÃO RELATIVA À IDADE COEFICIENTE MÉDIO Natureza do cimento Idade ≤ 7dias 14 dias 28 dias 3 meses 1 ano ≥ 2 anos Portland comum 0,68 0,88 1,00 1,11 1,18 1,20 Alta resistência inicial 0,8 0,91 1,00 1,10 1,15 1,15 Alto-forno, pozolânico, MRS e ARs - 0,71 1,00 1,40 1,59 1,67 Fonte: YAZIGI, 2017 CONTROLE DE RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO Molde cilíndrico: 30 cm de altura e 15 cm de diâmetro. Preferencial de aço com no mínimo 3 mm de espessura. Processo de adensamento dos corpos de provas: Manual e manual energético, a depender do ensaio de abatimento. Veja: Abatimento Adensamento < 2 cm Manual energético 2 cm a 6 cm A critério > 6 cm Manual Fonte: YAZIGI, 2017 Fonte: NBR 12655 @eu.engenheira Descarga, Lançamento e Adensamento 1º adição de água Início da Pega Início da Lançamento ENSAIO DE CONSISTÊNCIA Nos casos do preparo pelo próprio construtor da obra: sempre que ocorrer alterações na umidade dos agregados; na primeira amassada do dia; ao reiniciar o preparo após uma interrupção da jornada de concretagem de pelo menos 2 h; na troca dos operadores; cada vez que forem moldados corpos- de-prova. CONCRETO PREPARADO POR EMPRESA DE SERVIÇOS DE CONCRETAGEM = devem ser realizados ensaios de consistência a cada betonada. Caso o resultado desse ensaio não corresponda as especificações, o caminhão deve ser recusado. Concreto Concreto TRANSPORTE, LANÇAMENTO E ADENSAMENTO ▪ Caminhão betoneira Transporte < 90 min a partir da 1º adição de água Iniciar o lançamento e adensamento até 30 min Ser feito até 150 min após a 1ª adição de água 90 min 120 min 150 min Transporte ▪ Veículo sem equipamento de agitação Transporte < 40 min Ser realizado em até 60 min após a primeira adição de água @eu.engenheira ABATIMENTOS A CONSIDERAR (YAZIGI, 2017): ▪ Verdadeiro ou Real: ocorre diminuiçãode altura, mantendo aproximadamente a forma. ▪ Cortado: o monte de concreto tomba para o lado. ▪ Colapso: o monte do concreto cede completamente. Fonte: Pré-fabricar Tipo de obra Abatimento (cm) Máximo Mínimo Paredes de fundação e sapatas armadas 8 2 Sapatas planas (corridas) e paredes de infraestrutura 8 2 Lajas, vigas e paredes armadas 10 1 Pilares de edifícios 10 2 Pavimentos 8 2 Abatimentos recomendados para cada tipo de obra (YAZIGI, 2017) PROCEDIMENTO SIMPLIFICADO ▪ Retirada da amostra após descarregar 0,5 m³; ▪ Volume 0,3 m³ ▪ Preenchimento da fôrma em 3 camadas igualmente adensadas cada uma por 25 golpes; ▪ Remoção do cone; ▪ Leitura da altura do molde posicionando o mesmo ao lado da massa de concreto e medindo com a régua. → DURAÇÃO DO ENSAIO 150 segundos (2,5minutos) ou 5 minutos quando a inclusão de coleta de amostras. Slump Test Slump Test O MÉTODO DE ADENSAMENTO A SER UTILIZADO DEPENDE DO RESULTADO DO ENSAIO DE CONSISTÊNCIA (NBR 5738) Classe Abatimento (mm) Consistência Método de adensamento S10 10 ≤ A < 50 Seca Mecânico S50 50 ≤ A < 100 Pouco trabalhável Mecânico ou manual S100 100 ≤ A < 160 Convencional S160 160 ≤ A < 220 Plástico Manual S220 A ≥ 220 Fluido @eu.engenheira DETALHAMENTO DE LAJES Qualquer barra: armadura de flexão → diâmetro máximo igual a h/8; As barras: armadura principal de flexão → espaçamento no máximo igual a 2h ou 20 cm prevalecendo o menor desses dois valores na região dos maiores momentos fletores; Armadura secundária de flexão ≥ 20% da armadura principal + espaçamento entre barras de no máximo 33 cm. Lajes lisas: apoiam diretamente nos pilares Lajes cogumelo: apoiadas diretamente em pilares com capitéis. Outros tipos de lajes Lajes nervuradas: vigotas ou nervuras, aumento de rigidez; vencem longos vãos; zona de tração localiza-se na região das nervuras. Lajes maciça: apoiada em vigas ou paredes ao longo das bordas. Lajes maciças - Limites mínimos para espessuras Item 13.2.4.1 da norma NBR 6118/2014 a) 7 cm para cobertura não em balanço; b) 8 cm para lajes de piso não em balanço; c) 10 cm para lajes em balanço; d) 10 cm para lajes que suportem veículos de peso total menor ou igual a 30 kN; e) 12 cm para lajes que suportem veículos de peso total maior que 30 kN; f) 15 cm para lajes com protensão apoiadas em vigas, com o mínimo de 𝒍 𝟒𝟐 para lajes biapoiadas e 𝒍 𝟓𝟎 para lajes de piso contínuas. g) 16 cm para lajes lisas e 14cm para lajes- cogumelo, fora do capitel. FIGURA polêmica: a norma não é clara quanto esse arranjo. Veja a viga de bordo ao fundo e a laje apoiada direto nos pilares à frente. Caiu na prova para arquiteto da prefeitura de Novo Hamburgo 2020, gabarito: 1. Laje maciça e 2. Laje cogumelo. Lajes Lajes @eu.engenheira Concreto Concreto Classe de agressividade ambiental (CAA) Agressividade Classificação geral do tipo de ambiente para efeito de projeto Risco de deterioração da estrutura I Fraca Rural Insignificante Submersa II Moderada Urbana Pequena III Forte Marinha Grande Industrial IV Muito forte Industrial Elevado Respingos de maré CLASSE DE AGRESSIVIDADE AMBIENTAL (CAA) Concreto Tipo Classe de agressividade I II III IV Relação água-cimento CA ≤ 0,65 ≤ 0,60 ≤ 0,55 ≤ 0,45 CP ≤ 0,60 ≤ 0,55 ≤ 0,50 ≤ 0,45 Classe de concreto (ABNT NBR 8653) CA ≥ C20 ≥ C25 ≥ C30 ≥ C40 CP ≥ C25 ≥ C30 ≥ C35 ≥ C40 CORRESPONDÊNCIA ENTRE A CLASSE DE AGRESSIVIDADE E A QUALIDADE DO CONCRETO Tipo de estrutura Componente ou elemento Classe de agressividade ambiental I II III IV Cobrimento nominal mm Concreto armado Laje 20 25 35 45 Viga/pilar 25 30 40 50 Elementos estruturais em contato com o solo 30 40 50 Concreto protendido Laje 25 30 40 50 Viga/pilar 30 35 45 55 CORRESPONDÊNCIA ENTRE A CLASSE DE AGRESSIVIDADE AMBIENTAL E O COBRIMENTO NOMINAL PARA ∆𝒄= 𝟏𝟎 𝒎𝒎 @eu.engenheira Concreto Concreto Classe de agressividade ambiental (CAA) Agressividade Classificação geral do tipo de ambiente para efeito de projeto Risco de deterioração da estrutura I II III IV CLASSE DE AGRESSIVIDADE AMBIENTAL (CAA) Concreto Tipo Classe de agressividade I II III IV Relação água-cimento CA ≤ 0,65 ≤ 0,60 ≤ 0,55 ≤ 0,45 CP ≤ 0,60 ≤ 0,55 ≤ 0,50 ≤ 0,45 Classe de concreto (ABNT NBR 8653) CA ≥ C20 ≥ C25 ≥ C30 ≥ C40 CP ≥ C25 ≥ C30 ≥ C35 ≥ C40 CORRESPONDÊNCIA ENTRE A CLASSE DE AGRESSIVIDADE E A QUALIDADE DO CONCRETO Tipo de estrutura Componente ou elemento Classe de agressividade ambiental I II III IV Cobrimento nominal mm Concreto armado Laje 20 25 35 45 Viga/pilar 25 30 40 50 Elementos estruturais em contato com o solo 30 40 50 Concreto protendido Laje 25 30 40 50 Viga/pilar 30 35 45 55 CORRESPONDÊNCIA ENTRE A CLASSE DE AGRESSIVIDADE AMBIENTAL E O COBRIMENTO NOMINAL PARA ∆𝒄= 𝟏𝟎 𝒎𝒎 @eu.engenheira Estados Estados limites ESTADO LIMITE ÚLTIMO – ELU NBR 6118/2014 “relacionado ao colapso ou a qualquer outra forma de ruína estrutural que determine a paralisação do uso da estrutura.” esquematizando ▪ Colapso ou perda do equilíbrio estático da estrutura; ▪ Instabilidade por flambagem ou por ação de cargas dinâmicas; ▪ Ruína ou ruptura. ESTADO LIMITE DE SERVIÇO - ELS NBR 6118/2014 “são aqueles relacionados ao conforto do usuário e à durabilidade, aparência e boa utilização das estruturas, seja em relação aos usuários, seja em relação às máquinas e aos equipamentos suportados pelas estruturas.” esquematizando ▪ Conforto do usuário; ▪ Durabilidade.; ▪ Aparência e boa utilização. ESTADO LIMITE DE ABERTURA DE FISSURAS – ELS-W Concreto armado Classe de agressividade ambiental – CAA Limite de abertura de fissuras I 𝑤𝑘 ≤ 0,4 mm II 𝑤𝑘 ≤ 0,3 mm III IV 𝑤𝑘 ≤ 0,2 mm ESTADO LIMITE DE DEFORMAÇÃO EXCESSIVA – ELS-DEF ▪ GRUPO 1: aceitabilidade sensorial; ▪ GRUPO 2: efeitos em serviço; ▪ GRUPO 3: efeitos em elementos não estruturais; ▪ GRUPO 4: efeitos em elementos estruturais ESTADO LIMIMTE DE VIBRAÇÕES EXCESSIVAS – ELS-VE ELU E ELS podem ser avaliados considerando análises lineares e não lineares. @eu.engenheira Segurança NAS AÇÕES ≠ CARREGAMENTOS Esforços individuais Combinação de ações que podem ocorrer simultaneamente AÇÕES ▪ AÇÕES PERMANENTES: São ações praticamente constantes ao longo da vida útil da construção; exemplo: peso próprio da estrutura. Ver item 11.3 da norma 6118/2014. ▪ AÇÕES VARIÁVEIS São constituídas de cargas acidentais previstas para uso da construção, ação do vento e da água. ▪ AÇÕES EXCEPCIONAIS Situações excepcionais de carregamento, cujos efeitos não possam ser controlados por outros meios; valores definidos em cada caso particular. COMBINAÇÕES ▪ NORMAL Combinações recorrentes de longa duração; exemplos: ações do peso próprio da estrutura. ▪ ESPECIAL OU DE CONSTRUÇÃO De pequena duração; exemplo: ações da fase de construção da estrutura. ▪ EXCEPCIONAL Combinações raras a depender de outras variáveis. Segurança COEFICIENTES DE MAJORAÇÃO PARA AÇÕES PERMANENTES E AÇÕES VARIÁVEIS – NBR 8681 Tipo de combinação 𝛾𝑔 𝛾𝑞 Normal 1,4 1,4 Especial ou de construção 1,3 1,2 Excepcional 1,2 1,0Gostou? Compartilhe comigo a sua experiência: Deixe o seu comentário no Instagram @eu.engenheira Ou envie para o site https://www.euengenheira.com.br/ https://www.euengenheira.com.br/
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