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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E ENGENHARIAS ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E MECÂNICA. ANA CAROLINA AHLERT THIAGO JANKE DINÂMICA ROTACIONAL FÍSICA I Prof. BENJAMIM ZUCOLOTTO Panambi 2021 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 4 1. MATERIAIS UTILIZADOS .............................................................................................. 5 2. APARELHO EXPERIMENTAL ........................................................................................ 6 3. COLETA DE DADOS ...................................................................................................... 11 4. TRATAMENTOS DE DADOS ........................................................................................ 12 4.1. Aceleração da Massa......................................................................................................... 12 4.2. Diagrama de Corpo Livre ................................................................................................. 13 4.3. Primeira e segunda lei de Newton .................................................................................... 16 4.4. Terceira lei de Newton ...................................................................................................... 17 4.5. Momento de inercia do sistema rotacional. ...................................................................... 19 4.6. Realização da atividade experimental na obtenção do momento de inercia. .................... 22 CONCLUSÃO .................................................................................................................. 23 ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1 – Estrutura de madeira ................................................................................................. 6 Figura 2 – Aparelho Experimental ............................................................................................. 7 Figura 3 – Sistema rotacional do aparelho ................................................................................. 8 Figura 4 – Carretel usado na montagem do sistema de rotação ................................................. 9 Figura 5 – Arruela utilizada como massa do sistema ............................................................... 10 Figura 6 – Sistema Rotacional e suas forças ............................................................................ 14 Figura 7 – Movimento eixo y do sistema rotacional ................................................................ 14 Figura 8 – Movimento no eixo z do sistema de rotação ........................................................... 15 Figura 9 – Terceira lei de Newton. ........................................................................................... 17 INTRODUÇÃO Esse experimento conta com o estudo da dinâmica rotacional e a relação entre cinemática rotacional e translacional de forma prática, determinando de forma experimental a obtenção de dados. 1. MATERIAIS UTILIZADOS • Sistema rotacional • Eixo de rotação • Estrutura metálico e suspensão do eixo de rotação • Barbante • Massa • Paquímetro • Trena • Cronômetro • Balança 2. APARELHO EXPERIMENTAL Utilizando materiais disponíveis nas residências dos alunos, o aparelho experimental foi estruturado com a utilização de madeira, os quais suspendem o eixo de rotação e o sistema de rotacional, conforme as figuras 1 e 2. Figura 1 – Estrutura de madeira Fonte: Os Autores (2021) Figura 2 – Aparelho Experimental Fonte: Os Autores (2021) Para a produção do eixo de rotação, também foi utilizado um pedaço de madeira polido em formato de vareta, o mesmo que serviu de base para o sistema de rotação, de acordo com figura 3. Figura 3 – Sistema rotacional do aparelho Fonte: Os Autores (2021) O sistema de rotação foi formado por um carretel de enrolar cabos pesando aproximadamente 12 gramas com raio de 0,009m, figura 4. Para a realização do movimento de rotação, foi utilizado uma arruela de aproximadamente 10g (figura 5) que foi fixada no sistema de rotação através do um barbante. Figura 4 – Carretel usado na montagem do sistema de rotação Fonte: Os Autores (2021) Figura 5 – Arruela utilizada como massa do sistema Fonte: Os Autores (2021) 3. COLETA DE DADOS Através do enrolamento do barbante no sistema rotacional, a massa ficou suspensa do chão a uma distancia de 75cm. Após o destravamento do sistema, a arruela utilizada como massa (10g) foi solta de modo que no decorrer de sua descida ocorra o giro do sistema rotacional. Foram realizadas 4 medições de tempo na realização desse movimento de descida: 1,1s, 1,35s, 1,3s, 1,28. Tendo como média 1,25s. 4. TRATAMENTOS DE DADOS 4.1.Aceleração da Massa Para definir a aceleração translacional da arruela utilizada no experimento, será necessário o uso de equações de cinemática translacional. A massa tem aproximadamente 10g e se deslocou em um espaço de distância de 75cm em um intervalo de tempo de 1,25s. Sendo assim: - Massa: 10g → 0,01Kg - Comprimento: 75cm → 0,75m - Tempo: 1,25s 𝑋 = 𝑋0 + 𝑉0 𝑡 + 1 2 𝑎𝑡2 Onde: 𝑋 = Distancia Final; 𝑋0 = Distancia Inicial; 𝑉0 = Velocidade Inicial; 𝑡 = Tempo; 𝑎 = Aceleração. 75 = 0 + 0 . 1,25 + 1 2 𝑎 (1,25)2 Isolando o termo da aceleração (a) que queremos descobrir: 𝑎 = 2 . 0,75 (1,25)2 𝑎 = 1,5 1,5625 Dessa forma, chegamos a aceleração da arruela durante o movimento de descida. 𝑎 = 0,96 𝑚𝑠2 4.2.Diagrama de Corpo Livre Através da análise do sistema rotacional (figura 6), é possível definir as forças que agem para a realização do movimento. Para melhor atração dos dados. O sistema é dividido em duas partes, de acordo com o eixo que se realiza o movimento. Figura 6 – Sistema Rotacional e suas forças Fonte: Os Autores (2021) Sistema 1 Em primeiro momento, será analisado o movimento no eixo y do sistema. Através da figura 7, é possível verificar as forças que agem para que ocorra a movimentação da massa fixada no barbante, sendo assim temos as seguintes equação e relações; Figura 7 – Movimento eixo y do sistema rotacional Fonte: Os Autores (2021) ∑ 𝐹𝑦 = 𝑚 . 𝑎 mg − T = m . a T = mg − m . a Sistema 2 Após verificação do movimento no eixo y. A análise é feita no eixo z (figura 8), onde o sistema rotacional realiza seu movimento, movimento ao qual só é possível pela ação da massa presa ao barbante e as forças que agem no mesmo. Sendo assim, temos as seguintes equações e relações no eixo z. Figura 8 – Movimento no eixo z do sistema de rotação Fonte: Os Autores (2021) ∑ 𝜏𝑧 = 𝐼 . 𝛼 𝑟 . 𝑇 = 𝐼 . 𝛼 𝐼 = 𝑟 . 𝑇 𝛼 4.3. Primeira e segunda lei de Newton Primeira lei de Newton para massa: seguindo o princípio da Primeira Lei de Newton, a massa ficará em repouso até que haja uma força externa atuando sobre ela. Além disso, quanto maior for a massa do corpo, maior será a inércia. Segunda lei de Newton para a massa: A equação para essa lei se dá por: 𝐹 = 𝑚 . 𝑎 Onde: 𝐹 = Força 𝑚 = Massa 𝑎 = Aceleração Sendo assim: 𝐹 = 0,01𝐾𝑔 . 9,8𝑚/𝑠2 𝐹 =0,098𝑁 Primeira lei de Newton para o Sistema Rotacional: O Sistema Rotacional permanecerá em repouso até que a força (massa) atue sobre ela. Segunda Lei de Newton para o Sistema Rotacional: Como visto anteriormente a equação da segunda lei se dá por: 𝐹 = 𝑚 . 𝑎 Sendo assim: 𝐹 = 0,012𝐾𝑔 . 9,8𝑚/𝑠2 𝐹 = 0,1176𝑁 4.4.Terceira lei de Newton A terceira lei de Newton, é lei da ação e reação, onde toda força de ação que é aplicada a um corpo, surge com uma força de reação em um corpo diferente. Em relação ao experimento. A massa (arruela) faz força sobre o sistema rotacional do aparelho experimental através de um barbante. A força que a massa gera, reflete em uma tensão no barbante, a qual é sem sentido oposto a força, sendo assim, podemos compreender que a tensão (T) que atua no sentido contrário da massa é a mesma força que atua na distância do raio para o cento do sistema rotacional. Podemos identificar a força de tensão através da figura 9. Figura 9 – Terceira lei de Newton. Fonte: Os Autores (2021) Além disso podemos verificar que as duas extremidades do barbante de sustentação têm a mesma tensão, essa tensão será responsável pela movimentação do sistema rotacional, e pode ser quantificada através da equação do sistema 1 encontrada no tópico 4.2: T = mg − m . a Onde: T = Tensão; 𝑚 = Massa; 𝑔 = Gravidade; 𝑎 = Aceleração. Logo temos: T = 0,01 . 9,8 − 0,01 .0,96 T = 0,0884N 4.5.Momento de inercia do sistema rotacional. Para definirmos o Momento de Inercia do sistema rotacional, figura 3. É utilizada a equação desenvolvida no tópico 4.2 (sistema 2), ou seja, isolando o momento de inercia do somatório das forças no eixo z, onde: 𝐼 = 𝑟 . 𝑇 𝛼 Onde: 𝐼 = Momento de Inercia; 𝑟 = Raio; 𝑇 = Tensão; 𝛼 = Aceleração Angular. Apenas se tem conhecimento do valor do raio do sistema de rotação (0,009m), nesse caso, será necessário extrair os valores de Velocidade Angular e Tensão. O valor da velocidade Angular se dá através da relação entre variáveis lineares e angulares. Visto que aceleração tangente é igual a Aceleração Translacional. Temos então: 𝑎𝑡 = 𝛼 . 𝑟 𝑎𝑡 = 𝑎 Logo, temos: 𝛼 = 𝑎𝑡 𝑟 Onde: 𝛼 = Aceleração Angular; 𝑎𝑡 = Aceleração Tangente (𝑎𝑡 = 𝑎); 𝑟 = Raio. Devido Aceleração Tangente ser igual Aceleração Translacional, faremos a substituição do termo na equação. 𝛼 = 𝑎 𝑟 Tendo conhecimento do valor da aceleração translacional calculada no tópico 4.1. Temos: 𝛼 = 0,96 ∙ 1 0,009 𝛼 = 0,106 𝑟𝑎𝑑/𝑠2 Para concluirmos o uso da equação do momento de inercia, é necessário termos a Tensão (T), a qual foi desenvolvida no tópico 4.4. Dessa forma: 𝐼 = 0,009 . 0,0884 0,1066 𝐼 = 0,007463 𝐾𝑔𝑚3 4.6. Realização da atividade experimental na obtenção do momento de inercia. O cálculo de momento de inercia pode ser desenvolvido através de cálculo analítico, métodos computacionais (na utilização de softwares) e também através de meio experimental, o qual foi utilizado nesse caso. Feito a análise de movimentos translacionais da massa presa ao sistema rotacional, é possível correlacionar com movimentos angulares que atuam no giro do sistema rotacional em torno de um eixo e definir o momento de inercia do mesmo. O uso da atividade experimental possibilitou melhor compreensão das forças que atuam nas rotações, além de proporcionar um momento de montagem e modelagem de um aparelho experimental, tal pratica que foi desafiadora e divertida. CONCLUSÃO Através da realização do experimento podemos distinguir as forças que atuam sobre um sistema em rotação e melhor compreendê-las. Assim, para que fosse possível a movimentação do sistema rotacional montado junto a estrutura do aparelho experimental, foi acrescentada uma arruela pressa ao barbante junto ao sistema rotacional. Arruela a qual saiu de seu ponto de inercia (primeira lei de Newton) e se pôs em movimento devido a uma força exercida sobre seu corpo, força a qual é resultante do produto da sua massa e a aceleração da gravidade (segunda lei de Newton), força a qual gerou uma reação de tensão ao barbante e permitiu o giro do sistema rotacional (terceira lei de Newton). Através dessas análises de movimento transacionais, e correlacionando com a cinemática rotacional e a segunda lei de newton para objetos rotacionais. Definimos que torque que ocasionou o giro do sistema ao longo do eixo z é o produto do momento de inercia e aceleração angular.
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