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TICS - HIPERSENSIBILIDADE TIPO 1

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FAHESP – Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí
IESVAP-INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DO VALE DO PARNAÍBA LTDA.
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CNPJ – 13.783.222/0001-70 www.iesvap.com.br
	Curso de Medicina Semestre: 2021.2 Turma: 10 
Disciplina: Sistemas Orgânicos Integrados III (TIC’s)
Aluna: Kamilla da Silva de Galiza
1. Encaminhe uma resenha comentando sobre a reação de hipersensibilidade do tipo I.
A hipersensibilidade tipo I é também denominada como imediata ou anafilática. A sua reação pode envolver a pele (urticária e eczema), os olhos (conjuntivite), a nasofaringe (rinorréia, rinite), os tecidos broncopulmonares (asma) e o trato gastrointestinal (gastroenterite). A reação pode causar uma variedade de sintomas desde complicações mínimas até a morte. O tempo da sua reação normalmente leva 15 - 30 minutos (período de exposição ao antígeno), embora às vezes possa ter início mais demorado (10 - 12 horas) (PIVATO, 2012).
A hipersensibilidade imediata é mediada por IgE tendo como elemento primário celular nessa hipersensibilidade o mastócito ou o basófilo. A reação é amplificada e/ou modificada pelas plaquetas, neutrófilos e eosinófilos. O mecanismo de ação envolve a produção preferencial de IgE (possui elevada afinidade por seu receptor em mastócitos e basófilos), em resposta a certos antígenos, como os alérgenos (ABBAS, 2015). 
 Uma exposição subsequente ao mesmo alérgeno faz reação cruzada com IgE ligado a células e dispara a liberação de várias substâncias farmacologicamente ativas. Ligação cruzada do receptor Fc de IgE é importante para a estimulação de mastócitos. A degranulação de mastócitos é precedida pelo aumento do influxo de Ca++, que é um processo crucial. Os mastócitos podem ser iniciados por outros estímulos tais como exercício, stress emocional, agentes químicos e anafilotoxinas. Essas reações, mediadas por agentes sem interação IgE-alérgeno, não são reações de hipersensibilidade embora elas produzam os mesmos sintomas (FREITAS, 2019).
A reação é amplificada por PAF (fator ativador de plaquetas) que causa agregação plaquetária e liberação de histamina, heparina e aminas vasoativas. O fator quimiotáctico eosinofílico de anafilaxia (ECF-A) e fatores quimiotácticos de neutrófilos atraem eosinófilos e neutrófilos, respectivamente, que liberam várias enzimas hidrolíticas que provocam necrose. Ademais, substâncias que alteram os níveis de AMPc e GMPc alteram significantemente os sintomas alérgicos. Assim, tais substâncias parecem aliviar os sintomas alérgicos, particularmente os broncopulmonares, e são usados terapeuticamente. De forma contrária, os agentes que diminuem AMPc ou estimulam GMPc agravam essas condições alérgicas (PIVATO, 2012).
Os testes diagnósticos para hipersensibilidade tipo I incluem testes de pele (perfuração e intradérmico), medida de anticorpos IgE totais e anticorpos IgE específicos contra os suspeitos alérgenos. Os anticorpos IgE totais e anticorpos IgE específicos são medidos por uma modificação do ensaio imunoenzimático (ELISA). O tratamento sintomático é conseguido com anti-histamínicos que bloqueiam receptores de histamina. A cromolina sódica inibe a degranulação de mastócitos (provavelmente pela inibição do influxo de Ca++). O início tardio de sintomas alérgicos, particularmente broncoconstrição que é mediada por leucotrienos, são tratados com bloqueadores de receptores de leucotrienos (Singulair, Accolate) ou inibidores de cicloxigenase (Zileuton). Alívio sintomático, embora de curta duração, da broncoconstrição é oferecido por Broncodilatadores (inaladores) tais como derivados de isoproterenol (Terbutalina, Albuterol). A Teofilina eleva AMPc pela inibição da AMPcfosfodiesterase e inibe a liberação intracelular de Ca++ é também usada para aliviar sintomas broncopulmonares (CAMPBELL, 2014). 
Referencias: 
ABBAS, Abul K.; LICHTMAN, Andrew H.; PILLAI, Shiv. Imunologia celular e molecular. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier Brasil, 2015.
PIVATO, Leandro Silva; LOPES, Renan Alves. Hipersensibilidade Imediata: Uma Revisão Sobre Anafilaxia. Saúde e Pesquisa, v. 5, n. 1, 2012.
FREITAS, Alicia Valentina da Silva; OLIVEIRA, Liliane Vanessa de CASSILHAS. Ana Paula. HIPERSENSIBILIDADE CRUZADA ALIMENTAR REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS UNIVERSO RECIFE, v. 5, n. 2. 2019.
CAMPBELL RL, Li JT, Nicklas RA, et al. Emergency department diagnosis and treatment of anaphylaxis: a practice parameter. Ann Allergy Asthma Immunol. 2014; 113:599.

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