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ANATOMIA DO SISTEMA CARDIOVASCULAR

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Ana Victória Ribeiro Barbosa – M7 
ANATOMIA DO SISTEMA 
CARDIOVASCULAR
INTRODUÇÃO 
O sistema circulatório é formado pelo sangue, pelo 
coração e pelos vasos sanguíneos. Para que o 
sangue alcance as células do corpo e troque 
materiais com elas, deve ser bombeado 
continuamente por meio do coração ao longo dos 
vasos sanguíneos do corpo. O coração se contrai 
cerca de 100 mil vezes ao dia, o que perfaz 
aproximadamente 35 milhões de contrações em 1 
ano, e cerca de 2,5 bilhões de vezes ao longo de 
um período médio de vida. 
ANATOMIA DO CORAÇÃO 
Apesar de sua potência, o coração é relativamente 
pequeno, aproximadamente do tamanho (mas 
não com a mesma forma) de sua mão fechada. 
Tem aproximadamente 12 cm de comprimento, 9 
cm de largura em seu ponto mais amplo, e 6 cm de 
espessura. Pesa em média 250 g nas mulheres 
adultas e 300 g nos homens adultos. O coração 
repousa sobre o diafragma, próximo da linha 
mediana da cavidade torácica. 
O coração encontra-se no mediastino, uma região 
anatômica que se estende do esterno à coluna 
vertebral, da primeira costela ao diafragma, e 
entre os pulmões. Aproximadamente dois terços 
da massa do coração encontram-se à esquerda da 
linha mediana do corpo. 
 
O ápice pontiagudo é formado pela ponta do 
ventrículo esquerdo (a câmara inferior do coração) 
e está situado sobre o diafragma. O ápice está 
direcionado para frente, para baixo e para a 
esquerda. A base do coração está do lado oposto 
ao ápice e constitui sua face posterior. É formada 
pelos átrios (câmaras superiores) do coração, 
principalmente o átrio esquerdo. 
 
Além do ápice e da base, o coração tem diversas 
faces. A face esternocostal é profunda ao esterno 
e às costelas. A face diafragmática é a parte do 
coração entre o ápice e a margem direita e se 
apoia principalmente no diafragma. A margem 
direita está voltada para o pulmão direito e se 
estende da face inferior à base. A margem 
esquerda está voltada para o pulmão esquerdo e 
se estende da base ao ápice. 
PERICÁRDIO 
A membrana que envolve e protege o coração é o 
pericárdio. Restringe o coração à sua posição no 
mediastino, possibilitando liberdade de 
movimento suficiente para a contração vigorosa e 
rápida. O pericárdio consiste em duas partes 
principais: (1) o pericárdio fibroso e (2) o 
pericárdio seroso. O pericárdio fibroso, 
superficial, é composto por tecido conjuntivo 
inelástico, resistente, denso e irregular. 
Assemelha-se a uma bolsa que repousa sobre o 
diafragma, fixando-se nele; a extremidade aberta 
Ana Victória Ribeiro Barbosa – M7 
está fundida aos tecidos conjuntivos dos vasos 
sanguíneos que entram e saem do coração. O 
pericárdio fibroso impede a hiperdistensão do 
coração, fornece proteção e ancora o coração no 
mediastino. 
O pericárdio seroso, mais profundo, é uma 
membrana mais fina, delicada, que forma uma 
dupla camada em torno do coração. A lâmina 
parietal do pericárdio seroso mais externa está 
fundida ao pericárdio fibroso. A lâmina visceral do 
pericárdio seroso mais interna, que também é 
chamada epicárdio, é uma das camadas da parede 
do coração e adere firmemente à sua superfície. 
Entre as camadas parietal e visceral do pericárdio 
seroso existe uma fina película de líquido seroso 
lubrificante. Esta secreção das células 
pericárdicas, conhecida como líquido pericárdico, 
reduz o atrito entre as camadas do pericárdio 
seroso conforme o coração se move. O espaço que 
contém os poucos mililitros de líquido pericárdico 
é chamado cavidade do pericárdio. 
 
CAMADAS DA PAREDE DO CORAÇÃO 
A parede do coração é constituída por três 
camadas: o epicárdio (camada externa), o 
miocárdio (camada intermediária) e o endocárdio 
(camada interna). O epicárdio é composto por 
duas camadas de tecido. A mais externa, é 
chamada lâmina visceral do pericárdio seroso. 
Esta camada exterior fina e transparente da 
parede do coração é composta por mesotélio. Sob 
o mesotélio existe uma camada variável de tecido 
fibroelástico delicado e tecido adiposo. O 
epicárdio contém vasos sanguíneos, vasos 
linfáticos e vasos que irrigam o miocárdio. 
A camada média, o miocárdio, é responsável pela 
ação de bombeamento do coração e é composto 
por tecido muscular cardíaco. Compõe 
aproximadamente 95% da parede do coração. As 
fibras musculares (células), como as do músculo 
estriado esquelético, são envolvidas e separadas 
em feixes por bainhas de tecido conjuntivo 
compostas por endomísio e perimísio. As fibras 
musculares cardíacas são organizadas em feixes 
que circundam diagonalmente o coração e 
produzem as fortes ações de bombeamento do 
coração. Embora seja estriado como o músculo 
esquelético, é preciso lembrar que o músculo 
cardíaco é involuntário como o músculo liso. 
O endocárdio mais interno é uma fina camada de 
endotélio que recobre uma fina camada de tecido 
conjuntivo. Fornece um revestimento liso para as 
câmaras do coração e abrange as valvas cardíacas. 
O revestimento endotelial liso minimiza o atrito de 
superfície conforme o sangue passa através do 
coração. O endocárdio é contínuo ao 
revestimento endotelial dos grandes vasos 
sanguíneos ligados ao coração. 
 
CÂMARAS DO CORAÇÃO 
O coração tem quatro câmaras. As duas câmaras 
de recepção superiores são os átrios, e as duas 
câmaras de bombeamento inferiores são os 
ventrículos. O par de átrios recebe sangue dos 
vasos sanguíneos que retornam o sangue ao 
coração, as chamadas veias, enquanto os 
ventrículos ejetam o sangue do coração para vasos 
Ana Victória Ribeiro Barbosa – M7 
sanguíneos chamados artérias. Na face anterior de 
cada átrio existe uma estrutura saculiforme 
enrugada chamada aurícula. 
Cada aurícula aumenta discretamente a 
capacidade de um átrio, de modo que ele possa 
conter maior volume de sangue. Também na 
superfície do coração existem vários sulcos, que 
contêm vasos sanguíneos coronarianos e uma 
quantidade variável de gordura. Cada sulco marca 
a fronteira externa entre duas câmaras do 
coração. O profundo sulco coronário circunda a 
maior parte do coração e marca a fronteira 
externa entre os átrios acima e os ventrículos 
abaixo. O sulco interventricular anterior é um 
sulco raso na face esternocostal do coração que 
marca a fronteira externa entre os ventrículos 
direito e esquerdo na face esternocostal do 
coração. Este sulco continua em torno da face 
posterior do coração como o sulco 
interventricular posterior, que marca a fronteira 
externa entre os ventrículos na face posterior do 
coração. 
Átrio direito 
O átrio direito forma a margem direita do coração 
e recebe sangue de três veias: a veia cava 
superior, a veia cava inferior e o seio coronário. 
(As veias sempre levam o sangue para o coração.) 
O átrio direito tem cerca de 2 a 3 μm de espessura, 
em média. As paredes anterior e posterior do átrio 
direito são muito diferentes. O interior da parede 
posterior é liso; o interior da parede anterior é 
áspero, por causa de cristas musculares chamadas 
de músculos pectíneos, que também se estendem 
até a aurícula. Entre o átrio direito e o átrio 
esquerdo existe uma partição fina chamada septo 
interatrial. Uma característica proeminente deste 
septo é uma depressão oval chamada de fossa 
oval, o remanescente do forame oval, uma 
abertura no septo interatrial do coração fetal que 
normalmente se fecha logo após o nascimento. O 
sangue passa do átrio direito para o ventrículo 
direito através da valva atrioventricular direita, 
porque é composta por três válvulas. Também é 
denominada valva tricúspide. As valvas cardíacas 
são compostas por tecido conjuntivo denso 
recoberto por endocárdio. 
Ventrículo direito 
O ventrículo direito tem cerca de 4 a 5 μm de 
espessura e forma a maior parte da face 
esternocostal do coração. O interior do ventrículo 
direito contém uma série de cristas formadas por 
feixes elevados de fibras musculares cardíacas 
chamadas trabéculas cárneas. Algumas das 
trabéculas cárneas transmitem parte do sistema 
de condução do coração. 
As válvulas da valva atrioventriculardireita estão 
conectadas às cordas tendíneas, que por sua vez 
estão ligadas a trabéculas cárneas em forma de 
cone chamadas músculos papilares. 
Internamente, o ventrículo direito é separado do 
ventrículo esquerdo por uma partição chamada de 
septo interventricular. O sangue passa do 
ventrículo direito através da valva do tronco 
pulmonar para uma grande artéria chamada de 
tronco pulmonar, que se divide em artérias 
pulmonares direita e esquerda e levam o sangue 
até os pulmões. A artérias sempre levam o sangue 
para longe do coração.
Ana Victória Ribeiro Barbosa – M7 
Átrio esquerdo 
O átrio esquerdo tem aproximadamente a mesma 
espessura que o átrio direito e forma a maior parte 
da base do coração. Ele recebe o sangue dos 
pulmões, por meio das quatro veias pulmonares. 
Como o átrio direito, o interior do átrio esquerdo 
tem uma parede posterior lisa. Como os músculos 
pectíneos estão restritos à aurícula do átrio 
esquerdo, a parede anterior do átrio esquerdo 
também é lisa. O sangue passa do átrio esquerdo 
para o ventrículo esquerdo através da valva 
atrioventricular esquerda, antigamente chamada 
de valva bicúspide ou mitral, a qual tem duas 
válvulas. 
Ventrículo esquerdo 
O ventrículo esquerdo é a câmara mais espessa do 
coração, com uma média de 10 a 15 mm. Forma o 
ápice do coração. Como o ventrículo direito, o 
ventrículo esquerdo contém trabéculas cárneas e 
tem cordas tendíneas que ancoram as válvulas da 
valva atrioventricular esquerda aos músculos 
papilares. O sangue passa do ventrículo esquerdo 
através da valva da aorta na parte ascendente da 
aorta. Um pouco do sangue da aorta flui para as 
artérias coronárias, que se ramificam da parte 
ascendente da aorta e transportam o sangue para 
a parede do coração. A parte restante do sangue 
passa para o arco da aorta e parte descendente da 
aorta (partes torácica e abdominal da aorta). 
Ramos do arco da aorta e da parte descendente da 
aorta levam o sangue por todo o corpo. 
Durante a vida fetal, um vaso sanguíneo 
temporário, chamado de ducto ou canal arterial, 
desvia o sangue do tronco pulmonar para a aorta. 
Por conseguinte, apenas um pequeno volume de 
sangue entra nos pulmões fetais não 
funcionantes. O ducto ou canal arterial 
normalmente se fecha logo após o nascimento, 
deixando um remanescente conhecido como 
ligamento arterial, que liga o arco da aorta e o 
tronco pulmonar. 
Além do tecido muscular cardíaco, 
a parede do coração também 
contém tecido conjuntivo denso 
que forma o esqueleto fibroso do 
coração. Tal esqueleto fibroso é 
constituído por quatro anéis de 
tecido conjuntivo denso que 
circundam as valvas cardíacas, 
unidos um ao outro, e que se 
fundem ao septo interventricular. 
Além de formar uma base 
estrutural para as valvas 
cardíacas, o esqueleto fibroso evita 
o estiramento excessivo das valvas 
enquanto o sangue passa por elas. 
Também serve como um ponto de 
inserção para os feixes de fibras 
musculares cardíacas e atua como 
um isolante elétrico entre os átrios 
e ventrículos. 
 
Ana Victória Ribeiro Barbosa – M7 
 
VALVAS CARDÍACAS E C IRCULAÇÃO DO SANGUE 
Quando cada uma das câmaras do coração se 
contrai, empurra um volume de sangue a um 
ventrículo ou para fora do coração a uma artéria. 
As valvas se abrem e fecham em resposta às 
mudanças de pressão conforme o coração se 
contrai e relaxa. Cada uma das quatro valvas ajuda 
a assegurar o fluxo unidirecional de sangue 
através da abertura ao possibilitar que o sangue 
passe e, em seguida, se fechando para impedir o 
seu refluxo. 
 
 
FUNCIONAMENTO DAS VALVAS 
ATRIOVENTRICULARES 
Como estão localizadas entre um átrio e um 
ventrículo, estas valvas são chamadas 
atrioventriculares (AV) direita e esquerda. Quando 
uma valva AV está aberta, as extremidades 
arredondadas das válvulas se projetam para o 
ventrículo. Quando os ventrículos estão relaxados, 
os músculos papilares estão relaxados, as cordas 
tendíneas estão frouxas, e o sangue se move de 
uma área de maior pressão no átrio para uma de 
menor pressão nos ventrículos através das valvas 
AV abertas. 
Quando os ventrículos se contraem, a pressão do 
sangue aciona as válvulas para cima até que suas 
extremidades se encontrem e fechem a abertura. 
Ao mesmo tempo, os músculos papilares se 
contraem, o que traciona e retesa as cordas 
tendíneas. Isso impede que as válvulas das valvas 
evertam em resposta à alta pressão ventricular. Se 
as valvas AV ou cordas tendíneas estiverem 
danificadas, o sangue pode regurgitar para os 
átrios quando os ventrículos se contraem. 
FUNCIONAMENTO DAS VÁLVULAS SEMILUNARES 
As valvas da aorta e do tronco pulmonar são 
compostas por três válvulas semilunares. Cada 
válvula se insere na parede arterial por sua 
margem externa convexa. As valvas do tronco 
pulmonar e da aorta possibilitam a ejeção de 
sangue do coração para as artérias, mas evitam o 
refluxo de sangue para os ventrículos. As margens 
livres das válvulas se projetam para o lúmen da 
artéria. Quando os ventrículos se contraem, a 
pressão se acumula nas câmaras. As valvas do 
tronco pulmonar e da aorta se abrem quando a 
pressão no ventrículo é superior à pressão nas 
artérias, possibilitando a ejeção do sangue dos 
ventrículos para o tronco pulmonar e aorta. 
Conforme os ventrículos relaxam, o sangue 
começa a refluir para o coração. Este fluxo 
sanguíneo retrógrado enche as válvulas da valva, 
o que faz com que as margens livres das valvas do 
tronco pulmonar e da aorta se contraiam 
firmemente uma contra a outra e fechem a 
abertura entre o ventrículo e a artéria. 
 
Ana Victória Ribeiro Barbosa – M7 
 
CIRCULAÇÕES SISTÊMICA E PULMONAR 
Na circulação pósnatal, o coração bombeia o 
sangue em dois circuitos fechados a cada 
contração – circulação sistêmica e circulação 
pulmonar. 
O lado esquerdo do coração é a bomba para a 
circulação sistêmica; ele recebe sangue oxigenado 
(rico em oxigênio) vermelho brilhante dos 
pulmões. O ventrículo esquerdo ejeta sangue para 
a aorta. 
A partir da aorta, o sangue se divide em correntes 
separadas, entrando progressivamente em 
artérias sistêmicas menores que o transportam a 
todos os órgãos do corpo – com exceção dos 
alvéolos dos pulmões, os quais são irrigados pela 
circulação pulmonar. Nos tecidos sistêmicos, as 
artérias dão origem a arteríolas de menor 
diâmetro, que por fim levam a extensos leitos de 
capilares sistêmicos. A troca de nutrientes e gases 
ocorre através das finas paredes capilares. O 
sangue libera O2 (oxigênio) e capta CO2 (dióxido 
de carbono). Na maior parte dos casos, o sangue 
flui por meio de um único capilar e então entra em 
uma vênula sistêmica. As vênulas transportam o 
sangue desoxigenado dos tecidos e se fundem 
para formar veias sistêmicas maiores. Por fim, o 
sangue reflui para o átrio direito. 
O lado direito do coração é a bomba para a 
circulação pulmonar; ele recebe todo o sangue 
desoxigenado vermelhoescuro que retorna da 
circulação sistêmica. O sangue ejetado do 
ventrículo direito flui para o tronco pulmonar, que 
se divide em artérias pulmonares que levam o 
sangue para os pulmões direito e esquerdo. Nos 
capilares pulmonares, o sangue descarrega o CO2, 
que é expirado, e capta o O2 do ar inalado. O 
sangue recentemente oxigenado então flui para as 
veias pulmonares e retorna ao átrio esquerdo.
 
 Referência: Guyton e Tortora, livros de Fisiologia.

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