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Art 5° Incisos XXVII, XXIX cONSTITUIÇÃOP FEDERAL 1988

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Na Constituição Federal de 1988 no Art. 5° Incisos XXVII, XXIX estão assegurados ao autor a proteção de uso exclusivo de suas obras, criações intelectuais, invenções e propriedade de marcas. A proteção assegurada aos autores pela CF/88 também estão garantidas em leis específicas de acordo com cada matéria, são estas leis que estabelecem o prazo de validade de propriedade do autor sobre a sua obra, invenção, criação e propriedade de marcas.“A estes direitos, que resultam sempre numa espécie qualquer de exclusividade de reprodução ou emprego de um produto (ou serviço) se dá o nome de “Propriedade Intelectual”. Já ao segmento da Propriedade Intelectual que tradicionalmente afeta mais diretamente ao interesse da indústria de transformação e do comércio, tal como os direitos relativos a marcas e patentes, costuma-se designar por “Propriedade Industrial”. BARBOSA, Denis Borges. Uma Introdução à Propriedade Intelectual, Editora. Lumen Juris. Segunda Edição Revista e Atualizada, p. 23.
A Lei 9.610/98 (Lei de Direitos Autorais) protege o autor de criações intelectuais, que podem ser livros, músicas, esculturas, pinturas, poesias, fotografias, gravuras, textos entre outros. É conferido ao autor o direito exclusivo de utilizar, fruir e dispor de sua obra como quiser, dependendo de sua autorização prévia e expressa para utilização da obra, reprodução parcial ou integral; edição; adaptação, arranjo musical e quaisquer outras transformações; tradução para qualquer idioma; inclusão em fonograma ou produção audiovisual; distribuição; utilização, direta ou indireta (Art. 28 e 29, incisos I ao VIII da Lei 9.610/98 – Lei de Direitos Autorais). 
Os direitos autorais terão validade durante toda a vida do autor da obra. Após a sua morte os herdeiros passarão a ser os titulares dos Direitos Autorais, pelo período de 70 (setenta) anos, contados do dia 01 de janeiro do ano subsequente à sua morte. (Art. 41 da Lei 9.610/98 – Lei de Direitos Autorais). Após este período os direitos patrimoniais sobre a obra passam ao domínio público. Os direitos morais seguem sendo passíveis de proteção mesmo após a obra integrar o domínio Público.
Os direitos morais estão ligados à personalidade do autor, sendo seu direito reivindicar a qualquer tempo a autoria e de assegurar a integridade da obra. Os direitos morais são inalienáveis e irrenunciáveis, enquanto os direitos patrimoniais podem ser negociados, transferidos ou cedidos.
A proteção autoral nasce com a criação da obra intelectual e independe de registro, porém para facilitar a defesa de seus direitos em eventual disputa de direitos autorais pode o autor registrar sua obra em órgãos específicos, tais como:
1. Biblioteca Nacional;
1. Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de janeiro; 
1. Escola de Música do Rio de Janeiro.
Os crimes contra a propriedade intelectual estão previstos no Titulo III, Capítulo 1, do Código Penal, artigos 184 e 186, que trata da violação ao direito autoral. A pena depende do enquadramento, pode variar de (três) meses a 4 (quatro) anos de reclusão/detenção e/ou multa. 
De acordo com Guilherme de Souza Nucci, “A transgressão ao direito autoral pode dar-se de várias formas, desde a simples reprodução não autorizada de um livro por fotocópias até a comercialização de obras originais, sem a permissão do autor. Uma das mais conhecidas formas de violação do direito de autor é o plágio, que significa tanto assinar como sua obra alheia, como também imitar o que outra pessoa produziu. O plágio pode dar-se de maneira total (copiar ou assinar como sua toda a obra de terceiro) ou parcial (copiar ou dar como seus apenas trechos da obra de outro autor” NUCCI, Guilherme de Souza. Código Penal Comentado. São Paulo: Revista dos Tribunais, 11ª ed., 2012, p. 898. 
STJ Acórdão
VIOLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS
EMENTA: 
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. VIOLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS. SÚMULA N. 7. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. NÃO APLICAÇÃO. SÚMULA N. 574/STJ. SÚMULA N. 568/STJ. INCIDÊNCIA. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. Para se rever a conclusão do Tribunal de origem acerca da existência de provas da autoria e materialidade delitiva para o fim de absolver a agravante seria necessário o revolvimento fático-probatório, o que encontra óbice na Súmula n. 7/STJ.2. O entendimento desta Corte Superior de Justiça é no sentido da não aplicação do princípio da insignificância de modo a excluir a tipicidade material da conduta perpetrada pela agente que estava na posse de grande quantidade de CD's e DVD's, de diversos títulos, reproduzidos com violação de direito autoral.3. É suficiente, para a comprovação da materialidade do delito previsto no art. 184, § 2º, do Código Penal, a perícia realizada, por amostragem, sobre os aspectos externos do material apreendido, sendo desnecessária a identificação dos titulares dos direitos autorais violados ou de quem os representem.4. Embora as súmulas apresentadas na decisão agravada não sejam vinculantes, nos termos da súmula n. 568 desta Corte, o "relator, monocraticamente e no Superior Tribunal de Justiça, poderá dar ou negar provimento ao recurso quando houver entendimento dominante acerca do tema".5. Agravo regimental desprovido. (STJ, AgRg no AREsp 1190112/SP, Rel. Ministro JOEL ILAN PACIORNIK, QUINTA TURMA, julgado em 05/04/2018, DJe 20/04/2018)
Em alguns casos excepcionais, a Lei de direitos autorais prevê, expressamente, formas de limitação ao direito do autor. As limitações estão descritas no artigo 46 e incluem a reprodução de obras para uso exclusivo de deficientes visuais, quando a reprodução for feita em Braille ou outro procedimento em qualquer suporte para estes destinatários (sem fins comerciais); a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer obra para fins de estudo (desde que seja indicado o nome do autor e a origem da obra), a utilização para produção de prova judiciária ou administrativa.
A lei de Direito Autoral (Lei n° 9.610/98) e subsidiariamente a Lei de Programa de Computador (Lei n° 9.609/98) conferem proteção ao programa de computador. O software é protegido basicamente como um programa de computador, bem intangível, no mesmo regime conferido pela legislação de direitos de autor às obras literárias, artísticas e científicas (art. 2°, da lei 9.609/98).
A proteção autoral é concedida com a simples criação do programa, porém para maior proteção do seu direito, o autor poderá proceder ao pedido de registro como direito de autor, junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI.
Assim como às obras literárias, artísticas e científicas, a proteção autoral concedida ao software garante aos autores o direito patrimonial exclusivo de utilizar, fruir e dispor da sua obra. São direitos morais o de reivindicar a paternidade do programa e o direito de se opor as alterações não autorizadas, quando estas impliquem em deformação, mutilação ou prejudiquem a sua honra ou reputação.                                                    
O parágrafo 2°, do artigo 2°, da Lei de Programa de Computador (Lei n° 9.609/98) determina que a proteção dos direitos relativos a programa de computador é assegurada pelo prazo de 50 anos, contados a partir de 1° de janeiro do ano subsequente ao da sua publicação ou, na ausência desta, da sua criação.
A reprodução por qualquer meio, de programa de computador, no todo ou em parte, para fins de comércio, sem autorização expressa do autor ou de quem o represente é crime. A regra geral está prevista no art. 185 do Código Penal, com penas que podem chegar a 4 (quatro) anos de prisão para quem lucra com falsificação e/ou utilização de produtos piratas (como músicas, filmes, livros, revistas entre outros). A Lei 9.609/98 (Lei de Programa de Computador) determina pena de 4 (quatro) anos de prisão para quem explora programas de computador pirateados. A legislação brasileira prevê, além de punições criminais, sanções indenizatórias (civis) àqueles que pirateiam programas de computador.
STJ - RECURSO ESPECIAL REsp 1403865 SP2013/0207390-0 (STJ)
Jurisprudência•Data de publicação: 18/11/2013
RECURSO ESPECIAL. CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. PROPRIEDADE INTELECTUAL. CONTRAFAÇÃO. PROGRAMAS DE COMPUTADOR (SOFTWARE). CARÁTER PUNITIVO E PEDAGÓGICO. ARTIGOS ANALISADOS: ART. 102 DA LEI 9.610 /98. 1. Ação de indenização ajuizada em 14.03.2003. Recurso especial concluso ao Gabinete em 20.08.2013. 2. Discussão relativa à adequação dos critérios utilizados para fixar a indenização devida, em razão da utilização ilegítima de softwares desenvolvidos pela recorrente. 3. A exegese do art. 102 da Lei de Direitos Autorais evidencia o caráter punitivo da indenização, ou seja, a intenção do legislador de que seja primordialmente aplicado com o escopo de inibir novas práticas semelhantes. 4. Aa mera compensação financeira mostra-se não apenas conivente com a conduta ilícita, mas estimula sua prática, tornando preferível assumir o risco de utilizar ilegalmente os programas, pois, se flagrado e processado, o infrator se verá obrigado, quanto muito, a pagar ao titular valor correspondente às licenças respectivas. 5. A quantificação da sanção a ser fixada para as hipóteses de uso indevido (ausente a comercialização) de obra protegida por direitos autorais não se encontra disciplinada pela Lei 9.610 /98, de modo que deve o julgador, diante do caso concreto, utilizar os critérios que melhor representem os princípios de equidade e justiça, igualmente considerando a potencialidade da ofensa e seus reflexos. 6. É razoável a majoração da indenização ao equivalente a 10 vezes o valor dos programas apreendidos, considerando para tanto os próprios acórdãos paradigmas colacionados pela recorrente, como os precedentes deste Tribunal em casos semelhantes. 7. Recurso especial provido.
A Lei de Cultivares, Lei n° 9.456/97 instituiu no Brasil o direito de proteção de cultivares, atendendo ao disposto no Art. 27, item 3b do Acordo TRIPs (Decreto 1.355 de 1994 Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual relacionados ao Comércio – TRIPS/1994), o qual estabelece que os Países-Membros terão que proteger as variedades de plantas por patentes, por leis sui generis, ou pela combinação das duas modalidades (BARBOSA, 2003).
Cultivares são espécies de plantas que foram melhoradas devido à alteração ou introdução pelo homem, de uma característica que antes não possuíam. Todavia, apenas são passíveis de proteção a nova cultivar e a cultivar essencialmente derivada.
A nova cultivar é a cultivar que não tenha sido oferecida à venda no Brasil há mais de 12 (doze) meses em relação à data do pedido de proteção e que, observando o prazo de comercialização no Brasil, não tenha sido oferecida à venda em outros Países, com o consentimento do obtentor, há mais de 6 (seis) anos para espécies de árvores e videiras e há mais de 4 (quatro) anos para as demais espécies
A cultivar essencialmente derivada, deve apresentar-se predominantemente derivada da cultivar inicial ou de outra cultivar essencialmente derivada, sem perder a expressão das características essenciais que resultem do genótipo da cultivar da qual derivou, exceto no que diz respeito às diferenças resultantes da derivação, mas ser claramente distinta da cultivar da qual derivou, por margem mínima de descritores, de acordo com critérios estabelecidos pelo órgão competente.
O órgão responsável pela proteção é o Serviço Nacional de Proteção de Cultivares, ligado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). O objetivo deste cadastro Nacional é promover a inscrição prévia das cultivares, habilitando as para produção e comercialização de sementes e mudas no País. Está proteção alcança todo o material de reprodução de multiplicação vegetativa da planta inteira (sementes, mudas e partes de plantas quando se reproduz por enraizamento, por exemplo). A proteção de uma planta inteira por meio de patente de invenção não é permitida pela legislação brasileira, conforme dispõe o inciso IX do art.10, o inciso III e o parágrafo único do art.18, da Lei 9.279/96 – LPI (Lei da Propriedade Industrial). Mas há possibilidade de proteção de microrganismos transgênicos, o produto decorrente destes, o processo de produção entre outros, desde que seja novo, tenha atividade inventiva e aplicação industrial, tanto a proteção da nova cultivar, quanto da patente de invenção podem ser verificadas sobre a mesma planta, permitindo, desta forma, a existência de mais de um titular de direitos, têm-se a existência simultânea de direitos acerca de uma mesma planta, havendo estas duas formas de proteção.
O prazo de proteção de cultivar será de 15 (quinze) anos com exceção das videiras, árvores frutíferas, árvores florestais e árvores ornamentais, inclusive, em cada caso, o seu porta-enxerto, para as quais a duração é de 18 (dezoito) anos e ambos os prazos vigorarão a partir da data da concessão do Certificado Provisório de Proteção pelo prazo de 15 (quinze) anos. O prazo para proteção da patente de invenção abordaremos a seguir. 
O certificado de proteção assegura ao titular o direito à reprodução comercial, bem como a usar, gozar e dispor deste direito no território brasileiro, sendo vedado a terceiros a produção do material de propagação da cultivar com fins comerciais, é possível ao agricultor colher sua produção e vender como grão, para ser consumido como alimento, mas não poderá vendê-lo como semente para ser plantada novamente, sem autorização do titular do direito.
STJ Acórdão
RECURSO ESPECIAL
EMENTA:  
PROPOSTA DE AFETAÇÃO. RECURSO ESPECIAL. ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA. ART. 947, CAPUT, DO CPC/15. RELEVANTE QUESTÃO DE DIREITO. GRANDE REPERCUSSÃO SOCIAL. DIREITO CIVIL. AÇÃO COLETIVA. PROPRIEDADE INTELECTUAL. CULTIVO DE SOJA TRANSGÊNICA. REGULAMENTAÇÃO. LEI DE PATENTES OU LEI DE CULTIVARES. COBRANÇA DE ROYALTIES, TAXAS TECNOLÓGICAS E INDENIZAÇÕES.1. O incidente de assunção de competência, na hipótese do caput do art. 947 do CPC/15, garante a segurança jurídica, a celeridade e a economia processuais com o julgamento de relevante questão de direito com grande repercussão social e sem repetição em múltiplos processos no órgão colegiado de composição mais completa e com a participação ampla de interessados.2. Delimitação da controvérsia: definir se é possível conferir proteção simultânea - pelos institutos da patente de invenção (Lei 9.279/96) e da proteção de cultivares (Lei 9.456/97) - a sementes de soja Roundup Ready, obtidas mediante a técnica da transgenia, e, como corolário, se é ou não facultado aos produtores rurais o direito de reservar o produto de seu cultivo para replantio e comercialização como alimento ou matéria prima, bem como o direito de pequenos agricultores de doar ou trocar sementes reservadas no contexto de programas oficiais específicos.3. Instauração de incidente de assunção de competência, com submissão do recurso especial à 2ª Seção. (STJ, ProAfR no REsp 1610728/RS, Rel. Ministra 
A Lei da Propriedade Industrial, Lei n° 9.279/96 regula os direitos e obrigações relativos à propriedade Industrial no Brasil, conforme dispõe o artigo 2°, incisos I, II, III da Lei n° 9.279/96 a proteção dos direitos relativos à propriedade industrial, considerando o seu interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País, efetua-se mediante: 
I - concessão de patentes de invenção e de modelo de utilidade;
II - concessão de registro de desenho industrial;
III - concessão de registro de marca.
A patente confere ao seu titular o direito de impedir terceiros de, sem o seu consentimento, produzir, usar, colocar à venda, vender ou importar produto objeto de patente. Ao autor de invenção ou modelo de utilidade será assegurado o direito de obter a patente que lhe garanta a propriedade, nas condições estabelecidas nesta lei. Art. 6° LPI – Lei da Propriedade Industrial.
As patentes de invenção e os modelos de utilidade são protegidos através do sistema de patentes. A proteção via sistema de patentes depende da realização de registro, conforme determina a Lei da Propriedade Industrial, o qual seráobtido por meio de um processo administrativo junto ao INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial). A vigência de uma patente de invenção é de 20 (vinte) anos, contados da data do depósito, uma vez expirado o prazo de proteção, esta entra em domínio público, podendo ser explorada por terceiros. A proteção conferida a uma patente de modelo de utilidade é de 15 (quinze) anos, contados da data de depósito. Uma vez expirado o prazo, esta entra em domínio público, podendo ser explorada por terceiros.
Exemplo de Patente de Invenção - PI: Telefone.
Exemplo de Patente de Modelo de Utilidade - MU: Secretária eletrônica.
O desenho industrial é a forma plástica ornamental de um objeto ou o conjunto ornamental de linhas e cores que possa ser aplicado a um produto, são os aspectos estéticos de um objeto. A proteção no sistema de desenho industrial depende da realização de registro perante o INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial). O titular deverá requerer a proteção da sua criação em até 180 (cento e oitenta) dias contados da primeira divulgação, sob pena de ter a sua criação inserida no domínio público. O registro concedido tem vigência de 10 (dez) anos, podendo ser prorrogado por 3 (três) períodos de 5 (cinco) anos cada, mediante pagamento de taxa específica. 
Exemplo Desenho Industrial - DI: Design telefone.
Os tipos penais relacionados as patentes de invenção e aos modelos de utilidade estão previstos nos arts. 183 a 186 da Lei.9.279/96 com penas que oscilam de 1 (um) mês a 1(um) ano de detenção ou multa. A pena para quem cometer crime contra o desenho industrial é de 3 (três) meses a 1(um) ano de detenção ou multa. 
TJ-SP Acórdão
Apelação Cível - Patente
EMENTA:  
Propriedade industrial. Patente de invenção. Utensílio doméstico denominado pegador de tampa de panela, composto por dois elementos, base e alça, conectados entre si por meio de fixação por encaixe. Alegada violação a propriedade industrial, bem como concorrência desleal, tendo em vista a exploração, pela ré, de produto visualmente semelhante e com finalidade idêntica ao das autoras, que reproduziria parcela das características essenciais desse último. Descabimento. Fixação dos limites da proteção conferida pela patente que decorre do teor das reivindicações contidas no pedido correspondente, nos termos do art. 41 da Lei nº 9.279/96, competindo às reivindicações independentes a determinação das características técnicas essenciais e específicas da invenção. Inovação relativa ao invento das autoras que reside na flexibilidade radial apresentada pelo elemento pegador, e não na forma externa por ele ostentada e tampouco na posição dos meios de fixação nele existentes. Atributo inovador não reproduzido no produto da ré, o qual ostenta alça rígida, que se acopla à base do aparato por meio de dentes de fixação flexíveis. Reprodução de características não inovadoras do produto objeto de patente que não tem o condão de configurar ofensa a patente de invenção. Violação a direito de propriedade industrial e concorrência desleal não caracterizadas. Sentença de improcedência confirmada. Apelo das autoras não provido. (TJSP;  Apelação Cível 0014159-38.2011.8.26.0009; Relator (a): Fabio Tabosa; Órgão Julgador: 2ª Câmara Reservada de Direito Empresarial; Foro Regional IX - Vila Prudente - 4ª Vara Cível; Data do Julgamento: 27/02/2019; Data de Registro: 27/02/2019)
A Lei n° 9.279/96 confere o direito de uso exclusivo de marcas registradas em todo território nacional. Ao titular é conferido o direito de ceder, licenciar seu uso e zelar pela sua integridade material ou reputação. “Marca é o sinal visualmente representado, que é configurado para o fim específico de distinguir a origem dos produtos e serviços” BARBOSA, Denis Borges. Uma Introdução à Propriedade Intelectual. Editora Lumen Juris, 2° ed.,2003, p. 700.
As marcas são classificadas como de produto ou serviço, coletiva e de certificação. A marca de produto ou serviço é aquela usada para distinguir produto ou serviço de outros idênticos, semelhantes ou afins, de origem diversa (art.123, inciso I, da LPI (Lei da propriedade Industrial). A marca coletiva é aquela destinada a identificar e distinguir produtos ou serviços provenientes de membros de uma pessoa jurídica representativa de coletividade (associação, cooperativa, sindicato, entre outros) de produtos ou serviços iguais ou afins, de procedência diversa(art.123, inciso III, da LPI – Lei da Propriedade Industrial). O objetivo da marca coletiva é indicar ao consumidor que aquele produto ou serviço provém de membros de uma determinada entidade. A marca de certificação é aquela usada para atestar a conformidade de um produto ou serviço com determinadas normas, padrões ou especificações técnicas, notadamente quanto à qualidade, natureza, material utilizado e metodologia empregada (art.123,inciso II, da LPI – Lei da Propriedade Industrial). O objetivo principal da marca de certificação é informar ao público que o produto ou serviço distinguido pela marca está de acordo com normas ou padrões técnicos específicos. Manual de marcas, Diretoria de Marcas, Desenhos Industriais e Indicações Geográficas – INPI, 3° ed.,1° revisão., 2019, p.16.
A proteção é obtida através do depósito de um pedido de registro de marca junto ao INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial). A validade do registro é de 10 (dez) anos, contados a partir da data de concessão do registro, prorrogáveis por períodos iguais e sucessivos. 
meses.
TJ-SP Acórdão
Comete crime contra registro de marca quem, reproduz, sem autorização do titular, no todo ou em parte, marca registrada, ou imita-a de modo que possa induzir confusão; ou altera marca registrada de outrem já aposta em produto colocado no mercado, pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. Art. 189, incisos I e II da Lei da Propriedade Industrial, também comete crime contra registro de marca quem importa, exporta, vende, oferece ou expões à venda, oculta ou tem em estoque, produto assinalado com marca ilicitamente reproduzida ou imitada, de outrem, no todo ou em parte; ou produto de sua indústria ou comércio, contido em vasilhame, recipiente ou embalagem que contenha marca legítima de outrem, pena – detenção de 1 (um) a 3 (três) meses.
TJ-SP Acórdão
Apelação Cível - Marca
EMENTA:  
MARCA - "NATURA" - AÇÃO DE ABSTENÇÃO DE USO DE MARCA CUMULADA COM REPARAÇÃO DE DANOS - PROPRIEDADE INDUSTRIAL - MARCA "NATURA" QUE SE ENCONTRA REGISTRADA NO INPI - CONCORRÊNCIA DESLEAL - Caso em que restou incontroverso o aproveitamento parasitário do renome e da reputação da marca das autoras, ora apelantes - Direitos de utilização exclusiva, ante o deferimento do registro no INPI - Provas dos autos que demonstram, de maneira incontroversa, a indevida utilização da marca das autoras pela ré - Dano moral caracterizado, diante da violação ao direito de uso exclusivo da marca por seu titular e da confusão no mercado consumidor e desvio de clientela - Indenização fixada em R$ 30.000,00 - Indenização pelos danos materiais decorrentes da violação da marca e da concorrência desleal, que será apurada em fase de liquidação de sentença, na forma dos arts. 208 e 210 da Lei de Propriedade Industrial (Lei nº 9.279/1996) - Enunciado VIII do Grupo de Câmaras de Direito Empresarial - RECURSO PROVIDO. (TJSP;  Apelação Cível 1013501-65.2018.8.26.0004; Relator (a): Sérgio Shimura; Órgão Julgador: 2ª Câmara Reservada de Direito Empresarial; Foro Regional IV - Lapa - 4ª Vara Cível; Data do Julgamento: 27/10/2020; Data de Registro: 11/11/2020).
Assim aos autores é conferido o direito exclusivo de dispor, utilizar e fruir de suas obras, criações e invenções como quiser, observando os prazos de proteção fixados em lei. A validade destes direitos estão protegidos por leis específicas, com prazos estabelecidos de acordo com o tipo de propriedade intelectual e Industrial reivindicada. A propriedade Intelectual e a propriedade industrial estão asseguradas por leis específicas e amparadas pela Constituição Federal de 1988,
BARBOSA, Denis Borges.Uma Introdução à Propriedade Intelectual. Editora Lumen Juris, 2° ed., 2003, p. 23.
OAB Rio Grande do Sul. Cartilha da Propriedade Industrial, 2015, p. 6 -10, 20 -27, 32 e 33, 36-39.
NUCCI, Guilherme de Souza. Código Penal Comentado. São Paulo: Revista dos Tribunais, 11ª ed., 2012, p. 898. 
BARBOSA, Denis Borges. Uma Introdução à Propriedade Intelectual. Editora Lumen Juris, 2° ed., 2003, p. 700.
Manual de marcas, Diretoria de Marcas, Desenhos Industriais e Indicações Geográficas – INPI, 3° ed.,1° revisão., 2019, p.16.
https://modeloinicial.com.br/lei/CP/codigo-penal/art-184#:~:text=Artigo%20184%20-%20C%C3%B3digo%20Penal%20%2F%201940.%20Art.,obra%20intelectual%2C%20interpreta%C3%A7%C3%A3o%2C%20execu%C3%A7%C3%A3o%20ou%20fonograma%2C%20sem%20
https://www.gov.br/inpi/pt-br/servicos/perguntas-frequentes/programas-de-computador#faq1.0 
https://confirp.com.br/pirataria-de-software-conheca-os-riscos-empresariais-e-penais/ 
https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/busca?q=propriedade+intelectual+de+programas+de+computador&idtopico=T10000002&idtopico=T10000066 
http://www.ufrgs.br/patrimoniogenetico/conceitos-e-definicoes/cultivares 
https://ufrb.edu.br/ppgci/cinova-propriedade-intelectuai/cultivares
https://www.dbba.com.br/wp-content/uploads/introducao_pi.pdf 
http://manualdemarcas.inpi.gov.br/projects/manual/wiki/02_O_que_%C3%A9_marca