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APG 20 - Embriologia da cavidade oral

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Apg 20: O dilema do beijo: na saude e na doenca 
1. Compreender a formacao embriologica da cavidade oral 
2. Entender a funcao da saliva 
3. Entender a composicao e a funcao da microbiota 
presente na cavidade oral 
4. Analisar as questoes psicologicas e sociais as quais 
enfrenta uma pessoa que possuiu fenda palatina 
 
› Mesênquima para formação da cabeça é derivado dos 
mesodermas paraxial e da placa lateral, da crista neural e 
de regiões espessadas do ectoderma conhecidas como 
placódios ectodérmicos. 
› Arcos faríngeos: aparecimento na 4ª e 5ª semana 
› No fim da quarta semana, o centro da face é formado 
pelo estomodeu, circundado pelo primeiro par de arcos 
faríngeos 
Quando embrião tem 42 dias: 
1. proeminências mandibulares pareadas (primeiro 
arco faríngeo), caudais ao estomodeu 
2. proeminências maxilares pareadas (porção 
dorsal do primeiro arco faríngeo), laterais ao 
estomodeu 
3. proeminência frontonasal, uma elevação 
levemente arredondada cranial/superior ao 
estomodeu. 
**é complementado mais tarde pela formação das 
proeminências nasais 
**a diferenciação das estruturas derivadas dos arcos, 
bolsas, fendas e proeminências é dependente de 
interações de epitélio e mesênquima. 
ARCOS FARINGEOS 
› cerne de tecido mesenquimal coberto por fora pelo 
ectoderma superficial e por dentro pelo epitélio de 
origem endodérmica (o centro recebe células da crista 
neural – componentes esqueléticos da face) 
PRIMIERO ARCO FARÍNGEO: 
› Porção dorsal: processo maxilar (se estende para a 
frente, abaixo da região ocular) – Origina a pré-maxila, à 
maxila, ao osso zigomático e a parte do osso temporal 
por meio de ossificação membranosa 
Porção Ventral: processo mandibular (contém a 
cartilagem de Meckel) – mandíbula formada por 
ossificação membranoso do tecido mesenquimal que 
cerca a CM. 
**Cartilagem Meckel desaparece, parte que persiste 
forma a bigorna e o martelo 
**primeiro arco contribui para a formação dos ossos da 
orelha média, parte das orelhas externas e do meato 
acústico externo 
› Musculatura: músculos da mastigação (temporal, 
masseter e pterigóideo), o ventre anterior do músculo 
digástrico, o músculo milo-hioide, o músculo tensor do 
tímpano e o músculo tensor do véu palatino 
› Inervação: realizada pelo ramo mandibular do nervo 
trigêmeo (inervação sensorial para a pele é fornecida 
pelos ramos oftálmico, maxilar e mandibular do nervo 
trigêmeo.) 
 
BOLSAS FARÍNGEAS 
› revestimento epitelial endodérmico 
SEGUNDA BOLSA FARÍNGEA 
› Revestimento epitelial prolifera e forma brotamentos 
que penetram o mesênquima circunjacente 
› Os brotos são invadidos secundariamente por tecido 
mesodérmico, formando os primórdios das tonsilas 
palatinas (terceiro e quarto meses, a tonsila é infiltrada 
por tecido linfático.) 
**Parte da bolsa permanece e é encontrada no adulto 
na forma de fossa tonsilar. 
› Aparece na 4ª semana (dois tubérculos linguais laterais 
e um tubérculo medial, o tubérculo ímpar) 
› Os tubérculos se originam no primeiro arco faríngeo 
› Um segundo tubérculo mediano (eminência 
hipobranquial) é formado pelo mesoderma do segundo, 
do terceiro e de parte do quarto arco. 
› terceiro tubérculo mediano, formado pela porção 
posterior do quarto arco, marca o desenvolvimento da 
epiglote 
**atrás desse tubérculo se encontra o orifício laríngeo, 
que é delimitado pelos tubérculos aritenoides 
› Ao aumentar de tamanho, as saliências linguais laterais 
crescem mais que o tubérculo ímpar e se fundem, 
formando os dois terços anteriores, ou corpo, da língua 
› mucosa que reveste vem do primeiro arco faríngeo, a 
inervação sensorial é do ramo mandibular do nervo 
trigêmeo. 
**O corpo da língua é separado do terço posterior por 
um sulco em forma de “V”, o sulco terminal 
› A porção posterior ou raiz da língua se origina a partir 
do segundo, do terceiro e de parte do quarto arco 
faríngeo 
› O corpo é inervado pelo nervo trigêmeo (primeiro 
arco); a raiz é inervada pelos nervos glossofaríngeo e 
vago, (terceiro e quarto arcos) 
› A inervação sensorial especial (paladar) para os dois 
terços anteriores da língua é fornecida pelo ramo corda 
do tímpano do nervo facial, enquanto o terço posterior 
é inervado pelo nervo glossofaríngeo. 
 
›Proeminências maxilares: lateralmente ao estomodeu 
›Proeminências mandibulares: caudalmente ao 
estomodeu 
›Prominência frontonasal: formada pela proliferação 
mesenquimal ventralmente às vesículas cefálicas, 
constitui o limite superior do estomodeu. 
› Placódios nasais (olfatórios), originam-se sob a influência 
da porção ventral do prosencéfalo (em ambos os lados 
da proeminência frontonasal) 
› 5ª semana, os placódios nasais invaginam para formar 
as fossetas nasais (formam uma crista tecidual que cerca 
cada fosseta e forma as proeminências nasais). As 
proeminências na borda exterior das fossetas são as 
proeminências nasais laterais; aquelas na borda interior 
são as proeminências nasais mediais 
› Proeminências maxilares aumentam de tamanho, 
crescem medialmente, comprimindo as proeminências 
nasais na direção da linha média - desaparece a fenda 
entre a proeminência nasal medial e a proeminência 
maxilar, e as duas se fundem 
› Lábio superior: duas proeminências nasais médias e as 
duas proeminências maxilares 
› Lábio inferior e mandíbula: proeminências mandibulares 
que se fundem na linha média 
› Proeminências maxilar e nasal lateral estão separadas 
por sulco nasolacrimal – cordão epitelial – ducto 
nasolacrimal – saco lacrimal = fusão das proeminências 
maxilar e nasal lateral – malares e maxila 
› resultado do crescimento das proeminências maxilares, 
as duas proeminências nasais mediais a nível profundo 
1. componente labial, que forma o filtro do lábio 
superior 
2. componente da mandíbula superior, que carrega 
os quatro dentes incisivos 
3. componente palatal, que forma o palato primário 
triangular 
**segmento intermaxilar é contínuo com a porção rostral 
do septo nasal, que é formado pela proeminência frontal. 
 
› O embrião primordial possui uma cavidade oronasal 
comum, o palato se forma entre a 6ª-10ª semana para 
separar a cavidade oral da cavidade nasal. 
› Palato é derivado de três primórdios: processo palatino 
médio único e um par de processos palatinos laterais 
(precursores do palato secundário) 
› O processo palatino mediano é uma invaginação a partir 
dos processos nasomediais recém fundidos. A medida 
que cresce, forma uma estrutura óssea triangular (palato 
primário) 
**Na vida pós-natal, o componente esquelético do palato 
primário é conhecido como o componente pré-maxilar 
da maxila. Os quatro dentes incisivos superiores surgem 
a partir dessa estrutura. 
› A formação do palato envolve: o crescimento dos 
processos palatinos, a sua elevação, a sua fusão e a 
remoção da sutura epitelial no local de fusão 
 
 
› Palato primário derivado do segmento intermaxilar 
› 6ª semana, o palato primário – processo palatino 
mediano (segmento intermaxilar) começa a se 
desenvolver 
› Formado pela fusão das saliências nasais mediais 
(resultado do crescimento das proeminências maxilares) 
› Forma a parte pré-maxilar da maxila 
**representa pequena parte do palato duro no adulto 
É o primórdio das partes duras e moles do palato 
› Porção principal do palato definitivo é formada por duas 
protuberâncias semelhantes a prateleiras a partir das 
proeminências maxilares (prateleiras palatinas) 
› Palato secundário: fusão das prateleiras palatinas 
** prateleiras palatinas, aparecem na 6ª semana e são 
direcionadas obliquamente para baixo de cada lado da 
língua. Na 7ª semana sobem, alcançando uma posição 
horizontal sobre a língua, e se fusionam, formando o 
palato secundário 
Essa mudança na orientação ocorre por um processo 
fluente facilitado em parte pela liberação de ácido 
hialurônico pelo mesênquima dos processos palatinos 
** ao mesmo tempo que as prateleiras palatinas se 
fusionam,o septo nasal cresce e se junta à região 
cefálica do palato recém-formado. Essa estrutura da linha 
média, que é uma invaginação da proeminência 
frontonasal, atinge o nível das lâminas palatinas quando 
estas se fundem para formar o palato secundário 
definitivo 
› Gradativamente, desenvolve-se osso no palato primário, 
formando a parte pré-maxilar da maxila (aloja dentes 
incisivos). O osso avança a partir da maxila e do palato 
para os processos palatinos laterais para formar o palato 
duro. As partes posteriores desses processos não são 
ossificados. Elas se estendem posteriormente para além 
do septo nasal, fundindo-se para formar o palato mole 
(incluindo úvula). A rafe palatina mediana indica a linha de 
fusão dos processos palatinos laterais. 
›As lâminas palatinas se fundem na linha média, mas 
rostralmente elas também se unem ao palato primário. O 
ponto da linha média onde ocorre a fusão do palato 
primário com as duas lâminas palatinas é marcado pelo 
forame incisivo. 
 
› é um complexo fluido hiposmótico que contém água, 
íons, muco e proteínas, como enzimas e imunoglobulinas. 
› Produzida por glândulas salivares (três pares), que são 
glândulas exócrinas, com o epitélio secretor disposto em 
agrupamentos de células como cachos de uvas, 
chamados de ácinos. Cada ácino circunda um ducto, e os 
ductos individuais juntam-se para formar ductos cada vez 
mais largos. O principal ducto secretor de cada glândula 
esvazia na boca. Apresenta um pH que varia de 6,0 a 
7,0. 
1. glândulas parótidas: produzem uma solução 
aquosa de enzimas 
2. glândulas sublinguais produzem uma saliva rica 
em muco. 
3. glândulas submandibulares são mistas, com 
ambos, muco e enzimas. 
** A salivação está sob controle autonômico e pode ser 
desencadeada por múltiplos estímulos, incluindo visão, 
cheiro, contato e até mesmo o pensamento no alimento. 
A inervação parassimpática é o estímulo primário para a 
secreção da saliva, mas também há alguma inervação 
simpática nas glândulas. 
› Funções: 
1. Amolecer e lubrificar o alimento.: A água e o 
muco na saliva amolecem e lubrificam o alimento 
para torná-lo mais fácil de deglutir. 
2. Digestão do amido.: A digestão química inicia 
com a secreção da amilase salivar. A amilase 
quebra o amido em maltose depois que a 
enzima é ativada por Cl na saliva. 
3. Gustação: A saliva dissolve o alimento para que 
possamos sentir seu gosto. 
4. Defesa.: A função final da saliva é a defesa. A 
lisozima é uma enzima salivar antibacteriana, e 
imunoglobulinas salivares incapacitam bactérias e 
vírus. Além disso, a saliva ajuda a limpar os dentes 
e manter a língua livre de partículas alimentares. 
 
› A microbiota consiste em uma comunidade de 
microrganismos comensais ou patogênicos que habitam 
nosso corpo, tem uma importância significativa nos 
processos de saúde e doença, atuando na defesa do 
organismo contra patógenos 
› A mucosa oral é uma região propícia à colonização de 
bactérias em virtude da umidade e dos resíduos 
provenientes da alimentação 
› As microbiotas residentes da região oral compõem uma 
flora mista, representada por diversas espécies de 
bactérias, incluindo Streptococcus sp., Lactobacillus sp., 
Actinomyces sp., Fusobacterium sp., Haemophylus sp., 
Neisseria sp., Treponema sp., Corynebacterium sp. e 
Candida albicans (fungos). Esses seres podem inclusive, 
prevenir a colonização da cavidade oral por outros 
microrganismos potencialmente patogênicos. 
› Alguns microrganismos comensais, que normalmente 
fazem parte da microbiota oral, podem provocar 
patologias quando ocorrem alterações na composição e 
tamanho das populações microbianas, devido a mudanças 
nas condições ambientais ou diminuição da imunidade do 
hospedeiro 
› frequentemente podem atuar como agentes benéficos, 
prevenindo a colonização da cavidade oral por 
microrganismos patogênicos 
› algumas espécies agem como patógenos oportunistas 
e, em determinadas condições, podem causar doenças. 
 
› fissuras podem interferir de forma marcante na vida dos 
pacientes, principalmente no que tange as alterações 
estéticas, funcionais e psicossociais 
› Para evitar futuros prejuízos no desenvolvimento das 
crianças sugere-se ser fundamental o tratamento 
multidisciplinar para adoção de medidas precoces de 
intervenção relacionadas à deformidade, deste modo que 
os riscos ao desenvolvimento poderiam ser minimizados 
tanto para a criança quanto para a família 
› Envolve aspectos familiares, identitários e de 
personalidade, a qualidade de vida e o desempenho 
escolar do indivíduo com fissura labiopalatal 
› O nascimento de uma criança com malformação é 
seguido de grande choque emocional por parte dos pais, 
que passam por diversas fases até a aceitação da criança. 
Dentre as fases mais observadas encontram-se a 
negação, a lamentação, a ambivalência ou rejeição à 
criança, sentimento de culpa, vergonha, depressão e 
tristeza 
› Dessa forma, o tratamento multidisciplinar tem como 
objetivo principal a reabilitação global do paciente, 
principalmente no que diz respeito à integração 
adequada ao ambiente familiar e social, sendo necessário 
um acompanhamento tanto preventivo quanto educativo 
de todos os profissionais envolvidos. 
› Para a criança nascida com a fissura, as dificuldades 
psicológicas têm início um pouco mais tarde no 
desenvolvimento, por volta dos 04 anos de idade, 
período em que ela começa a perceber-se como 
diferente das outras. Estudos relatam que as crianças 
com fissura tendem a ser mais inibidas devido ao estigma 
advindo das outras crianças. Além disso, com o aumento 
da idade também são observados comportamentos de 
imaturidade e agressividade 
› malformação pode influenciar nas interações e 
consequentemente no desempenho escolar da criança 
› criança com fissura apresenta maior inibição e que a 
percepção das outras pessoas em relação a aparência 
física e linguagem da criança pode resultar em maiores 
dificuldades de interação social, além de menores 
expectativas de pais e professores relacionados ao 
desempenho acadêmico. 
 
REFERÊNCIAS: 
MOORE, K.L. & Persaud, V. Embriologia Básica. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2004. 
SADLER, T. W. Langman Embriologia Médica. Guanabara 
Koognam, 2016. 
SILVERTHORN, D. Fisiologia Humana: Uma Abordagem 
Integrada, 7ª Edição, Artmed, 2017 
MICROORGANISMOS HABITANTES DA CAVIDADE 
ORAL E SUA RELAÇÃO COM PATOLOGIAS ORAIS E 
SISTEMICAS. REVISÃO DE LITERATURA – Victória 
Escóssia 
CUNHA, Érica Vidal da et al. Aspectos psicológicos 
relacionados ao indivíduo com fissura labiopalatal: uma 
revisão de literatura. SALUSVITA, Bauru, v. 36, n. 4, p. 
1105-1127, 2017.

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