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Princípios da boa fé objetiva 
 
Diferentemente do que ocorria nos tempos do Liberalismo, quando a 
boa-fé era tomada a partir de uma concepção subjetiva, individualista, e 
que seguia o velho dogma da autonomia da vontade das partes 
contratantes, surgiu, com o advento da Constituição Federal de 1988, assim 
como também com o Código de Defesa do Consumidor, de 1990, e o Novo 
Código Civil Brasileiro, de 2002, uma nova concepção de boa-fé, a objetiva, 
a qual visa coibir práticas contratuais abusivas, revê o contrato quando há 
onerosidade excessiva, e protege a parte mais vulnerável do contrato. 
O Código de Defesa do Consumidor foi o primeiro diploma legal 
brasileiro a contemplar, de forma expressa,o princípio da boa-fé objetiva, 
que tem a função de ser instrumento de controle da vontade do contratante 
mais forte e a proteção do lado mais fraco de relação jurídica contratual. 
Com a boa-fé objetiva busca-se alcançar a realização da justiça 
contratual, exigindo-se que haja confiança, comportamento leal, ético e 
transparente entre os contratantes a fim de preservar o justo equilíbrio dos 
contratos, mantendo a proporção justa entre direitos e obrigações das 
partes envolvidas no contrato. 
A boa-fé objetiva também se acha elencada no artigo 422 do Código 
Civil. 
Os contratos eletrônicos realizados pela internet ainda não estão 
regulamentados em lei brasileira, e assim sendo, dada a vulnerabilidade do 
mundo virtual, expõe os seus contratantes a riscos, além de possibilitar 
vários tipos de fraudes. 
Dessa forma, a aplicação do princípio da boa-fé objetiva tem 
destaque na contratação eletrônica, já que exige o máximo de lealdade, 
confiança e honestidade das partes, desde a fase pré-contratual, durante a 
sua execução, e também após tal execução. 
Tal princípio é vital para a contratação eletrônica, uma vez que, na 
falta de legislação específica para regulá-la, a boa-fé recobre-se de ampla 
 
 
 
 
 
condição para a correção de abusos e injustiças, garantindo a segurança 
das relações jurídicas contratuais.

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