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CCE0217 - HIDRÁULICA Professor: Paulo Vitor R. M. da Silva CONDUTOS SOB PRESSÃO PERDA DE CARGA A energia dissipada não é mais recuperada como energia cinética e/ou potencial e por isso, denomina-se: Perda de energia ou perda de carga Para efeito de estudo, a perda de carga, denotada por hf é classificada em: Perdas de carga contínuas; Perdas de carga localizadas. PERDA DE CARGA CONTÍNUA É a perda distribuída ao longo do comprimento da canalização. Ocorre devido ao atrito entre as diversas camadas do escoamento e ainda ao atrito entre o fluido e as paredes do conduto (efeitos da viscosidade e da rugosidade). Admite-se que essa perda seja uniforme em qualquer trecho de uma canalização de dimensões constantes, independente da posição da canalização. PERDA DE CARGA CONTÍNUA Fatores Determinantes: Comprimento da canalização; Diâmetro da canalização; Velocidade média do escoamento; Rugosidade das paredes dos canos; Viscosidade e densidade do fluido. Não influem: Posição dos canos; Pressão interna. PERDA DE CARGA CONTÍNUA A perda de carga ao longo da canalização é uniforme em qualquer trecho de dimensões constantes, independente da posição da tubulação. j = perda de carga por metro de tubo; L = comprimento do trecho da tubulação (m); Hf = perda de carga (mH2O). Plano de energia Plano de referência H Hf L j L Hf = PERDA DE CARGA CONTÍNUA Existem várias fórmulas para cálculo da perda de carga por atrito em tubulações. A recomendada pela norma ABNT é a fórmula de denominada de Universal. Por demandar um cálculo interativo, a mais utilizada em função de sua precisão e simplicidade é a Fórmula de Hazen-Willians. FÓRMULA DE DARCY-WEISBACH (UNIVERSAL) Esta fórmula é de uso geral, tanto serve para escoamento em regime turbulento quanto para o laminar, e é também utilizada para toda a gama de diâmetros. Em que “ f ” é um coeficiente que depende do material e estado de conservação das paredes, ou determinado no diagrama de Moody. FÓRMULA DE DARCY-WEISBACH (UNIVERSAL) Na hipótese de regime laminar, f é independente do número de da rugosidade relativa (e/D) e é unicamente função do número de Reynolds: No regime de transição, o valor de f é dependente do número de Reynolds e da rugosidade relativa. No regime turbulento, o número de Reynolds não tem influência, mas apenas a rugosidade relativa. A rugosidade relativa é a relação entre a rugosidade do material e seu diâmetro. REGIMES DE ESCOAMENTO O estabelecimento do regime de escoamento depende do valor de uma expressão sem dimensões, denominado número de Reynolds (Re) Onde: V = velocidade do fluido (m/s); D = diâmetro da canalização (m); v = viscosidade cinemática (m2/s). Para a água a 20ºC, v = 1,007 x 10-6 m2/s. DV . Re = REGIMES DE ESCOAMENTO Re < 2.000 – Regime Laminar As partículas fluidas apresentam trajetórias bem definidas e não se cruzam; Re > 4.000 – Regime Turbulento Movimento desordenado das partículas; Entre esses dois valores encontra-se a zona de transição. FÓRMULA DE DARCY-WEISBACH (UNIVERSAL) – DIAGRAMA DE MOODY FÓRMULA DE DARCY-WEISBACH (UNIVERSAL) FÓRMULA DE DARCY-WEISBACH (UNIVERSAL) FATOR DE ATRITO (F) Diagrama de Moody; Equação de Colebrook-White; Equação de Swamee-Jain EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO EXERCÍCIO 1) Uma tubulação de aço rebitado, com 0,30 m de diâmetro e 300 m de comprimento, conduz 130 l/s de água a 15,5ºC. A rugosidade do tubo é de 0,003 m e a viscosidade cinemática da água a 15,5ºC é de 0,000001132 m2/s. Determinar a velocidade média e a perda de carga. EXERCÍCIO 2) Em um escoamento laminar, calcular a perda de carga devida ao escoamento de 22,5 l/s de óleo pesado (934 kg/m3), com um coeficiente de viscosidade cinemática de 0,0001756 m2/s, através de uma canalização nova de aço de 500 mm de diâmetro nominal e 6.100 m de extensão. EXERCÍCIO 3) Com base no esquema abaixo, dimensione uma tubulação de ferro fundido novo, com 500 m de comprimento, para transportar uma vazão de 25 l/s, de modo que haja uma pressão disponível na extremidade da tubulação de 20 mca. Viscosidade da água = 1,007 x 10-6 m2/s. RESOLUÇÃO EXERCÍCIO RESOLUÇÃO EXERCÍCIO RESOLUÇÃO EXERCÍCIO RESOLUÇÃO EXERCÍCIO RESOLUÇÃO EXERCÍCIO RESOLUÇÃO EXERCÍCIO RESOLUÇÃO EXERCÍCIO RESOLUÇÃO EXERCÍCIO RESOLUÇÃO EXERCÍCIO RESOLUÇÃO EXERCÍCIO RESOLUÇÃO EXERCÍCIO RESOLUÇÃO EXERCÍCIO EXERCÍCIOS PROPOSTOS EXERCÍCIO 1) Em uma tubulação de 800 mm de diâmetro e 200 metros de comprimento escoa um fluido em regime laminar com velocidade média igual a 1,5 m/s. Determine a perda de carga na tubulação, sabendo-se que a massa específica do fluído é de 1.258 kg/m3 e que a viscosidade dinâmica é de 9,6 x 10-1 Pa.s. R: 1,17 m EXERCÍCIO 2) Determinar a perda de carga para um escoamento laminar com as seguintes características: comprimento da tubulação de 300.000 cm, vazão de 18.000 l/h, diâmetro 200 mm e viscosidade cinemática de 2x10-1 cm2/s. R: 0,78m EXERCÍCIO 3) Em uma tubulação de PVC escoa um fluido, cuja massa específica e a viscosidade dinâmica são de 1,2 g/cm3 e 0,8 N.s/m2, respectivamente. Determinar a perda de carga, o número de Reynolds e classificar em qual regime de escoamento está submetido o fluido em questão, sabendo-se que a vazão transportada é de 2.200.000 l/d, a tubulação possui 8” de diâmetro e 200 m de comprimento. Re = 212,7 (Laminar) e hf = 5,16 m
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