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CF de 1988 até EC 111

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CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
MATERIAL COM QUESTÕES DE CONCURSO e ALGUMAS REFERÊNCIAS À SÚMULAS E JULGADOS DOS TRIBUNAIS SUPERIORES
Material de Eduardo B. S. Teixeira.
	Última atualização legislativa: - 29/09/2021 - EC nº 106, public. 8/5/20 (obs.: não alterou em nada o texto principal da CF, tendo instituído regime extraordinário fiscal, financeiro e de contratações para enfrentamento de calamidade pública nacional decorrente de pandemia); EC nº 107, public. 3/7/20 (obs.: não alterou em nada o texto principal da CF/88, tendo adiado, em razão da pandemia da Covid-19, as eleições municipais de outubro de 2020 e os prazos eleitorais respectivos); EC nº 108, public. 27/8/20 (alterou e introduziu alguns dispositivos ao texto principal da CF/88 e ao ADCT). EC nº 109, public. 16/3/21 (alterou e introduziu alguns dispositivos ao texto principal da CF/88 e ao ADCT). (obs: cuidado com o teor do art. 7º da EC 109/21: “Art. 7º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação, exceto quanto à alteração do art. 29-A da Constituição Federal, a qual entra em vigor a partir do início da primeira legislatura municipal após a data de publicação desta Emenda Constitucional.” – aguardar!!!); EC nº 110, public. 13/7/21 (Acrescenta o art. 18-A ao ADCT); EC nº 111, public. 29/09/21 (Altera a Constituição Federal para disciplinar a realização de consultas populares concomitantes às eleições municipais, dispor sobre o instituto da fidelidade partidária, alterar a data de posse de Governadores e do Presidente da República e estabelecer regras transitórias para distribuição entre os partidos políticos dos recursos do fundo partidário e do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) e para o funcionamento dos partidos políticos)
Última atualização Jurisprudencial: 16/09/2021 – julgados: Info 940 e Info 959 (art. 5º, XXXVI); Info 960 (art. 109, §2º); Info 962 (art. 40, §7º); Info 962 (art. 69); Info 962 (art. 145, II); Info 657 (art. 134); Info 813 e Info 657 (art. 153, §3º, II); Info 964 (art. 39, §4º); Info 964 (art. 144, §1º); Info 964 (art. 195, §7º); Info 659 (art. 173, §1º, II); Info 659 (art. 5º, XXXIX); Info 659 (art. 109, IV); Info 676 (art. 37, XIX); Info 992 (art. 18); Info 992 (art. 145, II); Info 993 (art. 37, §6º); Info 1000 (art. 102, I, “r”); Info 1003 (art. 5º, XVI); Info 1003 (art. 22, XXIV)
Última atualização questões de concurso: 21/10/2021.
Observações quanto à compreensão do material:
1) Cores utilizadas:
· EM VERDE: destaque aos títulos, capítulos, bem como outras informações relevantes, etc.
· EM ROXO: artigos que já foram cobrados em provas de concurso.
· EM AZUL: Parte importante do dispositivo (ex.: questão cobrou exatamente a informação, especialmente quando a afirmação da questão dizia respeito à situação contrária ao que dispõe na CF/88).
· EM AMARELO ou EM LARANJA: destaques importantes (ex.: critério pessoal)
2) Siglas utilizadas:
· MP (concursos do Ministério Público); M ou TJPR (concursos da Magistratura); BL (base legal, etc).
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
PREÂMBULO
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. (DPERS-2011)
	##Atenção: ##TJMG-2006/2007: ##MPCE-2011: ##TJCE-2012: ##MPGO-2012: ##TRF4-2012: ##AGU-2007/2013: ##MPF-2012/2013: ##DPEMS-2014: ##DPEPR-2014: ##DPERN-2015: ##TRF5-2015: ##MPMG-2017: ##CESPE: ##VUNESP: É certo que a jurisprudência do STF inclina-se à teoria da irrelevância jurídica do preâmbulo. Porém, isso pode ser verificado em um acórdão em que entendeu que as normas do preâmbulo da CF não são de reprodução obrigatória pelos Estados-membros em suas Constituições estaduais, por não se tratarem de NORMAS CENTRAIS da Constituição. Eis o entendimento do STF: “CONSTITUIÇÃO: PREÂMBULO. (...) II - Preâmbulo da Constituição: não constitui norma central. Invocação da proteção de Deus: não se trata de norma de reprodução obrigatória na Constituição estadual, não tendo força normativa. III - Ação direta de inconstitucionalidade julgada improcedente. STF. Plenário. ADI 2076, Rel. Min. Carlos Velloso, j. 15/08/02.” No entanto, em que pese o preâmbulo não se tratar de norma central da Constituição, ele não é totalmente destituído de valor (caso contrário, nem precisaria existir). Ele serve de elemento de interpretação e integração. Nas palavras de Alexandre de Moraes ("Direito Constitucional", 26º ed., pág. 20): "Apesar de não fazer parte do texto constitucional propriamente dito e, consequentemente, não conter normas constitucionais e valor jurídico autônomo, o preâmbulo não é juridicamente irrelevante, uma vez que deve ser observado como elemento de interpretação e integração dos diversos artigos que lhe seguem." Portanto, é correto afirmar que o preâmbulo pode influir no controle de legalidade do ato administrativo.
	(MPMG-2017): Analise a seguinte assertiva relativa ao preâmbulo da CF/1988: O preâmbulo da CR/88 não pode, por si só, servir de parâmetro de controle da constitucionalidade de uma norma.
(MPMG-2017): Analise a seguinte assertiva relativa ao preâmbulo da CF/1988: O preâmbulo traz em seu bojo os valores, os fundamentos filosóficos, ideológicos, sociais e econômicos e, dessa forma, norteia a interpretação do texto constitucional.
(DPEMS-2014-VUNESP): No que se refere à interpretação da natureza jurídica do preâmbulo da Constituição, segundo jurisprudência do STF, é correto afirmar que o preâmbulo da Constituição não constitui norma central, não tendo força normativa e, consequentemente, não servindo como paradigma para a declaração de inconstitucionalidade.
(AGU-2013-CESPE): A jurisprudência do STF considera que o preâmbulo da CF não tem valor normativo. Desprovido de força cogente, ele não é considerado parâmetro para declarar a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade normativa.
(MPF-2013): Assinale a alternativa correta: O preâmbulo da Constituição não tem força normativa autônoma, podendo, no entanto, ser utilizado como reforço argumentativo ou diretriz hermenêutica.
(TRF4-2012): Considerando o sistema constitucional brasileiro vigente, assinale a alternativa correta: Segundo o STF, o preâmbulo da Constituição não contém normas constitucionais de valor jurídico autônomo, nem serve de paradigma comparativo para a declaração de inconstitucionalidade.
(MPCE-2011-FCC): A invocação à proteção de Deus, constante do Preâmbulo da Constituição da República vigente, não tem força normativa. 
(MPGO-2010): Para o STF o preâmbulo constitucional situa-se no domínio da política e reflete a posição ideológica do constituinte. Logo, não contém relevância jurídica, não tem força normativa, sendo mero vetor interpretativo das normas constitucionais, não servindo como parâmetro para o controle de constitucionalidade.
(TJMG-2007): Em razão das tendências atuais do Direito Administrativo brasileiro, muito se tem discutido quanto à influência do teor do Preâmbulo da Constituição no controle dos atos da Administração. Considerando o teor do Preâmbulo da Constituição, é correto afirmar: o Preâmbulo da Constituição de l988 influi no controle de legalidade do ato da Administração.
(MPMA-2014): Em termos estritamente formais, o Preâmbulo constitui-se em uma espécie de introdução ao texto constitucional, um resumo dos direitos que permearão a textualização a seguir, apresentando o processo que resultou na elaboração da Constituição e o núcleo de valores e princípios de uma nação.
(MPMA-2014): O termo "assegurar" constante no Preâmbulo da CF/88 constitui-se no marco da ruptura com o regime
anterior e garante a instalação e asseguramento jurídico dos direitos listados em seguida e até então não dotados de força normativa constitucional suficiente para serem respeitados, sendo eles o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça.
(MPMA-2014): Nos moldes jurídicos adotados pela CF/88, o preâmbulo se configura como um elemento que serve de manifesto à continuidade de todo o ordenamento jurídico ao conectar os valores do passado - a situação de início que motivou a colocação em marcha do processo legislativo - com o futuro - a exposição dos fins a alcançar -, descrição da situação que se aspira a chegar.
(MPMA-2014): O voto emanado pelo então Min. Ayres Brito, à época presidente do STF, que acompanhou o proferido pelo relator Min. Ricardo Lewandowski, considerou improcedente a ADPF 186, reafirmou a validade das chamadas ações afirmativas sustentando que as políticas públicas de justiça compensatória, restaurativas, afirmativas ou reparadoras de desvantagens históricas são um instituto jurídico constitucional, e enfatizou ainda a distinção entre cotas sociais e raciais como uma construção dogmática feita a partir do Preâmbulo da Constituição da República que fala em assegurar o bem estar e na promoção de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos.Parte superior do formulárioParte inferior do formulário
(DPEPA-2009-FCC): A Lei 9.099/95 inaugura no sistema jurídico brasileiro a mitigação do princípio da indisponibilidade da ação penal e inclui a vítima na resolução dos conflitos penais. A tendência mundial simplificadora do procedimento criminal expressa no consenso amolda-se a qual categoria constitucional? O compromisso do Estado Brasileiro na resolução pacífica de controvérsias, contida no preâmbulo da Constituição Federal. 
TÍTULO I
Dos Princípios Fundamentais 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: [DICA MNEMÔNICA: “SO-CI-DI-VA-PLU”] (TJDFT-2007) (TJAP-2009) (MPRN-2009) (TJSC-2010) (MPPI-2012) (MPPR-2012) (MPTO-2012) (DPERO-2012) (DPESE-2012) (MPDFT-2009/2013) (TJSC-2013) (DPERS-2011/2014) (MPMA-2014) (MPMG-2014) (MPMT-2014) (DPEPB-2014) (DPEPR-2014) (TRF2-2014) (MPMS-2015) (DPEMA-2015) (DPERN-2015) (MPSP-2005/2006/2011/2019) (MPCE-2009/2020)
	(MPCE-2020-CESPE): Ao tratar dos princípios fundamentais, a CF estabelece, em seu art. 1.º, a forma republicana de governo, caracterizada pela eletividade, temporariedade e responsabilidade do governante. BL: art. 1º, caput, CF.
##Atenção: ##TRF4-2010: ##DPERO-2012: ##MPCE-2020: ##CESPE: Marcelo Novelino explica que “a república se caracteriza pelo caráter representativo dos governantes, inclusive do Chefe de Estado (representatividade), pela necessidade de alternância no poder (temporariedade) e pela responsabilização política, civil e penal de seus detentores (responsabilidade). A forma republicana de governo possibilita a participação dos cidadãos, direta ou indiretamente, no governo e na administração pública, sendo irrelevante a ascendência do indivíduo para fins de titularidade e exercício de funções públicas.” (Fonte: Manual de Direito Constitucional, 14ª Ed. 2019, p. 285).
	(DPERO-2012-CESPE): Tendo em vista a teoria geral do Estado, assinale a opção correta: As características fundamentais da República são: temporariedade, eletividade e responsabilidade. BL: art. 1º, caput, CF.
(TRF4-2010): Assinale a alternativa correta: Como República, o Brasil conta com o exercício do poder político em caráter eletivo, transitório e com responsabilidade. BL: art. 1º, caput, CF.
(MPPR-2019): Sobre o princípio federativo, é correto afirmar: O princípio federativo tem por elemento informador a pluralidade consorciada e coordenada de mais de uma ordem jurídica incidente sobre um mesmo território estatal, posta cada qual no âmbito de competências previamente definidas. BL: art. 1º, caput, CF.
##Atenção: Acerca do tema, Gabriela Serafin explica: “O elemento informador do princípio federativo é constituído pela pluralidade consorciada e coordenada de mais de uma ordem jurídica incidente sobre um mesmo território estatal, posta cada qual no âmbito de competências previamente definidas, a submeter um povo. O objetivo da Federação é alcançar a eficácia do exercício do poder no plano interno de um Estado, resguardando-se a sua integridade pela garantia de atendimento das condições autônomas dos diferentes grupos que compõem o seu povo e assegurando-se, assim, a legitimidade do poder e a eficiência de sua ação. Pela grande extensão territorial da pátria brasileira e pelo seu elevado número de habitantes, o princípio federativo identificou sua dimensão axiológica na concessão de maior autonomia aos entes regionais e locais, fazendo crescer a representação legislativa do cidadão.” (Fonte: http://www.revistadoutrina.trf4.jus.br/artigos/edicao058/Gabriela_Serafin.html) 
(TJMS-2008-FGV): Como corolário do princípio federativo (art. 1º, caput, da CF), a União, os Estados-membros, o Distrito Federal e os Municípios, no Brasil, são autônomos e possuidores da tríplice capacidade de auto-organização e normatização própria, autogoverno e autoadministração. BL: art. 1º, caput, CF.
I - a soberania; (MPDFT-2009) (TJMS-2010) (TRF2-2011) (DPESE-2012) (DPERS-2011/2014) (TJAP-2014) (MPMA-2014) (DPEPB-2014) (DPEPR-2014) (MPMS-2011/2015) (DPEBA-2016) (TRF4-2016) (MPMG-2010/2019)
	(TCM/BA-2018-CESPE): O princípio fundamental da Constituição que consiste em fundamento da República Federativa do Brasil, de eficácia plena, e que não alcança seus entes internos é a soberania. BL: art. 1º, I, CF/88.
##Atenção: ##MPDFT-2009: ##MPPR-2012: ##MPTO-2012: ##DPESE-2012: ##MPMS-2015: ##CESPE: A soberania, um dos fundamentos da República Federativa do Brasil (CF, Art. 1°, I), constitui um dos atributos do Estado, na medida que este não existe sem a soberania. Vale dizer que não existe Estado que não seja soberano. Todos os entes federados (entes internos) são dotados, apenas, de autonomia. Não há que se falar em soberania de um ente federado sobre outro, tampouco de subordinação entre eles. Todos são autônomos nos termos estabelecidos na Constituição Federal. Só se pode falar em soberania do todo, da República Federativa do Brasil, frente a outros Estados soberanos. Assim, os Estados-membros, dentro das competências próprias fixadas pela Constituição Federal, são tão autônomos quanto à União (MAIA, 2007, p. 72). A soberania diz respeito ao caráter supremo de um poder, que não admite qualquer outro acima ou em concorrência com ele. A autonomia, por sua vez, pressupõe a tríplice capacidade de auto-organização, autogoverno e autoadministração. Tendo em o que foi exposto, a soberania é um fundamento que não alcança os entes internos. Ela constitui um dos atributos do Estado e não se confunde com autonomia.
(MPAM-2007-CESPE): A soberania do Estado, no plano interno, traduz-se no monopólio da edição do direito positivo pelo Estado e no monopólio da coação física legítima, para impor a efetividade das suas regulações e dos seus comandos. BL: art. 1º, I, CF.
##Atenção: O conceito trazido é de Canotilho.
II - a cidadania; (MPCE-2009) (TJMS-2010) (MPMS-2011) (DPERS-2011/2014) (MPMT-2014) (DPEPR-2014) (MPMG-2010/2019)
III - a dignidade da pessoa humana; (TRF4-2009) (TJMS-2010) (DPESP-2010) (MPSP-2011) (DPEMA-2011) (PGEPA-2012) (DPERS-2011/2014) (MPMA-2014) (DPEGO-2014) (DPEPR-2014) (MPRO-2013/2017) (PCRS-2018) (TJSP-2018) (TJRO-2019)
	(MPSP-2011): O princípio da dignidade da pessoa humana está previsto constitucionalmente como um dos fundamentos da República e constitui um núcleo essencial de irradiação dos direitos humanos, devendo ser levado em conta em todas as áreas na atuação do Ministério Público. BL: art. 1º, III, CF.
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; (TJMS-2010) (MPMG-2010) (DPESP-2010) (TRF5-2011) (PGEPA-2012)
(TRF3-2011/2013) (DPERS-2011/2014) (DPEGO-2014) (DPEPR-2014) (TRF1-2011/2015) (TRF4-2010/2016) (MPMS-2011/2018) (TRF2-2018) (MPSC-2019)
V - o pluralismo político. (DPESP-2009) (TJMS-2010) (MPMS-2011) (PGEPA-2012) (DPERS-2011/2014) (MPMT-2014) (DPEGO-2014) (DPEPR-2014) (Cartórios/TJAM-2018) (MPMG-2010/2019)
	(MPMS-2018): A República Federativa do Brasil constitui Estado Democrático de Direito e tem como fundamento, entre outros, o pluralismo político. BL: art. 1º, V, CF.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. (TJAP-2008) (TJMS-2008/2010) (DPERS-2011) (DPEMG-2014) (TRF3-2016) (TJRS-2018) 
	(TJMG-2018-Consulplan): O princípio democrático é postulado do regime político e o princípio republicano é postulado da forma de governo. BL: art. 1º e § único, CF.
##Atenção: ##TRF3-2016: ##TJMG-2018: O princípio democrático é definidor do regime político adotado pelo Estado brasileiro (art. 1º, caput e parágrafo único), ao passo que o princípio republicano é definidor da forma de governo (art. 1º, caput).
(TJGO-2012-FCC): Antiga linha de pensadores políticos, que inclui, por exemplo Aristóteles e Montesquieu, converge para uma determinada forma de governo, concebida como apta a impedir a sua própria degeneração, e que pode ser descrita como politeia ou governo misto, em que elementos de diferentes formas de governo se combinam. Sustenta-se que esse modelo foi adotado na Grécia antiga.
(MPRO-2008-CESPE): Julgue o item subsequente, relativo aos princípios fundamentais e à relação entre indivíduo, sociedade e Estado: O princípio republicano traduz uma forma de governo na qual, em igualdade de condições ou sem distinções de qualquer natureza, a investidura no poder e o acesso aos cargos públicos em geral - do chefe de Estado ao mais humilde dos servidores - são franqueados a todos os indivíduos que preencham tão-somente as condições de capacidade estabelecidas na própria CF ou em conformidade com ela. BL: art. 1º e § único c/c art. 14 c/c art. 37, II, CF.
(TJMS-2008-FGV): O princípio da indissolubilidade do vínculo federativo no Estado Federal Brasileiro (art. 60, §4º, I, CF) tem como finalidades básicas a unidade nacional e a necessidade descentralizadora. 
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. (PGESE-2005) (DPEMG-2009) (TRF1-2009/2011) (MPMS-2011) (TJBA-2012) (DPESP-2012) (MPDFT-2013) (DPEGO-2014) (TRF3-2013) (TJMT-2014) (MPMA-2014) (DPECE-2014) (MPSP-2017) (TRF2-2018) (MPAP-2021)
	##Atenção: ##STF: ##TRF2-2018: É firme o entendimento deste Tribunal de que o Poder Judiciário pode, sem que fique configurada violação ao princípio da separação dos Poderes, determinar a implementação de políticas públicas nas questões relativas ao direito constitucional à saúde. STF. 1ª T., ARE 947823 AgR, Rel. Edson Fachin, j. 28/06/16.
##Atenção: ##STF: ##MPRO-2017: ##FMP: O STF já firmou a orientação de que é possível a imposição de multa diária contra o poder público quando esse descumprir obrigação a ele imposta por força de decisão judicial. Não há falar em ofensa ao princípio da separação dos Poderes quando o Poder Judiciário desempenha regularmente a função jurisdicional. STF. 1ª T., AI 732.188-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 12-6-12. No mesmo sentido: STF. 2ª T., ARE 639.337-AgR, rel. min. Celso de Mello, j. 23-8-11.Parte superior do formulárioParte inferior do formulário
##Atenção: A Administração pública adota medidas assecuratórias de direitos constitucionalmente reconhecidos como essenciais, sem que isso configure violação do princípio da separação dos poderes, inserto no art. 2º da Constituição Federal.
##Atenção: ##STF: ##TRF1-2009: ##CESPE: ##MPMA-2014: (...) A iniciativa legislativa, no que respeita à criação de conta única de depósitos judiciais e extrajudiciais, cabe ao Poder Judiciário. A deflagração do processo legislativo pelo Chefe do Poder Executivo consubstancia afronta ao texto da CF/1988 [art. 61, § 1º]. Cumpre ao Poder Judiciário a administração e os rendimentos referentes à conta única de depósitos judiciais e extrajudiciais. Atribuir ao Poder Executivo essas funções viola o disposto no art. 2º da CF/1988, que afirma a interdependência --- independência e harmonia --- entre o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. (...). STF. Plenário. ADI 3458, Rel. Min. Eros Grau, j. 21/02/08.
##Atenção: ##STF: ##TRF4-2009: Norma que subordina convênios, acordos, contratos e atos de Secretários de Estado à aprovação da Assembleia Legislativa: inconstitucionalidade, porque ofensiva ao princípio da independência e harmonia dos poderes. C.F., art. 2º. Inconstitucionalidade dos incisos XX e XXXI do art. 99 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro. ADI julgada procedente. STF. Plenário. ADI 676, Rel. Min. Carlos Velloso, j. 01/07/1996.
	(PF-2021-CESPE): No que concerne a controle da administração pública, julgue o item subsequente: Apenas a Constituição Federal de 1988 pode prever modalidades de controle externo. BL: art. 2º, CF.
##Atenção: ##PGESE-2005: ##TRF1-2009: ##MPAP-2021: ##PF-2021: ##CESPE: Em se tratando de controle externo, isto é, aquele que é exercido por um Poder da República sobre atos de outro Poder, é preciso que haja expressa previsão constitucional. Isto porque, se a regra geral consiste na independência e separação de poderes (art. 2º, CF), as exceções - que correspondem às hipóteses de controle externo - também devem estar contempladas no texto da Lei Maior. Violaria a hierarquia das normas, em suma, admitir que legislação infraconstitucional pudesse criar exceções não previstas na Constituição. Nesse sentido, é a lição de Maria Sylvia Z. Di Pietro: “Os casos de controle parlamentar sobre o Poder Executivo devem constar expressamente da Constituição Federal, pois consagram verdadeiras exceções ao princípio constitucional da separação de poderes (art. 2.º da CRFB), não se admitindo, destarte, a sua ampliação por meio da legislação infraconstitucional” (DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 22. ed. São Paulo: Atlas, 2009. p. 739). Portanto, não podem as legislações complementar ou ordinária e as Constituições estaduais prever outras modalidades de controle que não as constantes da Constituição Federal, sob pena de ofensa ao princípio da separação de Poderes; o controle constitui exceção a esse princípio, não podendo ser ampliado fora do âmbito constitucional.
	(TRF1-2009-CESPE): Considerando o controle administrativo, assinale a opção correta: Os casos de controle legislativo sobre o Poder Executivo devem constar expressamente da CF, pois consagram exceções ao princípio da separação de poderes, não se admitindo, assim, a sua ampliação por meio da legislação infraconstitucional. BL: art. 2º, CF.
(TRF4-2010): Assinale a alternativa correta: No Brasil as atividades estatais básicas estão distribuídas entre Poderes independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Judiciário e o Executivo, vocacionados ao desempenho, respectivamente, das funções normativa, judicial e administrativa, estando esta última concentrada no Executivo, o qual a exerce precipuamente, mas sem exclusividade. BL: art. 2º, CF.
(TJSP-2008-VUNESP): Como decorrência do princípio da independência e harmonia dos Poderes, cada um dos Poderes pode organizar livremente seus serviços, observando apenas os preceitos constitucionais e legais. BL: art. 2°, CF.
(DPESP-2006-FCC): A teoria dos checks and balances prevê que a cada função foi dado o poder para exercer um grau de controle direto sobre as outras, mediante a autorização para o exercício de uma parte, embora limitada, das outras funções. BL: art. 2°, CF.
##Atenção: A CF/88 adotou o modelo de separação de poderes com base no sistema de freios e contrapeso. Portanto, ao mesmo tempo que são independentes, os poderes também relacionam-se e fiscalizam um ao outro, havendo esferas de interferência.
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: [Dica
Mnemônica: “CO-GA-ERRA-PRO”] (TJSC-2010) (TJMS-2010) (MPSP-2005/2011) (TJBA-2012) (TJSC-2013) (DPESP-2013) (DPERS-2011/2014) (TJMG-2014) (Cartórios/TJRS-2015) (PCRS-2018)
I - COnstruir uma sociedade livre, justa e solidária; (DPECE-2008) (DPESP-2009) (MPPR-2012) (DPERS-2011/2014) (MPSC-2019)
II - GArantir o desenvolvimento nacional; (DPESP-2010) (MPPR-2012) (DPERS-2011/2014) (MPMT-2014) (DPEBA-2016) (MPSC-2019) (Cartórios/TJPR-2019)
III - ERRAdicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; (TJAL-2008) (TRF1-2011) (DPESP-2013) (DPERS-2011/2014) (DPEPA-2015) (MPF-2017) (Cartórios/TJMG-2017)
IV - PROmover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. (DPERS-2011) (TRF1-2011) (MPPR-2012) (TRF5-2013) (DPEGO-2014) (DPEPA-2015) (DPESP-2006/2010/2019)
	(DPESP-2009-FCC): Em relação aos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil previstos no artigo 3o da Constituição Federal, considere a seguinte afirmação: São reveladores de uma axiologia, uma antevisão de um projeto de sociedade mais justa esposado pelo constituinte. BL: art. 3º, CF.
(DPESP-2009-FCC): Em relação aos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil previstos no artigo 3o da Constituição Federal, considere a seguinte afirmação: Vem enunciados em forma de ação verbal (construir, erradicar, reduzir, promover), que implicam a necessidade de um comportamento ativo pelos que se acham obrigados à sua realização. BL: art. 3º, CF.
##Atenção: São aquilo que a doutrina chama de "normas programáticas", isto é, são normas que direcionam a atuação do Estado. Por si só, não são capazes de produzir efeitos no campo prático, mas traçam diretrizes para balizar a conduta dos poderes públicos.
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: (TJMS-2010) (MPSP-2011) (TJBA-2012) (MPPR-2012) (TJSC-2010/2013) (DPEPB-2014) (DPEPR-2014) (DPERS-2014) (Cartórios/TJRS-2015) (Cartórios/TJPR-2019)
I - independência nacional; (TRF5-2009) (MPMT-2012) (DPEPR-2014)
II - prevalência dos direitos humanos; (DPEPI-2009) (MPRO-2010) (MPDFT-2011) (DPEMA-2011) (MPMT-2012) (MPPR-2012) (DPEPB-2014) (DPEPR-2014) (DPERS-2014) (DPEBA-2016) (PCRS-2018)
III - autodeterminação dos povos; (DPEMS-2008) (TRF5-2009) (MPSC-2013) (DPEPR-2014)
IV - não-intervenção; (DPEMS-2008) (DPESP-2009) (TRF5-2009) (MPSC-2013) (DPEPR-2014) (MPF-2017) (MPDFT-2021)
V - igualdade entre os Estados; (DPEMS-2008) (DPEPR-2014)
	(TRF5-2009-CESPE): A CF deu especial destaque ao direito internacional público, ao dispor a respeito dos princípios que devem nortear as relações internacionais brasileiras. Supondo que um país vizinho da América do Sul decretasse a prisão de um ex-presidente ditador, após o devido processo legal, e os EUA diplomaticamente condenassem essa decisão por simpatizarem com o ex-dirigente, o Brasil deveria respeitar a decisão do país sul-americano, tendo em vista o princípio da independência nacional e da igualdade entre os Estados. BL: art. 4º, I, IV e V, CF.
VI - defesa da paz; (DPEMS-2008) (MPSC-2013) (DPEPR-2014) (DPEBA-2016)
VII - solução pacífica dos conflitos; (DPEMS-2008) (DPESP-2010) (DPEPR-2014) (DPERS-2014)
	(MPDFT-2021): Assinale a alternativa correta: Nos termos da Constituição Federal em vigor, o Brasil rege-se nas suas relações internacionais por diversos princípios, dentre eles o da não intervenção em assuntos internos de outras nações soberanas e o da solução pacífica dos conflitos. BL: art. 4º, IV e VII, CF.
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; (DPEMS-2008) (DPESP-2009/2010) (DPEBA-2010) (MPSC-2013) (DPEPR-2014) (DPERS-2014)
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; (DPEPR-2014) (MPRO-2017)
X - concessão de asilo político. (MPRO-2010) (DPU-2010) (DPEMS-2008/2012) (MPSC-2013) (MPMT-2014) (DPEGO-2014) (DPEPR-2014) (TRF5-2009/2015) (TRF1-2011/2013/2015) (TJDFT-2016)
	(MPSC-2014): A concessão de asilo político é um dos princípios que regem a República Federativa do Brasil nas suas relações internacionais. BL: art. 4º, X, CF.
(TRF2-2014): Assinale a alternativa correta: O asilo é medida política, de natureza discricionária, e alberga quem sofra perseguição individual, e está referido na Constituição da República Federativa do Brasil. BL: art. 4º, X, CF.
##Atenção: ##TRF2-2014: ##TRF1-2015: ##TRF5-2015: ##CESPE: A CF/88, no art. 4º, coloca o asilo político como um dos pilares que rege as relações internacionais do Brasil. Não existe uma lei específica para tratar os casos de asilo, que é avaliado diretamente pela Presidência da República, sendo possível controle pelo STF, e cabendo ao Ministério da justiça, no caso de ser dado o asilo, lavrar um termo fixando um prazo de tempo onde a pessoa ficará no Brasil, além de fixar as condições em que a pessoa ficará submetida. Guido Fernando Silva Soares, entre outros, mostra a diferença entre asilo e refúgio, e aponta que o asilo é ato discricionário do Estado, ao passo que o refúgio é obrigatório, e os motivos para a concessão do asilo são políticos, ao passo que os para a concessão de refúgio são humanitários. (SOARES, Guido Fernando Silva. Curso de Direito Internacional Público. São Paulo: Atlas. p. 404-405)
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações. (DPEMS-2008) (TJMS-2010) (TJBA-2012) (TJSC-2013) (DPERS-2014) (Cartórios/TJPR-2019)
TÍTULO II
Dos Direitos e Garantias Fundamentais
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
	##Atenção: ##MPM-2005: ##TJPR-2008: ##MPPB-2011: ##DPEMA-2011: ##TRF2-2011: ##MPF-2012: ##MPDFT-2009/2013: ##MPMA-2014: ##DPEMS-2014: ##TJDFT-2016: ##DPEDF-2019: ##CESPE: ##VUNESP: A Relatividade ou Limitabilidade, como uma das características dos Direitos Fundamentais, entende-se que não existem direitos absolutos, pois, por mais importante que eles sejam, todos encontram limites em outros direitos ou interesses coletivos, também consagrados na Constituição. Logo, a tese da existência de direitos absolutos, portanto, é incompatível com a ideia de que todos os direitos são passíveis de restrições impostas por interesses coletivos ou por outros também consagrados na CF/88. A relatividade é uma característica que todo direito fundamental possui para permitir a convivência das liberdades públicas. A colisão de direitos pressupõe a cedência recíproca entre eles.
	(TJPR-2008): Os direitos fundamentais não são absolutos. Isso posto, a manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo poderão sofrer restrições em face das disposições da CF/1988. BL: art. 5º, IV e XXIX da CF. 
(MPM-2005): Em relação à teoria dos Direitos e Garantias Fundamentais, assinale a opção correta: Os direitos e garantias fundamentais consagrados na Constituição Federal não são ilimitados, uma vez que encontram seus limites nos demais direitos igualmente consagrados como por exemplo, o princípio da relatividade ou convivência das liberdades públicas.
##Atenção: ##MPDFT-2009: ##MPAM-2015: ##MPGO-2016: Por terem fundamento na dignidade da pessoa humana e serem desprovidas, em sua maioria, de conteúdo econômico-patrimonial, parte da doutrina considera os direitos fundamentais imprescritíveis, inegociáveis, indisponíveis e irrenunciáveis.
(TJDFT-2007): A respeito dos direitos fundamentais, assinale a alternativa correta: os direitos fundamentais, enumerados no Título II da Constituição, compõem um sistema aberto.
##Atenção: ##MPM-2005: ##Anal. Judic./STJ-2008: ##CESPE: ##MPDFT-2013: Os direitos e garantias fundamentais são considerados elementos limitativos das constituições: Elementos limitativos manifestam-se nas normas que compõem o elenco dos direitos e garantias fundamentais (direitos individuais e suas garantias, direitos e nacionalidade e direitos políticos democráticos) limitando os poderes do Estado,
como forma de evitar abuso de poder.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (DICA MNEMÔNICA: “VILPS”) (MPM-2005) (DPEAL-2009) (DPEES-2009) (DPEPI-2009) (TRF4-2010) (MPPB-2011) (MPSP-2011) (TJBA-2012) (MPTO-2012) (TJSC-2013) (MPDFT-2013) (DPETO-2013) (DPEGO-2014) (TJDFT-2007/2015) (DPEMA-2009/2011/2015) (TJSP-2015) (DPU-2015) (DPEAC-2017) (TJRO-2019) (MPPR-2019) (MPSC-2021)
	(MPMG-2017): Quanto aos direitos fundamentais, assinale a alternativa correta: A Constituição Federal não dispõe sobre o início da vida humana e, por isso, a capacidade para ser titular de direitos fundamentais é informada pela lei civil. BL: art. 5º, caput, CF c/c art. 2º, CC.
##Atenção: A Constituição estabelece o direito à vida como um direito fundamental, mas não dispõe sobre o seu início, que é disposto no Código Civil.
(TJDFT-2016-CESPE): Em atenção aos direitos e garantias fundamentais da Constituição brasileira, assinale a opção correta: Há direitos fundamentais cuja titularidade é reservada aos estrangeiros. BL: art. 5º, caput c/c art. 4º, X, CF.
##Atenção: De fato, há direitos fundamentais reservados aos estrangeiros. É o caso, por exemplo, do art. 5º, LII da CF, que proíbe a extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião, vejamos: “LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião”. Outro direito fundamental titularizado exclusivamente por estrangeiros apontado pela doutrina é o direito de asilo político (art. 4º, X, CF). 
(TRF3-2016): Assinale a alternativa correta: Os direitos e deveres individuais e coletivos estendem-se aos estrangeiros que apenas estão em trânsito pelo Brasil. BL: art. 5º, caput, CF.
##Atenção: ##DPEES-2009: ##MPPB-2011: ##DPEMA-2011: ##MPTO-2012: ##DPETO-2013: ##DPEGO-2014: ##TJDFT-2015: ##DPU-2015: ##TRF3-2016: ##TJRO-2019: ##CESPE: ##VUNESP: Apesar do caput do art. 5º enunciar direitos apenas a brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil, a doutrina e o STF os estendem também para estrangeiros em trânsito e pessoas jurídicas (HC 94.016/2008).
(TJPA-2014-VUNESP): O texto constitucional, em seu art. 5.º, caput, prevê expressamente valores ou direitos fundamentais ao ditar literalmente que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. BL: art. 5º, caput, CF.
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição; (TRF4-2010/2012) (TRF2-2018) (TRF3-2018) (MPGO-2019)
	##Atenção: ##STF: ##TRF2-2018: A adoção de critérios diferenciados para o licenciamento dos militares temporários, em razão do sexo, não viola o princípio da isonomia. STF. 2ª T., RE 489064 ED, Rel. Min. Ellen Gracie, j. 08/09/09.
	(MPGO-2019): É constitucional a lei de proteção animal que, a fim de resguardar a liberdade religiosa, permite o sacrifício ritual de animais em cultos de religiões de matriz africana, conforme entendimento recente do STF. BL: Info 935, STF.
##Atenção: ##DOD: ##STF: ##TRF3-2018: A imposição de discrímen de gênero para fins de participação em concurso público somente é compatível com a Constituição nos excepcionais casos em que demonstradas a fundamentação proporcional e a legalidade da imposição, sob pena de ofensa ao princípio da isonomia. A CF/88 assegura, em seu art. 5º, I, que homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações. Além disso, o Texto Constitucional determina que é proibido ao Administrador Público estabelecer diferenças nos critérios de admissão dos servidores públicos por motivo de sexo (art. 7º, XXX c/c art. 39, § 3º). Desse modo, em regra, em um concurso público, não são permitidas discriminações entre homens e mulheres. Excepcionalmente, são permitidas distinções de gênero para fins de participação em concurso público desde que seja demonstrado que esse discrímen é: a) proporcional e b) previsto em lei. No caso concreto julgado, o concurso para oficial da Polícia Militar estabelecia que somente podiam participar candidatos do sexo masculino. Vale ressaltar que essa restrição era prevista tanto na lei como no edital do certame. A 2ª Turma do STF entendeu que havia afronta ao princípio da isonomia, haja vista que tanto o edital quanto a lei não teriam definido qual a justificativa para não permitir que mulheres concorressem ao certame e ocupassem os quadros da Polícia Militar. Ora, como se sabe, existem muitas mulheres que integram a carreira policial e o simples fato de ser do sexo feminino não é empecilho para fazer parte da Polícia Militar. STF. 2ª T. RE 528684/MS, rel. Min. Gilmar Mendes, j. 3/9/13 (Info 718).
	(TJMG-2012-VUNESP): De acordo com o STF, não ofende o princípio da igualdade a limitação de idade para a inscrição em concurso público, desde que se leve em conta a natureza das atribuições do cargo a ser preenchido. BL: Súmula 683, STF. 
(TJMG-2012-VUNESP): O princípio da isonomia reveste-se de autoaplicabilidade e não é suscetível de regulamentação ou complementação normativa, pois se traduz em norma de eficácia plena. BL: art. 5º, I e §1º, CF. 
(TRF4-2010): Quanto à igualdade, assinale a alternativa correta: Segundo autorizada doutrina (Celso Antonio Bandeira de Mello, Humberto Ávila, etc.), o elemento-chave para a verificação da igualdade é o critério de distinção (“medida de comparação”) analisado à luz da finalidade.
##Atenção: ##TRF4-2010: ##Conteúdo Jurídico do Princípio da Igualdade: ##Critérios para Identificação do desrespeito à Isonomia: Celso Antônio Bandeira de Mello aponta os critérios para identificação do desrespeito à isonomia. Para o autor, o reconhecimento das diferenciações, que não podem ser feitas sem quebra da isonomia, são os seguintes: i) O elemento tomado como fator de desigualação (critério de distinção); ii) A correlação lógica abstrata existente entre o fator erigido e a disparidade estabelecida no tratamento jurídico diversificado (entre o fator de desigualação e a desigualação consequente); iii) A consonância desta correlação lógica com os interesses absorvidos no sistema constitucional. Em resumo, o doutrinador explica que, tem-se que investigar, de um lado, aquilo que é adotado como critério discriminatório, ou seja, o próprio elemento tomado como fator de desequiparação; de outro, cumpre verificar se há justificativa racional, isto é, fundamento lógico, para, à vista do traço desigualador acolhido, atribuir o específico tratamento jurídico construído em função da desigualdade proclamada. Finalmente, impende analisar se a correlação ou fundamento racional abstratamente existente é, in concreto, afinado com os valores prestigiados no sistema normativo constitucional. A dizer: se guarda ou não harmonia com eles.[footnoteRef:1] Humberto Ávila ensina que a igualdade deve funcionar como regra, prevendo a proibição de tratamento discriminatório; como princípio, instituindo um estado igualitário com fim a ser promovido; e como postulado, estruturando a aplicação do Direito em função de elementos (critério de diferenciação e finalidade de distinção) e da relação entre eles (congruência do critério em razão do fim).[footnoteRef:2] [1: MELLO, Celso Antônio Bandeira de. O conteúdo jurídico do princípio da igualdade. 3. ed. 20ª tiragem. São Paulo: Malheiros, 2011, pp. 21-22.] [2: ÁVILA, Humberto. Teoria dos princípios: da definição à aplicação dos princípios jurídicos. 12. ed. São Paulo: Malheiros, 2004, p. 162.] 
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; [obs.: Norma de eficácia plena.] (PGESE-2005) (TJDFT-2008) (MPRO-2008) (DPEMA-2009) (AGU-2009) (MPPR-2011) (MPSC-2012) (DPESP-2012) (TRF2-2011/2013) (MPMG-2013) (DPERR-2013) (TRF3-2013) (MPRS-2014) (TJSP-2018) (MPBA-2018) (TJRO-2019)
	(TJSP-2018-VUNESP):
O princípio da legalidade, já incorporado ao direito pátrio pelas Cartas anteriores, foi mantido pelo artigo 5° , II, da atual Constituição. Sobre o tema, é possível afirmar que o conceito de legalidade não corresponde exclusivamente à lei em sentido formal, mas abrange também os preceitos normativos da própria Constituição e aqueles editados com base nela, como as emendas constitucionais, as leis complementares, as leis delegadas e as medidas provisórias. BL: art. 5º, II e art. 59 da CF.
##Atenção: ##TJDFT-2008: ##MPDFT-2009: ##AGU-2009: ##DPERR-2013: ##CESPE: ##MPRS-2014: O princípio da legalidade possui uma abrangência mais ampla que o princípio da reserva legal. Enquanto o princípio da legalidade consiste na submissão a todas as espécies normativas elaboradas em conformidade com o processo legislativo constitucional (leis em sentido amplo), o princípio da reserva legal incide apenas sobre campos materiais específicos, submetidos exclusivamente ao tratamento do Poder Legislativo (leis em sentido estrito). Quando a exige a regulamentação integral de sua norma por lei em sentido formal (ato emanado do Poder Legislativo e elaborado de acordo com o devido processo legislativo), trata-se de reserva legal absoluta; se, apesar de exigir a edição desta espécie de lei, permite que ela apenas fixe os parâmetros de atuação a serem complementados por ato infralegal (por óbvio, respeitados os limites estabelecidos pela legislação), trata-se de reserva legal relativa. Portanto, conclui-se a reserva legal possui abrangência menor que o princípio da legalidade. Isso porque a reserva legal apenas exige que haja lei exigindo determinados comportamentos, enquanto a legalidade orienta a criação de princípios e regras que irão embasar todo o ordenamento jurídico.
##Atenção: Para Hely Lopes Meirelles, “na Administração Pública não há liberdade nem vontade pessoal. Enquanto na administração particular é lícito fazer tudo que a lei não proíbe, na Administração Pública só é permitido fazer o que a lei autoriza”. 
(MPPR-2016): Assinale a alternativa correta: O art. 5, inc. II, da CF expressa a ideia de que somente a lei pode criar regras jurídicas (Rechtsgesetze), no sentido de interferir na esfera jurídica dos indivíduos de forma inovadora, sendo inegável nesse sentido o conteúdo material da expressão em virtude de lei presente na Constituição de 1988. BL: art. 5º, II, CF.
(MPDFT-2009): Sobre direitos fundamentais, julgue o seguinte item: O princípio da legalidade significa dizer que ninguém será obrigado a fazer, ou deixar de fazer algo, senão em virtude de lei. BL: art. 5º, II, CF.
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; (MPSP-2008) (DPESP-2009) (DPESC-2012) (TJBA-2019) (TJRO-2019)
	(TJPR-2012-UFPR): A norma do art. 5º, III da CF/88 segundo a qual “ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante”, é dotada de eficácia plena. BL: art. 5º, III, CF.
##Atenção: Além disso, é dotada de aplicabilidade direta, imediata e integral, pois não necessita de lei infraconstitucional para torná-la aplicável e nem admite lei infraconstitucional que lhe restrinja o conteúdo.
##Atenção: ##TJBA-2019: ##CESPE: No caso brasileiro, de acordo com o que dispõe o art. 5º, III, da CF/1988, a tortura, assim como todo e qualquer tratamento desumano e degradante, encontra-se vedada por norma de direito fundamental específica, com estrutura de regra, pois se trata de norma proibitiva de determinada conduta.[footnoteRef:3] [3: Fonte: https://www.conjur.com.br/2015-ago-21/direitos-fundamentais-veto-tortura-ilustra-funcao-dignidade-clausula-barreira ] 
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; (MPSP-2010) (MPDFT-2011) (MPF-2011/2012) (MPPR-2012/2014) (MPMA-2014) (MPRR-2017) (TRF2-2017) (DPEDF-2019) (DPEMG-2019)
	(Téc./MPU-2018-CESPE): A liberdade de pensamento é exercida com ônus para o manifestante, que deverá se identificar e assumir a autoria daquilo que ele expressar. BL: art. 5º, IV, CF. 
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem; (MPPR-2008) (MPSP-2010) (TRF3-2011) (MPMS-2015) (DPEDF-2019)
	(MPF-2011): O direito de resposta, além de tutelar os direitos da personalidade, também configura instrumento para a promoção do pluralismo interno dos meios de comunicação social, na medida em que confere ao público a possibilidade de acesso a posições divergentes sobre tema de interesse social. BL: art. 5º, V, CF.
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; (MPPB-2010) (TRF4-2010) (MPSP-2012) (MPF-2011/2013) (DPEPB-2014) (TRF2-2017)
	##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPGO-2019: É constitucional a lei de proteção animal que, a fim de resguardar a liberdade religiosa, permite o sacrifício ritual de animais em cultos de religiões de matriz africana. STF. Plenário. RE 494601/RS, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Edson Fachin, j. 28/3/19 (Info 935).
	##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: O princípio da laicidade significa dizer que o Estado brasileiro é laico (secular ou não-confessional), ou seja, não existe nele uma religião oficial (art. 19, I, da CF/88). Assim, por força deste princípio, o Estado não pode estar associado a nenhuma religião, nem sob a forma de proteção, nem de perseguição. Há, portanto, uma separação formal entre Igreja e Estado. O STF entendeu que, ao contrário do que alegou o MP/RS, a referida lei não viola o princípio da laicidade. A proteção legal às religiões de matriz africana não representa um privilégio, mas sim um mecanismo de assegurar a liberdade religiosa, mantida a laicidade do Estado. Desse modo, a lei estadual, na verdade, está de acordo com o princípio da laicidade. Isso porque a laicidade do Estado proíbe que haja o menosprezo ou a supressão de rituais, especialmente no caso de religiões minoritárias que poderiam ser subjugadas pelo Estado.
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Além disso, não há violação ao princípio da igualdade: A CF promete uma sociedade livre de preconceitos, entre os quais, o religioso. A proibição do sacrifício de animais em seus cultos negaria a própria essência da pluralidade cultural, com a consequente imposição de determinada visão de mundo. Ao se conferir uma proteção aos cultos de religiões historicamente estigmatizadas, o legislador não ofende o princípio da igualdade. Ao contrário, materializa esse princípio diante do preconceito histórico sofrido.
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Por fim, não há violação ao art. 225 da CF: O legislador, ao admitir a prática de imolação (sacrifício), não violou o dever constitucional de amparo aos animais, estampado no art. 225, § 1º, VII, da CF. Isso porque se deve evitar que a tutela de um valor constitucional relevante (meio ambiente) aniquile o exercício de um direito fundamental (liberdade de culto), revelando-se desproporcional impedir todo e qualquer sacrifício religioso quando diariamente a população consome carnes de várias espécies. Além disso, deve-se reforçar o argumento de que os animais sacrificados nestes cultos são abatidos de forma rápida, mediante degola, de sorte que a realização dos rituais religiosos com estes animais não se amolda ao art. 225, § 1º, VII, que proíbe práticas cruéis com animais.
##Questão de concurso:
(MPGO-2019): É constitucional a lei de proteção animal que, a fim de resguardar a liberdade religiosa, permite o sacrifício ritual de animais em cultos de religiões de matriz africana, conforme entendimento recente do STF. BL: Info 935, STF.
	(MPRS-2014): Considere a seguinte afirmação sobre Direitos Fundamentais: A liberdade de crença apresenta-se na Constituição Federal como direito individual sem reserva legal expressa, ao passo que a proteção aos locais de culto e as suas liturgias submete-se ao regime da reserva legal simples. BL: art. 5º, II e VI,
CF.
##Atenção: Inicialmente, sobre o princípio da legalidade, ver comentário no inciso II do art. 5º da CF. Agora, vejamos o teor do inciso VI do art. 5º: “Art. 5º. (...) VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença [não há reserva legal expressa], sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias [há reserva legal expressa]; (...)”
(Agente Penitenc./ES-2009-CESPE): Acerca dos direitos fundamentais, julgue o item a seguir. O Brasil, por ser um país laico, não tem religião oficial, sendo assegurada constitucionalmente a inviolabilidade da liberdade de consciência e de crença, bem como o livre exercício dos cultos religiosos. BL: art. 5º, VII, c/c art. 19, I, CF.
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva; (TRF4-2010) (TJPA-2012) (DPEPR-2012) (MPSP-2012) (DPEPB-2014) (MPGO-2019)
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; (TJDFT-2008) (MPPB-2010) (TRF4-2010) (TRF5-2011) (MPSP-2012) (DPESC-2012) (TJSC-2013) (MPDFT-2013) (MPMA-2014) (MPPR-2014) (DPEPB-2014) (DPERN-2015) (MPSC-2019)
	##Atenção: O direito de escusa de consciência não se restringe ao serviço militar obrigatório, quando se trata de crença religiosa, convicção filosófica ou religiosa, pois ele pode atingir, por exemplo, indivíduos que não aceitam trabalhar ou realizar prova aos sábados. 
	(MPBA-2018): O brasileiro que se recusa a cumprir prestação alternativa legalmente estabelecida, após ter invocado convicção política para eximir-se de obrigação legal a todos imposta, poderá, em razão dessa conduta, ser privado de direitos. BL: art. 5º, VIII, CF.
##Atenção: A pessoa tem direito a não cumprir a obrigação imposta por motivos de consciência sem que isso a prive de direitos. Entretanto, ela há de cumprir a obrigação alternativa, caso contrário, poderá sim ser privada de direitos.
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença; (MPSP-2006) (MPF-2011) (DPESP-2012) (TJSC-2013) (MPDFT-2013) (MPMA-2014) (TJPE-2015) (TJDFT-2015) (TRF5-2015) (TJBA-2019) (MPMG-2021)
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; (MPRO-2008) (TRF4-2010) (MPGO-2010) (TRF2-2011) (TRF3-2011) (DPESP-2012) (MPF-2011/2013) (MPRS-2014) (TRF5-2013/2015) (MPMS-2015) (TJBA-2019) (DPEDF-2019) (MPMG-2021)
	(MPSP-2011): Considerando a disciplina constitucional brasileira, é possível afirmar que o direito à privacidade encontra expressão constitucional na inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas. BL: art. 5º, X, CF.
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; [obs.: Norma de eficácia contida.] (PGESE-2005) (TJAL-2008) (TRF1-2009) (DPEGO-2010) (MPSP-2011) (TJPA-2012) (TJMG-2012) (MPRS-2012) (DPEAC-2012) (DPESC-2012) (DPESP-2012) (MPRO-2008/2010/2013) (MPES-2013) (MPMS-2013) (MPSC-2013) (TRF2-2011/2014) (DPEPB-2014) (TJDFT-2007/2015) (TRF5-2009/2015) (DPERN-2015) (MPPR-2008/2011/2017) (TJPR-2017) (MPRR-2017) (TJRS-2018) (TJCE-2018) (TJAC-2019) (MPDFT-2021) (MPMG-2021)
	Art. 150 do Código Penal:
Art. 150 - Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências:
 Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.
 § 1º - Se o crime é cometido durante a noite, ou em lugar ermo, ou com o emprego de violência ou de arma, ou por duas ou mais pessoas:
 Pena - detenção, de seis meses a dois anos, além da pena correspondente à violência.
 § 2º - (Revogado pela Lei nº 13.869, de 2019) (Vigência)
 § 3º - Não constitui crime a entrada ou permanência em casa alheia ou em suas dependências:
 I - durante o dia, com observância das formalidades legais, para efetuar prisão ou outra diligência;
 II - a qualquer hora do dia ou da noite, quando algum crime está sendo ali praticado ou na iminência de o ser.
 § 4º - A expressão "casa" compreende:
 I - qualquer compartimento habitado;
 II - aposento ocupado de habitação coletiva;
 III - compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade.
 § 5º - Não se compreendem na expressão "casa":
 I - hospedaria, estalagem ou qualquer outra habitação coletiva, enquanto aberta, salvo a restrição do n.º II do parágrafo anterior;
 II - taverna, casa de jogo e outras do mesmo gênero.
	##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##MPDFT-2021: ##MPMG-2021: Mera intuição de que está havendo tráfico de drogas na casa não autoriza o ingresso sem mandado judicial ou consentimento do morador: O ingresso regular da polícia no domicílio, sem autorização judicial, em caso de flagrante delito, para que seja válido, necessita que haja fundadas razões (justa causa) que sinalizem a ocorrência de crime no interior da residência. A mera intuição acerca de eventual traficância praticada pelo agente, embora pudesse autorizar abordagem policial, em via pública, para averiguação, não configura, por si só, justa causa a autorizar o ingresso em seu domicílio, sem o seu consentimento e sem determinação judicial. STJ. 6ª T. REsp 1.574.681-RS, Rel. Min. Rogério Schietti Cruz, j. 20/4/17 (Info 606).
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPPR-2017: ##TJPA-2019: ##TJPR-2019: ##TJSC-2019: ##MPPI-2019: ##CESPE: ##MPMT-2019: ##MPMG-2021: ##FCC: A entrada forçada em domicílio sem mandado judicial só é lícita, mesmo em período noturno, quando amparada em fundadas razões, devidamente justificadas “a posteriori”, que indiquem que dentro da casa ocorre situação de flagrante delito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade, e de nulidade dos atos praticados. A proteção contra a busca arbitrária exige que a diligência seja avaliada com base no que se sabia antes de sua realização, não depois. STF. Plenário. RE 603616/RO, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 4 e 5/11/15 (repercussão geral) (Info 806).
	(MPMT-2019-FCC): À luz da disciplina dos direitos e garantias fundamentais na Constituição Federal e da jurisprudência do STF na matéria, a entrada forçada em domicílio sem mandado judicial é lícita, mesmo em período noturno, quando amparada em fundadas razões, devidamente justificadas a posteriori, que indiquem que dentro da casa ocorre situação de flagrante delito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade dos atos praticados. BL: Info 806, STF.
##Atenção: ##STF: ##DPEAC-2012: ##CESPE: A CF/1988 autoriza a prisão em flagrante como exceção à inviolabilidade domiciliar, prescindindo de mandado judicial, qualquer que seja sua natureza. STF. 2ª T., RHC 91.189, Rel. Min. Cezar Peluso, j. 9/3/10.
##Atenção: ##STF: ##DPEAC-2012: ##CESPE: De acordo com o art. 5°, XI, da CF/88, a existência de ordem judicial não cancela a inviolabilidade noturna. Nesse sentido, veja-se decisão do STF: “Domicílio – Inviolabilidade noturna – Crime de resistência – Ausência de configuração. A garantia constitucional do inciso XI do art. 5º da Carta da República, a preservar a inviolabilidade do domicílio durante o período noturno, alcança também ordem judicial, não cabendo cogitar de crime de resistência.” STF. 1ª T. RE 460.880, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 25/9/07.
	##Atenção: Em outras palavras:
- por determinação judicial: apenas durante o dia;
- em caso de flagrante delito, desastre, ou para prestar socorro: durante o dia ou à noite,
não necessitando de determinação judicial.
- com o consentimento do morador: em qualquer horário.
##Atenção: Em caso de flagrante delito, desastre ou para prestar socorro, não se faz necessário que haja autorização judicial, ou que seja durante o dia.
##Atenção: ##DPESP-2012: ##TJAC-2019: ##FCC: ##VUNESP: A abrangência do termo “casa” no direito constitucional deve ser ampla, entendida como “projeção espacial da pessoa”, alcançando não somente o escritório de trabalho como também o estabelecimento industrial e o clube recreativo.
	(Anal. Judic./TRF5-2017-FCC): Fernando passou mal de manhã em sua residência e, como estava sozinho, tentou sair para buscar ajuda, mas não conseguiu nem abrir o portão de casa. Fernando teve tempo apenas de pedir auxílio ao seu vizinho, Paulo, desmaiando logo em seguida, ali mesmo no jardim. Paulo, desesperado, rapidamente telefonou ao Corpo de Bombeiros. Nessa situação, à luz da CF/88, os bombeiros estarão autorizados a adentrar no imóvel de Fernando, assim que chegarem, já que para a prestação de socorro pode-se penetrar na casa do morador, sem o seu consentimento, a qualquer hora. BL: art. 5º, XI, CF.
(TRF3-2016): Assinale a alternativa correta: Para fins da proteção referida no art. 5º, XI, da Constituição atual, o conceito normativo de “casa” deve ser abrangente, de modo a se estender, em regra, a qualquer compartimento privado onde alguém exerce uma atividade ou profissão. BL: art. 5º, XI, CF e art. 150, §4º, CP, Entend. Dout. e Jurisprud.
(TRF2-2014): Assinale a alternativa correta: A tutela da inviolabilidade do domicílio inclui quartos de hotel em que o indivíduo se hospeda e até mesmo compartimentos privados não abertos ao público onde alguém exerça a sua profissão ou atividade. BL: art. 5º, XI, CF e art. 150, §4º, CP, Entend. Dout. e Jurisprud.
##Atenção: ##DPESP-2012: ##TRF2-2014: ##DPERN-2015: ##CESPE: ##FCC: É o que dispõe o §4º do art. 150 do CP. Acerca do que, de fato, deve ser entendido como domicílio, Bernardo Gonçalves Fernandes explica que, segundo a doutrina e a jurisprudência, é possível apontar as seguintes situações: “Pátio da casa: Tratando-se de local cercado ou, ainda que não haja essa delimitação, havendo evidências certas de que integra o ambiente da residência, o pátio deverá ter o mesmo tratamento desta, exigindo, para que se proceda à busca e apreensão, a ordem judicial. Bem diferente, todavia, é a situação dos campos abertos ou terrenos baldios, nos quais é permitida a livre ação da autoridade para diligenciar e apreender objetos e provas; Veículos: Não podem ser equiparados a domicílio, pois se tratam de coisas que pertencem à pessoa. No mesmo caso encontram-se os ônibus de transporte de passageiros, que podem ser livremente examinados. Diferente, contudo, a situação da rotulada boleia do caminhão, que se equipara a domicílio na hipótese de encontrar-se o motorista em viagem prolongada, valendo-se da cabine do veículo como dormitório, lá possuindo seus objetos pessoais, roupas e material de higiene. Nesse caso, deve ser respeitada a previsão constitucional exigente de ordem judicial para revista específica, quer dizer, a abordagem diretamente relacionada àquele veículo. Evidentemente, essa regra não tem aplicabilidade na hipótese de blitz, que se caracteriza como operação de revista geral em todos os veículos que passam por determinado local, caso em que a revista aos veículos deve ser livremente facultada; Trailers, cabine de barcos, barracas, motor homes e afins: Tratando-se de locais destinados à habitação, ainda que provisória, da pessoa, deverão receber idêntico tratamento conferido à busca na casa propriamente dita; Quarto ocupado de hotel, motel, pensão, hospedaria e congêneres: Quarto de hotel e similares, quando ainda ocupados, qualificam-se juridicamente como casa para fins da tutela da inviolabilidade domiciliar. Assim, a inobservância das regras legais e constitucionais na busca e apreensão realizada nesta espécie de recinto conduz à ilicitude da prova, acarretando o seu banimento do processo criminal. Neste sentido, o STF: "Para os fins da proteção jurídica a que se refere o art. 5°, XI, da Constituição da República, o conceito normativo de "casa" revela-se abrangente e, por estender-se a qualquer aposento da habitação coletiva, desde que ocupado (CP, art. 150, § 4º, II), compreende, observada essa específica limitação espacial, os quartos de hotel". (RHC 90.376/RJ, DJ 18.05.2007); Escritório, consultório, gabinete de trabalho e similares quando não ocupados por qualquer pessoa no momento da diligência de busca: Embora haja controvérsia, decidiu-se, no Supremo Tribunal Federal, por afastar os referidos ambientes da proteção constitucional da inviolabilidade domiciliar quando não estiverem ocupados no momento da diligência. Isto ocorreu no julgamento do inquérito 2.424/RJ (20.11.2008), entendendo aquela Corte que "é, no mínimo, duvidosa a equiparação entre escritório vazio com domicílio stricto sensu, que pressupõe a presença de pessoas que o habitem". Neste contexto, validou a busca e apreensão realizada no local, durante a noite (in casu, tratava-se do escritório de advogado a quem se imputava participação em crimes), refutando os argumentos de que essa providência teria afrontado o art. 5°, XI, da CF por não ter sido realizada no período diurno”. (Fonte: FERNANDES, Bernardo Gonçalves. Curso de Direito Constitucional. 9. ed. Salvador. JusPODIVM, 2017, pp. 500-501).
(TJDFT-2008): Em caso de desastre, ou para prestar socorro, autoriza-se a entrada na casa, seja de dia ou de noite, tenha-se ou não anuência do morador ou autorização judicial. BL: art. 5º, XI, CF. 
(TJDFT-2008): Em caso de flagrante delito, igualmente, autoriza-se o ingresso na casa, de dia ou de noite, independentemente de quem quer que seja. BL: art. 5º, XI, CF.
(TJDFT-2008): No período diurno, por determinação judicial, excepciona-se também a inviolabilidade domiciliar. Nesta hipótese, estamos diante da denominada reserva de jurisdição, ou seja, situações em que se faz indispensável a atuação do Poder Judiciário, autorizando determinada conduta, sem a qual seria a mesma considerada ilícita. BL: art. 5º, XI, CF.
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal; (MPRO-2008) (MPMG-2010) (MPPB-2010) (DPEGO-2010) (TJPE-2011) (TRF1-2011) (TRF2-2011) (DPESP-2010/2012) (MPSP-2011/2012) (TJMS-2012) (TJPA-2012) (DPESC-2012) (MPGO-2010/2013) (TJRJ-2011/2013) (MPES-2013) (MPPR-2013) (TJDFT-2014) (MPAC-2014) (DPEPB-2014) (TRF5-2015) (TJPR-2017) (MPBA-2018) (TJAC-2012/2019) (TJSC-2019) (MPCE-2020) (MPDFT-2011/2021)
	##Atenção: ##STJ: ##MPDFT-2021: Para a 5ª Turma do STJ, a agenda telefônica é uma das facilidades oferecidas pelos modernos aparelhos de smartphones a seus usuários e durante uma prisão em flagrante, a análise pelos policiais dos dados constantes na agenda telefônica ou no registro de chamadas não está garantida a proteção do sigilo telefônico ou de dados telemáticos prevista no art. 5º, XII, da CR/1988. STJ. 5ª T., REsp 1782386/RJ, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, j. 15/12/20.
##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##MPPI-2019: ##TJBA-2019: ##CESPE: O sigilo a que se refere o art. 5º, XII, da CF/88 é em relação à interceptação telefônica ou telemática propriamente dita, ou seja, é da comunicação de dados, e não dos dados em si mesmos. Desta forma, a obtenção do conteúdo de conversas e mensagens armazenadas em aparelho de telefone celular ou smartphones não se subordina aos ditames da Lei n. 9.296/96. Contudo, os dados armazenados nos aparelhos celulares decorrentes de envio ou recebimento de dados via mensagens SMS, programas ou aplicativos de troca de mensagens (dentre eles o "WhatsApp"), ou mesmo por correio eletrônico, dizem respeito à intimidade e à vida privada do indivíduo, sendo, portanto, invioláveis, no termos do art. 5°, X, da
CF/88. Assim, somente podem ser acessados e utilizados mediante prévia autorização judicial, nos termos do art. 3° da Lei n. 9.472/97 e do art. 7° da Lei n. 12.965/14. A jurisprudência das duas Turmas da Terceira Seção STJ firmou-se no sentido de ser ilícita a prova obtida diretamente dos dados constantes de aparelho celular, decorrentes de mensagens de textos SMS, conversas por meio de programa ou aplicativos ("WhatsApp"), mensagens enviadas ou recebidas por meio de correio eletrônico, obtidos diretamente pela polícia no momento do flagrante, sem prévia autorização judicial para análise dos dados armazenados no telefone móvel. No caso, se o telefone celular foi apreendido em busca e apreensão determinada por decisão judicial, não há óbice para que a autoridade policial acesse o conteúdo armazenado no aparelho, inclusive as conversas do Whatsapp. Para a análise e a utilização desses dados armazenados no celular não é necessária nova autorização judicial. A ordem de busca e apreensão determinada já é suficiente para permitir o acesso aos dados dos aparelhos celulares apreendidos. STJ. 5ª T. RHC 77.232/SC, Rel. Min. Felix Fischer, j. 03/10/17.
	(MPPI-2019-CESPE): Com relação à licitude do procedimento de busca e apreensão de celular por autoridade policial, assinale a opção correta: É lícito o acesso aos dados armazenados em celular apreendido após determinação judicial de busca e apreensão, mesmo que a decisão não tenha expressamente previsto tal medida. BL: RHC 77.232/SC, STJ.
##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##MPMG-2017: ##MPRR-2017: ##TJBA-2019: ##MPCE-2020: ##CESPE: A obtenção do conteúdo de conversas e mensagens armazenadas em aparelho de telefone celular ou smartphones não se subordina aos ditames da Lei 9.296/96. O acesso ao conteúdo armazenado em telefone celular ou smartphone, quando determinada judicialmente a busca e apreensão destes aparelhos, não ofende o art. 5º, XII, da CF/88, considerando que o sigilo a que se refere esse dispositivo constitucional é em relação à interceptação telefônica ou telemática propriamente dita, ou seja, é da comunicação de dados, e não dos dados em si mesmos. Assim, se o juiz determinou a busca e apreensão de telefone celular ou smartphone do investigado, é lícito que as autoridades tenham acesso aos dados armazenados no aparelho apreendido, especialmente quando a referida decisão tenha expressamente autorizado o acesso a esse conteúdo. STJ. 5ª T. RHC 75.800-PR, Rel. Min. Felix Fischer, j. 15/9/16 (Info 590).
	(MPRR-2017-CESPE): A Polícia Civil, em uma operação de combate ao tráfico de drogas, prendeu Adelmo em flagrante. Durante a operação, na residência do indiciado, apreendeu-se, além de grande quantidade de cocaína, um smartphone que continha toda a movimentação negocial de Adelmo e seus clientes, o que confirmava o tráfico e toda a estrutura da organização criminosa. Acerca dessa situação hipotética, assinale a opção correta: Se a prisão em flagrante tiver sido precedida de mandado de busca e apreensão do smartphone de Adelmo, então, ainda que não haja, no referido mandado, a previsão de quebra do sigilo de dados, não haverá qualquer ilegalidade no acesso às informações contidas no referido aparelho. BL: Info 590, STJ.
##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##MPMG-2017: ##MPRR-2017: ##MPSP-2019: ##MPCE-2020: ##CESPE: ##Cuidado (situação diferente em relação ao julgado veiculado no Info 590, STJ, citado acima): Sem prévia autorização judicial, são nulas as provas obtidas pela polícia por meio da extração de dados e de conversas registradas no whatsapp presentes no celular do suposto autor de fato delituoso, ainda que o aparelho tenha sido apreendido no momento da prisão em flagrante. Assim, é ilícita a devassa de dados, bem como das conversas de whatsapp, obtidos diretamente pela polícia em celular apreendido no flagrante, sem prévia autorização judicial. STJ. 6ª T. RHC 51.531-RO, Rel. Min. Nefi Cordeiro, j. 19/4/16 (Info 583).
	(MPSP-2019): Com base na orientação jurisprudencial assentada no STJ quanto à ilicitude da prova, é considerada ilícita a prova: obtida diretamente dos dados constantes de aparelho celular, decorrentes de mensagens de textos SMS ou conversas por meio de WhatsApp, quando ausente prévia autorização judicial. BL: Info 583, STJ.
	(PCMA-2018-CESPE): De acordo com o entendimento do STF, a polícia judiciária não pode, por afrontar direitos assegurados pela CF, invadir domicílio alheio com o objetivo de apreender, durante o período diurno e sem ordem judicial, quaisquer objetos que possam interessar ao poder público. Essa determinação consagra o princípio da reserva de jurisdição. BL: art. 5º, inciso XI e XII da CF/88.
##Atenção: 
· Investigação criminal: inquérito policial ou CPI
· Instrução processual penal: processo em andamento
(MPPR-2017): Assinale a alternativa correta: A reserva qualificada de lei ocorre quando a norma constitucional exige que a restrição de determinado direito fundamental somente se perfaça por meio de lei em sentido formal, atrelando a limitação a fins a serem necessariamente perseguidos ou os meios a serem compulsoriamente adotados pelo legislador e pelo administrador. BL: art. 5º, XII, CF.
##Atenção: ##MPDFT-2009: ##DPEPB-2014: ##TJDFT-2016: ##MPRR-2017: ##FCC: ##CESPE: O art. 5º, XII da CF/88 consagra uma reserva legal ou restrição legal QUALIFICADA quando a CF não se limita a exigir que eventual restrição ao âmbito de proteção de determinado direito seja prevista em lei, estabelecendo, também, as condições especiais, os fins a serem perseguidos ou os meios a serem utilizados (Lei 9.296/96 – regulamenta a interceptação telefônica).
(TJDFT-2014-CESPE): A respeito dos direitos e garantias fundamentais, dos direitos sociais e dos direitos políticos, assinale a opção correta: Embora a CF estabeleça a inviolabilidade do sigilo das comunicações telefônicas, o juiz poderá, de ofício, determinar a interceptação de comunicação telefônica na investigação criminal e na instrução processual penal. BL: art. 5º, XII, CF c/c art. 3º, Lei 9296.
##Atenção: O art. 3º da Lei 9.296/96 expressamente permite a decretação de ofício pelo magistrado. Cumpre lembrar que há doutrinadores que sustentam que a decretação de ofício poderá ocorrer apenas na fase judicial.
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer; (PGESE-2005) (DPEAL-2009) (DPEMA-2009) (MPSP-2010) (DPEES-2012) (TJSC-2013) (TJAM-2013) (MPDFT-2013) (MPF-2013) (MPMA-2014) (MPPR-2014) (TJPE-2015) (TRF2-2011/2014/2017/2018)
	##Atenção: ##STF: ##TJMS-2020: ##FCC: O art. 5º, XIII, parte final, da CF admite a limitação do exercício dos trabalhos, ofícios ou profissões, desde que materialmente compatível com os demais preceitos do texto constitucional, em especial o valor social do trabalho (arts. 1º, IV; 6º, caput e inciso XXXII; 170, caput e inciso VIII; 186, III, 191 e 193 da CF) e a liberdade de manifestação artística (art. 5º, IX, da CF). As limitações ao livre exercício das profissões serão legítimas apenas quando o inadequado exercício de determinada atividade possa vir a causar danos a terceiros e desde que obedeçam a critérios de adequação e razoabilidade, o que não ocorre em relação ao exercício da profissão de músico, ausente qualquer interesse público na sua restrição. A existência de um conselho profissional com competências para selecionar, disciplinar e fiscalizar o exercício da profissão de músico, para proceder a registros profissionais obrigatórios, para expedir carteiras profissionais obrigatórias e para exercer poder de polícia, aplicando penalidades pelo exercício ilegal da profissão, afronta as garantias da liberdade de profissão e de expressão artística. (STF. Plenário. ADPF 183, Min. Rel. Alexandre de Moraes, Tribunal Pleno, j. 27/9/19. (Info 960).
	(TJMS-2020-FCC): À luz da jurisprudência do STF, em matéria de direitos e garantias fundamentais e aspectos correlatos, admitem-se limitações por lei ao livre exercício das profissões, sendo consideradas legítimas quando o
inadequado exercício de determinada atividade possa vir a causar danos a terceiros e desde que obedeçam a critérios de adequação e razoabilidade. BL: art. 5º, XIII, CF e Info 960, STF.
##Atenção: ##STF: ##MPDFT-2013: ##TRF2-2017/2018: Nem todos os ofícios ou profissões podem ser condicionadas ao cumprimento de condições legais para o seu exercício. A regra é a liberdade. Apenas quando houver potencial lesivo na atividade é que pode ser exigida inscrição em conselho de fiscalização profissional. A atividade de músico prescinde de controle. Constitui, ademais, manifestação artística protegida pela garantia da liberdade de expressão. (STF. Plenário. RE 414426, Min. Rel. Ellen Gracie, j. 01/08/11).
	(TRF2-2018): A respeito dos direitos fundamentais e garantias individuais é correto afirmar: Devido à livre escolha da profissão ou oficio são inconstitucionais as leis que, a despeito da desnecessidade de proteção a interesse público especifico, restrinjam o exercício de atividades como, por exemplo, a de músico. BL: Entend. Jurisprud.
##TRF3-2011: ##MPDFT-2011: ##TJRS-2012: ##DPEES-2012: ##TJDFT-2016: ##TJPR-2017: ##TRF2-2017: ##CESPE: ##FCC: O Plenário do STF, no julgamento do RE 511.961, declarou como não recepcionado pela CF/88 o art. 4º, V, do Dec.-Lei 972/69, que exigia diploma de curso superior para o exercício da profissão de jornalista. Vejamos o seguinte o julgado: “(...) A CF/88, ao assegurar a liberdade profissional (art. 5º, XIII), segue um modelo de reserva legal qualificada presente nas Constituições anteriores, as quais prescreviam à lei a definição das "condições de capacidade" como condicionantes para o exercício profissional. No âmbito do modelo de reserva legal qualificada presente na formulação do art. 5º, XIII, da CF/88, paira uma imanente questão constitucional quanto à razoabilidade e proporcionalidade das leis restritivas, especificamente, das leis que disciplinam as qualificações profissionais como condicionantes do livre exercício das profissões. Jurisprudência do STF: Representação n.° 930, Redator p/ o acórdão Min. Rodrigues Alckmin, DJ, 2-9-1977. A reserva legal estabelecida pelo art. 5º, XIII, não confere ao legislador o poder de restringir o exercício da liberdade profissional a ponto de atingir o seu próprio núcleo essencial. 5. JORNALISMO E LIBERDADES DE EXPRESSÃO E DE INFORMAÇÃO. INTEPRETAÇÃO DO ART. 5º, INCISO XIII, EM CONJUNTO COM OS PRECEITOS DO ART. 5º, INCISOS IV, IX, XIV, E DO ART. 220 DA CONSTITUIÇÃO. O jornalismo é uma profissão diferenciada por sua estreita vinculação ao pleno exercício das liberdades de expressão e de informação. O jornalismo é a própria manifestação e difusão do pensamento e da informação de forma contínua, profissional e remunerada. Os jornalistas são aquelas pessoas que se dedicam profissionalmente ao exercício pleno da liberdade de expressão. O jornalismo e a liberdade de expressão, portanto, são atividades que estão imbricadas por sua própria natureza e não podem ser pensadas e tratadas de forma separada. Isso implica, logicamente, que a interpretação do art. 5º, inciso XIII, da Constituição, na hipótese da profissão de jornalista, se faça, impreterivelmente, em conjunto com os preceitos do art. 5º, incisos IV, IX, XIV, e do art. 220 da Constituição, que asseguram as liberdades de expressão, de informação e de comunicação em geral. 6. DIPLOMA DE CURSO SUPERIOR COMO EXIGÊNCIA PARA O EXERCÍCIO DA PROFISSÃO DE JORNALISTA. RESTRIÇÃO INCONSTITUCIONAL ÀS LIBERDADES DE EXPRESSÃO E DE INFORMAÇÃO. As liberdades de expressão e de informação e, especificamente, a liberdade de imprensa, somente podem ser restringidas pela lei em hipóteses excepcionais, sempre em razão da proteção de outros valores e interesses constitucionais igualmente relevantes, como os direitos à honra, à imagem, à privacidade e à personalidade em geral. Precedente do STF: ADPF n° 130, Rel. Min. Carlos Britto. A ordem constitucional apenas admite a definição legal das qualificações profissionais na hipótese em que sejam elas estabelecidas para proteger, efetivar e reforçar o exercício profissional das liberdades de expressão e de informação por parte dos jornalistas. Fora desse quadro, há patente inconstitucionalidade da lei. A exigência de diploma de curso superior para a prática do jornalismo - o qual, em sua essência, é o desenvolvimento profissional das liberdades de expressão e de informação - não está autorizada pela ordem constitucional, pois constitui uma restrição, um impedimento, uma verdadeira supressão do pleno, incondicionado e efetivo exercício da liberdade jornalística, expressamente proibido pelo art. 220, § 1º, da Constituição. 7. PROFISSÃO DE JORNALISTA. ACESSO E EXERCÍCIO. CONTROLE ESTATAL VEDADO PELA ORDEM CONSTITUCIONAL. PROIBIÇÃO CONSTITUCIONAL QUANTO À CRIAÇÃO DE ORDENS OU CONSELHOS DE FISCALIZAÇÃO PROFISSIONAL. No campo da profissão de jornalista, não há espaço para a regulação estatal quanto às qualificações profissionais. O art. 5º, incisos IV, IX, XIV, e o art. 220, não autorizam o controle, por parte do Estado, quanto ao acesso e exercício da profissão de jornalista. Qualquer tipo de controle desse tipo, que interfira na liberdade profissional no momento do próprio acesso à atividade jornalística, configura, ao fim e ao cabo, controle prévio que, em verdade, caracteriza censura prévia das liberdades de expressão e de informação, expressamente vedada pelo art. 5º, inciso IX, da Constituição. A impossibilidade do estabelecimento de controles estatais sobre a profissão jornalística leva à conclusão de que não pode o Estado criar uma ordem ou um conselho profissional (autarquia) para a fiscalização desse tipo de profissão. O exercício do poder de polícia do Estado é vedado nesse campo em que imperam as liberdades de expressão e de informação. Jurisprudência do STF: Representação n.° 930, Redator p/ o acórdão Ministro Rodrigues Alckmin, DJ, 2-9-1977. 8. JURISPRUDÊNCIA DA CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. POSIÇÃO DA ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS - OEA. A Corte Interamericana de Direitos Humanos proferiu decisão no dia 13 de novembro de 1985, declarando que a obrigatoriedade do diploma universitário e da inscrição em ordem profissional para o exercício da profissão de jornalista viola o art. 13 da Convenção Americana de Direitos Humanos, que protege a liberdade de expressão em sentido amplo (caso "La colegiación obligatoria de periodistas" - Opinião Consultiva OC-5/85, de 13 de novembro de 1985). Também a Organização dos Estados Americanos - OEA, por meio da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, entende que a exigência de diploma universitário em jornalismo, como condição obrigatória para o exercício dessa profissão, viola o direito à liberdade de expressão (Informe Anual da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, de 25 de fevereiro de 2009). (...). STF. Plenário. RE 511961, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 17/06/09.
	(DPESP-2013-FCC): Em relação às opiniões consultivas da Corte Interamericana de Direitos Humanos, considere a seguinte afirmação: Em decisão recente, o Supremo Tribunal Federal considerou inconstitucional a exigência de diploma de jornalismo para o exercício da profissão de jornalista em homenagem à liberdade de expressão e informação, seguindo-se a orientação da opinião consultiva no 05 da Corte Interamericana de Direitos Humanos sobre a interpretação dos artigos 13 e 29 da Convenção Americana de Direitos Humanos.
(TJRS-2012): Em relação ao diploma de jornalismo, decisão do STF considerou que exigi-lo era desproporcional e violava a liberdade de expressão e informação. BL: Entend. Jurisprud.
(MPDFT-2011): O Estado não pode criar uma ordem ou um conselho profissional para a fiscalização da atividade jornalística. BL: Entend. Jurisprud.
	(TCEMG-2018): Considere a seguinte norma da Constituição de 1988: “é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer”. Com base na classificação das normas constitucionais segundo sua eficácia, consagrada

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