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Alterações cadavéricas

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Isabela Alves – Medicina Veterinária 
 Alterações cadavéricas 
 
São fenômenos que ocorrem após a morte 
somática parada definitiva das funções 
orgânicas e dos processos reversíveis do 
metabolismo. 
A necrose é a morte celular ou tecidual 
acidental em um organismo ainda vivo, ou 
seja, que ainda conserva suas funções. 
Diferenciar das lesões produzidas em vida; 
Estimar a hora da morte. 
 
Alterações cadavéricas abióticas 
Fase inicial; 
Não modificam a aparência; 
Maioria por autólise. 
 
Autólise – alterações microscópicas: 
Perda dos limites celulares; 
Diminuição da afinidade tintorial; 
Ausência de reações inflamatórias; 
Presença de hemólise. 
 
Alterações cadavéricas bióticas ou 
transformativas 
Putrefação, decomposição ou heterólise; 
Odor desagradável; 
Perfume da morte – Putrescina e 
Cadaverina. 
 
Heterólise – ação de enzimas proteolíticas 
dos germes saprófitas (próprio trato 
intestinal). 
 
Alterações cadavéricas abióticas 
➢ Imediatas (morte somática – ou 
clínica); 
➢ Mediadas ou consecutivas (autólise). 
 
Imediatas – confirmar óbito 
• Insensibilidade; 
• Inconsciências; 
• Arreflexia (ausência de reflexo); 
• Imobilidade; 
• Parada das funções cardíaca e 
respiratória (cardio-respiratórias). 
 
Mediadas ou consecutivas 
“Livor Mortis” ou hipóstase cadavérica 
Manchas avermelhadas na pele do cadáver 
devido ao deslocamento do sangue (acúmulo 
nas partes mais baixas – locais de declive). 
Entre 2 a 4 após a morte. 
Mecanismos de formação: 
• Parada da circulação; 
• Sangue não coagulado (ação da 
gravidade); 
• Sangue para as partes baixas do 
cadáver; 
• Manchas hipostáticas. 
“Algo Mortis” ou frialdade cadavérica 
Perda de calor; 
Resfriamento gradual do cadáver até atingir a 
temperatura ambiente; 
3 a 4 horas após a morte; 
1º C/hora. 
Mecanismo de formação: 
• Parada das funções vitais; 
• Evaporação nas superfícies corporais; 
Autólise 
heterólise 
 
 Isabela Alves – Medicina Veterinária 
• Resfriamento gradual. 
“Rigor Mortis” ou rigidez cadavérica 
Corpo duro – perda da mobilidade das 
articulações; 
Três fases: 
“Pré-rigor” – flacidez muscular. Reserva de 
glicogênio musc00ular (produção de ATP 
mantém o relaxamento muscular). Aumento 
de ácido lático e diminuição do pH. 
“Fase de Rigor” – esgotamento de glicogênio 
de reserva. Ausência de ATP leva a uma 
forte união entre actina e miosina. 
“Pós Rigor’’ – flacidez muscular pós rigor. 
Destruição da actina e miosina pelas 
enzimas proteolíticas. Autólise e heterólise – 
relaxamento dos músculos e das 
articulações. 
Coagulação do sangue 
Coágulos cruócitos (vermelhos); - hemácias 
Coágulos lardáceos (amarelo); - plaquetas 
Coagulo misto. 
Tempo de formação: 2h após a morte. 
Formação: 
Células endoteliais, leucócitos e plaquetas 
em hipóxia liberam tromboquinase que irá 
desencadear a formação de coágulos. 
Coágulo: 
• Elástico; 
• Gelatinoso; 
• Liso; 
• Brilhante; 
• Solto. 
Trombo: 
• Friável; 
• Seco; 
• Inelástico; 
• Opaco; 
• Aderido. 
 
Embebição pela hemoglobina 
Hemólise do coágulo, liberação e difusão da 
hemoglobina no tecido. 
Presença se manchas avermelhadas; 
Endocárdio; 
Vizinhas de vasos: + perceptível em tecido 
claro. 
• Importante diferenciar das 
hemorragias subendocárdicas e 
subendoteliais. 
Embebição biliar 
Coloração amarelo esverdeado. 
Autólise rápida da parede da vesícula devido 
a ação dos sais biliares. 
Timpanismo cadavérico 
Diferenciar do meteriorismo ante morte. 
Meteriorismo pós morte; 
Digestão abdominal por gases formados no 
tibo digestivo. 
Mecanismos de formação: 
Fermentação e putrefação do conteúdo 
gastro intestinal – grande produção de gás – 
distensão das vísceras abdominais ocas – 
aumento da pressão intra-abdominal. 
Deslocamento, torção e ruptura de 
vísceras e prolapso cadavérico 
D, T e R: modificação na posição das 
vísceras, podendo ocorrer torção ou ruptura. 
Importante diferenciar das distopias ante 
morte. 
Prolapso cadavérico: exteriorização da ampla 
retal, com ausências de alterações 
circulatórias. Comum em herbívoros. Ocorre 
devido a produção de gás e aumento da 
pressão intra-abdominal. 
Alterações bióticas ou transformativas – 
pseudo-melanose 
Pseudo-melanose 
 
 Isabela Alves – Medicina Veterinária 
• Manchas de putrefação – cinza-
esverdeadas. 
• Irregulares, na pele do abdômen e 
órgãos vizinhos 
Efisema cadavérico 
Tipo Timpanismo – em órgãos 
parenquimentosos e tecido subcutâneo e 
musculas. 
Mecanismos: 
Proliferação de bactérias putrefativas; 
Decomposição de tecidos; 
Formação de bolhas de gás (H2s). 
Obs.: maceração = fragmentação 
Refere-se a fragmentação tecidual e 
desprendimento das mucosas. 
Mecanismos: 
Ação das enzimas proteolíticas geradas pela 
proliferação bacteriana agem nas mucosas, 
tornando-as viáveis. 
Coliquação – ou liquefação 
Perda progressiva do aspecto e estrutura das 
vísceras. 
Mecanismos: ação das enzimas proteolíticas 
geradas pela proliferação bacteriana 
decompõe e liquefazem o perênquima das 
vísceras. 
Redução esquelética 
Esqueletização; 
É verificado pela desintegração e dissolução 
dos tecidos moles. 
Aparecimento precoce ou tardio das 
alterações cadavéricas: 
• Temperatura ambiente; 
• Tamanho do animal; 
• Estado de nutrição (+glicogênio 
muscular + tempo Rigor Mortis); 
• Causa mortis – infecções 
clostridianas, septicemias, 
intoxicações por estricnina aceleram 
os AP. 
Cobertura tegumentar (pelos, lã e camada de 
gordura). 
 
Importância da fauna cadavérica 
• Estimativa de tempo de 
decomposição; 
• Estimativa de local da origem do óbito; 
• Cerca de 85% dos artrópodes são 
insetos.

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