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Abdome agudo- parte 2


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DIAGNÓSTICO POR IMAGENS- PROF. CAMILA G. LETÍCIA ANDRADE-103 
Avaliação por Imagem do 
Abdome Agudo 2 
ABDOME AGUDO 
Abdome agudo= dor abdominal (que requer 
tratamento clínico ou cirúrgico de emergência). 
• É uma das principais queixas nos serviços de 
emergência. 
• Dados clínicos e antecedentes cirúrgicos são 
fundamentais. 
Principais causas: 
1. Apendicite aguda (30%) 
2. Colecistite aguda (10%) 
3. Obstrução intestinal (5-10%) 
• A Radiologia é fundamental no diagnóstico e 
triagem rápida entre os casos cirúrgicos e não 
cirúrgicos. 
ABDOME AGUDO INFLAMATÓRIO 
• Dor abdominal insidiosa, com piora e 
localização com o tempo. 
• Presença de sinais sistêmicos. 
• Costuma começar generalizada e com o 
tempo se torna mais localizada. 
Causas mais comuns: 
1. Apendicite aguda 
2. Colecistite aguda 
3. Diverticulite aguda 
4. Pancreatite 
5. Doença inflamatória pélvica (DIP). 
MÉTODOS DE IMAGEM 
• Tomografia computadorizada: Tem papel 
central na avaliação do abdome agudo 
inflamatório em adultos. 
• Exceções – análise inicial por USG 
1. Colecistite aguda 
2. Alterações ginecológicas 
3. Apendicite em crianças pequenas, paciente 
muito magro e gestante. 
MÉTODOS DE IMAGEM 
• Principal 
achado: 
Densificação 
(borramento 
da gordura) 
• Achados 
secundários: 
Espessamento 
parietal 
 Líquido livre 
APENDICITE 
• Inflamação aguda do apêndice cecal 
secundária à obstrução luminal e infecção 
superposta. 
Sinais e sintomas: 
• Dor abdominal generalizada -
>epigástrica-> umbilical -> FID. 
• Náuseas e/ou vômitos e febre 
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parede do apêndice espessada captando contraste 
Hemograma: Leucocitose. 
• Existem várias teorias sobre a causa da 
apendicite, a que defende que ocorre pela 
obstrução causada por um apendicolito 
(estrutura calcificada) ou por uma hiperplasia 
linfóide. 
RADIOGRAFIA 
• Apendicolito em 10-30% dos casos. 
• Nível hidroeareo em alças da FDI (alça 
sentinela). 
• Apagamento da linha do músculo psoas 
direito. 
• Pneumoperitônio (incomum). 
• A linha do m. iliopsoas do lado direito pode 
sofrer apagamento. 
• Em casos de apêndice supurado pode haver 
pneumoperitônio. 
• O RX pode ajudar, mas não é o exame padrão 
ouro para diagnosticar apendicite. 
ULTRASSONOGRAFIA 
• Estrutura tubuliforme em fundo cego, não 
compressível. 
• Diâmetro > 7mm 
• Apendicolito com sombra acústica posterior. 
• Gordura adjacente hiperecóica. 
• Parede espessada (> 2mm) e com fluxo ao 
Doppler. 
• Líquido livre ou coleção. 
 
TOMOGRAFIA 
• Estrutura tubuliforme em fundo cego 
espessada > 7mm 
• Densificação da gordura periapendicular 
• Visualização do apendicolito 
• Presença de líquido livre, coleção ou 
pneumoperitônio. 
 Apendicolito Gases em FID 
Apendicolito formando sombra 
acústica posterior 
parede do apêndice muito 
vascularizada 
Apêndice aumentado c/ 2 apendicolítos 
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Apêndice aumentado e com parede espessada; 
densificação da gordura; 
 
COLECISTITE 
• Inflamação aguda da vesícula biliar devido a 
obstrução (geralmente causada por cálculo) 
ao nível do infundíbulo da VB ou ducto cístico. 
Sinais e sintomas: 
• Dor no HD que pode irradiar para as costas. o 
• Náuseas, vômitos, febre, colúria, acolia fecal, 
icterícia. 
• Laboratório: leucocitose, ↑ de amilase e 
lipase, ↑ TGO / TGP e bilirrubinas. 
ULTRASSONOGRAFIA 
• Cálculo impactado no infundíbulo ou ducto 
cístico. 
• Espessamento da parede (> 4 mm) 
• Aumento das dimensões vesiculares (T>4 cm) 
• Líquido livre perivesicular. 
• Sinal de Murphy ultrassonográfico. 
 
 
TOMOGRAFIA E RESSONÂNCIA 
• Hiperdistensão vesicular 
• Espessamento e hiperrealce parietal 
• Densificação dos planos adiposos 
• Líquido livre perivesicular. 
• Eventualmente cálculo. 
• Alças cheias de contraste (não são alterações 
do exame). 
• Parede espessada captando contraste. 
 
Parede espessa e múltiplos cálculos 
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Vesícula mais distendida que o normal 
 
PANCREATITE 
• Inflamação aguda do pâncreas, 
potencialmente fatal. 
• O diagnóstico feito preenchendo dois dos 
três critérios (não necessariamente por 
exame de imagem): 
 Início agudo de dor epigástrica persistente e 
grave 
 Elevação da lipase / amilase> 3 vezes o limite 
superior do normal. 
 Alterações de imagem característicos na TC, 
ressonância magnética ou ultrassonografia. 
RADIOGRAFIA E ULTRASSONOGRAFIA 
• Identificação de cálculos. 
• Pode evidenciar alterações no parênquima 
pancreático 
• Auxilia no diagnóstico diferencial. 
• Órgão de difícil identificação (pâncreas). 
 
TOMOGRAFIA E RESSONÂNCIA 
• Aumento focal ou difuso do pâncreas 
• Realce heterogêneo após contraste (áreas 
hipocaptantes – necrose). 
• Densificação dos planos gordurosos 
peripancreáticos. 
• Líquido livre e/ou coleções. 
• Derrame pleural 
 Estadiamento da gravidade (Classificação 
de Balthazar) 
• A densificação da gordura é mais evidente 
que o pâncreas. 
 
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DIVERTICULITE 
• Inflamação aguda dos divertículos (mais 
comum nos cólons descendente e sigmóide). 
• Sinais e sintomas: 
 Dor abdominal, principalmente na FIE 
 Febre, náuseas, mudança do hábito 
intestinal, sangue nas fezes 
 Hemograma: leucocitose. 
ULTRASSONOGRAFIA 
• Identificação de divertículos. 
• Espessamento da parede colônica (>4mm). 
• Hiperecogenicidade da gordura pericólica. 
• Perda da compressibilidade do divertículo. 
• Abscesso pericólico (em casos de 
perfuração). 
 
 
TOMOGRAFIA 
• Divertículos cólicos. 
• Espessamento da parede colônica ou do 
divertículo. 
• Densificação da gordura pericólica. 
• Líquido livre adjacente. 
• Gás extraluminal. 
• Abscesso pericólico. 
ABDOME AGUDO VASCULAR 
• Apresentações clínicas muito variadas. 
• Quadros clínicos geralmente graves e alta 
frequência de comorbidades. 
• Causas: 
• Circulação sistêmica (aorta) 
 - Dissecção ou ruptura de aneurisma 
• Circulação visceral (vasos mesentéricos) 
 - Isquemia intestinal. 
‘’Bolinhas”= diverticulos 
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MÉTODOS DE IMAGEM (AORTA) 
• Tomografia computadorizada: Exame de 
escolha (mais efetivo) 
• Ultrassonografia: Consegue avaliar alguns 
vasos. 
RUPTURA DE ANEURISMA DE AORTA 
• Aneurisma de Aorta= aumento excessivo da Aorta. 
• Ruptura de aneurisma= extravasamento de sangue ao 
lado do aneurisma. 
DISSECÇÃO DE AORTA 
• Toda imagem que apresenta uma linha que 
não capta contraste, como se fosse uma 
segunda luz, é uma imagem típica de 
dissecção de Aorta. 
ISQUEMIA INTESTINAL 
• Emergência vascular que tem urgência 
comparável ao infarto agudo do miocárdio. 
• Ocorre rápida redução no fluxo sanguíneo 
para o intestino. 
• A causa mais comum é trombo na artéria 
mesentérica superior. 
• Fatores de risco: 
 Idade maior que 70 anos 
 ICC 
 FA 
 HAS 
ISQUEMIA INTESTINAL 
• A TC é o melhor exame: fases pré-contraste, 
arterial e venoso. 
• Falhas de enchimento vascular 
(trombo/embolo). 
• Distensão de alças com espessamento 
parietal. 
• Pneumatose (ar dentro da parede da alça) e 
aeroportia (isquemia transmural e maior 
gravidade). 
• Ocorre falta de oxigenação e vascularização 
para a circulação mesentérica, sobretudo 
devido ao surgimento de um trombo. 
TROMBO NA ARTÉRIA MESENTÉRICA SUPERIOR 
aumento do diâmetro= ruptura de 
aneurisma de Aorta 
Trombo 
DIAGNÓSTICO POR IMAGENS- PROF. CAMILA G.LETÍCIA ANDRADE-103 
PNEUMATOSE INTESTINAL 
AEROPORTIA 
 
• Gás no sistema porta-hepático

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