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Estácio - Trilha de aprendizagem 01 - Estágio II

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____VARA DE TRABALHO DE MACEIÓ/AL
JOSÉ BARROS, brasileiro, casado, desempregado, portador do RG nº 18.725.452-1 e CPF Nº 123.456.789-0, domiciliado na Rua Rouxinol Amarelo, nº 1874 – Fundos, CEP 57010-001, Maceió-AL, por seu advogado que esta subscreve, com procuração anexa, contendo endereço onde recebe citações / intimações, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fulcro no artigo 840, § 1º, da CLT propor a presente:
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
Em face de IRON FORGED S/A, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ nº XXXXXXXXXX, situada na (XXXXXXXXX), nº (XXX)– (Bairro), CEP: XX.XXX-XXX, Viçosa-AL, telefone nº (XXXXXXX) e endereço eletrônico (XXXXXXX) e Em face de PURE STEEL S/A, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ nº XXXXXXXXXX, situada na (XXXXXXXXX), nº (XXX)– (Bairro), CEP: XX.XXX-XXX, Viçosa-AL, telefone nº (XXXXXXX) e endereço eletrônico (XXXXXXX)pelos fatos e fundamentos que passa a expor:
I - DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
Nos termos do artigo 5º, LXXIV da Carta Magna, àqueles que comprovarem a insuficiência de recursos terá assistência jurídica integral e gratuita.
Neste sentido dispõe o artigo 98 e seguintes do Novo Código de Processo Civil, bem como dispõe o artigo 99 § 4º do mesmo Diploma Legal que “a assistência do requerente por advogado particular não impede a concessão de gratuidade da justiça”.
Pode-se observar, também pelo todo já dito no decorrer da presente peça, que o Reclamante não possui emprego atualmente, o que deixa indubitável a impossibilidade de arcar com as despesas processuais aqui demandadas.
Requer o Autor, ante o aqui esposado, seja julgado procedente o pedido de Gratuidade da Justiça, abstendo-o de toda e qualquer despesa advinda desta lide, nos termos dos artigos supracitados.
II - DOS FATOS                            
1. O DEMANDANTE foi contratado pela PRIMEIRA DEMANDADA em 20/11/2014 para exercer a função de auxiliar de galvanoplastia banhando as peças de aço com produtos químicos, porém, até o seu desligamento sem justa causa na data de 21/11/2018, NUNCA utilizou os Equipamentos de Proteção Individual.
2. O DEMANDANTE recebia o salário de R$ 2.100,00, vale transporte e vale alimentação.
3. O DEMANDANTE cumpria jornada de trabalho de 9:00 hrs até às 18:00 hrs e das 21:00 hrs até às 06:00 hrs alternando-se semanalmente com intervalo de 40 minutos.
4. O DEMANDANTE chegava ao local de trabalho com 20 minutos de antecedência e ficava por mais 20 minutos após a jornada de trabalho para troca de uniforme que é prevista em regulamento interno.
5. No ano de 2016 foi descontado do salário do DEMANDANTE o valor referente a 2 (dois) dias de trabalho mesmo ele comprovando que estava prestando vestibular para ingresso no curso de química da Faculdade Estadual de Alagoas.
6. Em janeiro de 2018 o DEMANDANTE foi acusado pelo encarregado do setor onde laborava de furtar o celular de um outro colega de trabalho durante a troca de uniforme na frente dos demais funcionários lhe causando grande constrangimento. Após a apuração dos fatos em procedimento interno foi comprovada a inocência do mesmo.
7. Em uma eleição realizada na data de 05/06/2018 o DEMANDANTE foi eleito como Representante dos Empregados, sendo o mais votado em uma eleição acirradíssima.
8. Até a presente data o DEMANDADO não pagou as verbas rescisórias devidas ao DEMANDANTE.
III - DO DIREITO E DA FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
a) DO NÃO FORNECIMENTO DE EPIS PELO DEMANDADO
O DEMANDADO nunca forneceu EPIs ao DEMANDANTE trazendo assim risco para sua segurança e sua saúde no período em que ele esteve manipulando produtos químicos. O art. 166 da CLT deixa claro quanto a obrigação da empresa sobre o fornecimento de EPIs aos seus colaboradores.
Art. 166 - A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, equipamento de proteção individual adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos empregados. 
Esse não fornecimento de EPI para o colaborador enseja em dano moral, conforme a jurisprudência nos aponta:
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. NÃO FORNECIMENTO DE EPI. O não fornecimento pelo empregador de equipamentos de proteção adequados à segurança do trabalhador, que presta serviços em atividades que colocam em risco a sua vida, enseja o pagamento de indenização por dano moral.
(TRT-4 - ROT: 00201411720185040020, Data de Julgamento: 10/03/2020, 2ª Turma)
b) DA CARACTERIZAÇÃO DE HORAS EXTRAS
O DEMANDANTE tirava um intervalo de 40 minutos quando a nossa CLT fala em seu art. 71, caput, que o funcionário que exercer mais de 6 (seis) horas de trabalho deverá ter um intervalo de no mínimo 1 (uma) hora e no máximo 2 (duas) horas. Tendo em vista que o DEMANDANTE laborava acima de 6 (seis) horas por dia e tirava apenas 40 (quarenta) minutos de intervalo é necessário o cumprimento do art. 4º da CLT que implica em uma multa no valor de 50% do valor suprimido, vejamos:
Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas.
........
§ 4o  A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de natureza indenizatória, apenas do período suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho. 
Sendo assim, durante o período em que o DEMANDANTE laborou na empresa teve subtraído 20 (vinte) minutos de seu descanso garantido em lei.
c) DO DESCONTO INDEVIDO POR FALTA JUSTIFICADA
Em seu art. 473 a CLT nos trás as hipóteses onde o empregado poderá faltar sem desconto de salário, e em seu inciso VII, traz justamente sobre o a realização de provas para ingresso em ensino superior NOS DIAS comprovados. 
Art. 473 - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário: 
..........
 VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino superior. 
Desta forma o desconto realizado no salário do DEMANDANTE foi irregular, ferindo assim o direito garantido no artigo e inciso supracitados.
d) DO ASSÉDIO MORAL
O DEMANDANTE foi acusado de furto, sem provas, pelo encarregado da área onde trabalhava na frente de todos os outros funcionários, lhe causando constrangimento com tal calúnia, que em um momento posterior sua inocência foi comprovada pela investigação que houve internamente. 
 Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;  
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem; 
Vejamos também o Art. 186 do nosso CC de 2002 que fala sobre violão do direito e causar dano a outrem, ainda que moral, comete ato ilícito.
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
A nossa jurisprudência afirma que tal acusação infundada configura dano moral. Vejamos: 
ACUSAÇÃO INFUNDADA DE FURTO. DANO MORAL CONFIGURADO. Tendo a empresa acusado o trabalhador de furto com relação a ferramentas e materiais de trabalho, sema devida comprovação, inclusive chamando a polícia ate as suas dependências e esta, na própria viatura conduziu o autor à Delegacia respectiva, resulta na necessidade de reparação pecuniária por conta de danos morais, por caracterizar ato violador da honra e dignidade do empregado.
(TRT-11 00001520130151100, Relator: Lairto José Veloso)
e) DA ESTABILIDADE
O DEMANDANTE era representante dos empregados na época em que foi desligado da empresa, com apenas 5 (cinco) meses de mandato, nesse caso, a DEMANDADA descumpriu o que prevê de forma análoga o Art. 8º, VIII da CF de 1988.
VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.
Desta forma, requer o pagamento de 17 (dezessete) meses de salário referentes a 5 (cinco) meses de mandato e 12 (doze) meses de estabilidade.
IV - DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
In Casu, não há dúvidas quanto à verossimilhança dos fatos narrados pelo Autor e a sua hipossuficiência jurídica, mormente no plano processual.
Assim, o ônus da prova deve ser invertido, na forma do art. 6º, VIII, do CDC, considerando-se a hipossuficiência da Demandante.
V – DA IMPOSSIBILIDADE DE CONCILIAÇÃO
 Ciente a Demandante, de que a Demandada nunca oferece proposta durante a audiência de conciliação, para evitar procrastinação do presente feito, e em respeito ao princípio Constitucional da celeridade, requer a autora, seja designada de pronto, a AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO.
VI - DOS PEDIDOS
 Diante do exposto, requer se digne V. Ex.ª a:
1- A condenação da RÉ, em custas e honorários sucumbenciais e multa diária a ser culminada pelo M.M Juízo, caso não seja cumprido espontaneamente 
2- Determinar a citação do Demandado para, querendo, contestar a presente ação no prazo legal, sob pena de revelia e confissão quanto à matéria de fato;
3- Mandar incluir a presente Ação na pauta de AUDIÊNCIAS DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO, tendo em vista a impossibilidade de acordo.
4- Conceder o pedido de Justiça Gratuita tendo em vista que o réu está desempregado e sem receber salário, conforme documento em anexo. 
5- Condenar ao réu o pagamento das horas suprimidas de intervalo durante todo o período do contrato laboral com acréscimo de 50% sobre a hora normal;
6- Condenar ao réu o pagamento dos meses suprimidos da estabilidade do autor, bem como o FGTS e as verbas rescisórias referentes a este período;
7- O pagamento das verbas rescisórias do período do contrato também contando o tempo em que o autor teria sua estabilidade devido ao cargo de representante dos empregados que foi suprimida pelo réu.
8- Condenar o réu em danos morais considerando o caráter punitivo e pedagógico que deve ter a indenização por danos morais por ter sido acusado de um crime que não cometeu, na frente de seus colegas de trabalho no valor de R$ (XXXXXX).
 
VII - DAS PROVAS
 Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente pelo depoimento pessoal do representante legal do Demandado, prova documental, testemunhal, sem prejuízo de outras que V. Exa. eventualmente entenda necessárias.                  
VIII - DO VALOR DA CAUSA
     Atribui-se a causa o valor de R$ (XXXXX).
Nesses Termos, 
Pede Deferimento.
Maceió, XX de XXXXX de 20XX.
 
Jheymesson Lins Silva dos Santos Ramalho
OAB/AL nº XX.XXX